RESUMO
Introdução: A vacina de febre amarela, recomendada em áreas endêmicas, é contraindicada em alérgicos à proteína do ovo (APO) por ser cultivada em ovos de galinha embrionados. Objetivo: O objetivo do estudo foi mostrar a segurança da vacina de febre amarela em pacientes comprovadamente APO. Método: Foi realizado estudo prospectivo em hospital quaternário, no período de janeiro a outubro de 2018. Foram incluídos pacientes com APO confirmada por teste de provocação oral (TPO), reação anafilática à proteína do ovo nos últimos 6 meses, ou reação de APO nos últimos 2 meses associada à IgE específica positiva. Todos foram submetidos ao teste de puntura com a vacina na apresentação pura. Se negativo, realizado teste intradérmico (ID) com a vacina na diluição de 1:100. Se ID negativo, vacina aplicada em dose plena. Se teste de puntura ou ID positivo, vacina aplicada fracionada segundo protocolo de dessensibilização. Resultados: Dos 78 pacientes com história presumida de APO, confirmou-se o diagnóstico em 43 (30M:13F, mediana idade 2,7 a): 30 por TPO, 7 com anafilaxia em menos de 6 meses da vacina, e 6 com reação imediata após ingestão do ovo há menos de 2 meses e IgE específica positiva. Durante o TPO, 12 apresentaram anafilaxia, e os demais (18) apresentaram urticária e/ou angioedema ou vômitos. Todos os testes de puntura (43) foram negativos. ID foi negativo em 37 pacientes, que receberam a dose plena da vacina, sem reações. Apenas 6 apresentaram ID positivo e necessitaram dessensibilização para vacina. Metade desses pacientes (3/6) apresentou reações de hipersensibilidade leves e foi tratada com anti-H1 e/ou corticoide oral. O ID positivo foi significativamente relacionado à reação à vacina (p = 0,0016). Conclusão: Concluiuse ser possível vacinar alérgicos a ovo, com um protocolo seguro, mesmo em paciente comprovadamente anafilático. É necessária uma unidade especializada para sua realização, com capacidade de controlar possíveis situações de risco.
Introduction: The yellow fever vaccine (YFV) is recommended in endemic areas, but represents a risk for egg allergic (EA) patients, as it is cultivated in chicken embryos. Objective: This study aimed to describe the outcomes of YFV in patients with confirmed egg allergy. Methods: A prospective study was conducted in a quaternary hospital, from January to October 2018. EA was diagnosed through oral food challenge (OFC) or recent history of anaphylaxis following egg contact in the past 6 months or allergic reaction in the past 2 months with positive specific immunoglobulin E (IgE). Skin prick testing (SPT) with YFV was performed in all participants. If SPT was negative, an intradermal test (IDT) was performed at 1:100 dilution. If IDT was negative, a full dose of YFV was administered. If SPT was positive, the YFV was administered using a graded-dose protocol. Results: Among 78 patients with prior history of EA, 43 were confirmed (30 male to 13 female, median age of 2.7 years). Thirty patients had a positive OFC, seven reported recent anaphylaxis, and six had reactions in the past 2 months with positive specific IgE. During OFC, 12 patients had anaphylaxis and 18 had urticaria and/or angioedema or vomiting. SPT with YFV was negative in all patients (43). IDT was negative in 37 patients, who received a full dose of YFV, uneventfully. Six patients had a positive IDT and received the YFV in graded doses; half of them had a mild reaction controlled with antihistamines and three patients received the vaccine without reactions. Positive IDT was significantly related to vaccine reaction (p=0.0016). Conclusion: The YFV using a specific protocol was safe even in anaphylactic patients. An appropriate setting is required in order to control possible adverse events.
Assuntos
Humanos , Vacina contra Febre Amarela , Hipersensibilidade a Ovo , Anafilaxia , Pacientes , Segurança , Febre Amarela , Imunoglobulina E , Testes Intradérmicos , Proteínas do Ovo , Estudos Prospectivos , Dessensibilização Imunológica , Diluição , Dosagem , Antagonistas dos Receptores HistamínicosRESUMO
O objetivo deste artigo é revisar a literatura dos últimos 10 anos sobre esofagite eosinofílica (EoE) e descrever os conceitos atuais da doença em seus aspectos de definição, fisiopatologia, fatores de risco, quadro clínico, diagnóstico e tratamento. Foram pesquisados artigos na base de dados do PubMed, do Bireme/ LILACS e do SciELO, nos últimos 10 anos. Os critérios para a inclusão dos artigos foram: (a) publicação nos últimos 10 anos, (b) artigos originais, (c) apenas humanos, (d) artigos de revisão, (e) diretrizes. Os critérios de exclusão foram: (a) artigos que não continham como tema principal a EoE, (b) artigos repetidos, (c) descrição de casos, (d) artigos com abordagem muito específicas para tratamento e diagnóstico. Foi realizada leitura dos resumos por dois pesquisadores, e posterior seleção dos artigos completos para a leitura. Foram acrescentados estudos que aprofundavam aspectos cruciais da revisão, sendo incluídos, ao todo, 3 consensos, 35 estudos e 3 artigos de revisão, que constituíram o total de artigos analisados. A conclusão é de que a EoE é uma doença crônica, cujos aspectos clínicos são fundamentais para a suspeita diagnóstica, mas requer a associação de achados endoscópicos e histológicos para sua confirmação. Na última década, houve modificações significativas nos critérios diagnósticos e algumas novas recomendações no tratamento, mas que necessitam uma observação em longo prazo.
The objective of this paper was to review literature on eosinophilic esophagitis (EoE) published over the last 10 years and to describe current disease concepts related to definition, pathophysiology, risk factors, clinical presentation, diagnosis and treatment. We searched the PubMed, Bireme/LILACS and SciELO databases for articles published in the last 10 years. The following inclusion criteria were used to select articles: (a) publication in the last 10 years; (b) original articles; (c) studies with humans only; (d) review articles; (e) guidelines. Exclusion criteria were: (a) articles that did not have EoE as the main subject; (b) repeated articles; (c) case reports; (d) articles addressing a very specific treatment or diagnostic technique. Abstracts were screened by two investigators, and articles meeting the criteria were selected for full-text reading. Any relevant studies addressing crucial aspects of the review were added to the sample, resulting in a total of 3 consensus articles, 35 original articles, and 3 review articles. The review showed that EoE is a chronic disease in which clinical aspects are essential for diagnostic suspicion, but associated endoscopic and histological findings are required to confirm diagnosis. Over the last 10 years, significant changes were observed in diagnostic criteria, and some new treatment recommendations emerged, however still requiring long-term follow-up.
Assuntos
Humanos , Terapêutica , Fatores de Risco , Diagnóstico , Esofagite Eosinofílica , Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde , Doença Crônica , Guias como Assunto , PubMed , LILACSRESUMO
Summary Objective: To evaluate the wheal diameter in allergy skin-prick tests (SPT) with cow’s milk extract (CM) comparing tolerant and persistent patients. Method: A retrospective cohort study involving database analysis of children with diagnosis of cow’s milk protein allergy (CMPA) mediated by immunoglobulin E in a specialized outpatient clinic that regularly performed SPT between January 2000 and July 2015. Patients were allocated into two groups: tolerant or persistent. Comparisons were made at diagnosis and over time between tolerant and persistent patients using Fisher’s, Mann-Whitney or Wilcoxon tests and significance level at 5%. Results: After applying inclusion and exclusion criteria, the sample includes 44 patients (29 tolerant and 15 who persisted with CMPA). In the tolerant group, the medians of SPT were: 6 mm at diagnosis and 2 mm at the development of tolerance; a significant difference (p<0.0001) was found. In the persistent group, the median SPT at diagnosis was 7 mm, while in the last SPT it was 5 mm, with no statistical difference (p=0.173). The comparison of medians in the last SPT between groups was significant (p=0.001), with a reduction greater than 50% in SPT in the tolerant group. Conclusion: Serial SPTs were useful for diagnosis, and a decrease higher than 50% in diameter can indicate the moment to perform oral food challenge (OFC) tests, helping to detect tolerance in CMPA.
Resumo Objetivo: avaliar o diâmetro da pápula do teste cutâneo alérgico (TCA) com extrato de leite de vaca (LV) comparando pacientes tolerantes e persistentes. Método: estudo de coorte retrospectivo de análise de banco de dados de crianças com diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca (APLV) mediada pela imunoglobulina E, em ambulatório especializado, que realizaram TCA de forma evolutiva, sendo alocados em dois grupos: tolerantes ou persistentes, entre janeiro de 2000 e julho de 2015. As comparações foram realizadas ao diagnóstico e evolutivamente entre tolerantes e persistentes, pelos testes de Fisher, Mann-Whitney ou Wilcoxon, utilizando níveis de significância de 5%. Resultados: aplicando critérios de inclusão e exclusão, a amostra incluiu 44 pacientes (29 tolerantes e 15 que persistiram com APLV). No grupo tolerante, as medianas do TCA foram: ao diagnóstico, de 6 mm, e, no desenvolvimento de tolerância, de 2 mm, com diferença significante (p<0,0001). No grupo persistente, a mediana do TCA ao diagnóstico foi de 7 mm e no momento do último TCA, de 5 mm, sem diferença estatística (p=0,173). A comparação das medianas no último TCA entre os grupos mostrou-se significante (p=0,001), com redução maior de 50% no valor do TCA no grupo tolerante. Conclusão: os TCA seriados foram úteis para o diagnóstico, e a redução maior que 50% em seu diâmetro pode indicar o momento para realização de testes de provocação oral (TPO), auxiliando na detecção de tolerância na APLV.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Imunoglobulina E/imunologia , Testes Cutâneos/métodos , Hipersensibilidade a Leite/diagnóstico , Imunoglobulina E/sangue , Reprodutibilidade dos Testes , Estudos Retrospectivos , Estudos de Coortes , Sensibilidade e EspecificidadeRESUMO
Summary Objective: To describe clinical features, tomographic findings and pulmonary function in pediatric patients with primary hypogammaglobulinemia (PH). Method: A retrospective cohort study of children with PH who received intravenous immunoglobulin (IVIG) and prophylactic antibiotics between 2005 and 2010. Epidemiological and clinical features, computed tomography (CT) findings, and spirometric data were compared, assuming a 5% significance level. Results: We evaluated 30 patients with PH. After the start of IVIG replacement, there was a decline in the frequency of pneumonia (p<0.001). The 11 patients with bronchiectasis in their first CT scan were older at diagnosis (p=0.001) and had greater diagnostic delay (p=0.001) compared to patients without bronchiectasis. At the end of the study, 18 patients had bronchiectasis and 27 also had other lung disorders, alone or in combination. The Bhalla score was applied to the last CT scan of 16 patients, with a median score of 11 (range 7-21), with a positive correlation between the score and the number of pneumonias after the start of treatment (r=0.561; p=0.024). The score was also correlated with forced expiratory volume in one second (FEV1) and forced vital capacity (FVC) values in 13/16 patients, with negative correlation to FEV1 previously to bronchodilator (r=-0.778; p=0.002) and after bronchodilator (r =-0.837; p<0.001) and FVC (r=-0.773; p=0.002). Conclusion: Pulmonary complications were common in this cohort, despite the decrease in the frequency of pneumonia with treatment. Early investigation of patients with recurrent infections for primary immunodeficiencies can reduce the frequency of these complications. The monitoring of changes in spirometry may indicate the need to carry out radiological investigation.
Resumo Objetivo: descrever características clínicas, tomográficas e de função pulmonar em pacientes pediátricos com hipogamaglobulinemia primária (HP). Método: estudo de coorte retrospectivo de crianças com HP que recebiam gamaglobulina endovenosa (GEV) e antibiótico profilático entre 2005 e 2010. As características epidemiológicas, clínicas, os achados de tomografia e espirometria foram comparadas adotando níveis de significância de 5%. Resultados: foram avaliados 30 pacientes com HP. Após o início da reposição de GEV, houve redução da frequência de pneumonias (p<0,001). Os 11 pacientes que apresentavam bronquiectasias na primeira tomografia computadorizada (TC) eram mais velhos ao diagnóstico (p=0,001) e tiveram maior atraso no diagnóstico (p=0,001) quando comparados aos pacientes sem bronquiectasias. Ao final do estudo, 18 pacientes apresentavam bronquiectasias e 27/30 também apresentaram outras alterações pulmonares, isoladas ou concomitantes. O escore de Bhalla foi aplicado à última TC de 16/30 pacientes, com mediana do escore de 11 (variação 7-21), com correlação positiva entre o escore e o número de pneumonias após o início do tratamento (r=0,561; p=0,024). O escore foi ainda correlacionado com valores de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e capacidade vital forçada (CVF) obtidos por espirometria de 13/16 pacientes, com correlação negativa com VEF1 pré- (r=-0,778; p=0,002) e pós-broncodilatador (r=-0,837; p<0,001) e CVF (r=-0,773; p=0,002). Conclusão: complicações pulmonares foram frequentes nesta coorte, apesar da diminuição na frequência de pneumonias com o tratamento. A investigação precoce de pacientes com infecções de repetição para imunodeficiências primárias pode reduzir a frequência dessas complicações. A monitorização de alterações na espirometria pode indicar a necessidade de investigação radiológica.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Bronquiectasia/diagnóstico , Agamaglobulinemia/diagnóstico , Fatores de Tempo , Índice de Gravidade de Doença , Bronquiectasia/etiologia , Tomografia Computadorizada por Raios X , Estudos Retrospectivos , Estudos de Coortes , Imunoglobulinas Intravenosas/administração & dosagem , Agamaglobulinemia/complicações , Diagnóstico Precoce , Tirosina Quinase da Agamaglobulinemia/efeitos dos fármacosRESUMO
OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de 570 escolares de 9 a 16 anos das redes pública e privada de ensino, em São Luís (MA), matriculados da 4ª à 8ª séries, em 2005. MÉTODOS: Os dados de consumo alimentar foram coletados por meio de Inquérito Alimentar Recordatório de 24 horas. O consumo de energia, macronutrientes, vitamina A, vitamina C, ferro e cálcio foram comparados às Dietary Reference Intakes. Considerou-se o número de vezes em que os alimentos apareceram na dieta e o seu agrupamento foi feito de acordo com a proposta da Pirâmide Alimentar Brasileira. O teste do qui-quadrado foi utilizado na análise estatística. RESULTADOS: O baixo consumo de alimentos embutidos (em torno de 6 por cento), o adequado consumo de carnes e ovos (95,9 por cento) e a baixa omissão do desjejum (3,2 por cento), almoço (2,2 por cento) e jantar (3,1 por cento) foram aspectos favoráveis da dieta. Por outro lado, elevado consumo de biscoitos (52,6 por cento), baixo consumo de frutas (52,6 por cento) e hortaliças (34,4 por cento), elevado consumo de açúcares e doces (69,4 por cento), óleos e gorduras (65,6 por cento), além do consumo de refrigerantes (25,8 por cento) e sucos industrializados (35,8 por cento) ter sido maior do que o consumo de sucos naturais (23,4 por cento) foram aspectos negativos da dieta. Observou-se consumo insuficiente de energia em 66,3 por cento dos escolares, de lipídeos em 30,2 por cento, de vitamina A em 28,7 por cento, de vitamina C em 59,2 por cento e cálcio em 98,8 por cento. CONCLUSÃO: Estratégias educativas para assegurar a formação de hábitos alimentares saudáveis devem abranger conteúdos comuns e específicos, refletindo diferenças no consumo alimentar de alunos das escolas públicas e privadas.
OBJECTIVE: This study assessed the food consumption of 570 students aged 9-16 years, in grades 4-8 in 2005, from public and private schools of São Luís, Maranhão, Brazil. METHODS: Food consumption was determined by the 24-hour recall. Energy, macronutrient, vitamins A and C, iron and calcium intakes were compared with the Dietary Reference Intakes. The number of times each food was cited was considered and the foods were grouped according to the Brazilian food pyramid. The chi-square test was used for the statistical analysis. RESULTS: Low consumption of sausages (around 6 percent), adequate consumption of meat and eggs (95.9 percent) and few skipping breakfast (3.2 percent), lunch (2.2 percent) or dinner (3.1 percent) were favorable aspects of the diet. Conversely, elevated consumption of biscuits (52.6 percent), low consumption of fruits (52.6 percent) and greens (34.4 percent), high consumption of sugars and sweets (69.4 percent) and oils and fat (65.6 percent), and the fact that the consumption of sodas (25.8 percent) and powdered drink mixes (35.8 percent) were higher than the consumption of fresh juices (23.4 percent) were negative aspects of the diet. Energy consumption was inadequate for 66.3 percent of the schoolchildren, lipids for 30.2 percent, vitamin A for 28.7 percent, vitamin C for 59.2 percent and calcium for 98.8 percent. CONCLUSION: Educational strategies for the promotion of healthy eating habits should cover common and specific contents in order to deal with the different food consumption practices of schoolchildren from private and public schools.
Assuntos
Humanos , Criança , Adolescente , Ingestão de Alimentos , Comportamento Alimentar , Inquéritos sobre Dietas/estatística & dados numéricos , Nutrição do AdolescenteRESUMO
OBJETIVO: Analisar fatores associados à prática de atividade física e ao tempo médio despendido com algumas atividades sedentárias em escolares. MÉTODOS: Estudo transversal em amostra representativa de 592 escolares de nove a 16 anos em São Luís, MA em 2005. Os dados foram coletados por meio de Inquérito de Atividade Física Recordatório de 24h, contendo variáveis demográficas, socioeconômicas, atividades físicas praticadas e tempo despendido com algumas atividades sedentárias. As atividades físicas foram classificadas de acordo com seu equivalente metabólico (MET) e obteve-se o Índice de Atividade Física para cada escolar. O sedentarismo foi avaliado pelo tempo despendido com TV/computador/jogos. Para comparações entre proporções, utilizou-se o teste do qui-quadrado. Aplicou-se análise de regressão linear para se estabelecerem associações. As estimativas foram corrigidas pelo efeito do desenho amostral. RESULTADOS: A média geral do índice de Atividade Física foi 605,73 MET-min/dia (DP = 509,45). Escolares do sexo masculino (coeficiente = 134,57; IC95 por cento 50,77; 218,37), da rede pública (coeficiente = 94,08; IC95 por cento 12,54; 175,62) e o grupo do 5º ao 7º ano (coeficiente = 95,01; IC95 por cento 8,10;181,92) apresentaram maiores índices quando comparados ao sexo feminino, à rede privada e ao grupo do 8º ao 9º ano, respectivamente (p < 0,05). Em média, os escolares permaneceram 2,66 horas/dia em atividades sedentárias. O tempo nessas atividades diminuiu de maneira significativa no grupo de nove a 11 anos (coeficiente = -0,49 h/dia; IC95 por cento -0,88; -0,10) e nas classes econômicas mais baixas (coeficiente = -0,87; IC95 por cento -1,45;-0,30). Tarefas domésticas (59,4 por cento) e deslocamento a pé para a escola (58,4 por cento) foram as atividades físicas mais citadas. CONCLUSÕES: Ser do sexo feminino, pertencer à rede privada de ensino e ao grupo do 8º ao 9º ano foram fatores associados a menor nível de atividade física. Escolares de menor idade e pertencentes à classe econômica mais baixa gastaram menos tempo em atividades sedentárias.
OBJECTIVE: To analyze factors associated with physical activity and the mean time spent in some sedentary activities among school-aged children. METHODS: A cross-sectional study was carried out in a random sample of 592 schoolchildren aged nine to 16 years in 2005, in São Luís, Northern Brazil. Data were collected by means of a 24-Hour Physical Activity Recall Questionnaire, concerning demographic and socioeconomic variables, physical activities practiced and time spent in certain sedentary activities. Physical activities were classified according to their metabolic equivalents (MET), and a physical activity index was estimated for each child. Sedentary lifestyle was estimated based on time spent watching television, playing videogames and on the computer/internet. Chi square test was used to compare proportions. Linear regression analysis was used to establish associations. Estimates were adjusted for the effect of the sampling design. RESULTS: The mean of the physical activity index was 605.73 MET-min/day (SD = 509.45). School children that were male (coefficient=134.57; 95 percentCI 50.77; 218.37), from public schools (coefficient.= 94.08; 95 percentCI 12.54; 175.62 and in the 5th to 7th grade (coefficient.=95.01; 95 percentCI 8.10;181.92 presented higher indices than females, children from private schools and in the 8th to the 9th grade (p<0.05). On average, students spent 2.66 hours/day in sedentary activities. Time spent in sedentary activities was significantly lower for children aged nine to 11 years (coefficient.= -0.49 hr/day; 95 percentCI -0.88; -0.10) and in lower socioeconomic classes (coefficient.=-0.87; 95 percentCI -1.45;-0.30). Domestic chores (59.43 percent) and walking to school (58.43 percent) were the most common physical activities. CONCLUSIONS: Being female, in private schools and in the 8th to 9th grade were factors associated with lower levels of physical activity. Younger schoolchildren and those from low economic classes spent less time engaged in sedentary activities.
OBJETIVO: Analizar factores asociados a la práctica de actividad física y al tiempo promedio invertido en algunas actividades sedentarias en escolares. MÉTODOS: Estudio transversal en muestra representativa de 592 escolares de nueve a 16 años en Sao Luis, Norte de Brasil, en 2005. Los datos fueron colectados por medio de Pesquisa de Actividad Física Recordatorio de 24h, conteniendo variables demográficas, socioeconómicas, actividades físicas practicadas y tiempo invertido en algunas actividades sedentarias. Las actividades físicas fueron clasificadas de acuerdo con su equivalente metabólico (MET) y se obtuvo el Índice de Actividad Física para cada escolar. El sedentarismo fue evaluado por el tiempo invertido en TV/computadora/juegos. Para comparaciones entre proporciones, se utilizó la prueba de chi-cuadrado. Se aplicó análisis de regresión linear para establecer asociaciones. Las estimaciones fueron corregidas por el efecto del diseño muestral. RESULTADOS: El promedio general del índice de Actividad Física fue 605,73 MET-min/día (DE=509,45). Escolares del sexo masculino (coeficiente=134,57; IC95 por ciento 50,77;218,37), de la red pública (coeficiente=94,08; IC95 por ciento 12,54;175,62) y el grupo de 4to a 6to grado (coeficiente=95,01; IC95 por ciento 8,10;181,92) presentaron mayores índices al compararlos con el sexo femenino, con la red privada y con el grupo de 7mo a 8vo grado, respectivamente (p<0,05). En promedio, los escolares permanecieron 2,66 horas/día en actividades sedentarias. El tiempo en esas actividades disminuyó de manera significativa en el grupo de nueve a 11 años (coeficiente=-0,49 h/día; IC95 por ciento -0,88; -0,10) y en las clases económicas más bajas (coeficiente=-0,87; IC95 por ciento -1,45;-0,30). Tareas domésticas (59,4 por ciento) y traslado a pie a la escuela (58,4 por ciento) fueron las actividades físicas más citadas. CONCLUSIONES: Ser del sexo femenino, pertenecer a la red privada de enseñanza y al grupo de 7mo a 8vo grado fueron factores asociados con el menor nivel de actividad física. Escolares de menor edad y pertenecientes a la clase económica más baja gastaron menos tiempo en actividades sedentarias.