RESUMO
ABSTRACT Introduction: Metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease (MASLD), previously known as Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD), is one of the most common hepatic diseases in individuals with overweight or obesity. In this context, a panel of experts from three medical societies was organized to develop an evidence-based guideline on the screening, diagnosis, treatment, and follow-up of MASLD. Material and methods: A MEDLINE search was performed to identify randomized clinical trials, meta-analyses, cohort studies, observational studies, and other relevant studies on NAFLD. In the absence of studies on a certain topic or when the quality of the study was not adequate, the opinion of experts was adopted. Classes of Recommendation and Levels of Evidence were determined using prespecified criteria. Results: Based on the literature review, 48 specific recommendations were elaborated, including 11 on screening and diagnosis, 9 on follow-up, 14 on nonpharmacologic treatment, and 14 on pharmacologic and surgical treatment. Conclusions: A literature search allowed the development of evidence-based guidelines on the screening, diagnosis, treatment, and follow-up of MASLD in individuals with overweight or obesity.
RESUMO
Introdução: A obesidade é um dos fatores mais importantes para explicar o aumento incidência das Doenças Cardiovasculares (DCV). Dentre os múltiplos fatores de risco para estas doenças, a albuminúria é dos mais importantes. Objetivos: Avaliar os níveis de albuminúria e correlacionar com outros marcadores de risco cardiovascular em pacientes obesos que procuraram tratamento para obesidade. Materiais e métodos:Estudo transversal, retrospectivo, através dos prontuários de 183 pacientes de ambos os sexos, entre 18 e 65 anos, com índice de massa corpórea (IMC) ≥ 30 Kg/m². Todos os pacientes foram submetidos a exame físico e receberam um pedido de rotina laboratorial, incluindo de albuminúria em amostra isolada de urina. Valores até 17 mg/L foram considerados normoalbuminúria, de 17-173 mg/L microalbuminuria e ≥ 174mg/L macroalbuminúria. A análise de correlação de Pearson ou Spearman foi utilizada para correlacionar os níveis de albuminuria com as variáveis antropométricas e laboratoriais. Resultados: Dados de albuminúria estavam disponíveis em 81 prontuários. Destes, 15 pacientes (18,5%) tinham valores acima de 17 mg/L de albuminúria. Nenhuma correlação foi encontrada entre os níveis de albuminúria e os parâmetros antropométricos (IMC, Cintura, Quadril e RCQ), pressão arterial (PA) sistólica ou diastólica ou uso de anti-hipertensivos. Foi encontrada correlação entre os níveis de albuminúria e o high-density lipoprotein cholesterol (HDLc), (r=-0,27; p=0,012), além de uma tendência a significância com os níveis de Proteína C Reativa Ultrassensível (PCR-us; r=0,21; p= 0,081). Conclusão: Apesar da alta frequência de albuminúria em pacientes obesos, não foi encontrada correlação entre este marcador e os parâmetros antropométricos. Foi encontrado uma relação inversa da albuminúria com HDLc e uma tendência a significância com a PCR-us, sugerindo uma associação limitada entre a albuminúria e alguns marcadores específicos de risco cardiovascular.
Introduction: Obesity is one of the most important factors related to the increase in Cardiovascular Diseases (CVD) incidence. Among all risk factors for CVD, albuminuria is one of the most relevant. Objective:To evaluate the levels of albuminuria and to correlate with other cardiovascular risk markers in obese patients who seek treatment for obesity. Material and Methods: A retrospective cross-sectional study of 183 patients of both genders, aged 18-65 years, with a body mass index (BMI) ≥ 30 kg / m², attended for the first time. All the patients were submitted to a physical exam and received a routine laboratory request, including for the concentration of albumin in the urine. Values below 17 mg/L were considered normoalbuminuria, from 17 to 173 mg/dL microalbuminuria and above 174 macroalbuminuria. Pearson ou Spearman Correlation was used to correlate albuminuria levels with anthropometric and laboratorial variables. Results: Excluding 102 patient charts out of the criteria, the results of 81 patients were considered. Of these, 15 patients (18.5%) had values above 17 mg / L of albuminuria. No correlation was found between albuminuria levels and anthropometric parameters (BMI, Waist, Hip), systolic BP, diastolic BP or antihypertensive use. A significant correlation was found between albuminuria levels and high-density lipoprotein cholesterol (HDLc), (r = -0.27, p = 0.012), and a trend toward significance with hs-CRP levels (r = 0, 21, p = 0.081). Conclusion: Despite the high prevalence of albuminuria in obese patients, no correlation was found between anthropometric markers and albuminuria. An inverse relationship was found for albuminuria with HDLc, and a trend toward significance with hs-CRP, suggesting a limited association between albuminuria and some specific markers of cardiovascular risk.
Assuntos
Síndrome Metabólica , Obesidade , Proteína C-Reativa , Doenças Cardiovasculares , Fatores de Risco , Morbidade , AlbuminúriaRESUMO
Resumo Fundamentação: desde o primeiro posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) sobre diabetes e prevenção cardiovascular, em 2014,1 importantes estudos têm sido publicados na área de prevenção cardiovascular e tratamento do diabetes,2 os quais contribuíram para a evolução na prevenção primária e secundária nos pacientes com diabetes. Ferramentas de estratificação de risco mais precisas, novos fármacos hipolipemiantes e novos antidiabéticos com efeitos cardiovasculares e redução da mortalidade, são parte desta nova abordagem para os pacientes com diabetes. O reconhecimento de que o diabetes é uma doença heterogênea foi fundamental, sendo claramente demonstrado que nem todos os pacientes diabéticos pertencem a categorias de risco alto ou muito alto. Um porcentual elevado é composto por pacientes jovens, sem os fatores de risco clássicos, os quais podem ser classificados adequadamente em categorias de risco intermediário ou mesmo em baixo risco cardiovascular. O presente posicionamento revisa as melhores evidências atualmente disponíveis e propõe uma abordagem prática, baseada em risco, para o tratamento de pacientes com diabetes. Estruturação: perante este desafio e reconhecendo a natureza multifacetada da doença, a SBD uniu-se à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e à Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM), e formou um painel de especialistas, constituído por 28 cardiologistas e endocrinologistas, para revisar as melhores evidências disponíveis e elaborar uma diretriz contendo recomendações práticas para a estratificação de risco e prevenção da Doença Cardiovascular (DVC) no Diabetes Melito (DM). As principais inovações incluem: (1) considerações do impacto de novos hipolipemiantes e das novas medicações antidiabéticas no risco cardiovascular; (2) uma abordagem prática, baseada em fator de risco, para orientar o uso das estatinas, incluindo novas definições das metas da Lipoproteína de Baixa Densidade-colesterol (LDL-colesterol) e colesterol não Lipoproteína de Alta Densidade HDL; (3) uma abordagem baseada em evidências, para avaliar a isquemia miocárdica silenciosa (IMS) e a aterosclerose subclínica em pacientes com diabetes; (4) as abordagens mais atuais para o tratamento da hipertensão; e (5) recomendação de atualizações para o uso de terapia antiplaquetária. Esperamos que esta diretriz auxilie os médicos no cuidado dedicado aos pacientes com diabetes. Métodos: inicialmente, os membros do painel foram divididos em sete subcomitês para definirem os tópicos principais que necessitavam de uma posição atualizada das sociedades. Os membros do painel pesquisaram e buscaram no PubMed estudos clínicos randomizados e metanálises de estudos clínicos e estudos observacionais de boa qualidade, publicados entre 1997 e 2017, usando termos MeSH: [diabetes], [diabetes tipo 2], [doença cardiovascular], [estratificação de risco cardiovascular] [doença arterial coronária], [rastreamento], [isquemia silenciosa], [estatinas], [hipertensão], [ácido acetilsalicílico]. Estudos observacionais de baixa qualidade, metanálises com alta heterogeneidade e estudos transversais não foram incluídos, embora talvez tenham impactado no Nível de Evidência indicado. A opinião de especialistas foi usada quando os resultados das buscas não eram satisfatórios para um item específico. É importante salientar que este posicionamento não teve a intenção de incluir uma revisão sistemática rigorosa. Um manuscrito preliminar, destacando recomendações de graus e níveis de evidência (Quadro 1), foi esboçado. Este passo levou a várias discussões entre os membros dos subcomitês, que revisaram os achados e fizeram novas sugestões. O manuscrito foi, então, revisto pelo autor líder, encarregado da padronização do texto e da inclusão de pequenas alterações, sendo submetido à apreciação mais detalhada pelos membros dos comitês, buscando uma posição de consenso. Depois desta fase, o manuscrito foi enviado para a banca editorial e edição final, sendo encaminhado para publicação. Quadro 1 Graus de recomendações e níveis de evidências adotados nesta revisão Grau de recomendação Classe I A evidência é conclusiva ou, se não, existe consenso de que o procedimento ou tratamento é seguro e eficaz Classe II Há evidências contraditórias ou opiniões divergentes sobre segurança, eficácia, ou utilidade do tratamento ou procedimento Classe IIa As opiniões são favoráveis ao tratamento ou procedimento. A maioria dos especialistas aprova Classe IIb A eficácia é bem menos estabelecida, e as opiniões são divergentes Classe III Há evidências ou consenso de que o tratamento ou procedimento não é útil, eficaz, ou pode ser prejudicial Níveis de Evidência A Múltiplos estudos clínicos randomizados concordantes e bem elaborados ou metanálises robustas de estudos clínicos randomizados B Dados de metanálises menos robustas, um único estudo clínico randomizado ou estudos observacionais C Opinião dos especialistas
Assuntos
Humanos , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Medicina Baseada em Evidências/normas , Cardiomiopatias Diabéticas/prevenção & controle , Sociedades Médicas , Brasil , Fatores de Risco , Medição de Risco , Cardiomiopatias Diabéticas/etiologia , Hipercolesterolemia/complicações , LDL-ColesterolRESUMO
ABSTRACT Objective The aim of this study was to evaluate how different parameters of short-term glycemic control would correlate with the perception of health-related quality of life (HRQoL) in patients with type 1 diabetes mellitus (T1D). Subjects and methods A total of 50 T1D patients aged 18 to 50 years were evaluated with the questionnaires Problem Areas in Diabetes (PAID) scale and Diabetes Quality of Life (DQOL) measure after 30 days of self-monitoring of blood glucose (SMBG). Glycemic control was evaluated using glycated hemoglobin (HbA1c), mean glucose levels (MGL) in the prior month's data from SMBG (Accu-Check 360o), number of hypoglycemic episodes (< 70 mg/dL and < 50 mg/dL), and glycemic variability (GV). Results PAID correlated positively with MGL (r = 0.52; p < 0.001) and HbA1c (r = 0.36; p < 0.0097), but not with GV (r = 0.17; p = 0.23) or number of hypoglycemic episodes (r = 0.15; p = 0.17 for glucose < 70 mg/dL and r = 0.02; p = 0.85 for glucose < 50 mg/dL). After multiple linear regression, only MGL remained independently related to PAID scores. DQOL scores had a positive correlation with MGL (r = 0.45; p = 0.001), but not with HbA1c (r = 0.23; p = 0.09), GV (r = 0.20; p = 0.16), or number of hypoglycemic episodes (r = 0.06 p = 0.68). Conclusion In T1D patients, MGL, but not HbA1c or number hypoglycemic episodes, was the glycemic control parameter that best correlated with short-term perception of HRQoL.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Qualidade de Vida/psicologia , Diabetes Mellitus Tipo 1/psicologia , Diabetes Mellitus Tipo 1/sangue , Percepção , Glicemia/análise , Hemoglobinas Glicadas/análise , Automonitorização da Glicemia , Estudos Prospectivos , Inquéritos e Questionários , Hipoglicemia/psicologia , Hipoglicemia/sangueRESUMO
Abstract Objective: To investigate the relationship between serum thyrotropin (TSH), insulin resistance (IR), and cardiovascular risk factors (CRF) in a sample of overweight and obese Brazilian adolescents. Methods: A retrospective, longitudinal analysis of 199 overweight and obese pubescent adolescents was performed. The TSH and free T4 (fT4) levels, anthropometric measurements, and laboratory test results of these patients were analyzed. Results: 27 individuals (13.56%) presented with TSH levels above the normal level (subclinical hypothyroidism [SCH]). Their waist circumference (WC) was significantly higher than those of euthyroid individuals. Serum TSH was positively correlated with the homeostasis model assessment of insulin resistance (HOMA-IR) index, triglycerides (TG) and high-density lipoprotein cholesterol (HDL-C). Using TSH and BMI as independent variables, TSH levels were shown to be independently related to HOMA-IR (p = 0.001) and TG (p = 0.007). Among euthyroid subjects, individuals with TSH values <2.5 mIU/mL exhibited statistically significant decreases in waist-to-hip ratio, HDL-C levels, and HOMA-IR scores and a tendency toward lower WC values. Conclusion: SCH in overweight and obese adolescents appears to be associated with excess weight, especially visceral weight. In euthyroid adolescents, there appears to be a direct relationship between TSH and some CRF. In conclusion, in the present sample of overweight and obese adolescents, TSH levels appear to be associated with IR and CRF.
Resumo Objetivo Investigar a relação entre tireotrofina sérica (TSH), resistência à insulina (RI) e fatores de risco cardiovascular (FRC) em uma amostra de adolescentes brasileiros acima do peso e obesos. Métodos Foi realizada uma análise longitudinal retrospectiva de 190 adolescentes púberes acima do peso e obesos. Foram analisados os níveis de TSH e T4 livre (T4l), as medidas antropométricas e os resultados de exames laboratoriais desses pacientes. Resultados 27 indivíduos (13,56%) apresentaram níveis de TSH acima do normal (hipotireoidismo subclínico (HSC)). Eles apresentaram circunferência da cintura (CC) significativamente maior que os indivíduos eutireoideos. A TSH sérica foi positivamente correlacionada ao índice do modelo de avaliação da homeostase de resistência à insulina (HOMA-IR), triglicerídeos (TG) e lipoproteína de alta densidade-colesterol (HDL-C). Usando TSH e IMC como variáveis independentes, os níveis de TSH estavam relacionados ao HOMA-IR (p = 0.001) e a TG (p = 0.007) de forma independente. Entre os pacientes eutireoideos, indivíduos com valores de TSH < 2.5 mIU/mL apresentaram reduções estatisticamente significativas na razão cintura/quadril, nos níveis de HDL-C e nos escores de HOMA-IR e tendência a menores valores de CC. Conclusão O HSC em adolescentes acima do peso e obesos parece estar associado ao excesso de peso, principalmente de peso visceral. Em adolescentes eutireoideos, parece haver uma relação direta entre TSH e alguns FRC. Concluindo, em nossa amostra de adolescentes acima do peso e obesos, os níveis de TSH parecem estar associados a RI e FRC.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Tireotropina/sangue , Doenças Cardiovasculares/sangue , Sobrepeso/sangue , Obesidade Infantil/sangue , Triglicerídeos/sangue , Brasil , Resistência à Insulina , Doenças Cardiovasculares/complicações , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais , Sobrepeso/complicações , Circunferência da Cintura , Obesidade Infantil/complicações , Hipotireoidismo/complicações , HDL-Colesterol/sangueRESUMO
OBJETIVO: avaliar as características clínicas e laboratoriais de parentes de primeiro grau do sexo masculino de pacientes com diagnóstico confirmado de síndrome de ovários policísticos (SOP) e comparar os achados com um grupo controle sem história familiar de SOP. MÉTODOS: foram selecionados aleatoriamente 28 homens com idade entre 18 e 65 anos que possuíam parentesco de primeiro grau com mulheres diagnosticadas com SOP e 28 controles pareados por idade, cintura e índice de massa corporal (IMC). RESULTADOS: homens com parentesco de 1º grau com mulheres com SOP comparados ao Grupo Controle apresentaram níveis mais elevados de triglicerídeos (189,6±103,1 versus 99,4±37,1; p<0,0001), HOMA-IR (Homeostase Model Assesment) (3,5±9,1 versus 1,0±1,0; p=0,0077) e glicemia (130,1±81,7 versus 89,5±7,8; p=0,005), além de menores níveis da globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) (23,8±13,8 versus 31,1±9,1; p=0,003). Os níveis de SHBG se correlacionaram independentemente com os níveis de triglicérides. Os parentes de 1º grau também apresentavam mais sinais clínicos de hiperandrogenismo. CONCLUSÕES: parentes de primeiro grau do sexo masculino das pacientes com SOP apresentam maior grau de dislipidemia e de resistência à insulina, além de níveis mais baixos de SHBG com mais sinais clínicos de hiperandrogenismo. Esses achados sugerem que a resistência à insulina pode ter origem hereditária em indivíduos com história familiar de SOP, independentemente de parâmetros antropométricos.
PURPOSE: to evaluate clinical and laboratory characteristics of first-degree male relatives of patients with a confirmed diagnosis of polycystic ovary syndrome (PCOS) and to compare the findings with a control group with no family history of PCOS. METHODS: we randomly selected 28 male individuals aged 18 to 65 years who were first-degree relatives of women diagnosed with PCOS and 28 controls matched for age, waist and body mass index (BMI). RESULTS: men with 1st degree kinship with women with PCOS had higher levels of triglycerides (189.6±103.1 versus 99.4±37.1, p<0.0001), Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR) (3.5±9.1 versus 1.0±1.0, p=0.0077) and glucose (130.1±81.7 versus 89.5±7.8, p=0.005), and lower levels of sex hormone binding globulin (SHBG) (23.8±13.8 versus 31.1±9.1, p=0.003). SHBG levels correlated independently with triglyceride levels. These individuals also had more clinical signs of hyperandrogenism. CONCLUSIONS: male individuals who are first-degree relatives of patients with PCOS have a higher degree of dyslipidemia and insulin resistance, lower levels of SHBG, and more evident clinical signs of hyperandrogenism. These findings suggest that insulin resistance may be of hereditary origin in individuals with a family history of PCOS regardless of anthropometric parameters.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Índice de Massa Corporal , Hiperandrogenismo/sangue , Síndrome do Ovário Policístico , Circunferência da Cintura , Relação Cintura-Quadril , Hiperandrogenismo/genética , Síndrome do Ovário Policístico/genética , Circunferência da Cintura/genéticaRESUMO
OBJECTIVE: Obesity is a complex condition associated with a host of medical disorders. One common assumption is that obesity is also related to psychological and emotional complications. However, some studies have shown that obesity itself does not appear to be systematically associated with psychopathological outcomes.The objective of the present study was to evaluate the impact that the various degrees of obesity have on the psychopathological profile of obese patients. METHOD: The study sample consisted of 217 women classified as obese (body mass index > 30 kg/m²) who sought medical treatment for weight loss and were consecutively invited to participate in the study. Anthropometric data were registered for all participants. Psychiatric evaluations were performed using the Beck Depression Inventory and Symptom Checklist-90. Multiple regression analysis was used in order to determine whether any of the studied variables (age, level of education, Beck Depression Inventory score and body mass index) were independently correlated with the score on the different subscales of the Symptom Checklist-90. RESULTS: Only body mass index was found to correlate significantly with the score on the somatization subscale of the Symptom Checklist-90 (r = 0.148, p = 0.035). This correlation remained significant after multiple regression analysis (p = 0.03). No correlation was found between body mass index and the score on any of the other subscales. CONCLUSION: The degree of obesity did not correlate with any of the psychological profiles commonly described in the medical literature, including depression and anxiety. The correlation between obesity and somatization, although weak, might simply be related to an overlapping of symptoms.
OBJETIVO: A obesidade é uma condição complexa associada a uma ampla variedade de desordens médicas, incluindo alguns distúrbios emocionais e psicológicos. Entretanto, alguns estudos têm demonstrado que a obesidade, per se, não parece estar sistematicamente associada a alterações psicopatológicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da severidade da obesidade no perfil psicopatológico de pacientes com obesidade, utilizando o Symptom Checklist-90. MÉTODO: Foram selecionados 217 pacientes do sexo feminino, com obesidade (índice de massa corporal > 30 kg/m²), que procuraram tratamento para perda de peso. Os participantes tiveram seus dados antropométricos registrados. A avaliação psiquiátrica foi realizada utilizando o Inventário de Depressão de Beck e o Symptom Checklist-90. A Regressão Linear Múltipla foi utilizada para avaliar quais variáveis (idade, nível educacional, Inventário de Depressão de Beck e índice de massa corporal) apresentariam uma correlação independente com as subscalas do Symptom Checklist-90. RESULTADOS : Uma correlação significativa foi encontrada apenas entre o índice de massa corporal e o domínio Somatização (r = 0,148, p = 0,035). Esta correlação permaneceu após análise de regressão múltipla (p = 0,03). Nenhuma correlação foi encontrada entre índice de massa corporal e os outros domínios. CONCLUSÃO: A gravidade da obesidade não se correlacionou com diversos dos perfis psicopatológicos comumente encontrados na literatura, como depressão e ansiedade. A correlação entre obesidade e somatização, embora fraca, pode estar relacionada simplesmente a uma sobreposição de sintomas.
Assuntos
Adolescente , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Índice de Massa Corporal , Transtornos Mentais/diagnóstico , Obesidade/psicologia , Inquéritos e Questionários , Transtornos de Ansiedade/diagnóstico , Transtorno Depressivo/diagnóstico , Modelos Lineares , Obesidade/fisiopatologia , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Índice de Gravidade de Doença , Fatores Socioeconômicos , Transtornos Somatoformes/psicologia , Adulto JovemRESUMO
Insulinomas ocultos são tumores não detectáveis aos exames convencionais. O estímulo superseletivo arterial com cálcio e coleta venosa hepática (EACV) é um exame que pode ser utilizado para localizar o segmento pancreático acometido pelo tumor. Relatamos o caso de uma paciente com insulinoma oculto detectado por meio do EACV. Além disso, são discutidos aspectos técnicos da realização do exame.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Insulinoma , Insulinoma/diagnóstico , Insulinoma/tratamento farmacológico , Neoplasias Pancreáticas/diagnóstico , Pâncreas , Neoplasias Pancreáticas , Sensibilidade e Especificidade , CálcioRESUMO
CONTEXTO: A síndrome da hiperinsulinemia autoimune (SHA, doença de Hirata) é uma causa rara de hipoglicemia nos países ocidentais. Ela é caracterizada por episódios de hipoglicemia, níveis elevados de insulina e presença de anticorpos anti-insulina. Nosso objetivo é relatar um caso da SIA identificado na América do Sul. RELATO DO CASO: Um homem caucasiano de 56 anos de idade começou a apresentar sintomas neuroglicopênicos durante hospitalização devida a trauma grave. A avaliação laboratorial confirmou hipoglicemia e níveis extremamente elevados de insulina. Os exames radiológicos convencionais realizados foram negativos para tumor pancreático. A remissão clínica da doença não ocorreu durante o uso de verapamil e corticóides. Desta forma, pancreatectomia subtotal foi realizada devido à ausência de resposta ao tratamento conservador e à impossibilidade de serem utilizados imunosupressores em razão da bacteremia persistente. O exame histopatológico revelou hiperplasia difusa de células beta. O paciente persiste apresentando níveis elevados de insulina porém praticamente não apresenta mais episódios de hipoglicemia.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Autoimunes/complicações , Hiperinsulinismo/etiologia , Hipoglicemia/etiologia , Doenças Autoimunes/sangue , Peptídeo C/sangue , Hiperinsulinismo/sangue , Hipoglicemia/sangue , Anticorpos Anti-Insulina/sangue , Insulina/sangue , SíndromeRESUMO
A presença de bulimia nervosa (BN) está associada a aumento do risco de interrupção de gravidez, tanto para o feto quanto para a gestante, durante a gravidez. Relataðse o caso de uma paciente portadora de BN que durante a gestação evoluiu com aumento na freqüência dos episódios de compulsão alimentar. A paciente apresentou outras complicações comuns relacionadas com a associação de gravidez e transtornos alimentares: aborto espontâneo e depressão. Os autores discutem a importância da terapia multidisciplinar com cuidados intensivos, durante a gestação, em pacientes portadoras de transtornos alimentares