RESUMO
BACKGROUND: Percutaneous endoscopic gastrostomy performed as proposed by Gauderer et al. in 1980, has been used quite frequently in patients with head and neck tumors. Some authors believe that this so-called pull technique would be associated to the risk of a tumor implantation in the wound as well as high levels of peristomal wound infection. Although some alternative techniques provide better results, doubts about their technical applicability in daily practice still persists. AIM: To assess the feasibility, safety and morbidity of percutaneous endoscopic gastrostomy performed through a well-defined and standardized technique in patients with nonresectable or advanced head and neck cancer. METHODS: A consecutive series of patients who had either nonresectable or advanced tumors and were unable to be fed orally were submitted to an oncologic-hospital-based tertiary-referral endoscopy practice. Tubes were implanted through an introducer technique comprised of two main stages. The first consisted of the application of two stitches aiming to fixate the anterior gastric wall to the abdominal wall, and the second being the inserting of the gastrostomy tube. RESULTS: Between February 2003 and May 2004, 129 percutaneous endoscopic gastrostomies were performed. This study included 60 patients. They were all able to receive food on the same day. Operative morbidity was observed in six patients (10%) and one procedure-related mortality was also observed (1.6%). CONCLUSION: Percutaneous endoscopic gastrostomy is both feasible and safe, associated to low morbidity, and to acceptable mortality rates.
RACIONAL: A gastrostomia endoscópica percutânea executada conforme a técnica proposta por Gauderer et al., em 1980, tem sido freqüentemente utilizada em pacientes com tumores de cabeça e pescoço. Diversos autores relatam que ela, conhecida como técnica de puxar, está associada a risco de implante de tumor na parede abdominal assim como risco bastante elevado de infecção na ferida operatória. Algumas variantes técnicas proporcionam melhores resultados, contudo existem dúvidas acerca da sua viabilidade técnica na prática diária. OBJETIVO: Verificar a exeqüibilidade, segurança e morbidade da gastrostomia endoscópica percutânea realizada por técnica padronizada e bem definida em pacientes com tumores avançados ou irressecáveis da cabeça e pescoço. MÉTODO: É descrita série consecutiva de pacientes com tumores avançados ou irressecáveis de cabeça e pescoço, incapazes de receber dieta por via oral, submetidos à gastrostomia endoscópica percutânea no setor de endoscopia digestiva de um hospital oncológico de referência terciária. As sondas foram implantadas pela técnica de punção compreendida de duas etapas principais. A primeira, consistiu na aplicação de dois pontos transfixantes com o propósito de fixar a parede anterior do estômago à parede abdominal. A segunda, introdução do tubo de gastrostomia por punção percutânea. RESULTADOS: Foram realizadas 129 gastrostomias endoscópicas percutâneas e incluiu 60 pacientes. Todos foram liberados para receber dieta no mesmo dia. Morbidade operatória ocorreu em seis pacientes (10%) e mortalidade relacionada ao procedimento foi verificada em um paciente (1,6%). CONCLUSÃO: A gastrostomia endoscópica percutânea é exeqüível e segura, além de estar associada à baixa morbidade e aceitável mortalidade.
RESUMO
OBJETIVO: Verificar a pleurodese, através da histologia hematoxilina - eosina e microscopia eletrônica, obtida após injeção de tetraciclina, em coelhos com uso de derivação pleuroperitoneal no tratamento de hidrotórax recorrente induzido. MÉTODOS: Foram utilizados 30 coelhos New - Zealand, machos e adultos. Empregou-se anestesia dissociativa quetamina e xilazina em injeção intramuscular 0,1 cm3 para cada 100g de peso do animal. Para induzir hidrotórax utilizou-se tetraciclina 7 mg/kg, diluída em 10 cm3 de água destilada (pH 4) injetada via percutânea no 4o espaço intercostal anterior esquerdo. O ato operatório constituiu de laparotomia subcostal à esquerda com 4 cm de extensão e incisão do hemidiafragma na porção muscular de 0,5 cm de diâmetro. No grupo A (controle) realizou-se fechamento da abertura do diafragma com pontos simples e fio monofilamentar 5.0. No grupo B (derivação) após abertura do diafragma introduziu-se prótese cilíndrica com 2 cm de comprimento. No grupo C (drenagem) foi feita uma laparotomia subcostal esquerda com 2 cm de extensão e introdução de cateter no 6. Toracotomia lateral esquerda com 2 cm de extensão e descolamento hipodérmico para aplicação do cateter pleurointercostodermoperitoneal. No pós-operatório realizou-se indução de hidrotórax repetida no 1o, 5o, 8o e 12o dia de pós-operatório nos três grupos de estudo através de injeção intrapleural de tetraciclina 7 mg/kg (pH 4) no 4§ espaço intercostal anterior esquerdo. Foi feita eutanasia no 15§ dia e necropsia para retirada de líquido pleural e histologia pleural, pulmonar e peritônio parietal. RESULTADOS: O acúmulo de líquido pleural resultante foi mais significante nos animais do grupo A. A irritação química resultou no espessamento pleural moderado nos grupos B e C. O índice de pleurodese foi 100 por cento do grupo derivação pleuroperitoneal e 80 por cento do grupo drenagem. CONCLUSÃO: A derivação pleuroperitoneal facilita a formação de pleurodese comprovada histologicamente, mesmo com a utilização de dose baixa de tetraciclina em coelhos.