RESUMO
O presente estudo teve como objetivo comparar a técnica de anastomose término-terminal convencional com a utilização do anel metálico Unitary Anastomotic Device (UAD). Seis cães machos, sem raça definida, adultos jovens foram submetidos à anastomose término-terminal experimental da artéria carótida, por meio das duas técnicas operatórias. Em um lado utilizou-se a técnica convencional com sutura contínua, com polipropileno 5-0 unindo três pontos equidistantes e, na artéria contralateral, empregou-se o anel metálico unindo as extremidades vasculares com o mesmo fio. Foram avaliados o tempo de execução das anastomoses a presença de hemorragia durante o procedimento cirúrgico, o diâmetro dos vasos e o pico de velocidade sistólica (PSV) após as anastomoses. Os dados foram submetidos a estudo estatístico (teste t de Student, com nível de significância igual a 0,05%), levando-se em consideração a natureza das variáveis estudadas. O tempo de execução foi estatisticamente menor no lado do anel metálico (P < 0,05), no qual não se observou episódio de hemorragia. A sutura convencional apresentou pequena hemorragia em dois animais, as quais foram contidas com pontos adicionais. Houve aumento estatístico do diâmetro do vaso observado no lado pósanastomose quando se utilizou a prótese (P < 0,05), o que contribuiu para um menor PVS no local quando comparado com o lado da sutura convencional, embora não tenham diferido estatisticamente (P > 0,05). Os resultados permitiram concluir que ambos os métodos são eficientes, porém o anel metálico propicia um tempo significativamente menor de execução, contribuindo principalmente para cirurgias laboriosas com múltiplas anastomoses, como os transplantes de órgãos, pois o tempo de isquemia do órgão pode ser determinante para a sobrevivência do paciente.
Unitary Anastomotic Device (UAD) metallic ring. The study was carried out with six mongrel dogs, young adult male dogs. The animals were submitted to experimental closing-terminal anastomosis of the carotid artery, by two surgical techniques. On one side, the conventional technique of continuous suture with polypropylene 5-0 was used with the union of three equally distant stitches and on the counter-lateral artery, the metallic ring was used bonding the vascular extremities with the same thread. The time of execution of the anastomosis, the presence of hemorrhage during the surgical procedure, the diameter of the vessels and the blood speed (PVS) through ultrasonography with a colored Doppler were all compared after the anastomosis. In the clinical evaluations, the methods used presented similar results. The time of execution was significantly shorter on the side of the metallic ring, in which no hemorrhage episode was observed. Vessel diameter on the side of metallic ring was statistical larger than the side of conventional suture which contributes for the lower PVS, although it does differ statistically (P > 0.05). In conclusion, both methods are efficient, however, the metallic ring provides a significantly shorter time of execution which contributes for laborious surgery with many anastomosis, like organs transplants, where the time of organ ischemy can be crucial for patient survival.