RESUMO
Resumo Os aneurismas de artéria esplênica são o terceiro tipo mais comum de aneurismas intra-abdominais, sendo considerados o tipo mais comum de aneurismas viscerais. A hipertensão portal é um fator de risco significativo para o seu desenvolvimento. Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, branca, de 52 anos, com múltiplos aneurismas de artéria esplênica com hiperesplenismo por hipertensão portal e cirrose. Por meio da angiotomografia abdominal, foram identificados seis aneurismas esplênicos. Nesse contexto, optou-se por intervenção endovascular por meio da embolização com molas de destaque controlado e material embolizante Onyx™. Os três aneurismas maiores foram tratados. As angiografias de controle mostraram boa exclusão dos aneurismas. Portanto, a técnica endovascular foi uma boa opção devido às comorbidades e às discrasias sanguíneas apresentadas. Neste caso, o procedimento foi bem-sucedido. Não houve intercorrências imediatas ou complicações a longo prazo. A paciente evoluiu bem, seguindo em acompanhamento clínico.
Abstract Aneurysms of the splenic artery are the third most common type of intra-abdominal aneurysms and the most common type of visceral aneurysms. Portal hypertension is a significant risk factor for development of these aneurysms. We report the case of a white, female, 52-year-old patient with multiple splenic artery aneurysms and hypersplenism secondary to portal hypertension and cirrhosis. Abdominal angiotomography identified six splenic aneurysms. In this scenario, an endovascular intervention was scheduled to conduct embolization using controlled release coils and Onyx™ embolization agent. The three largest aneurysms were treated. Control angiographs showed good exclusion of the aneurysms. The endovascular technique therefore proved to be a good choice considering the patient's comorbidities and blood disorders. In this case, the procedure was successful. There were no immediate or long-term complications. The patient recovered well and is in clinical follow-up.
RESUMO
Resumo A artéria femoral profunda, devido às suas características anatômicas, se encontra protegida da maioria dos traumatismos vasculares. Relatamos um caso de pseudoaneurisma de ramo perfurante da artéria femoral profunda, associado à fístula arteriovenosa, secundário a rotura completa do músculo vasto medial em paciente jogador de futebol. A ressonância magnética demonstrou lesão muscular associada a pseudoaneurisma, e a angiotomografia confirmou a presença de pseudoaneurisma associado a fístula arteriovenosa de ramo da artéria femoral profunda. Foi realizado tratamento endovascular da fístula através da embolização com micromolas fibradas e drenagem cirúrgica do hematoma muscular. O paciente evoluiu bem, sem queixas clínicas no 30º dia de pós-operatório e também após 1 ano.
Abstract Due to its anatomical characteristics, the deep femoral artery is protected from most vascular injuries. We report a case of a soccer player with pseudoaneurysm of a perforating branch of the deep femoral artery, associated with an arteriovenous fistula and secondary to complete rupture of the vastus medialis muscle. Magnetic resonance imaging showed muscle damage associated with a pseudoaneurysm and angiotomography confirmed the presence of a pseudoaneurysm associated with a deep arteriovenous fistula of a branch of the deep femoral artery. Endovascular treatment of the fistula was performed by embolization with fibrous microcoils and surgical drainage of the muscle hematoma. The patient recovered well, was free from clinical complaints on the 30th postoperative day and also after 1 year.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Fístula Arteriovenosa/terapia , Falso Aneurisma , Músculo Quadríceps/lesões , Artéria Femoral/lesões , Ruptura , Angiografia , Espectroscopia de Ressonância Magnética , Ultrassonografia Doppler , Embolização Terapêutica , Artéria Femoral/diagnóstico por imagem , Procedimentos EndovascularesRESUMO
Abstract Objective: Endovascular techniques to treat abdominal aortic aneurysms results in lower morbidity and mortality rates. However, dilation of the common iliac arteries prevents adequate distal sealing, which compromises the procedure success. The aim of this study is report the long-term outcomes of patients with abdominal aortic aneurysms associated with aneurysm of the common iliac artery following endovascular repair using a bifurcated bell-bottom stent graft. Methods: This is a retrospective study that evaluated patients treated with bifurcated bell-bottom extension stent grafts to repair an infrarenal abdominal aortic aneurysm and who had at least one common iliac artery with dilatation > 1.5 cm for at least 12 months after the endovascular intervention. Results: Thirty-eight patients with a mean age of 70.4±8.2 years were included. Stent graft placement was followed by dilation of the common iliac artery aneurysms in 35.3% of cases; endoleak and reoperation rates were 17.6% and 15.7%, respectively. Younger patients showed a higher rate of artery diameter increase following the procedure. The average arterial dilation was 16% in the first year, 29% in the second year, 57% in the third year and 95% from the fourth year until the end of follow-up. Conclusion: Repair of infrarenal abdominal aortic aneurysms with bifurcated bell-bottom type stents when there is common iliac artery dilation is a good therapeutic option to preserve hypogastric flow. The rate of endoleak was 17.6%, and 15.7% of cases required reoperation. Younger patients are more likely to experience dilation of the common iliac artery after the procedure.
Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Complicações Pós-Operatórias , Aneurisma Ilíaco/cirurgia , Aneurisma da Aorta Abdominal/cirurgia , Procedimentos Endovasculares/instrumentação , Reoperação , Prótese Vascular/efeitos adversos , Estudos Retrospectivos , Seguimentos , Fatores Etários , Implante de Prótese Vascular/métodos , Dilatação Patológica/etiologia , Endoleak/etiologia , Procedimentos Endovasculares/métodosRESUMO
CONTEXT: Non-derivative surgical techniques are the treatment of choice for the control of upper digestive tract hemorrhages after schistosomotic portal hypertension. However, recurrent hemorrhaging due to gastroesophagic varices is frequent. OBJECTIVE: To evaluate the outcome of treatment based on embolization of the left gastric vein to control the reoccurrence of hemorrhages caused by gastroesophagic varices in patients with schistosomiasis previously submitted to non-derivative surgery. METHODS: Rates of reoccurrence of hemorrhages and the qualitative and quantitative reduction of gastroesophagic varices in patients undergoing transhepatic embolization of the left gastric vein between December 1999 and January 2009 were studied based on medical charts and follow-up reports. RESULTS: Seven patients with a mean age of 39.3 years underwent percutaneous transhepatic embolization of the left gastric vein. The mean time between azigoportal disconnections employed in combination with splenectomy and the percutaneous approach was 8.4 ± 7.3 years, and the number of episodes of digestive hemorrhaging ranged from 1 to 7 years. No episodes of reoccurrence of hemorrhaging were found during a follow-up period which ranged from 6 months to 7 years. Endoscopic postembolization studies revealed reductions in gastroesophagic varices in all patients compared to preembolization endoscopy. CONCLUSIONS: Percutaneous transhepatic embolization of the left gastric vein in patients with schistosomiasis previously submitted to surgery resulted in a decrease in gastroesophagic varices and was shown to be effective in controlling hemorrhage reoccurrence.
INTRODUÇÃO: A cirurgia por técnicas não derivativas é o tratamento de escolha para o controle da hemorragia digestiva alta secundária à hipertensão portal esquistossomótica. Contudo, a recidiva hemorrágica em decorrência das varizes gastroesofágicas é um evento frequente. O programa de erradicação endoscópica das varizes gastroesofágicas tem o objetivo de prevenir e/ou tratar a recidiva hemorrágica, porém nem todos os doentes respondem ao tratamento. OBJETIVO: Avaliar o sucesso do tratamento de embolização da veia gástrica esquerda no controle da recidiva hemorrágica por varizes gastroesofágicas nos doentes esquistossomóticos submetidos previamente a cirurgia não derivativa. MÉTODOS: Foram estudadas, por meio de dados colhidos nos prontuários médicos e dos protocolos de seguimento ambulatorial, a incidência da recidiva hemorrágica e a diminuição quantitativa e qualitativa das varizes gastroesofágicas em detrimento das varizes gastroesofágicas dos doentes encaminhados para embolização transhepática da veia gástrica esquerda no período de dezembro de 1999 até janeiro de 2009. RESULTADOS: Sete doentes com média etária de 39,3 anos foram encaminhados para embolização percutânea transhepática da veia gástrica esquerda. O tempo médio decorrido entre a DAPE e a abordagem percutânea foi de 8,4 ± 7,3 anos e o número de episódios de hemorragia digestiva variou de um a sete neste período. Nenhum episódio de ressangramento foi verificado na população do estudo durante o período de acompanhamento, que variou de 6 meses a 7 anos. Após estudo endoscópico pós-embolização, todos os doentes apresentaram diminuição das varizes gastroesofágicas em comparação à endoscopia pré-embolização. CONCLUSÃO: A embolização percutânea transepática da veia gástrica esquerda nos doentes esquistossomóticos, previamente operados, determinou a redução das varizes gastroesofágicas e foi eficiente no controle do ressangramento para a população estudada.
Assuntos
Adulto , Humanos , Embolização Terapêutica , Varizes Esofágicas e Gástricas/terapia , Hemorragia Gastrointestinal/terapia , Hipertensão Portal/complicações , Esquistossomose mansoni/complicações , Varizes Esofágicas e Gástricas/complicações , Varizes Esofágicas e Gástricas/cirurgia , Hemorragia Gastrointestinal/etiologia , Hemorragia Gastrointestinal/cirurgia , Hipertensão Portal/parasitologia , Recidiva , Estudos Retrospectivos , Estômago/irrigação sanguínea , Resultado do Tratamento , VeiasRESUMO
OBJECTIVE: Prevention is the best treatment for cerebrovascular disease, which is why early diagnosis and the immediate treatment of carotid stenosis contribute significantly to reducing the incidence of stroke. Given its silent nature, 80% of stroke cases occur in asymptomatic individuals, emphasizing the importance of screening individuals with carotid stenosis and identifying high-risk groups for the disease. The aim of this study was to determine the prevalence and the most frequent risk factors for carotid stenosis. METHODS: A transversal study was conducted in the form of a stroke prevention campaign held on three nonconsecutive Saturdays. During the sessions, carotid stenosis diagnostic procedures were performed for 500 individuals aged 60 years or older who had systemic arterial hypertension and/or diabetes mellitus and/or coronary heart disease and/or a family history of stroke. RESULTS: The prevalence of carotid stenosis in the population studied was 7.4%, and the most frequent risk factors identified were mean age of 70 years, carotid bruit, peripheral obstructive arterial disease, coronary insufficiency and smoking. Independent predictive factors of carotid stenosis include the presence of carotid bruit or peripheral obstructive heart disease and/or coronary insufficiency. CONCLUSIONS: The population with peripheral obstructive heart disease and carotid bruit should undergo routine screening for carotid stenosis.