RESUMO
Os autores, após dimensionarem o problema do diabetes mellitus e da nefropatia diabética no Brasil e no mundo, fazem uma revisäo, sob a ótica do nefrologista, sobre transplante de pâncreas e de ilhotas pancreáticas, centrada nos riscos e benefícios do transplante combinado de pâncreas e rim (TCPR) para o diabético urêmico. No texto é ressaltada a importância da colaboraçäo entre o endocrinologista e o nefrologista para melhorar a sobrevida dos diabéticos com nefropatia e para uma definiçäo local sobre a viabilidade e validade do estabelecimento de um programa de TCPR.
Assuntos
Humanos , Transplante das Ilhotas Pancreáticas , Transplante de Pâncreas/métodos , Brasil , Diabetes Mellitus , Nefropatias Diabéticas/prevenção & controleRESUMO
O objetivo é avaliar em longo prazo, em ratos, a severidade e a duraçäo do diabetes mellitus induzido pela administraçäo de estreptozotocina (STZ) intraperitoneal e por dois sítios endovenosos (sublingual e caudal). Foram estudados quatro grupo de 10 ratos Wistar-Furth isogênicos. Um grupo de animais näo recebeu STZ (controle). STZ mg/kg foi injetada no peritônio, na veia sublingual e na veia da cauda, para a formaçäo dos outros três grupos de estudo. Pesos e glicemias foram documentados no dia da injeçäo da droga e em uma, duas, seis, oito, 20, 30 e 40 semanas após. Näo houve aparecimento de diabetes espontâneo no grupo-controle. Independentemente da via utilizada para administrtaçäo, a severidade e a duraçäo do diabetes induzido pela STZ foram semelhantes entre os grupos de estudo. Houve, no entanto, 30 porcento de falha da STZ quando ela foi dada intraperitonealmente; 10 porcento dos animais que receberam STZ em uma veia caudal e 30 porcento dos que a receberam em uma veia sublingual morreram precocemente por toxicidade. Na dose escolhida, e por qualquer uma das vias utilizadas, STZ promoveu diabetes mellitus severo e de longa duraçäo. Para alcançar a dose diabetogênica, sua injeçäo em uma das veias da cauda mostrou-se a mais conveniente.(au)
Assuntos
Animais , Ratos , Diabetes Mellitus , Estreptozocina , Vias de Administração de MedicamentosRESUMO
Embora näo freqüentemente, associaçäo entre psoríase vulgar e nefropatia membranosa tem sido relatada, sendo um mecanismo auto-imune comum sugerido como a origem desta associaçäo. Apresetam-se os casos de 2 pacientes portadores de psoríase vulgar que desenvolveram nefropatia membranosa durante o curso da dermatose e que, apesar das terapêuticas utilizadas, evoluiram para insuficiência renal crönica terminal. Estes säo, provavelmente, os primeiros casos descritos desta associçäo no país (au)
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Glomerulonefrite Membranosa , Terapia de Imunossupressão/métodos , Psoríase/diagnóstico , Insuficiência Renal CrônicaRESUMO
Foram revisados 372 casos de transplantes renais primários realizados entre junho de 1973 e dezembro de 1992 em dois hospitais de Londrina (Evangélico e Universitário), com o objetivo de verificar a influência de crises de rejeiçäo aguda e de outros fatores co-mórbidos na evoluçäo do processos de perda crônica do aloenxerto. A exclusäo englobou todos os casos com menos de 6 meses de evoluçäo, as perdas renais por rejeiçäo irreversível, aqueles casos de recorrência da doença original e os casos de documentada nefrotoxicidade por ciclosporina. Os transplantes foram analisados de acordo com o esquema de imunossupressäo utilizado em grupo azatioprina-prednisona ou grupo tríplice com azatioprina, prednisona e ciclosporina, recorrendo-se à regressäo logística multivariável para estimar o risco de desenvolvimento de nefropatia crônica do aloenxerto em relaçäo a episódios de rejeiçäo aguda, de ocorrência de insuficiência renal aguda (IRA) pós-operatória imediata, do sexo e da idade dos receptores, da compatibilidade HLA e do tipo de doador renal. Em ambos os protocolos verificamos nítida correlaçäo entre presença e severidade da rejeiçäo aguda e risco de evoluçäo desfavorável para disfunçäo crônica do enxerto; do mesmo modo, os receptores jovens com idade < de 20 anos, aqueles que tiveram seu curso inicial complicado por IRA e os que receberam rins näo idênticos pela tipagem HLA estiveram com maior associaçäo à evoluçäo para nefropatia crônica. A adiçäo de ciclosporina para constituir o esquema imunodepressor tríplice melhorou o resultado do grupo de indivíduos jovens, porém se mostrou adversa se prescrita em concomitância com a necessidade de diálise pós-operatória imediata.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Doadores de Tecidos , Transplante de Rim/imunologia , Histocompatibilidade/imunologia , Nefropatias/imunologia , Rejeição de Enxerto/diagnóstico , Fatores Sexuais , Incidência , Estudos Longitudinais , Morbidade , Injúria Renal Aguda/imunologia , Antígenos HLA/imunologia , Doença Aguda , Doença Crônica , Fatores Etários , Rejeição de Enxerto/epidemiologiaRESUMO
Os autores fazem uma revisão da história do diabetes mellitus. A prevalência da doença e o impacto das complicações crônicas da mesma na morbi-mortalidade do paciente diabético são apresentados. Segue-se à esta introdução, um sumário dos principais fatos e nomes presentes nesta história. O artigo é dividido em dois períodos, separados entre si pelo advento da insulina, para traduzir a importância da descoberta desta substância na sobrevida do diabético insulino-dependente. Durante a narrativa, sucessos e fracassos são descritos ordenadamente, enfatizando-se a importância do método científico para a construção da história do diabetes mellitus como hoje conhecemos.
Assuntos
Humanos , Animais , História Antiga , História Medieval , História do Século XVI , História do Século XVII , História do Século XVIII , História do Século XIX , História do Século XX , Diabetes Mellitus/história , Diabetes Mellitus/tratamento farmacológico , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Insulina/uso terapêuticoRESUMO
Sete pacientes consecutivos, de um grupo de 283 portadores de Hanseníase em tratamento com esquema terapêutico multidroga (MDT), foram referidos ao Hospital Evangélico de Londrina e ao Hospital Universitário Regional Norte do Paraná, no período de 1989 a Novembro de 1991, devido a insuficiência renal aguda (I.R.A.). Nestes sete pacientes ocorreram oito episódios de IRA, acompanhados de epigastralgia (8/8), febre (6/8), vômitos (5/8), anúria (4/8), urina escura (4/8), dores ósseas acompanhadas de mialgias (5/8) e icterícia (3/8). Quatro pacientes necessitaram tratamento dialítico, e três foram submetidos à biópsia renal que demonstrou Nefrite Rúbulo Intersticial Aguda. Os autores atribuem estas manifestaçöes ao uso intermitente da rifampicina e sugerem cuidados a serem observados quando se usa esquema multidroga (MDT)
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Injúria Renal Aguda/induzido quimicamente , Hanseníase/tratamento farmacológico , Rifampina/efeitos adversos , Quimioterapia Combinada , Rim/patologia , Hansenostáticos/uso terapêutico , Rifampina/uso terapêuticoRESUMO
A freqüência dos transplantes renais com órgäos de cadáveres em nosso país só e comparável com a observada na Grécia, onde os doadores vivos constituem quase a única fonte. A inexistência de remuneraçäo para procura de doador descerebrado permitiu o aparecimento, em nosso meio, do doador vivo näo parente, questionável pelo potencial envolvimento financeiro na compra do órgäo. Este estudo questiona essa modalidade de transplantaçäo renal e só a justifica sob imunomodulaçäo transfusional prévia, enquanto persistam näo disponíveis os doadores cadáveres, a globulina antilinfocitária e a ciclosporina
Assuntos
Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Transfusão de Sangue , Rim/transplante , Doadores de TecidosRESUMO
Um paciente com síndrome nefrótica idiopática foi estudado desde o início de sua doença e durante a recorrência em dois sucessivos transplantes. Glomerulosclerose segmentar foi demonstrada no rim original com progressäo para insuficiência renal terminal em 15 meses. Recorrência da síndrome nefrótica surgiu 3 dias após o primeiro transplante, e a biópsia demostrou glomerulosclerose segmentar em evidência de rejeiçäo, evoluindo para insuficiência renal terminal em 14 meses. Novo transplante foi realizado com recorrência do síndrome nefrótica no segundo dia e a biópsia demonstrou-se sugestiva de glomerulosclerose segmentar sem sinais de rejeiçäo. Atualmente, 5 meses após, a funçäo renal permanece normal, com proteinúria maciça