RESUMO
O manejo de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis de pacientes que evoluem a óbito tem sido motivo de controvérsia. Em nosso meio, não há recomendações uniformes, estando baseadas exclusivamente em protocolos institucionais e em costumes regionais. Quando o cadáver é submetido para cremação, além de outros cuidados, recomenda-se a retirada do dispositivo devido ao risco de explosão e dano do equipamento crematório. Principalmente no contexto da pandemia causada pelo SARS-Cov-2, a orientação e organização de unidades hospitalares e serviços funerários é imprescindível para minimizar o fluxo de pessoas em contato com fluidos corporais de indivíduos falecidos por COVID-19. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas elaborou este documento com orientações práticas, tendo como base publicações internacionais e recomendação emitida pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil.
The management of cardiac implantable electronic devices after death has become a source of controversy. There are no uniform recommendations for such management in Brazil; practices rely exclusively on institutional protocols and regional custom. When the cadaver is sent for cremation, it is recommended to remove the device due to the risk of explosion and damage to crematorium equipment, in addition to other precautions. Especially in the context of the SARS-CoV-2 pandemic, proper guidance and organization of hospital mortuary facilities and funeral services is essential to minimize the flow of people in contact with bodily fluids from individuals who have died with COVID-19. In this context, the Brazilian Society of Cardiac Arrhythmias has prepared this document with practical guidelines, based on international publications and a recommendation issued by the Brazilian Federal Medical Council.
Assuntos
Humanos , Marca-Passo Artificial , Autopsia/métodos , Desfibriladores Implantáveis , Dispositivos de Terapia de Ressincronização Cardíaca , COVID-19RESUMO
Introdução: pacientes com perdas transitórias da consciência e convulsões são quase sempre considerados epiléticos, mesmo que o eletroencefalograma seja normal. Um diagnóstico equivocado pode expor o paciente por muito tempo a drogas anticonvulsivas desnecessárias e expô-lo a situações de risco, quando a doença de base for uma cardiopatia grave passível de tratamento. Objetivo: avaliar a proporção de pacientes...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Epilepsia/diagnóstico , Convulsões , Eletroencefalografia , Prevalência , Síncope/epidemiologiaRESUMO
A fibrilaçäo atrial (FA) é a arritmia sustentada mais frequente. Sua prevalencia é rara antes dos 40 anos, mas, aumenta progressivamente a partir desta idade. Como a proporçäo de idosos está crescendo, a sua ocorrência será cada vez mais frequente. O seu aparecimento está relacionado a aumento de duas vezes na mortalidade e de 5 vezes nos acidentes vasculares cerebrais. As causas mais frequentes säo a cardiopatia hipertensiva, a insuficiência cardíaca, as valvopatias mitrais e a insuficiência coronariana. Outras causas säo a tiretoxicose, doenças pulmonares obstrutivas, disturbios eletrolíticos, strees, álcool cardiomiopatia hipertrófica, Wolf-Parkinson-White, valvopatia aórtica, cardiopatia chagásica, doença do nó sinusal, etc. Cerca de 15 a 30 'por cento' näo apresentam causas definidas (FA isolada). Näo existe uma classificaçäo consensual para a FA. De acordo com o tempo de evoluçäo a FA pode ser "de início recente", "única", "paroxística". De acordo com a etiologia ela pode ser "reumática ou näo reumática", "vagal ou adrenérgica", "com cardiopatia estrutural ou isolada".