RESUMO
ABSTRACT Objective: To discuss the implementation of technical advances in laboratory diagnosis and monitoring of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria for validation of high-sensitivity flow cytometry protocols. Methods: A retrospective study based on analysis of laboratory data from 745 patient samples submitted to flow cytometry for diagnosis and/or monitoring of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Results: Implementation of technical advances reduced test costs and improved flow cytometry resolution for paroxysmal nocturnal hemoglobinuria clone detection. Conclusion: High-sensitivity flow cytometry allowed more sensitive determination of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria clone type and size, particularly in samples with small clones.
RESUMO Objetivo: Discutir as melhorias técnicas no diagnóstico e no acompanhamento laboratorial de hemoglobinúria paroxística noturna para a validação da técnica de citometria de fluxo de alta sensibilidade. Métodos: Estudo retrospectivo, que envolveu a análise de dados laboratoriais de 745 pacientes com hipótese diagnóstica e/ou acompanhamento de hemoglobinúria paroxística noturna por citometria de fluxo. Resultados: Os avanços técnicos não só reduziram o custo do ensaio, mas também melhoraram a identificação e a resolução da citometria de fluxo para a detecção de clone hemoglobinúria paroxística noturna. Conclusão: A citometria de fluxo de alta sensibilidade possibilitou a identificação do tipo e do tamanho de clone de hemoglobinúria paroxística noturna, especialmente em amostras com pequeno clone.
Assuntos
Humanos , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Citometria de Fluxo/métodos , Hemoglobinúria Paroxística/diagnóstico , Antígenos CD/sangue , Estudos Retrospectivos , Sensibilidade e Especificidade , Melhoria de Qualidade/economia , Citometria de Fluxo/economia , Citometria de Fluxo/instrumentação , Citometria de Fluxo/normas , Hemoglobinúria Paroxística/sangue , Anticorpos Monoclonais/sangueRESUMO
Objective: To identify antiplatelet antibodies by flow cytometry (direct method) in patients with thrombocytopenia. Methods: Between January 1997 and March 2004 a total of 15100 patients were referred to the Centro de Hematologia de São Paulo for hematological investigation of several diagnoses (anemia, leukopenia, thrombocytopenia, coagulation abnormalities, adenomegaly, leukemia and others). Ofthose, 1057 were referred because of thrombocytopenia and were divided into two groups: Group Idiopathic thrombocytopenic purpura, with no identifiable cause; and Group Other thrombocytopenia, which included low normal platelet counts cause to be established, hepatitis C and HIV infection, hypersplenism, EDTA-induced artifacts, laboratory error, and other causes. Flow cytometry immunophenotyping was done in 115 cases to identify platelet autoantibodies (direct method). Results: Of the total number of patients, 1057 (7%) presented low platelet counts, 670 were females (63.4%) and age range of one to 75 years. Of the 115 cases (9.7%) submitted to immunophenotyping, the results were positive in 40% and the test was inconclusive in 5%. Idiopathic thrombocytopenic purpura was found in 52% of patients, more often in women. Hepatitis C virus infection was found in 7% and HIV infection in 1%. Low normal platelet counts were found in 17%, laboratory errors in 6%, and laboratory artifacts in 1% of cases. Platelet autoantibodies were found in 76.9% of all idiopathic thrombocytopenic purpura cases. It was negative in 83.3% of the low normal counts. Conclusion: antiplatelet autoantibodies when present help to diagnose idiopathic thrombocytopenic purpura. When absent, suggest other causes of thrombocytopenia.
Objetivo: Identificar anticorpos antiplaquetas por citometria de fluxo (método direto) em pacientes com plaquetopenia. Métodos: No período de Janeiro de 1997 a Março de 2004, foram encaminhados ao Centro de Hematologia de São Paulo 15.100 pacientes para investigação hematológica, com vários diagnósticos (anemia, leucopenia, plaquetopenia, alteração da coagulação, adenomegalias, leucemia e outros) dos quais 1.057 apresentavam plaquetopenia. Esses pacientes, conforme diagnóstico, foram separados em dois grupos: Grupo Púrpura Trombocitopênica Idiopática, quando não foi descoberta a etiologia da plaquetopenia; e Grupo Outra Trombocitopenia, que incluíafaixa de normalidade a esclarecer, infecção pelo vírus da hepatite C, HIV, hiperesplenismo, artefato EDTA, erro laboratorial e outras. Em 115 casos, foi realizada imunofenotipagem, para identificação de anticorpo antiplaquetas (método direto), por citometria de fluxo. Resultados: Dos 1.057 casos (7%) encaminhados por laquetopenia, 670 casos (63,4%) eram do sexo feminino. As idades variavam entre 1 e 75 anos. Dos 115 casos (9,7%) em que foi realizada imunofenotipagem, houve positividade em 40% e o exame foi duvidoso em 5%. A púrpura trombocitopênica idiopática foi encontrada em 52% dos casos, sendo mais frequente no sexo feminino, em crianças e adultos jovens. A prevalência do vírus da hepatite C foi encontrada em 7% dos casos e HIV em 1% dos casos. Faixa de normalidade foi encontrada em 17%; erro laboratorial em 6% e artefato laboratorial em 1% dos casos. Conclusão: O anticorpo antiplaquetas é um exame útil, quando positivo, para confirmar o diagnóstico de púrpura trombocitopênica idiopática e, quando negativo, sugere outras causas de trombocitopenia.
Assuntos
Humanos , Plaquetas , Citometria de FluxoRESUMO
Objetivo: Evidenciar as vantagens da correlação entre imunofenotipagem por citometria de fluxo e exame anatomopatológico/imunoistoquímico de adenomegalias e/ou nódulos no diagnóstico de doenças linfoproliferativas. Métodos: Estudo retrospectivo no qual foram avaliadas 157 amostras de biópsias ou punções aspirativas de gânglios ou nódulos de 142 pacientes, durante o período de 1999 a 2009. As amostras tinham sido encaminhadas simultaneamente para os Serviços de Citometria de Fluxo e Anatomia Patológica do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Para a análise na anatomia patológica, as amostras foram preparadas em lâminas e coradas com hematoxilina-eosina, Giemsa, ou marcadas com anticorpos monoclonais para detecção de antígenos específicos. Para a análise por imunofenotipagem por citometria de fluxo, as amostras foram hemolisadas e marcadas com diferentes painéis de anticorpos monoclonais para detecção dos diferentes antígenos. Resultados: Foram concordantes os diagnósticos entre a anatomopatológico e imunofenotipagem por citometria de fluxo em 115 (81%) pacientes, o que correspondeu a 127 amostras distribuídas da seguinte forma, conforme o diagnóstico anatomopatológico: 63 pacientes com linfoma não Hodgkin de células B; 26 pacientes com hiperplasia linfoide reacional; 5 pacientes com linfoma não Hodgkin de células T; 4 pacientes com proliferação linfoide atípica; 5 pacientes com processo inflamatório crônico granulomatoso; 5 pacientes com diagnósticos não hematológicos; 2 pacientes com sarcoma granulocítico; 2 pacientes com timoma; 1 paciente com leucemia bifenotípica; 1 paciente com plasmocitoma Kappa; e 1 paciente com linfoma de Hodgkin. A correlação entre os resultados das duas técnicas permitiu a classificação dos subtipos de linfomas da seguinte forma: 19 pacientes com linfoma folicular; 15 pacientes com linfoma difuso de grandes células B; 7 pacientes com linfoma linfocítico de pequenas células B/leucemia linfocítica crônica; 3 pacientes com linfoma de células do manto; 1 paciente com linfoma de Burkitt; 1 paciente com linfoma do tipo MALT (tecido linfoide associado à mucosa); 1 paciente com doença linfoproliferativa pós-transplante; 2 pacientes com linfoma não Hodgkin de células B de alto grau; 1 paciente com linfoma não Hodgkin de células B de baixo grau; 1 paciente linfoma de Hodgkin; e 12 pacientes com linfoma não Hodgkin de células B, sem outra especificação. Conclusão: A imunofenotipagem por citometria de fluxo complementa os achados do estudo anatomopatológico/imunoistoquímico, permitindo um diagnóstico hematopatológico rápido e preciso das doenças linfoproliferativas.
Assuntos
Citometria de Fluxo , Imuno-Histoquímica , Imunofenotipagem , Linfoma , Transtornos LinfoproliferativosRESUMO
Objetivo: Relatar a experiência e importância da imunofenotipagem porcitometria de fluxo através da positividade e intensidade de expressões antigênicas no diagnóstico de 48 pacientes com leucemia de células cabeludas. Métodos: Entre novembro de 1991 e junho de 2005, 4.318 casos foram analisados por citometria de fluxo, sendo 3.556 pacientescom doenças oncoematológicas (82,3%) e diagnosticados 48 casos(1,3%) de leucemia de células cabeludas. As análises morfológicas foram realizadas em lâminas coradas pelo método pancromático MayGrunwald Giemsa, por pelo menos dois experientes morfologistas.As análises citoquímicas realizadas foram fostatase ácida e fosfataseácida inibida por tartarato (TRAP). Foram analisadas as expressões antigênicas dos anticorpos monoclonais: CD2, CD3, CD5, CD7, CD10,CD11c, CD19, CD20, CD22, CD23, CD25, CD38, HLA-DR, FMC-7,CD79b, CD103, IgM, IgG, IGD, Kappa e Lambda. Resultados: Através das análises dos porcentuais de positividade e intensidade deexpressão dos anticorpos monoclonais encontrados nas regiões de células dos histogramas de volume e complexidade (utilizado de 1991a outubro de 2001), e análise nas regiões de células CD19 positivas com histogramas seqüenciais, foi possível identificar essa patologia, inclusive com discriminação de células residuais após terapêutica específica. Conclusão: A confirmação diagnóstica das leucemias de células cabeludas por citometria de fluxo é um método rápido, precisoe útil no laboratório clínico. A opção por um histograma inicial de CD19x SSC e análise de intensidade de expressão antigênica na medula óssea mostrou-se estatisticamente mais eficiente.