RESUMO
OBJETIVO. Os autores realizaram um estudo experimental comparando anastomoses colocólicas realizadas através de sutura manual seromuscular, pontos separados de fio sintético absorvível monofilamentar de poligliconato,com anel anastomótico biofragmentável; este dispositivo, constituído por ácido poliglicólico (87,5//) e sulfato de bário (12,5//), determina cicatrizaçäo dos cotos cólicos por aposiçäo sero-serosa, sendo eliminado através da evacuaçäo, em virtude de sua fragmentaçäo por hidrólise, duas a três semanas após sua implantaçäo. MATERIAL E MÉTODOS. Foram operados 14 cäes, estudando-se 28 anastomoses, 14 com a sutura manual clássica e 14 com o anel biofragmentável, ambas no mesmo segmento cólico e em seqüência alternada, distantes entre si 10cm. Foram comparados o tempo de execuçäo, dificuldades técnicas, evoluçäo clínica e a qualidade da cicatrizaçäo. O exame histopatológico foi realizado por meio de metodologia convencional clássica e também utilizando-se programaçäo específica de processamento de imagens por computador, com a finalidade de quantificar as alteraçöes observadas. RESULTADOS. Todos os cäes apresentaram boa evoluçäo clínica. Após período médio de 33 dias os cäes foram reoperados, constatando-se maior incidência de aderências perianastomóticas na sutura manual. Os índices anastomóticos foram semelhantes em ambos os métodos, observando-se, no entanto, infiltrado inflamatório com reaçäo granulomatosa de corpo estranho, fibrose e espessamento da parede intestinal mais acentuados em todas as anastomoses com sutura. A quantificaçäo do líquido de edema na anastomose, mediante recurso da informática, mostrou diferença signficantemente maior na sutura manual do que no anel biofragmentável. CONCLUSAO. Os autores concluem, baseados nos resultados obtidos, que a utilizaçäo do anel anastomótico biofragmentável representa uma alternativa segura, mais uniforme, fácil e mais rápida para a execuçäo de anastomoses colocólicas, determinando cicatrizaçäo com menor reaçäo inflamatória. Näo foram observadas diferenças quanto à incidência de complicaçöes no pós-operatório