RESUMO
OBJECTIVE: To evaluate vaginal cone therapy in two phases, passive and active, in women with stress urinary incontinence. METHODS: A prospective study was conducted at the Department of Obstetrics and Gynecology, São Paulo University, Brazil. Twenty-four women with a clinical and urodynamic diagnosis of stress urinary incontinence were treated with vaginal cones in a passive phase (without voluntary contractions of the pelvic floor) and an active phase (with voluntary contractions), each of which lasted three months. Clinical complaints, a functional evaluation of the pelvic floor, a pad test, and bladder neck mobility were analyzed before and after each phase. RESULTS: Twenty-one patients completed the treatment. The reduction in absolute risk with the pad test was 0.38 (p<0.034) at the end of the passive phase and 0.67 (p<0.0001) at the end of the active phase. The reduction in absolute risk with the pelvic floor evaluation was 0.62 (p<0.0001) at the end of the passive phase and 0.77 (p<0.0001) at the end of the active phase. The reduction in absolute risk of bladder neck mobility was 0.38 (p<0.0089) at the end of the passive phase and 0.52 (p<0.0005) at the end of the active phase. Complete reversal of symptomatology was observed in 12 (57.1 percent) patients, and satisfaction was expressed by 19 (90.4 percent). CONCLUSION: Using vaginal cones in the passive phase, as other researchers did, was effective. Inclusion of the active phase led to additional improvement in all of the study parameters evaluated in women with stress urinary incontinence. Randomized studies are needed, however, to confirm these results.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Terapia por Exercício/instrumentação , Contração Muscular/fisiologia , Pessários , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Terapia por Exercício/métodos , Satisfação do Paciente , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento , Incontinência Urinária por Estresse/fisiopatologiaRESUMO
A incontinência urinária (IU) é um problema de Saúde Pública que afeta cerca de 25 milhões de mulheres nos Estados Unidos e causa prejuízos sociais, econômicos, psicológicos e sexuais. O presente texto teve como objetivo a revisão sistemática de evidências atuais dos principais tratamentos não-cirúrgicos da IU de esforço (IUE), a saber: fisioterapia de assoalho pélvico, medicamentos e uso de tampões ou pessários. Foram incluídos 61 artigos. Há fortes indícios de que a fisioterapia melhora significativamente a IUE, porém não a cura definitiva. Não há normatização sobre como realizá-la, o que torna difícil a comparação de diferentes estudos. Apesar de 50 a 60% das pacientes apresentarem melhora da IUE com uso de medicamentos (duloxetina/imipramina), grande parte abandonará o tratamento devido aos efeitos colaterais e ao baixo índice de cura. Não há evidência atual que justifique o uso de estrogênios para o tratamento da IU. Não há estudos controlados, randomizados, duplo-cegos que tenham avaliado a eficácia dos pessários no tratamento da IUE. Dentre os estudos observacionais, o de maior tempo de seguimento é de um ano, e, os resultados apontam eficácia limitada, desconforto com o uso e pouca aderência ao longo prazo
Urinary incontinence (UI) is a Public Health problem affecting 25 million women in the United States. It leads to social, economics, psychological and sexual dysfunctions. The aim of this article was to provide a systematic review of non-surgical treatment for stress UI (SUI): pelvic floor muscle training (PFMT), drugs and pessary. Sixty-one studies were included. The SUI cure rate for PFMT is low, but many women show considerable improvement. There is no PFMT standardization, making it difficult to compare the studies. Despite the fact that 50 to 60% of women with SUI show significant benefits from duloxetine use, most discontinue it due to adverse events and lack of efficacy. There is no evidence that supports the use of estrogens on SUI treatment. There are no randomized, controlled, blinded studies that evaluate incontinence pessary usage. The longer follow-up period was one year in an observational study that showed low efficacy, discomfort from usage and low adherence
Assuntos
Humanos , Feminino , Imipramina/efeitos adversos , Imipramina/uso terapêutico , Incontinência Urinária por Estresse/tratamento farmacológico , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Pessários/efeitos adversos , Pessários , Slings Suburetrais , Diafragma da Pelve/fisiologia , Terapia por Exercício/métodos , EstrogêniosRESUMO
A incontinência urinária oculta (IUO) pode ocorrer em casos avançados de prolapso dos órgãos pélvicos (POP), quando este acarreta compressão externa ou acotovelamento da uretra e, dessa forma, encobre a incontinência urinária de esforço (IUE). Contudo, uma vez corrigido o prolapso, a paciente pode tornar-se incontinente. O diagnóstico de IUO pode ser feito com a redução do POP utilizando pessário, tampão vaginal, espéculo de Sims, pinças diversas com gazes e/ou redução digital durante o estudo urodinâmico. A identificação pré-operatória dessas pacientes pode possibilitar o tratamento concomitante da afecção, evitando um segundo procedimento cirúrgico. Alguns autores recomendam a cirurgia para correção de IUE em pacientes com prolapso estágios III e IV, enquanto outros preconizam avaliar a perda urinária após o tratamento do POP. Todavia, não está bem determinado qual o melhor método para diagnosticar a IUO e se os riscos superam o potencial benefício da cirurgia profilática para IUE nestes casos. Assim, nosso objetivo foi discutir os aspectos controversos relacionados ao diagnóstico e tratamento da IUO.
Occult urinary incontinence (OUI) can occur in advanced cases of pelvic organ prolapse (POP) when it causes external urethral compression or urethral kinking and, therefore, it hides the stress urinary incontinence (SUI). When the POP is surgically corrected, the patient may become incontinent. The diagnosis of OUI is made by the reduction of the POP using pessary, vaginal pack, Sims? speculum, several tweezers with gauze and/or digital reduction during urodynamic investigation. Preoperative identification of these patients allows the treatment of this pathology at the same moment of POP treatment avoiding a second surgery. Some authors recomend a prophylatic anti-incontinence surgery in patients with SUI stage III or IV and others prefer to evaluate urinary incontinence after POP repair. However, it is not determined which is the best method to diagnose OUI, as well as if the risks overtake the potencial benefits of SUI procedure in these cases. The objective of this article was to discuss the controversial aspects of diagnosis and the treatment of OUI.
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Humanos , Feminino , Bexiga Urinária Hiperativa/etiologia , Incontinência Urinária por Estresse/cirurgia , Incontinência Urinária por Estresse/diagnóstico , Incontinência Urinária por Estresse/etiologia , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Prolapso de Órgão Pélvico/cirurgia , Retenção Urinária/etiologia , Técnicas de Diagnóstico Urológico , UrodinâmicaRESUMO
Os autores fazem revisão da literatura sobre os aspectos atuais do tratamento da bexiga hiperativa, afecção que compromete de forma significativa a qualidade de vida das mulheres. São analisadas, quanto à eficácia e efeitos colaterais, as diversas modalidades de tratamento, como a terapêutica medicamentosa, com suas doses e vias de administração, as medidas comportamentais, os exercícios perineais, a eletroestimulação transvaginal e do nervo tibial posterior, a neuromodulação sacral, a acupuntura e, também, a toxina botulínica intravesical. Citam ainda as novas drogas já aprovadas na Europa e nos Estados Unidos, com perspectiva de aprovação para sua utilização no Brasil e as expectativas futuras no tratamento desta afecção.
The authors reviewed the worldwide literature about the current aspects of the overactive bladder syndrome treatment, disease that significantly compromises the women's quality of life. Several types of the treatment are analyzed as efficacy and adverse effects on present medical treatment to coadjuvant therapies, like handling medically with doses and administration, behavior measurements, perineal exercises, transvaginal eletrostimulation, posterior tibial nerve stimulation, sacral nerve neuromodulation, acupuncture and also intravesical botox application. This article also emphasizes new perspectives of medical treatment relating drugs that have already been approved in Europe and United States and will probably be approved to be used in Brazil.
Assuntos
Feminino , Terapia por Acupuntura , Antagonistas Colinérgicos/uso terapêutico , Terapia Comportamental , Bexiga Urinária Hiperativa/tratamento farmacológico , Bexiga Urinária Hiperativa/terapia , Estimulação Elétrica , Modalidades de Fisioterapia , Qualidade de Vida , Literatura de Revisão como AssuntoRESUMO
Objetivo: Comparar as vias de acesso disponíveis para realização de hísterectomia. Métodos: Foram estudadas 60 mulheres, divididas em três grupos de 20, submetidas a histerectomia total abdominal, hísterectomia vaginal ou histerectomia laparoscópi- ca. Analisou-se o tempo de cirurgia, a perda sanguínea (variação dos níveis séricos de eritrócitos, hemoglobina e hematócríto) e a resposta inflamatória (dosagens de cortisol, proteína C-reativa e interleucina-6). Resultados: O tempo de cirurgia foi significativamente menor nas mulheres submetidas à histerectomia vaginal, não houve diferença significativa entre a histerectomia total abdominal e a histerectomia laparoscópíca. Em relação à perda sanguínea, as concentrações de erítrócitos apresentaram maior redução após as hísterectomías vaginais e menor após as laparoscópícas. As concentrações de hemoglobina apresentaram maior redução após as hísterectomias vaginais e a variação de hematócríto foi semelhante nos três grupos. Em relação à resposta inflamatória, a elevação dos níveis séricos de cortisol e de proteína C-reativa foi significativamente menor no grupo de histerectomias vaginais e com tendência de ser menor nas histerectomías laparoscópicas comparadas às histe- rectomias totais abdominais. A elevação dos níveis sérícos de interleucina-6 foi significa- tivamente maior no grupo de histerectomia total abdominal e não houve diferença entre os grupos de hísterectomia vaginal e histerectomia laparoscópica. Conclusão: A via vaginal ou a via laparoscópica devem ser indícadas como primeira opção para realização de histerectomías, levando-se em consideração a experiência do cirurgião e a criteriosa individualização de cada paciente.
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Humanos , Feminino , Colecistectomia Laparoscópica , Histerectomia , Histerectomia Vaginal , ÚteroRESUMO
Nos ultimos anos, tem sido crescente a difusao de tecnicas cirurgicas que envolvem o emprego de telas de...
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Humanos , Feminino , Materiais Biocompatíveis , Telas Cirúrgicas , Prolapso Uterino , Doenças da Bexiga Urinária/cirurgia , Procedimentos Cirúrgicos em GinecologiaRESUMO
Os autores discutem os principais aspectos relacionados a reposicao hormonal e suas repercussoes sobre a pele
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Humanos , Feminino , Pele/metabolismo , Terapia de Reposição de Estrogênios/métodosRESUMO
A elevadissima taxa de mortalidade materna no Brasil demonstra a falta de prioridades no seu sistema de saúde. A dupla jornada de trabalho, a discriminaçäo e dominaçäo a que as mulheres säo submetidas, associadas a excessiva burocracia do sistema de saúde as afasta cada vez mais desse sistema. Visando corrigir esta distorçäo e baseado no ideal do Programa de Atençäo Integral a Saúde da Mulher (PAISM), o nosso Centro de Referência da Saúde da Mulher e de Nutriçäo, Alimentaçäo e Desenvolvimento Infantil (CRSMNAD) organizou um Plano Piloto de Atendimento com Unidades Moveis constituido de pessoal paramédico (enfermeiras e auxiliares de enfermagem) que trabalham nas áreas suburbanas da cidade de Säo Paulo usando trailers devidamente adaptados para o atendimento ginecológico. Säo analisados aqui 3.000 casos consecutivos dos anos de 1995. O trabalho é feito por auxiliares de enfermagem devidamente treinados por médicos e enfermeiras e abrange: anamnese, exames clínico e ginecológico simplificados, palpaçäo da mama e abdomen, visualizaçäo cervical, testes de Schiller e Papanicolaou e, em alguns casos, toque vaginal...
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Humanos , Feminino , Pessoal Técnico de Saúde , Projetos Piloto , Serviços de Saúde da Mulher/organização & administração , Mortalidade Materna , Fatores Socioeconômicos , Unidades Móveis de Saúde/tendênciasRESUMO
Os autores relatam dois casos de abcessos do cisto de uraco infectado que foram diagnosticados como abcessos pelvicos de causa ginecologica.Indicam os procedimentos cirurgicos e antibioticoterapia utilizada,destacando a importancia de conhecimento desta enfermidade pelo ginecologista.
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Humanos , Abscesso/diagnóstico , Abscesso/terapiaRESUMO
Os autores relatam um caso de tumor de ovario torcido, cujo estudo anatomopatologico demontrou ser fibroma de ovario. Chamam a atencao para as dimensoes do tumor (15 x 12 x 11 cm) e seu peso (1072g).
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Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Fibroma/cirurgia , Neoplasias Ovarianas/patologia , Neoplasias Ovarianas/diagnóstico , Dor/etiologiaRESUMO
A mastopatia fibrocistica se caracteriza por mamaria associada a graus variados de espessamento do parenquima. E o diagnostico mais comum em ambulatorios da especialidade. Gera ansiedade nas pacientes pela sua eventual evolucao para o cancer. A terapeutica e baseada principalmente na orientacao verbal e psicotarapia de apoio. Em casos selecionados pode-se indicar terapia medicamentosa com uso de progesterona, diuretico, tamoxifen, bromoergocriptina e danazol. A cirurgia e praticada em casos excepcionais.
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Humanos , Doença da Mama Fibrocística/diagnóstico , Doença da Mama Fibrocística/terapiaRESUMO
Este estudo duplo-cego randomizado envolvendo 40 pacientes do sexo feminino procurou avaliar a eficácia dos agentes fosfomicina trometamol e amoxicilina no tratamento em dose única de infecçöes näo complicadas do trato urinário baixo. O diagnóstico de infecçäo do trato urinário foi realizado através de exame clínico e urocultura, sendo as pacientes reavaliadas uma semana e 30 dias após o tratamento. Observou-se maior sensibilidade in vitro das bactérias isoladas a fosfomicina trometamol. A negativaçäo da urocultura após sete dias do tratamento foi significativamente superior nas pacientes tratadas com fosfomicina trometamol (fosfomicina trometamol: 89,5 por cento; amoxicilina: 61,9 por cento - p < 0,05), observando-se também melhor resoluçäo dos sintomas neste grupo. Os autores concluem que a fosfomicina trometamol apresenta melhores resultados que a amoxicilina no tratamento em dose única de infecçöes näo complicadas do trato urinário baixo.
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Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Amoxicilina/uso terapêutico , Antibacterianos/uso terapêutico , Doenças Urológicas/tratamento farmacológico , Fosfomicina/uso terapêutico , Penicilinas/uso terapêutico , Trometamina/uso terapêutico , Amoxicilina/administração & dosagem , Antibacterianos/administração & dosagem , Método Duplo-Cego , Fosfomicina/administração & dosagem , Penicilinas/administração & dosagem , Trometamina/administração & dosagemRESUMO
Para avaliar a eficácia e tolerabilidade de uma nova droga antiinflamatória näo hormonal no tratamento da dismenorréia primária, 40 pacientes com sintomatologia de intensidade moderada a intensa foram avliadas em um estudo duplo-sego cruzado, comparativo com placebo, por dois ciclos menstruais consecutivos. As pacientes foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos de tratamento: etodolac 200 mg duas vezes ao dia, por cinco dias durante o primeiro ciclo menstrual, e placebo no segundo (20 pacientes); placebo durante o primeiro ciclo menstrual e etodolac no segundo (20 pacientes). As avaliaçöes clínicas foram realizadas no pré e após cada ciclo de tratamento. A análise estatística demonstrou significância no alívio da dor pélvica durante o tratamento com etodolac. A diferença entre os tratamentos com etodolac e placebo foi significante a p < 0,005. Resultado similar foi obtido em relaçäo à fadiga, dor em membros inferiores e depressäo. Näo houve diferença significante entre etodolac e placebo com relaçäo às reaçöes adversas, demonstrando uma boa tolerabilidade da droga neste ensaio clínico. Os autores discutem a relaçäo de prostaglandinas com a dismenorréia primária e seu tratamento com antiinflamatórios näo hormonais, bem como a importância de estudos duplo-cegos, cruzados, randomizados, comparativos com placebo, para avaliaçäo de uma nova droga na indicaçäo em questäo.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Anti-Inflamatórios/uso terapêutico , Dismenorreia/tratamento farmacológico , Etodolac/uso terapêutico , Anti-Inflamatórios/administração & dosagem , Anti-Inflamatórios/farmacologia , Depressão/tratamento farmacológico , Dor Pélvica/tratamento farmacológico , Método Duplo-Cego , Tolerância a Medicamentos , Etodolac/administração & dosagem , Etodolac/farmacologia , Fadiga/tratamento farmacológico , Resultado do TratamentoRESUMO
Os autores revisaram os aspectos etiologicos, fisiologicos, diagnostico e tratamento da incontinencia urinaria de esforco discutindo os recursos diagnosticos e inovacoes do tratamento.
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Humanos , Feminino , Emeprônio/uso terapêutico , Estriol/uso terapêutico , Imipramina/uso terapêutico , Incontinência Urinária por Estresse/cirurgia , Micção , Prolapso Uterino/etiologia , Incontinência Urinária por Estresse/diagnóstico , Incontinência Urinária por Estresse/tratamento farmacológico , Uretra/fisiopatologiaRESUMO
Os autores apresentam um estudo prospectivo de 38 pacientes com incontinencia urinaria de esforco avaliadas pre e pos-operatoriamente atraves do teste do cotonete. Todos os casos apresentavam teste maior que 30 graus antes da correcao cirurgica. Apos 6 meses da cirurgia 82,2 por cento das pacientes apresentavam teste menor que 30 graus. Das pacientes que permaneceram incontinentes aos 6 meses 80 por cento apresentava teste maior que 30 graus. Os autores concluem que a sensibilidade de 0,8 e especificidade de 0,82 apresentadas pelo teste neste estudo habilitam-no como um recurso simples e util no seguimento das pacientes incontinentes.