RESUMO
PONTOS-CHAVE O misoprostol é um análogo da prostaglandina E1 (PGE1) que consta na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2005 O Brasil possui uma das regulações mais restritivas do mundo relacionadas ao uso do misoprostol, estabelecendo que o misoprostol tem uso hospitalar exclusivo, com controle especial, e venda, compra e propaganda proibidas por lei Atualmente, o misoprostol é a droga de referência para tratamento medicamentoso nos casos de aborto induzido, tanto no primeiro trimestre gestacional quanto em idades gestacionais mais avançadas O misoprostol é uma medicação efetiva para o preparo cervical e indução do parto O misoprostol é um medicamento essencial para o manejo da hemorragia pós-parto
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Misoprostol/efeitos adversos , Misoprostol/farmacocinética , Preparações Farmacêuticas/administração & dosagem , Aborto Legal , Perigo Carcinogênico , Parto/efeitos dos fármacos , Gastroenteropatias , Hemorragia Pós-Parto/tratamento farmacológicoRESUMO
Os autores apresentam a evolução histórica dos caminhos percorridos até a criação do primeiro programa público de interrupção legal da gestação no Brasil. Mencionam o atendimento antes desse programa, que era realizado por poucos, de maneira dissimulada e sem publicidade nem publicações para a preservação das equipes. Mencionam como o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya foi escolhido para esse desafio. Resgatam a luta das mulheres e dos movimentos feministas, e a criação da portaria que determinava a obrigatoriedade do atendimento para a realização do abortamento legal nos casos de antijuricidade, pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Mencionam os difíceis caminhos até a constituição das equipes de atendimento e o desenrolar de uma sequência de fatos históricos, passando pelo início do atendimento imediato às vítimas no sentido de realizar as profilaxias pertinentes, a utilização de aspiração manual intrauterina (AMIU) como técnica principal para atendimento ao abortamento em todas as suas situações, os Fóruns Nacionais de Aborto Legal realizados pelo Cemicamp, Ministério da Saúde e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre outros, que culminaram com tudo o que temos hoje em termos de atendimento integral à saúde da mulher, mormente no que tange aos direitos sexuais e reprodutivos, à violência sexual e à interrupção legal da gestação.(AU)
The authors present the historical evolution of the paths traveled until the creation of the First Public Program for Legal Interruption of Pregnancy in Brazil. They mention the care before this program that was carried out by a few, in a covert way and without advertisements or publications for the preservation of the team. Mention as the Municipal Hospital Dr. Arthur Ribeiro de Saboya was chosen for this challenge. They rescued the struggle of women and feminist movements, the creation of the ordinance that determined the mandatory care for the performance of legal abortion in cases of anti-juristy, by the city of São Paulo. They mention the difficult paths to the constitution of care teams and the development of a sequence of historical facts, through the beginning of immediate care to victims in order to perform the relevant prophylaxis, in the use of the AMIU as the main technique for abortion care in all its situations, the National Legal Abortion Forums held by Cemicamp, Ministry of Health and Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), among others, which culminated in all that we have today in terms of comprehensive care for women's health, especially with regard to sexual and reproductive rights, sexual violence and legal interruption of pregnancy.(AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , História do Século XX , Aborto Legal/história , Aborto Legal/legislação & jurisprudência , Aborto Legal/métodos , Programas Governamentais/história , Estupro/legislação & jurisprudência , Brasil , Bases de Dados Bibliográficas , Portarias , Violência contra a MulherRESUMO
Violência sexual contra a mulher é uma das expressões da violência baseada no gênero, que tem como origem o desequilíbrio de poder existente entre homens e mulheres, com maior ou menor intensidade, em todos os países do mundo. Atualmente é reconhecida como um problema de direitos humanos pela ONU, incluindo a violência emocional, física e sexual. A prevalência de violência sexual é muito difícil de determinar, mas provavelmente afeta pelo menos um terço das mulheres alguma vez na vida. Tem variadas conseqüências sobre a saúde física, mental e ginecológica da mulher, as que dependem em grande parte do atendimento recebido logo após a violência. Infelizmente, a maior parte dos serviços de emergência não estão preparados para prestar atendimento adequado. O atendimento deve ser multidisciplinar e incluir anamnese e exame clínico cuidadosos utilizando exames laboratoriais, tratamento das lesões físicas e da crise emocional, prevenção da gravidez e de doenças de transmissão sexual, incluídos HIV/AIDS e com seguimento de pelo menos seis meses.
Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres Maltratadas , Serviços Médicos de Emergência , Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde , Estupro , Delitos SexuaisAssuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Maternidades , Recém-Nascido , Serviços de Saúde , TocologiaAssuntos
Maternidades , Parto , Recém-Nascido , Serviços de Saúde , Tocologia , Fiscalização e Controle de InstalaçõesRESUMO
Apresenta a experiência do primeiro programa público do país que oferece atendimento às mulheres que se tornaram grávidas vítimas de estupro, e desejam interromper essas gestaçöes indesejadas