RESUMO
Abstract Objective To analyze the anatomical variations of the motor branches of the radial nerve in the elbow region. The origin, course, length, branches, motor points and relationships with neighboring structures were evaluated. Materials and Methods Thirty limbs from15 adult cadavers were dissected and prepared by intra-arterial injection of a 10% glycerin and formaldehyde solution. Results The first branch of the radial nerve in the forearm went to the brachioradialis muscle (BR), originating proximally to the division of the radial nerve into superficial branch of the radial nerve (SBRN) and posterior interosseous nerve (PIN) in all limbs. The branches to the extensor carpi radialis longus muscle (ECRL) detached from the proximal radial nerve to its division into 26 limbs, in 2, at the dividing points, in other 2, from the PIN. In six limbs, the branches to the BR and ECRL muscles originated from a common trunk. We identified the origin of the branch to the extensor carpi radialis brevis muscle (ECRB) in the PIN in 14 limbs, in the SBRN in 12, and in the radial nerve in only 4. The branch to the supinator muscle originated from the PIN in all limbs. Conclusion Knowledge of the anatomy of the motor branches of the radial nerve is important when performing surgical procedures in the region (such as the approach of the proximal third and the head of the radius, release of compressive syndromes of the posterior interosseous nerve and radial tunnel, and distal nerve transfers) in order to understand the order of recovery of muscle function after a nerve injury.
Resumo Objetivo Analisar as variações anatômicas dos ramos motores do nervo radial na região do cotovelo. Foram avaliadas a origem, curso, comprimento, ramificações, pontos motores e relações com estruturas vizinhas. Materiais e Métodos Foram dissecados 30 membros de 15 cadáveres adultos, preparados por injeção intra-arterial de uma solução de glicerina e formol a 10%. Resultados O primeiro ramo do nervo radial no antebraço foi para o músculo braquiorradial (BR), que se origina proximalmente à divisão do nervo radial em ramo superficial do nervo radial (RSNR) e nervo interósseo posterior (NIP) em todos os membros. Os ramos para o músculo extensor radial longo do carpo (ERLC) se desprenderam do nervo radial proximalmente à sua divisão em 26 membros, em 2, nos pontos de divisão, em outros 2, do NIP. Em seis, os ramos para os músculos BR e ERLC originavam-se de um tronco comum. Identificamos a origem do ramo para o músculo extensor radial curto do carpo (ERCC) no NIP em 14 membros, no RSNR em 12, e no nervo radial em apenas 4. O ramo para o músculo supinador originou-se do NIP em todos os membros. Conclusão O conhecimento da anatomia dos ramos motores do nervo radial é importante quando se realizam procedimentos cirúrgicos na região, como a abordagem do terço proximal e da cabeça do rádio, a liberação das síndromes compressivas do nervo interósseo posterior e do túnel radial, as transferências nervosas distais, e para entender a ordem de recuperação da função muscular após uma lesão nervosa.
Assuntos
Nervo Radial , Rádio (Anatomia) , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios , Punho , Cadáver , Transferência de Nervo , Marcação In Situ das Extremidades Cortadas , Cotovelo , Extremidades , Antebraço , Traumatismos do Antebraço , Glicerol , Cabeça , Anatomia , Injeções Intra-ArteriaisRESUMO
Abstract Objective The purpose of the present study was to analyze the structures in the radial tunnel that can cause posterior interosseous nerve entrapment. Methods A total of 30 members of 15 adult cadavers prepared by intra-arterial injection of a 10% solution of glycerol and formalin were dissected. All were male, belonging to the laboratory of anatomy of this institution. Results The branch for the supinator muscle originated from the posterior interosseous nerve in all limbs. We identified the Frohse arcade with a well-developed fibrous constitution in 22 of the 30 dissected limbs (73%) and of muscular constitution in 8 (27%). The distal margin of the supinator muscle presented fibrous consistency in 7 of the 30 limbs (23.5%) and muscular appearance in 23 (76.5%). In the proximal margin of the extensor carpi radialis brevis muscle, we identified the fibrous arch in 18 limbs (60%); in 9 (30%) we noticed the arcade of muscular constitution; in 3 (10%) there was only the radial insertion, so that it did not form the arcade. Conclusion The Frohse arcade and the arcade formed by the origins of the extensor carpi radialis brevis are normal anatomical structures in adult cadavers. However, from the clinical point of view, these structures have the potential to cause entrapment of the posterior interosseous nerve.
Resumo Objetivo O objetivo do presente estudo foi analisar as estruturas contidas no túnel radial que podem causar neuropatia compressiva do nervo interósseo posterior. Métodos Foram dissecados 30 membros de 15 cadáveres adultos, preparados por injeção intra-arterial de uma solução de glicerina e formol a 10%. Todos do sexo masculino, pertencentes ao laboratório de anatomia desta instituição. Resultados O ramo para o músculo supinador originou-se do nervo interósseo posterior em todos os membros. Identificamos a arcada de Frohse com uma constituição fibrosa bem desenvolvida em 22 dos 30 membros dissecados (73%) e de constituição muscular em 8 (23%) A margem distal do músculo supinador apresentou consistência fibrosa em 7 dos 30 membros (23,5%) e uma aparência muscular em 23 (76,5%). Na margem proximal do músculo extensor radial curto do carpo, identificamos a arcada fibrosa em 18 membros (60%); em 9 (30%), notamos a arcada de constituição muscular; e em três (10%) havia apenas a inserção radial, de maneira que não formava a arcada. Conclusão A arcada de Frohse e a arcada formada pelas origens do músculo extensor radial curto do carpo são estruturas anatômicas normais em cadáveres adultos. No entanto, sob o ponto de vista clínico, essas estruturas têm potencial para causar a compressão do nervo interósseo posterior.
Assuntos
Nervo Radial , Cadáver , Neuropatia Radial , Anatomia , Síndromes de Compressão NervosaRESUMO
Abstract Objective To define the anatomy pattern and the incidence of Riché-Cannieu anastomosis, that is, median and ulnar communication in the palmar aspect of the hand. Materials Methods A total of 80 anatomical dissections were performed on 60 hands of 30 cadavers from 1979 to 1982, and on 20 hands from 2012 to 2015. All of these procedures were performed at the Department of Anatomy of our institution. The incidence of Riché-Cannieu anastomosis and the innervation of the thenar muscles were studied. Results Riché-Cannieu anastomosis was identified in every dissected hand (100%). The extramuscular Riché-Cannieu anastomosis was recorded in 57 hands, and the intramuscular, in 19 hands. The association of extra- and intramuscular Riché-Cannieu anastomoses occurred in four hands. The ulnar component always originated from the deep branch. The anastomotic branch arising from the median nerve originated from the motor thenar branch (recurrent branch) of the median nerve in most of the observations. The median-ulnar double innervation only to the deep head of the flexor pollicis brevis was identified in 29 of 80 hands. The double innervation only of the superficial head of the flexor pollicis brevis was found in 13 hands. In 12 hands, the deep head of the flexor pollicis brevis was absent. The double innervation of the superficial and deep heads of the flexor pollicis brevis occurred in 14 hands. The oblique head of the adductor pollicis received double innervation in 12 hands. The deep head of the flexor pollicis brevis and the oblique head of adductor pollicis were doubly-innervated in nine hands. The transverse head of the adductor pollicis received double innervation in two hands. Double innervation of the deep head of the flexor pollicis brevis and the transverse head of the adductor pollicis were found in one hand. Conclusion According to the present study, Riché-Cannieu anastomosis should be considered a normal anatomical neural connection, not an anatomical variation. Knowledge of this anastomosis is essential because the presence of such neural communication may result in confusing clinical, surgical, and electromyographic findings in cases of median or ulnar damage or entrapment.
Resumo Objetivo Definir a anatomia e a incidência da anastomose de Riché-Cannieu, ou seja, a comunicação entre os nervos medianos e ulnar na palma da mão. Materiais e Métodos Foram dissecadas 60 mãos de 30 cadáveres frescos de adultos, entre 1979 a 1982, e 20 mãos entre 2011 e 2015, num total de 80 mãos, no Departamento de Anatomia da nossa instituição. A incidência da anastomose de Riché-Cannieu e a inervação dos músculos da região do tênar foram estudadas. Resultados A anastomose de Riché-Cannieu foi identificada em todas as mãos dissecadas (100%). A anastomose de Riché-Cannieu extramuscular foi registrada em 57 mãos, e a intramuscular, em 19, e a associação das anastomoses extra e intramuscular, em 4 mãos. O componente ulnar da anastomose de Riché-Cannieu foi sempre do seu ramo profundo. O ramo anastomótico oriundo do nervo originava-se do ramo recorrente do nervo mediano na maioria das observações. A dupla inervação mediano-ulnar apenas da cabeça profunda do músculo flexor curto do polegar foi identificada em 29 de 80 mãos. Observou-se dupla inervação apenas da cabeça superficial do músculo flexor curto do polegar em 13 mãos. Foi observada dupla inervação das cabeças superficial e profunda do flexor curto do polegar em 14 mãos. A cabeça oblíqua do adutor do polegar recebeu inervação dupla em 12 mãos. A cabeça profunda do músculo flexor curto do polegar e a cabeça oblíqua do adutor do polegar foram inervadas duplamente em nove mãos. A cabeça transversa do adutor do polegar recebeu inervação dupla em duas mãos. A inervação dupla da cabeça profunda do flexor curto do polegar e da cabeça transversa do adutor do polegar foi observada em uma mão. Conclusão De acordo com o presente estudo, a anastomose de Riché-Cannieu deve ser considerada uma conexão nervosa normal, e não uma variação anatômica. O conhecimento dessa anastomose é essencial, pois a presença dessa comunicação neural pode resultar em achados clínicos, cirúrgicos e eletromiográficos confusos em casos de lesões ou síndromes compressivas dos nervos mediano ou ulnar.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Nervo Ulnar , Mãos/inervação , Nervo Mediano , Condução NervosaRESUMO
Abstract Objective The purpose of this anatomical study was to analyze the possibility of transferring radial nerve branches to the supinator muscle to reinnervate the posterior interosseous nerve (PIN) originating from the C7-T1 roots. Methods Thirty members of 15 cadavers, all male, prepared with an intra-arterial glycerol and formaldehyde solution injection, were dissected. Results All dissected limbs presented at least one branch intended for the superficial and the deep heads of the supinatormuscle. These branches originated fromthe PIN. A branch to the supinator muscle, proximal to the arcade of Frohse, was identified in six members. In addition, 2 and 3 branches to the supinator muscle were found in 11 and 4 members, respectively. In two limbs, only one branch detached from the PIN, but it duplicated itself proximal to the arcade of Frohse. Seven limbs had no branches to the supinatormuscle at the region proximal to the arcade of Frohse. The branches destined for the supinator muscle were sectioned at the neuromuscular junction for connection with no tension to the PIN. The combined diameter of the branches for the supinator muscle corresponded, on average, to 53.5% of the PIN diameter. Conclusion The radial nerve branches intended for the supinator muscle can be transferred, with no tension, directly to the PIN to restore thumb and finger extension in patients with C7-T1 brachial plexus lesions.
Resumo Objetivo O objetivo deste estudo anatômico, foi analisar a possibilidade de transferir os ramos do nervo radial destinados ao músculo supinador para reinervar o nervo interósseo posterior (NIP), que se origina das raízes C7-T1. Métodos Foram dissecados 30 membros de 15 cadáveres, todos do sexo masculino, preparados por injeção intra-arterial de uma solução de glicerina e formol a 10%. Resultados Em todos os membros dissecados, encontramos pelo menos um ramo destinado a cada uma das cabeças - superficial e profunda - do músculo supinador. Esses tiveram origem no NIP. Identificamos, proximal à arcada de Frohse, umramo para o supinador em seis membros; 2 ramos para o supinador em 11 membros e 3 ramos em 4 membros. Em dois membros, apenas um ramo desprendia-se do NIP, mas se duplicava proximalmente à arcada de Frohse. Em sete membros, não identificamos ramos para o supinador proximal à arcada de Frohse. Os ramos destinados ao músculo supinador foram seccionados na junção neuromuscular, podendo ser conectados sem tensão ao NIP. O diâmetro somado dos ramos destinados ao músculo supinador correspondeu, em média, a 53,5% do diâmetro do NIP. Conclusão Este estudo anatômico mostra que ramos do nervo radial destinados ao músculo supinador podem ser transferidos diretamente para o NIP semtensão para restaurar a extensão do polegar e dos dedos em pacientes com lesões de plexo braquial C7-T1.
Assuntos
Nervos Periféricos , Plexo Braquial , Transferência de Nervo , Músculo Esquelético , DedosRESUMO
ABSTRACT Objective: The goal of this study was to describe anatomical variations and clinical implications of anterior interosseous nerve. In complete anterior interosseous nerve palsy, the patient is unable to flex the distal phalanx of the thumb and index finger; in incomplete anterior interosseous nerve palsy, there is less axonal damage, and either the thumb or the index finger are affected. Methods: This study was based on the dissection of 50 limbs of 25 cadavers, 22 were male and three, female. Age ranged from 28 to 77 years, 14 were white and 11 were non-white; 18 were prepared by intra-arterial injection of a solution of 10% glycerol and formaldehyde, and seven were freshly dissected cadavers. Results: The anterior interosseous nerve arose from the median nerve, an average of 5.2 cm distal to the intercondylar line. In 29 limbs, it originated from the nerve fascicles of the posterior region of the median nerve and in 21 limbs, of the posterolateral fascicles. In 41 limbs, the anterior interosseous nerve positioned between the humeral and ulnar head of the pronator teres muscle. In two limbs, anterior interosseous nerve duplication was observed. In all members, it was observed that the anterior interosseous nerve arose from the median nerve proximal to the arch of the flexor digitorum superficialis muscle. In 24 limbs, the branches of the anterior interosseous nerve occurred proximal to the arch and in 26, distal to it. Conclusion: The fibrous arches formed by the humeral and ulnar heads of the pronator teres muscle, the fibrous arch of the flexor digitorum superficialis muscle, and the Gantzer muscle (when hypertrophied and positioned anterior to the anterior interosseous nerve), can compress the nerve against deep structures, altering its normal course, by narrowing its space, causing alterations longus and flexor digitorum profundus muscles.
RESUMO Objetivo: Analisar as relações anatômicas e as variações do nervo interósseo anterior e suas implicações clínicas. A paralisia completa do nervo interósseo anterior resulta na incapacidade de fletir as falanges distal do polegar e indicador; na incompleta, ocorre menor dano axonal e apenas o polegar ou o indicador são afetados. Método: Este estudo baseou-se na dissecção de 50 membros de 25 cadáveres, 22 eram do sexo masculino e três do feminino. A idade variou entre 28 e 77 anos, 14 da etnia branca e 11 não branca; 18 foram preparados por injeção intra-arterial de uma solução de glicerina e formol a 10% e sete foram dissecados a fresco. Resultados: O nervo interósseo anterior originou-se do nervo mediano em média de 5,2 cm distal à linha intercondilar. Em 29 membros, originou-se dos fascículos nervosos da região posterior do nervo mediano e em 21 membros, dos fascículos posterolaterais. Em 41 membros, o nervo interósseo anterior posicionava-se entre as cabeças umeral e ulnar do músculo pronador redondo. Em dois membros, observou-se a duplicação do nervo interósseo anterior. Em todos os membros, registramos que o nervo interósseo anterior se desprendia do nervo mediano proximalmente à arcada do músculo flexor superficial dos dedos. Em 24 antebraços a ramificação do nervo interósseo anterior ocorreu proximalmente à arcada do músculo flexor superficial dos dedos em 26, distalmente. Conclusão: As bandas fibrosas formadas pelas cabeças umeral e ulnar do músculo pronador redondo, a arcada fibrosa do músculo flexor superficial dos dedos e o músculo de Gantzer, quando hipertrofiado e posicionado anteriormente ao nervo interósseo anterior, podem comprimir o nervo contra estruturas profundas, alterar seu curso normal, por estreitar o espaço de sua passagem, causar alterações no músculo flexor longo do polegar e no flexor profundo dos dedos da mão.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Pronação , Músculo Esquelético/inervação , Nervo Mediano , Síndromes de Compressão NervosaRESUMO
ABSTRACT Objective: The arcade of the flexor digitorum superficialis muscle (FDS) is an anatomical structure which has not yet been widely studied and is a site of nerve compression. The aim of this study was to analyze the arcade of the FDS muscle and its relations with the median and anterior interosseous nerves through anatomic dissections. Method: Fifty arms from 25 adult cadavers (21 males and 4 females) were dissected; 18 were previously preserved in formalin and glycerin and 7 fresh specimens were dissected in the Laboratory of Anatomy. Results: The arcade of the superficial flexor muscle was identified in all dissected limbs. The radial and humeral heads were present in all specimens, and the ulnar head in 16 (32%). We identified two varieties of the arcade structure: a fibrous arcade in 32 specimens (64%), and a muscular arcade in 11 specimens (22%). In 4 specimens (8%) the arcade was very fine and so transparent that the nerve could be seen within the arcade. In 3 forearms the arcade was considered irregular because of discontinuity between the fibers that comprised this structure. Conclusion: The fibrous arcade of the FDS muscle may be a potential cause of nerve compression of the median and interosseous anterior nerves. Level of Evidence IV; Case series.
RESUMO Objetivo: A arcada do músculo flexor superficial dos dedos (FSD) é um dos locais de compressão nervosa. Trata-se de uma estrutura anatômica ainda pouco conhecida. O objetivo do estudo foi analisar, através de dissecções anatômicas, a arcada do músculo FSD e suas relações com os nervos mediano e interósseo anterior. Método: Foram dissecados 50 membros superiores de 25 cadáveres adultos, 21 do sexo masculino e quatro do feminino, 18 previamente preservados em formol e glicerina e sete foram dissecados a fresco no Laboratório de Anatomia. Resultados: Identificamos a arcada do músculo flexor superficial em todos os membros dissecados. As cabeças radial e umeral estavam presentes em todos os antebraços e a cabeça ulnar foi encontrada em 16 (32%). Identificamos dois tipos de arcada, arcada fibrosa em 32 (64%) antebraços e arcada muscular em 11 (22%). Em quatro espécimes (8%), a arcada tinha constituição muito fina, sendo possível visualizar o nervo por transparência em seu interior. Em três antebraços, consideramos a arcada irregular, pois havia descontinuidade entre as fibras que a formavam. Conclusão: A arcada do músculo FSD de constituição anatômica fibrosa constitui um dos possíveis locais de compressão dos nervos mediano e interósseo anterior. Nível de Evidência IV; Série de casos.
RESUMO
ABSTRACT Anatomical variations of the flexor digitorum superficialis (FDS) muscle and tendon unit are frequently reported by anatomists and clinicians. Anatomical muscle variations of the FDS and its tendons may include variations of muscle belly, presence of accessory or duplicate tendons, abnormal tendon connections, and absence of muscle or tendon components. Such variations may or may not have clinical implications. This report presents a case not described previously: a unilateral accessory muscle of the flexor digitorum superficialis which was connected by a thick tendon to the flexor digitorum superficialis muscle; it was directed proximally to the insertion of the medial epicondyle of the humerus, next to the superficialis head of the pronator teres muscle. The belly of the accessory muscle was positioned anterior to the median and anterior interosseous nerve. This anatomical variation is known as type V in the classification of Elliot et al. The knowledge of these anatomical variations helps hand surgeons interpret the clinical examination, particularly in the evaluation of patients who have suffered tendon injuries or show sign s of possible peripheral nerve entrapment.
RESUMO Variações anatômicas (anomalias) da unidade musculotendínea do flexor superficial dos dedos (FSD) têm sido relatadas com frequência na literatura em tratados, artigos clínicos e anatômicos. Podem ocorrer variações do corpo muscular, presença de tendões acessórios ou duplicados, conexões musculotendinosas anormais e ausência do componente muscular ou tendinoso. Essas variações podem ou não ter implicações clínicas. Os autores apresentam um caso não descrito previamente de um músculo acessório do músculo FSD unilateral que estava conectado através de um tendão espesso ao músculo FSD e dirigia-se proximalmente para inserir-se no epicôndilo medial do úmero ao lado da cabeça superficial do músculo pronador redondo. O músculo flexor superficial acessório posicionava anteriormente aos nervos mediano e interósseo anterior. Essa variação se enquadra no tipo V da classificação de Elliot et al. O conhecimento dessas variações anatômicas auxilia o cirurgião da mão a interpretar o exame clínico, em especial na avaliação de pacientes que sofreram lesões tendinosas ou apresentam sinais de possíveis compressão de algum nervo periférico.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Cadáver , Músculo Esquelético/anormalidades , Síndromes de Compressão NervosaRESUMO
ABSTRACT Objective: The objective of this study was to determine the frequency and anatomical characteristics of Struthers' ligament and the supracondylar humeral process and evaluate the clinical implications in compressive neuropathy of the median nerve . Method: We dissected 60 arms from 30 cadavers (26 males and 4 females): 15 were previously preserved in formalin and glycerin and 15 were dissected fresh in the Anatomy Laboratory for this paper. The relationships between Struthers' ligament and the median nerve and brachial artery and veins were documented with drawings and photos . Results: The supracondylar humeral process was not found in any of the 60 dissected arms. Struthers' ligament was identified in six arms (two bilateral); in all cases high insertion of the pronator teres muscle was observed . Conclusion: Struthers' ligament is an aponeurotic structure that may or may not be associated with the supracondylar humeral process, and is an important potential site of median nerve compression in the lower third of the arm. Level of Evidence IV, Case Series.
RESUMO Objetivo: Determinar a frequência e as características anatômicas do ligamento de Struthers e do processo supracondilar do úmero e avaliar sua implicação clínica na neuropatia compressiva do nervo mediano. Método:: Foram dissecados 60 membros superiores de 30 cadáveres de adultos, 26 do sexo masculino e quatro do sexo feminino, 15 previamente preservados em formol e glicerina e 15 dissecados a fresco no Laboratório de Anatomia. A relação do ligamento de Struthers com o nervo mediano e a artéria e veias braquiais, foi documentada com desenhos e fotografias. Resultados: O processo supracondilar do úmero não foi encontrado em nenhum dos 60 braços dissecados. O ligamento de Struthers foi identificado em seis membros (dois bilaterais); em todos havia inserção alta do músculo pronador redondo. Conclusão: O ligamento de Struthers é uma estrutura aponeurótica que pode estar ou não associada ao processo supracondilar do úmero e representa local de possível compressão do nervo mediano no terço inferior do braço. Nível de Evidência IV, Série de Casos.
RESUMO
ABSTRACT OBJECTIVE: To determine the frequency and features of the arcade of Struthers, and to assess its clinical implication in ulnar nerve compression. METHOD: Forty arms from 26 cadaver specimens were dissected in the Anatomy Laboratory of this institution. The extension of the arcade, distance from the medial epicondyle, and relation with ulnar nerve were recorded. RESULTS: The arcade of Struthers was identified in 40 dissected arms (100%). In 29 (72.5%) the ulnar nerve was covered by a muscular arcade, in nine (22.5%) by an aponeurotic arcade, and in two (5%) the arcade was beneath the ulnar nerve. The extension of the arcade ranged from 3.0 to 7.5 cm, and the distance from the medial epicondyle ranged from 2.5 to 7.0 cm. CONCLUSION: The arcade of Struthers is a musculoaponeurotic canal that represents an important site of entrapment or compression of the ulnar nerve. The arcade, the intermuscular septum, and the internal brachial ligament should be released in patients submitted to ulnar nerve anterior transposition surgery.
RESUMO OBJETIVO: Determinar a frequência e as características anatômicas da arcada de Struthers e avaliar sua implicação clínica na neuropatia compressiva do nervo ulnar. MÉTODO: Para este trabalho foram dissecados 40 membros de 26 cadáveres, pertencentes à disciplina de anatomia da instituição. A extensão da arcada, a distância da margem inferior da arcada ao epicôndilo medial do úmero e sua relação com o nervo ulnar foram registradas. RESULTADOS: A arcada de Struthers foi identificada nos 40 membros dissecados (100%), Em dois membros (5%), o nervo ulnar passava anteriormente à arcada. Em 29 (72,5%), uma porção variável do músculo tríceps cobria o nervo ulnar. Em nove membros (22,5%), o nervo estava coberto pela expansão aponeurótica do tríceps. A extensão da arcada variou de 3,0 a 7,5 cm e a distância da margem inferior da arcada ao epicôndilo medial variou de 2,5 a 7,0 cm. CONCLUSÃO: A arcada de Struthers é um canal musculoaponeurótico que representa importante local (potencial) de compressão do nervo ulnar. A arcada, o septo intermuscular medial e o ligamento braquial interno devem ser seccionados nos procedimentos cirúrgicos de transposição anterior do nervo ulnar no cotovelo.
Assuntos
Braço/anatomia & histologia , Cadáver , Nervo UlnarRESUMO
Objetivo: A finalidade deste trabalho foi apresentar a incidência,origem, curso e ralações anatômicas da anastomose intramuscular de Martin-Gruber. Método: Foram dissecados 100 antebraços de 50cadáveres adultos. A comunicação nervosa intramuscular entre os nervos mediano e ulnar no antebraço (anastomose de Martin-Gruber)foi registrada em cinco antebraços, três no antímero direito e duasno esquerdo, sendo uma bilateral. Todas as comunicações nervosas localizavam-se entre os nervos interósseo anterior e o nervo ulnar.Conclusão: As comunicações nervosas intramusculares, que registramos em 5% dos 100 membros dissecados, tem apenas a finalidade de suprir o músculo flexor profundo dos dedos, sendo pouco provável que tenham alguma influência na inervação dos músculos intrínsecos da mão. Nível de Evidência IV, Série de Casos.
Objective: This paper reports the incidence, origin, courseand anatomical relationships of intramuscular Martin-Gruberanastomosis. Methods: Anatomical dissection of 100 limbsfrom 50 adults cadavers was performed. The intramuscularMartin-Gruber anastomosis was found in five forearms, threein the right and two in the left side, one was bilateral. All communicationwere located between the anterior interosseousnerve and the ulnar nerve. Conclusion: The purpose of intramuscularMartin-Gruber anastomosis, which we found in 5%of dissected limbs, is to supply the flexor digitorum profundusmuscle and it is unlikely to have any influence on the innervationof the intrinsic muscles of the hand. Level of Evidence IV,Cases Series.
Assuntos
Masculino , Feminino , Anastomose Arteriovenosa , Cadáver , Dissecação , Antebraço , Nervo Mediano , Mãos/inervação , Malformações do Sistema Nervoso , Nervo UlnarRESUMO
OBJECTIVE: The relationship of Gantzer muscle to the median and anterior interosseous nerve is debated. METHODS: Ìn an anatomical study with 80 limbs from 40 cadavers the incidence, origin, insertion, nerve supply and relations of Gantzer muscle have been documented. RESULTS: The muscle was found in 54 forearms (68% of limbs) and was supplied by the anterior interosseous nerve. It arose from the deep surface of the flexor digitorum superficialis muscle, (42 limbs), coronoid process (eight limbs) and medial epicondyle (seven limbs). Its insertion was to the ulnar part of flexor pollicis longus muscle. The Gantzer muscle always lay posterior to both the median and anterior interosseous nerve. CONCLUSION: The Gantzer muscle may contribute to the median nerve and anterior interosseous nerve compression. The muscle was found in 68% of limbs and should be considered a normal anatomical pattern rather than an anatomical variation. Level of Evidence IV, Case Series.
Assuntos
Cadáver , Músculo Esquelético/anormalidades , Antebraço/anatomia & histologia , Antebraço/anormalidades , Antebraço/inervação , Nervo Mediano/anatomia & histologia , Compressão NervosaRESUMO
O estudo da mensuração do canal do carpo é uma linha de pesquisa em aberto, visto que não existem muitos trabalhos a respeito deste assunto, bem como uma normatização com relação às suas dimensões. A mensuração do canal do carpo pode ser obtida através de radiografia, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Neste estudo, os autores avaliam as dimensões do canal, em mulheres assintomáticas com relação ao carpo, com idade a partir da terceira década, através de imagens obtidas pela tomografia computadorizada. Foram feitos cortes axiais sucessivos e contíguos com espessura de 5mm, através de reconstruções biplanares coronais, sagitais e multiplanares tridimensionais (3D). A área estudada foi de 5cm de extensão craniocaudal, incluindo toda a região do carpo. Os resultados obtidos através da tomografia computadorizada do carpo, com relação à distância proximal, entre o tubérculo do escafóide e o osso pisiforme foi, em média, de 30,5mm e a distância distal, entre o hâmulo do hamato e o tubérculo do trapézio, em média, de 20,3mm.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Ossos do Carpo , Síndrome do Túnel Carpal , Tomografia Computadorizada por Raios X , UltrassonografiaRESUMO
Os autores apresentam os resultados de 28 dissecções anatomicas de 13 pares de mãos de cadáveres frescos e um par de mãos de cadáver formolizado, evidenciando a presença em 89,28 por cento do ramo comunicante palmar superficial entre os nervos ulnar e mediano, denominado de ramo de Berretini. Comparam os resultados da literatura e estabelecem um paralelo com a classificação de Ferrari e Gilbert de 1991.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Mãos , Nervo Mediano , Nervo UlnarRESUMO
A divergência encontrada na literatura, com relação às vias de acesso para as fraturas da diáfise do antebraço, foi o motivo da realização deste trabalho. Um melhor conhecimento da anatomia do antebraço é de grande importância para a escolha da via de acesso a ser empregada nos procedimentos cirúrgicos dessa região. Foi realizada dissecação a fresco em antebraços de cadáveres adultos, com o objetivo de verificar os detalhes anatômicos e os meios de exposição da diáfise dos ossos do antebraço, para observar os acessos de acordo com a exposição óssea, a morbidade e a segurança. O acesso ântero-lateral permite a exposição de toda extensão da diáfise do Rádio, com dificuldade principalmente no terço proximal, pela presença dos vasos recorrentes radiais, do plexo venoso local e do Nervo interósseo posterior e no terço médio e distal, pela presença da Artéria radial e de nervos cutâneos. O acesso posterior permite a exposição de toda extensão da diáfise do Rádio, com dificuldade principalmente no terço proximal, pela presença do Nervo interósseo posterior. No terço médio e distal, não oferece riscos com relação às estruturas vásculo-nervosas. O acesso sobre a Margem posterior da ulna permite a exposição de toda extensão da diáfise da Ulna, com dificuldade principalmente no terço proximal, para estabelecer o plano internuscular de dissecação. No terço médio, não oferece riscos com relação às estruturas vásculo-nervosas. No terço distal, deve-se tomar cuidado pela presença do Ramo dorsal do nervo ulnar
Assuntos
Diáfises , Traumatismos do Antebraço , Fraturas do Rádio , Fraturas da UlnaRESUMO
A divergência encontrada na literatura, com relaçao à anatomia do nervo ulnal no antebraço, foi o motivo da realizaçao deste trabalho. O melhor conhecimento da anatomia do nervo ulnal no antebraço é de importância para o diagnóstico de suas lesoes e para realizaçao de procedimentos cirúrgicos nessa regiao. Foi realizada dissecçao a fresco em 30 antebraços de 15 cadáveres adultos, com idade variando entre 29 e 66 anos, sendo oito do sexo masculino e sete do sexo feminino, para a pesquisa dos ramos musculares do nervo ulnal no antebraço. O nervo ulnal forneceu ramo(s) muscular(es) para os músculos flexor ulnal do carpo em todas (100 por cento) as peças dissecadas, sendo que em 63,4 por cento eram dois ramos para o músculo flexor ulnal do carpo. O primeiro ramo muscular do nervo ulnal destinava-se ao músculo flexor ulnal do carpo em 100 por cento das peças dissecadas e o último ramo destinava-se ao músculo flexor profundo dos dedos em 56,6 por cento, em 23,3 por cento, para ambos e, em 20 por cento, para o músculo flexor ulnal do carpo. O(s) ramo(s)do nervo ulnal para o músculo flexor ulnal do carpo penetrou(aram) pela face profunda do seu ventre muscular em todas as peças dissecadas.
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Humanos , Músculo Esquelético/anatomia & histologia , Ulna/anatomia & histologia , CadáverRESUMO
Este trabalho apresenta nossa experiência com 12 pacientes que apresentavam graves paralisias no membro superior resultantes de lesöes do plexo branquial e de necroses teciduais conseqüentes de contractura isquêmica de Volkmann ou de outros traumatismos. Pela análise de literatura, observa-se que alguns músculos têm sido utilizados como doador de forma livre ou pediculado, na tentativa de minimizar a perda funcional dos membros afetados. Nossa experiência foi pelo músculo grande dorsal, o qual foi dissecado, ficando preso apenas pelo seu pedículo vascular. A seguir, este foi transposto para a face anterior do braço, com a finalidade de restaurar a flexäo dos dedos em quatrom casos. Os resultados funcionais säo apresentados. Os principais aspectos referentes à técnica cirúrgica säo discutidos
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Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Músculos/transplante , Paralisia , Traumatismos do Braço/cirurgia , Plexo Braquial/lesões , Braço/fisiologia , Síndromes CompartimentaisRESUMO
O músculo extensor curto foi dissecado a fresco em 60 mäos de 30 cadáveres adultos (17 brancos, seis negros, seis mulatos e um com características japonesas). O objetivo deste trabalho é relatar as variaçöes anatômicas e a freqüência com que foram encontradas. O confronto de nossos achados com os descritos na literatura foi surpreendente. O conhecimento das variaçöes anatômicas é de grande importância nas intervençöes cirúrgicas realizadas ao nível do antebraço, punho e mäo.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Músculos/anatomia & histologia , Polegar , CadáverRESUMO
Com a dissecçäo anatômica da artéria circunflexa da escápula e a injeçäo de azul de metileno através dela em 13 cadáveres frescos, adultos, de cor branca (19 casos), observamos as áreas cutâneas coloridas da regiäo escapular e com isso notamos a predominância dos retalhos paraescapulares em 11 casos (58%), dos retalhos escapulares em três casos (16%) e sem predominância entre os referidos retalhos em cinco casos (26%) (grafico 1). Notamos também a presença constante da artéria circunflexa da escápula de bom calibre e com seu pedículo longo
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Escápula , Retalhos Cirúrgicos , Artérias , DissecaçãoRESUMO
A policizaçäo tem-se mostrado excelente procedimento para restaurar a funçäo do polegar nas amputaçöa ao nível do primeiro metacarpiano. Este trabalho analisa detalhes da técnica cirurgica, principalmente em relaçäo a restauraçäo das musculaturas intrínseca e extrínseca do polegar, assim como do posicionamento do dedo transposto. Demonstra que, na transposiçäo do indicador, é possível restaurar o complexo muscular do polegar com maior facilidade, quando comparado com outros dedos. Considera que as policizaçöes em que se utiliza o dedo indicador, as policizaçöes em crianças e as realizadas precocemente proporcionam melhor resultado funcional. Os 11 casos decritos foram todos provocado por traumatismos. As policizaçöes realizadas na ausência congênita do polegar foram excluídas deste trabalho
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Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Amputação Traumática/cirurgia , Reimplante , Polegar/cirurgiaRESUMO
Os autores apresentam sua experiência no tratamento de oito pacientes com lesöes extensas no terço distal da perna e pé, com perda do revestimento cutâneo e exposiçäo de estruturas profundas. Todos os pacientes foram tratados com retalho livre do músculo grande dorsal e os resultados e complicaçöes foram discutidos. Enfatizam as vantagens do retalho muscular seguido por desbridamentos sucessivos prévios à enxertia cutânea