RESUMO
Os autores apresentam os resultados da monitorização ultra-sonográfica de 20 crianças com luxação congênita uni ou bilateral tratada com o suspensório de Pavlik. Neste trabalho, o diagnóstico precoce e a instituição imediata do aparelho de Pavlik, dentro das quatro primeiras semanas de vida, aumentaram significantemente as probabilidades de sucesso no tratamento. Dos 20 quadris luxados, das 14 crianças que iniciaram o tratamento antes da idade de 30 dias, 16 quadris (80 por cento) tiveram êxito com a utilização do suspensório de Pavlik e quatro (20 por cento) foram irredutíveis e necessitaram de outras condutas. Seis pacientes com 10 quadris luxados iniciaram o tratamento após 30 dias de vida. Destes, apenas dois quadris (20 por cento) tiveram resultados positivos com o suspensório de Pavlik e oito (80 por cento) necessitaram de outro procedimento. A avaliação ecográfica demonstrou que os parâmetros utilizados para o controle da redução melhoraram de modo expressivo nos quadris que a obtiveram nas quatro primeiras semanas, fato que não foi observado com os pacientes nos quais o tratamento falhou. O exame ultra-sonográfico, realizado no início da terapia, foi incapaz de predizer quais quadris obteriam resultado favorável ou não; entretanto, esse exame, realizado na primeira e na segunda semanas após o início do tratamento, evidenciou, no grupo que teve boa evolução, melhora significativa na pontuação idealizada para este trabalho em relação à posição da cabeça femoral com o acetábulo. Nos pacientes que não obtiveram redução, os parâmetros ecográficos utilizados pioraram ou mantiveram-se inalterados durante as quatro primeiras semanas de tratamento. Os autores concluem que, se a luxação persistir após as quatro semanas de tratamento, dever-se-á suspender o uso da órtese de Pavlik. A maioria dos quadris que permaneceram irredutíveis após as quatro semanas de uso do aparelho de Pavlik necessitou de redução incruenta ou cirúrgica.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Luxação Congênita de Quadril/terapia , Luxação Congênita de Quadril , Dispositivos de Fixação OrtopédicaRESUMO
Foram avaliados os prontuários e as radiografias iniciais da pelve de 112 crianças com doença de Legg-Calvé-Perthes unilateral. Desse total, 86 pacientes eram do sexo masculino e 26 do feminino, com idade média de 7 anos e 6 meses. A idade ¢ssea foi avaliada de acordo com os critérios de Oxford, através de radiografia AP da pelve. Somente 6 pacientes (4 meninos e 2 meninas) apresentaram idade ¢ssea abaixo do normal. Todas as crianças restantes apresentaram idade óssea normal ou acima do normal.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Doença de Legg-Calve-Perthes , RadiografiaRESUMO
Neste estudo foi analisada a evoluçao da cobertura radiográfica da cabeça femoral obtida após a realizaçao da osteotomia de Salter em 43 crianças (50 quadris) portadoras da doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP). Eram 11 (25,58 por cento) meninas e 32 (74,42 por cento) meninos, com idade média de 6,81 anos. Em relaçao às fases da doença, houve 18 (36 por cento) quadris em necrose, 28 (56 por cento) em fragmentaçao e 4 (8 por cento) em reossificaçao. Todos os quadris em necrose foram incluídos no grupo B de Salter & Thompson, assim como todos os em estágio de fragmentaçao foram classificados nos grupos 3 e 4 de Catterall. A artrografia pré-operatória teve a seguinte distribuiçao nos grupos de Laredo: 29 (58 por cento) no grupo III, 18 (36 por cento) no grupo IV e 3 (6 por cento) no grupo V. O ângulo de Wiberg pré-operatório era de 16,7 . O valor da diferença percentual (Delta por cento) do ângulo de Wiberg, medido nos períodos final e pós-operatório imediato, foi maior, do ponto de vista estatístico, na faixa etária de quatro a seis anos, assim como nos quadris classificados como Laredo III. A delta por cento do ângulo de Wiberg, mensurada nos períodos final e pré-operatório também foi significantemente maior nessa faixa etária.
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Doença de Legg-Calve-Perthes/cirurgia , Quadril , Osteotomia , Artrografia , Período Pós-Operatório , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Os autores mediram o ângulo de Wiberg em 120 ecografias nos quadris de 60 crianças, sendo 30 brancas e 30 não brancas, na faixa etária entre 15 e 90 dias de idade, cujas articulações coxofemorais eram, sob o ponto de vista ultrasonográfico, normais de acordo com a classificação de Graf (1 a e 1 b). Para a mensuração do C.E.A. no material por eles estudado, utilizaram metodologia própria desenvolvida para este propósito, fundamentada em conceitos básicos de geometria, aplicando-os a um programa de computação gráfica. Desta forma, obtiveram dois parâmetros de cobertura do teto acetabular em relação à cabeça femoral, o ângulo do teto ósseo (A.T.O.) e o ângulo do teto cartilaginoso (A.T.C). A análise estatística dos resultados obtidos na mensuração do A.T.O. e A.T.C., nas ecografias dos quadris do material estudado, demonstrou melhor conformação, cartilaginosa, do teto acetabular das crianças não-brancas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , População Negra , População Branca , Quadril , Quadril/anatomia & histologiaRESUMO
Neste estudo, foi analisada a esfericidade da cabeça femoral segundo, o método de Mose após a realizaçao da osteotomia de Salter em 43 crianças (50 quadris) portadoras da doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP). Eram 11(25,58 por cento) meninas e 32 (74,42 por cento) meninos, com idade média de 6,81 anos. Em relaçao às fases da doença, houve 18 (36 por cento) quadris com necrose, 28 (56 por cento) em fragmentaçao e 4 (8 por cento) em reossificaçao.Todos os quadris que estavam em necrose foram incluídos no grupo B de Salter & Thompson, assim como todos aqueles em estágio de fragmentaçao foram classificados no grupos 3 e 4 de Catterall. A artrografia pré-operatória teve a seguinte distribuiçao nos grupos de Laredo: 29 (58 por cento) no grupo III, 18 (36 por cento) no grupo IV e 3 (6 por cento) no grupo V. O ângulo de Wiberg pré-operatório era 16,7º. Do total de 50 quadris, houve 21 (42 por cento) com resultado bom, 18 (36 por cento) com resultado regular e 11 (22 por cento) com mau resultado, segundo o método de Mose. As crianças com idade de quatro a seis anos evoluíram com percentagem significativamente maior de bons resultados do que aquelas com idade acima de seis anos. O mesmo aconteceu com relaçao aos resultados satisfatórios, que correspondem à soma dos resultados bons e regulares. os quadris com bom resultado mostraram valores significantemente maiores para as diferenças percentuais Fin-POI e Fin-pre do ângulo Wiberg. Foi encontrada percentagem maior de bons resultados nos pacientes cuja artrografia pré-operatória do quadril pertencia ao grupo III de Laredo.
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Doença de Legg-Calve-Perthes/cirurgia , Cabeça do Fêmur , Osteotomia , Artrografia , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Os autores avaliaram nove pacientes com doença Legg-Calvé-Perthes (DLCP) unilateral, submetidos à osteotomia de Chiari. A idade média foi de nove anos e quatro meses. Todos os pacientes encontravam-se nos grupos IV e V da classificaçäo artrográfica de Laredo, com quadris dolorosos ao exame clínico e subluxaçäo ao estudo radiológico. Dos oito pacientes na fase de fragmentaçäo, seis (66,66 por cento) estavam no grupo 3 e dois (22,22 por cento) no grupo 4 de Catterrall; um (11,12 por cento) encontrava-se na fase de reossificaçäo. Na avaliaçao artrográfica segundo a classificaçäo de Laredo, houve cinco (55,55 por cento) quadris do grupo IV e quatro (44,45 por cento) no grupo V. O ângulo centroborda de Wiberg mediu, pré-operatoriamente, 17º (média), com variaçao de 7º a 26º; seis semanas após a cirurgia, o ângulo variou de 26ºa 48º (média de 34,33º) e, na última avaliaçäo, de 14º a 60º (média de 34,00º). O tempo médio de acompanhamento foi de quatro anos e nove meses (variaçäo de um ano e cinco meses a oito anos e cinco meses). A esfericidade da cabeça femoral, avaliada segundo o método dos círculos concêntricos de Mose, revelou um (11,12 por cento) quadril com bom resultado, dois (22,22 por cento) quadris com resultado regular e seis (66,66 por cento) com mau resultado. O resultado radiográfico final, segundo a classificaçäo de Stulberg, mostrou três (33,33 por cento) quadris na classe II, três (33,33 por cento) na classe III e três (33,34 por cento) na classe IV. A avaliaçäo clínica final foi realizada em seis pacientes (66,66 por cento), os quais näo tiveram queixa de dor ou instabilidade dos quadris. De acordo com a classificaçäo de Robinson et al., houve três (33,33 por cento) quadris com bom resultado, três (33,33 por cento) com resultado regular e nenhum com mau resultado.
Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Adolescente , Doença de Legg-Calve-Perthes/cirurgia , Osteotomia , Doença de Legg-Calve-Perthes/classificação , Doença de Legg-Calve-PerthesRESUMO
Os autores mediram o raio, e portanto, o diâmetro da cabeça femoral de 100 crianças (200 quadris), utilizando-se da ecografia realizada pelo método de Graft, em pacientes na faixa etária entre 15 e 90 dias de idade e tendo como premissas que suas articulaçöes coxofemorais fossem ecograficamente normais. Para a localizaçäo do centor da cabeça femoral utilizaram metodologia própria desenvolvida para este propósito, fundamentada em conceitos básicos de geometria, aplicando-os a um programa de computaçäo gráfica. As referências usadas para delineaçäo do círculo da cabeça femoral e de seu raio foram a representaçäo ecográfica do pulvinar e do ligamento redondo da cabeça femoral, do labrum e da cápsula, na sua porçäo lateral. Dessa forma, relataram seus resultados, comparando-os com os da liteatura
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Cabeça do Fêmur , Gráficos por Computador , Quadril , Quadril/anatomia & histologiaRESUMO
A avaliaçäo passiva do arco de movimento articular é obrigatória na prática diária ortopédica e sua mensuraçäo pode contribuir sobremaneira para a detecçäo de diversas patologias. A literatura revela que existe grande preocupaçäo para determinar-se corretamente o diagnóstico, principalmente nas afecçöes congênitas, procurando também entender-se os mecanismos de sua gênese. Portanto, o amplo conhecimento da fisiologia do movimento articular do quadril, principalmente nos recém-nascidos, nos auxiliaria a entender a anatomia e biomecânica da articulaçäo coxofemoral. Além disso, o quadril influencia diretamente todas as funçöes ativas dos membros inferiores. Os autores demonstram os resultados da mensuraçäo passiva do movimento articular do quadril de 80 recém-nascidos normais. Correlacionam os valores obtidos com parâmetros distintos como o sexo, cor, peso ao nascimento e aplicam para a análise dos resultados testes estatísticos específicos que demonstram algumas diferenças significativas. A medida da abduçäo com os membros inferiores estendidos foi significativamente maior nos indivíduos do sexo feminino e nos näo brancos. A rotaçäo externa com a criança em decúbito ventral foi maior nas crianças masculinas. A rotaçäo interna, independentemente da posiçäo em que o paciente foi colocado, foi significativamente maior nos indivíduos brancos. A aduçäo do quadril foi significativamente menor em crianças pequenas para a idade gestacional. Apesar de a literatura relatar näo haver diferenças na amplitude dos movimentos articulares com relaçäo ao sexo, cor e peso ao nascimento, os achados deste estudo demonstram estatisticamente que estes parâmetros tiveram influência direta nos resultados.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Articulação do Quadril/fisiologia , Amplitude de Movimento Articular , Peso ao Nascer , Etnicidade , Fatores SexuaisRESUMO
É muito difícil se determinar as condiçöes de normalidade, em relaçäo ao desenvolvimento do quadril desde, seu molde embrionário até a sua completa formaçäo. Existe muita controvérsia na literatura quanto ao aparecimento do núcleo de ossificaçäo secundário da epífise femoral nos quadris normais, visto que este pode aparecer desde os primeiros dias de vida (Jacobs, 1966), até um ano e meio após o nascimento (Paterson, 1976). Os autores apresentam o relato de um paciente de um ano e nove meses de idade, que näo apresentava a ossificaçäo da epífise femoral proximal, tratando-se provalvemente de um retardo do aparecimento do núcleo primário. O que foi comprovado após um seguimento clínico, ultra-sonográfico e por ressonância magnética, após um seguimento de um ano e nove meses
Assuntos
Humanos , Masculino , Lactente , Epífises/anormalidades , Fêmur , Fêmur/embriologia , Quadril , Quadril/anormalidades , Quadril/embriologia , Luxação Congênita de Quadril/embriologia , Luxação Congênita de QuadrilRESUMO
Foram avaliados os quadris de 71 pacientes portadores de diplegia espástica, através de estudo radiográfico. Quanto a capacidade de marcha foram subdivididos em 36 deambuladores e 35 näo deambuladores. Nossa amostra foi composta de 36 indivíduos do sexo masculino e 35 do sexo feminino. A idade média foi de 85 meses, variando de 29 a 240 meses. Também foi avaliado, de que forma a existência ou näo de cirurgia de tenotomia de adutores prévia influenciou no comportamento do ângulos radiográficos. Os parâmetros radiográficos utilizados foram o ângulo de "wiberg", o índice de Migraçäo (Reimers) e o índice de Acetabular. Todos os valores obtidos foram submetidos a análise estatística e comparados com valores de normalidade descritos na literatura. Após análise dos resultados, conclui-se que o índice Acetabular constitui um parâmentro de pouca validade no seguimento da displasia acetabular do quadril espástico e que seus valores ultrapassam o nível de normalidade após o quadril tornar-se subluxado, sendo o ângulo de Wiberg o índice de maior acuidade no seguimento pós-operatório. A capacidade de deambulaçäo demostrou ser o principal fator do desenvolvimento articular
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Recém-Nascido , Lactente , Paralisia Cerebral/complicações , Luxação do Quadril/etiologia , Luxação do QuadrilRESUMO
O objetivo do tratamento da luxação congênita do quadril (LCQ) é obter-se uma redução concêntrica, congruente e estável, condições que propiciam função e desenvolvimento adequados desta articulação. Nesse intuito, os autores desenvolveram um protocolo de tratamento da LCQ inveterada, mediante encurtamento femoral e osteotomia de Salter modificada, independente do grau de luxação do quadril. O encurtamento femoral foi idealizado seguindo rigorosamente os princípios de Gage & Winter, calculando a distância entre a parte superior da epífise do fêmur e o nível + 1, com auxílio de uma radiografia milimetrada da bacia e realizada em posição AP. O segmento do fêmur assim obtido foi preparado de tal modo que substitui em froma e tamanho o enxerto preconizado por Salter, sendo fixado às duas extremidades da osteotomia do inominado com fios de Kirschner rosqueados. Dessa maneira, os autores observaram que o enxerto de fêmur é viável e que se integra totalmente com o ilíaco, obtendo-se, assim, uma articulação concêntrica e estável após a redução do quadril.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Acetábulo/cirurgia , Fêmur/cirurgia , Luxação Congênita de Quadril/cirurgia , Luxação Congênita de QuadrilRESUMO
Os autores avaliaram 26 quadris de 23 pacientes portadores de luxação congênita do quadril (LCQ) inveterada tratados cirurgicamente pelo método de encurtamento femoral e osteotomia de Salter modificada. A experiência prévia mostrou que somente a tração seguida ou não de tenotomia não foi suficiente para baixar a cabeça femoral a níveis satisfatórios, com a finalidade de se obter redução dentro de margem de segurança que pudesse proteger a porção proximal do fêmur da pior das complicações, que é a necrose avascular. Com o intuito de diminuir essa complicação, realizaram encurtamento femoral calculando a distância entre a paarte superior da epífise do fêmur e o nível + 1 de Gage & Winter, em radiografia da bacia em AP com écran milimetrado. Analisaram comparativamente o índice de necrose avascular da porção proximal do fêmur (NAPPF) em relação à ascensão da cabeça femoral, grau de luxação, idade do paciente no ato cirúrgico e o encurtamento femoral.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Acetábulo/cirurgia , Fêmur/cirurgia , Luxação Congênita de Quadril/cirurgia , Necrose da Cabeça do Fêmur/fisiopatologia , Fêmur/anatomia & histologiaRESUMO
Os autores realizaram estudo experimental em 30 coelhos adultos, tendo o intuito de observar as alteraçöes da superfície articular, após a implantaçäo de um parafuso de 2mm, abaixo da cartilagem articular do côndilo medial em sua zona de carga. Uma perfuraçäo de 1,5mm de diâmetro e 6mm de profundidade foi realizada na área correspondente do côndilo lateral, para fins de controle. Os estudos anatomopatológicos realizaram-se duas, oito e 16 semanas após as cirurgias
Assuntos
Coelhos , Animais , Parafusos Ósseos , Cartilagem Articular/cirurgia , Fraturas do Fêmur/cirurgia , Cartilagem Articular/lesões , Cartilagem Articular/patologia , Cicatrização , Fixação Interna de Fraturas/instrumentação , Fraturas do Fêmur/patologiaRESUMO
Os autores descrevem um caso de luxaçäo metacarpofalangiana associada a uma fratura transversa da base do metacarpiano de um polegar. Trata-se de uma associaçäo incomum, mas cujo tratamento näo apresentou dificuldade. Alguns aspectos da fisiopatogenia e do resultado funcional säo discutidos