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1.
Rev. panam. salud pública ; 48: e1, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1536669

RESUMO

RESUMO Objetivo. Realizar uma revisão sistemática de publicações científicas que abordaram experiências de aplicação de métodos de estratificação para definir áreas de risco de transmissão de sarampo. Métodos. Foram selecionados artigos publicados nos idiomas inglês, português e espanhol em periódicos indexados nas bases SciELO, PubMed e LILACS. A busca utilizou os descritores risk assessment AND measles, sem delimitação de período. Foram excluídos editoriais, artigos de opinião, estudos observacionais de nível individual e publicações que não tratavam da aplicação de métodos de estratificação de áreas de risco de transmissão de sarampo. As informações de ano de publicação, autoria, país de realização do estudo, objetivo, escala geográfica, método utilizado, indicadores e limitações foram extraídas por meio de formulário. Resultados. Foram selecionados 13 artigos publicados entre 2011 e 2022 em nove países das seis regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desses, 10 tiveram como referência a ferramenta Measles Risk Assessment Tool desenvolvida pela OMS/Centers for Disease Control and Prevention. Apenas um estudo adaptou a ferramenta ao contexto local. Os indicadores utilizados para a estratificação de risco enfocaram uma combinação das dimensões imunidade populacional, qualidade dos sistemas de vigilância e situação epidemiológica. Como dificuldades para a estratificação de risco, destaca-se a produção sistemática de dados com cobertura e qualidade adequadas. Conclusão. As estratégias de estratificação do risco de transmissão de sarampo parecem ser ainda pouco difundidas, especialmente na escala local. Reitera-se a necessidade de estímulo à capacitação de recursos humanos para processamento e interpretação das análises de risco nas rotinas dos serviços de vigilância.


ABSTRACT Objective. To perform a systematic review of scientific publications addressing the use of stratification methods to define risk areas for measles transmission. Method. Articles published in English, Portuguese, and Spanish in journals indexed in the SciELO, PubMed, and LILACS databases were selected. The search terms risk assessment AND measles were used without date limits. Editorials, opinion articles, individual-level observational studies, and publications that did not focus on the application of methods to stratify measles transmission risk areas were excluded. Year of publication, authorship, country where the study was performed, objective, geographic level of analysis, method used, indicators, and limitations were recorded in a data form. Results. Thirteen articles published between 2011 and 2022 in nine countries from the six World Health Organization (WHO) regions were selected. Of these, 10 referred to the Measles Risk Assessment Tool developed by the WHO/Centers for Disease Control and Prevention. Only one study adapted the tool to the local context. The risk stratification indicators used in the selected studies focused on a combination of the following dimensions: population immunity, quality of surveillance systems, and epidemiologic status. The systematic output of data with adequate quality and coverage was a noteworthy aspect hindering risk stratification. Conclusion. There seems to be limited dissemination of measles risk stratification strategies, especially at local levels. The need to train human resources to process and interpret risk analyses as part of the routine of surveillance services is emphasized.


RESUMEN Objetivo. Realizar una revisión sistemática de las publicaciones científicas en las que se han abordado experiencias de aplicación de métodos de estratificación para definir las zonas de riesgo de transmisión del sarampión. Métodos. Se seleccionaron artículos publicados en español, inglés o portugués en revistas indizadas en las bases de datos SciELO, PubMed y LILACS. En la búsqueda se utilizaron los descriptores "risk assessment" y "measles", sin limitaciones en la fecha de publicación. Se excluyeron editoriales, artículos de opinión, estudios de observación de pacientes individuales y publicaciones que no tratasen de la aplicación de métodos de estratificación de zonas de riesgo de transmisión del sarampión. Se empleó un formulario para extraer la información sobre año de publicación, autoría, país de realización del estudio, objetivo, escala geográfica, método utilizado, indicadores y limitaciones. Resultados. Se seleccionaron 13 artículos publicados entre el 2011 y el 2022 en nueve países de las seis regiones de la Organización Mundial de la Salud (OMS). En 10 de ellos se utilizó como referencia la herramienta de evaluación del riesgo de sarampión creada por la OMS y los Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades de Estados Unidos. Solamente en un estudio se adaptó la herramienta al contexto local. Los indicadores utilizados para la estratificación del riesgo se basaron en una combinación de las dimensiones de inmunidad poblacional, calidad de los sistemas de vigilancia y situación epidemiológica. Entre las dificultades de la estratificación del riesgo se destaca la de generación sistemática de datos con una cobertura y calidad adecuadas. Conclusión. Las estrategias de estratificación del riesgo de transmisión del sarampión siguen sin estar, al parecer, muy extendidas, en especial a nivel local. Cabe reiterar la necesidad de fomentar la capacitación de recursos humanos para procesar e interpretar los análisis de riesgo en las operaciones habituales de los servicios de vigilancia.

2.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 1-14, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1377220

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To present the urban arboviruses (dengue, zika and chikungunya) stratification methodology by the territorial receptivity Index, an instrument for the surveillance and control of these diseases, which considers the heterogeneity of an intra-municipal territory. METHODS Ecological study that uses as unit of analysis the areas covered by health centers in Belo Horizonte. For the development of a territorial receptivity index, indicators of socio-environmental determination of urban arboviruses were selected in order to integrate the analysis of main components. The resulting components were weighted by the analytic hierarchy process and combined via map algebra. RESULTS The territorial receptivity index showed great heterogeneity of urban infrastructure conditions. The areas classified with high and very high receptivity correspond to approximately 33% of the occupied area and are mainly concentrated in the administrative planning regions of East, Northeast, North, West, and Barreiro, especially in areas surrounding the municipality. When the density of dengue cases and Aedes eggs, from 2016, were superimposed with the stratification by the index of territorial receptivity to urban arboviruses, areas of very high receptivity had a high density of cases and Aedes eggs - higher than that observed in other areas of the city, which corresponds to a very small percentage of the municipal territory (13.5%). CONCLUSION The analyses indicate the need for the development of adequate surveillance and control actions for each context, overcoming the logic of homogeneous allocation throughout the territory.


RESUMO OBJETIVO Apresentar a metodologia de estratificação das arboviroses urbanas (dengue, zika e chikungunya) pelo índice de receptividade territorial, instrumento de vigilância e controle dessas doenças que considera a heterogeneidade territorial intramunicipal. MÉTODOS Estudo ecológico que utiliza como unidade de análise as áreas de abrangência dos centros de saúde de Belo Horizonte (MG). Para a construção do índice de receptividade territorial foram selecionados indicadores de determinação socioambiental das arboviroses urbanas a fim de integrar à análise de componentes principais. As componentes resultantes foram ponderadas por análise de processos hierárquicos e agregadas por meio de álgebra de mapas. RESULTADOS O índice de receptividade territorial evidenciou grande heterogeneidade das condições de infraestrutura urbana. As áreas classificadas como alta e muito alta receptividade correspondem a aproximadamente 33% da área ocupada e se concentram sobretudo nas regiões de planejamento administrativo Leste, Nordeste, Norte, Oeste e Barreiro, principalmente em áreas limítrofes do município. Quando sobrepostas à densidade de casos de dengue e de ovos de Aedes em 2016, a estratificação pelo índice de receptividade territorial às arboviroses urbanas demonstra que áreas de muito alta receptividade apresentam uma densidade de casos, bem como de ovos de Aedes superior àquela observada nas demais áreas da cidade, o que corresponde a um percentual bastante reduzido do território municipal (13,5%). CONCLUSÕES As análises indicam a necessidade do desenvolvimento de ações de vigilância e controle adequadas para cada contexto, superando, assim, a lógica de alocação homogênea em todo o território.


Assuntos
Humanos , Animais , Arbovírus , Aedes , Dengue/epidemiologia , Febre de Chikungunya , Zika virus , Infecção por Zika virus , Brasil/epidemiologia
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(3): e00110121, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1364629

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi apresentar a proposta metodológica denominada de "Pronta Resposta" modelada nas cidades de Belo Horizonte (Minas Gerais) e Natal (Rio Grande do Norte), Brasil. A metodologia visa identificar e delimitar áreas prioritárias para o direcionamento das ações de vigilância em tempo oportuno, buscando a redução da intensidade e velocidade da dispersão de epidemias em áreas urbanas endêmicas. Para tanto, a metodologia utiliza três variáveis, que representam as causas necessárias para a produção e reprodução da dengue: casos notificados (vírus), ovos de Aedes (vetor) e população (hospedeiro). Trata-se de um estudo ecológico que utilizou os dados dos três planos de informações agregados em escalas temporais e espaciais mais finas, de três a quatro semanas e grades de 400 a 600 metros respectivamente. As áreas de pronta resposta foram definidas por meio de análise estatística de varredura Scan, com definição de clusters espaciais simultâneos para os três planos por meio do programa SaTScan. Os resultados observados foram: na cidade de Natal, as áreas definidas como pronta resposta ocuparam em média 15,2% do território do município e concentraram 67,77% dos casos de dengue do período posterior ao utilizado na delimitação das áreas de pronta resposta, e em Belo Horizonte, os números observados foram de 64,16% dos casos em 23,23% do território. Esses resultados foram obtidos em duas cidades com realidades socioambientais e geográficas diferentes e com perfis epidemiológicos também distintos, apontando que a metodologia pode ser aplicada em diferentes realidades urbanas, criando a possibilidade de os programas de controle atuarem em porções reduzidas do território e impactar num alto percentual de casos em tempo oportuno.


The study aimed to present the methodological proposal entitled "Prompt Response", modelled in the cities of Belo Horizonte (Minas Gerais State) and Natal (Rio Grande do Norte State), Brazil. The proposal aims to identify and demarcate priority areas for timely targeting of surveillance activities, aiming to reduce the intensity and velocity in the spread of epidemics in endemic urban areas. The methodology uses three variables that represent the necessary causes for the production and reproduction of dengue: notified cases (virus), Aedes eggs (vector), and population (host). This was an ecological study that used data from three information planes aggregated in finer temporal and spatial scales of 3 to 4 weeks and 400 to 600-meter grids, respectively. The prompt response areas were defined by Scan statistical analysis with definition of simultaneous spatial clusters for the three planes via the SaTScan program. In Natal, the areas defined as prompt response occupied, on average, 15.2% of the city's territory and concentrated 67.77% of the dengue cases in the period following demarcation of the prompt response areas. In Belo Horizonte, the observed proportions were 64.16% of cases in 23.23% of the territory. These results were obtained in two cities with different socioenvironmental and geographic realities and distinct epidemiological profiles, indicating that the methodology can be applied to different urban realities, allowing control programs to concentrate on reduced portions of the territory and impacting a high percentage of cases in timely fashion.


El objetivo del trabajo fue presentar la propuesta metodológica, denominada de "Resposta Rápida", modelada en las ciudades de Belo Horizonte (Minas Gerais) y Natal (Rio Grande do Norte), Brasil. Esta última tiene como meta identificar y delimitar áreas prioritarias para la ejecución de acciones de vigilancia en el momento oportuno, buscando la reducción de la intensidad y velocidad de la dispersión de epidemias en áreas urbanas endémicas. Para tal fin, la metodología utiliza tres variables, que representan las causas necesarias para la producción y reproducción del dengue: casos notificados (virus), huevos de Aedes (vector) y población (huésped). Se trata de un estudio ecológico que utilizó los datos de los tres planos de información agregados en escalas temporales y espaciales más finas, de 3 a 4 semanas y tablas de 400 a 600 metros respectivamente. Las áreas de respuesta rápida se definieron a través del análisis estadístico de exploración Scan, con definición de clústeres espaciales simultáneos para los tres planos mediante el programa SaTScan. Los resultados observados fueron: en la ciudad de Natal, las áreas definidas como de respuesta rápida ocuparon de media un 15,2% del territorio del municipio y concentraron un 67,77% de los casos de dengue del período posterior al utilizado en la delimitación de las áreas de respuesta rápida y, en Belo Horizonte, los números observados fueron un 64,16% de los casos en un 23,23% del territorio. Estos resultados se obtuvieron en dos ciudades con realidades socioambientales y geográficas diferentes y con perfiles epidemiológicos también distintos, apuntando que la metodología se puede aplicar en diferentes realidades urbanas. Dando la posibilidad de que los programas de control actúen en secciones reducidas del territorio e impactar en un alto porcentaje de casos en el momento oportuno.


Assuntos
Humanos , Animais , Infecções por Arbovirus/diagnóstico , Infecções por Arbovirus/epidemiologia , Aedes/fisiologia , Dengue/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Mosquitos Vetores
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(5): e00075720, 20202. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1100965

RESUMO

Diante da pandemia de COVID-19 e da escassez de ferramentas para orientar as ações de vigilância, controle e assistência de pessoas infectadas, o presente artigo tem por objetivo evidenciar áreas de maior vulnerabilidade aos casos graves da doença na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, caracterizada por grande heterogeneidade socioespacial. Para o estabelecimento dessas áreas foi elaborado um índice de vulnerabilidade aos casos graves de COVID-19 com base na construção, ponderação e integração de três planos de informação: a densidade intradomiciliar média, a densidade de pessoas com 60 anos ou mais (ambas por setor censitário) e a incidência de tuberculose por bairros no ano de 2018. Os dados referentes à densidade intradomiciliar e de pessoas com 60 anos ou mais provêm do Censo Demográfico de 2010 e os de incidência de tuberculose do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A ponderação dos indicadores que compuseram o índice foi realizada por meio da Análise Hierárquica de Processos (AHP), e os planos de informação foram integrados pela Combinação Linear Ponderada por álgebra de mapas. A espacialização do índice de vulnerabilidade aos casos graves na cidade do Rio de Janeiro evidencia a existência de áreas mais vulneráveis em diferentes porções do território, refletindo a sua complexidade urbana. Contudo, é possível observar que as áreas de maior vulnerabilidade estão nas regiões Norte e Oeste da cidade e em comunidades carentes encrustadas nas áreas nobres como as zonas Sul e Oeste. A compreensão dessas condições de vulnerabilidade pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias de monitoramento da evolução da doença, bem como para o direcionamento das ações de prevenção e promoção da saúde.


Ante la pandemia de COVID-19, y la escasez de instrumentos para orientar las acciones de vigilancia, control y asistencia a las personas infectadas, el objetivo de este artículo persigue resaltar las áreas de mayor vulnerabilidad, donde se producen los casos graves de la enfermedad en la ciudad de Río de Janeiro, Brasil, caracterizada por una gran heterogeneidad socioespacial. Para el establecimiento de esas áreas se elaboró un índice de vulnerabilidad con los casos graves de COVID-19, a partir de la creación, ponderación e integración de tres planos de información: el de densidad intradomiciliaria media, el de densidad de personas con 60 años o más (ambas por sector de censo), y la incidencia de tuberculosis por barrios en el año 2018. Los datos referentes a la densidad intradomiciliaria y de personas con 60 años o más proceden del Censo Demográfico de 2010 y los de incidencia de tuberculosis del Sistema de Información para Enfermedades de Notificación (SINAN). La ponderación de los indicadores que formaron parte del índice se realizó mediante el Proceso Analítico Jerárquico (AHP por sus siglas en inglés) y los planos de información se integraron a través de la Combinación Lineal Ponderada por álgebra de mapas. La espacialización del índice de vulnerabilidad en lo que se refiere a los casos graves, en la ciudad de Río de Janeiro, pone en evidencia la existencia de áreas más vulnerables en diferentes áreas del territorio, reflejando su complejidad urbana. Por ello, es posible observar que las áreas de mayor vulnerabilidad se encuentran en las Regiones Norte y Oeste de la ciudad, así como en comunidades sin recursos insertadas en áreas pudientes como las Zonas Sur y Oeste. La comprensión de estas condiciones de vulnerabilidad puede apoyar el desarrollo de estrategias de supervisión de la evolución de la enfermedad, así como la dirección de acciones de prevención y promoción de la salud.


Given the characteristics of the COVID-19 pandemic and the limited tools for orienting interventions in surveillance, control, and clinical care, the current article aims to identify areas with greater vulnerability to severe cases of the disease in Rio de Janeiro, Brazil, a city characterized by huge social and spatial heterogeneity. In order to identify these areas, the authors prepared an index of vulnerability to severe cases of COVID-19 based on the construction, weighting, and integration of three levels of information: mean number of residents per household and density of persons 60 years or older (both per census tract) and neighborhood tuberculosis incidence rate in the year 2018. The data on residents per household and density of persons 60 years or older were obtained from the 2010 Population Census, and data on tuberculosis incidence were taken from the Brazilian Information System for Notificable Diseases (SINAN). Weighting of the indicators comprising the index used analytic hierarchy process (AHP), and the levels of information were integrated via weighted linear combination with map algebra. Spatialization of the index of vulnerability to severe COVID-19 in the city of Rio de Janeiro reveals the existence of more vulnerable areas in different parts of the city's territory, reflecting its urban complexity. The areas with greatest vulnerability are located in the North and West Zones of the city and in poor neighborhoods nested within upper-income parts of the South and West Zones. Understanding these conditions of vulnerability can facilitate the development of strategies to monitor the evolution of COVID-19 and orient measures for prevention and health promotion.


Assuntos
Humanos , Pneumonia Viral/epidemiologia , Tuberculose Pulmonar/epidemiologia , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Pandemias , Betacoronavirus , Fatores Socioeconômicos , Índice de Gravidade de Doença , Brasil/epidemiologia , Áreas de Pobreza , Comorbidade , Incidência , Fatores de Risco , Monitoramento Epidemiológico , Análise Espacial , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Pessoa de Meia-Idade
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);23(2): 463-470, Fev. 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890515

RESUMO

Resumo Realizou-se estudo ecológico objetivando analisar as taxas de homicídio e de lesão corporal ocorridas em Itaboraí, nos anos 2010-2011, considerando-se o total do município, áreas críticas e não críticas do mesmo. Os dados provêm do Sistema de Informação do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. Os territórios foram identificados e delimitados consultando-se estudos sobre ocupações irregulares. Usou-se o método de "snowballing" para o reconhecimento social dessas piores condições. As localidades foram demarcadas pela diferenciação morfológica do padrão urbanístico e habitacional. As áreas foram georreferenciadas, e os agravos foram localizados geograficamente e organizados segundo sua área crítica correspondente. Calcularam-se as taxas municipais usando-se a estimativa populacional do IBGE; para as áreas críticas fez-se a estimativa pelo número de habitações multiplicado por um fator igual à média da densidade intradomiciliar no setor censitário correspondente. Observou-se diminuição da taxa de homicídio e crescimento de lesão corporal em Itaboraí; maior risco de lesão corporal nos territórios críticos com as piores condições de vida, sugerindo a existência de iniquidades sociais que tornam certos espaços sociais mais vulneráveis aos agravos violentos.


Abstract An ecological study aimed at analyzing homicide rates and actual bodily harm was conducted in Itaboraí, in the years 2010 to 2011. The entire municipality was used in the study covering critical and non-critical areas. The data came from the Information System for the Public Security Institute in Rio de Janeiro state. The territories were identified and defined by referring to studies on illegal occupations of areas. The snowballing method was used for the social recognition of poor conditions. The morphological differentiation of urban and housing standards marked the locations. The areas were georeferenced, and the problems were located geographically and organized according to their corresponding critical area. We calculated the municipal rates using population estimates from IBGE. For the critical areas, we obtained estimates of the number of households multiplied by a factor equal to the average household density in the corresponding census tract. There was a decrease in homicide rates and a rise in actual bodily harm in Itaboraí. We also found that there was an increased risk of bodily injury in critical areas with the worst living conditions, suggesting the existence of social inequalities that make certain social spaces more vulnerable to incidents involving violent injuries.


Assuntos
Humanos , Condições Sociais/estatística & dados numéricos , Violência/estatística & dados numéricos , Homicídio/estatística & dados numéricos , Condições Sociais/economia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Cidades , Análise Espacial
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