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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2011. 159 p. mapas, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-688813

RESUMO

A Leishmaniose Visceral (LV) tem apresentado quadro de gravidade ascendente com epidemias em áreas urbanas de municípios de médio e grande porte. Nas grandes metrópoles a doença atinge bairros bem consolidados constituindo novos circuitos integrados de produção. Diante de mudanças climáticas, ambientais e expansão demográfica amplia-se como um considerável problema de saúde pública no Brasil, demonstrando que todo o país corre risco de epidemias de LV. A vigilância e controle dessa enfermidade transmitida por vetor precisam considerar as características da endemia em cada parte do país e suas diferenças regionais. A implantação das ações depende do conhecimento sobre seus ciclos de transmissão, e o conhecimento e características dos casos é insuficiente para análise da situação do problema, requerendo o monitoramento da enzootia canina, dos vetores e das condições ambientais das áreas vulneráveis e com transmissão da doença. Este trabalho esteve voltado para compreender os limites e possibilidades de uma proposta de monitoramento para as ações de Vigilância Entomológica do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral-PVC-LV. Esse componente tem implantação recente, entretanto é considerado uns dos principais elementos norteadores das ações de prevenção e controle. O processo foi baseado na descrição do atual das ações relacionando-o com o contexto organizacional da VE nos níveis federal e estadual em conjunto com gestores, profissionais de entomologia das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e consultores do Ministério da Saúde das áreas de entomologia e epidemiologia, num processo orientado pelo que Patton denomina Avaliação com Foco na Utilização - AFU. Empregada como uma possibilidade de construção coletiva e consensuada, esta abordagem permitiu desenvolver um processo dialogado com um grupo identificado de atores, amparado pelas evidências da prática do serviço e da organização do trabalho de profissionais que atuam no PVC-LV. A descrição da intervenção foi realizada a partir da construção de um modelo lógico (ML) da intervenção, que permitiu apresentar a racionalidade existente entre os componentes da intervenção: estrutura, processo e resultados. Os dados e informações que compõe o estudo envolveram procedimentos metodológicos através de levantamento documental, observação de campo e oficinas de discussão com atores-chaves, reforçando a necessidade de implantação e monitoramento da vigilância entomológica. Os resultados envolvem a compreensão de limites e possibilidades do modelo atual tendo em vista a realidade dos serviços de saúde nos diferentes níveis de gestão, fundamentada no conhecimento de profissionais que atuam na gestão política e técnica do Programa e também de especialistas do campo científico; identificação de indicadores de estrutura, processo e resultados, fluxos e periodicidade das informações. Acredita-se que a implantação do monitoramento das ações de vigilância entomológica venha qualificar a própria ação, além de ampliar a visão dos profissionais de saúde frente ao surgimento de novos aspectos relacionados, não só à epidemia da LV, mas a predição de fatores de risco relacionados ao vetor.


Assuntos
Humanos , Leishmaniose Visceral/prevenção & controle , Monitoramento Ambiental , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Controle de Vetores de Doenças
2.
Epidemiol. serv. saúde ; 20(4): 519-526, 2011. tab, graf, mapas
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-610205

RESUMO

Objetivo: o objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos casos de leishmaniose visceral (LV) coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Brasil, em 2007 e 2008. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo dos casos de LV coinfectados com HIV, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); foram contempladas características demográficas, epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e de evolução. Resultados: de 7.556 casos de LV, 3,7 por cento eram coinfectados com HIV; o sexo masculino representou 78,1 por cento desses casos e a média de idade foi de 34,7 anos; os casos estavam distribuídos em quatro macrorregiões do país e suas manifestações clínicas mais prevalentes foram febre, emagrecimento, esplenomegalia e hepatomegalia. Conclusão: o perfil dos pacientes coinfectados por Leishmania-HIV não difere daqueles com LV clássica, à exceção da letalidade (9,7 por cento); faz-se necessário integrar as vigilâncias de leishmanioses e aids e aprimorar a vigilância da coinfecção leishmanioses-HIV-aids.


Objective: the aim of this study was to describe the epidemiological, clinical and laboratorial cases of Visceral Leishmaniases (VL) coinfected with Human Immunodeficiency Virus (HIV) in Brazil in 2007 and 2008. Methodology: it was conducted a descriptive study of cases of VL coinfected with HIV, reported in the Reportable Diseases Information System (RDIS). It was considered demographic, epidemiological, clinical, laboratorial variables and clinical evolution. Results: among 7556 cases of VL, 3.7 per cent were coinfected with HIV. The males represented 78.1 per cent and the average age was 34.7 years. The cases were distributed into four regions of the country. The most prevalent clinical manifestations were fever, weight loss, splenomegaly and hepatomegaly. Conclusion: the characteristics of coinfected Leishmania/HIV patients are not different from those only infected with VL, with the exception of the lethality (9.7 per cent). It is necessary to integrate the surveillance of leishmaniasis and AIDS and improve the monitoring of coinfection leishmaniasis/HIV/AIDS.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , HIV , Leishmaniose Visceral/diagnóstico , Leishmaniose Visceral/parasitologia , Brasil , Infecções por HIV/epidemiologia
3.
Cad. saúde pública ; Cad. Saúde Pública (Online);24(12): 2941-2947, dez. 2008. mapas, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-499785

RESUMO

The urbanization of visceral leishmaniasis in Brazil has been related to environmental changes, migration, interaction and spread of sylvatic reservoirs and infected dogs to areas with no transmission, and adaptation of the vector Lutzomyia longipalpis to the peridomiciliary environment. From 1980 to 2005, Brazil recorded 59,129 cases of visceral leishmaniasis, 82.5 percent of which in the Northeast region. Visceral leishmaniasis gradually spread to other regions of the country: in 1998 these other regions reported 15 percent of all cases, but by 2005 this proportion had increased to 44 percent. From 1998 to 2005, indigenous cases were reported in 1,904 different municipalities of the country (34.2 percent). Reservoir and vector control pose major challenges for disease control, since there is a need for better knowledge of vector behavior in urban areas, and control activities involve high operational costs. In recent years the Brazilian Ministry of Health has supported research on the laboratory diagnosis of infection and disease in humans and dogs, treatment of patients, evaluation of the effectiveness of control strategies, and development of new technologies that could contribute to the surveillance and control of visceral leishmaniasis in the country.


A urbanização da leishmaniose visceral tem sido relacionada a modificações ambientais causadas por ações antrópicas, pelo rápido processo migratório, pela interação e mobilização de reservatórios silvestres e cães infectados para áreas sem transmissão, e pela adaptação do vetor Lutzomiya longipalpis ao peridomicílio. Entre 1980 e 2005, o Brasil registrou 59.129 casos de leishmaniose visceral, sendo 82,5 por cento na Região Nordeste. Gradativamente, a leishmaniose visceral expandiu-se para as regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, passando de 15 por cento dos casos em 1998 para 44 por cento em 2005. Entre 1998 e 2005 foram registrados casos autóctones em 1.904 (34,2 por cento) diferentes municípios brasileiros. O controle vetorial e de reservatórios representam os maiores desafios para o controle da doença, dado a necessidade de melhor conhecer o comportamento do vetor no ambiente urbano, as dificuldades operacionais e o alto custo de execução. Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem investido em pesquisas sobre diagnóstico laboratorial humano e canino, tratamento dos pacientes, avaliação da efetividade das estratégias de controle, bem como de novas tecnologias que possam contribuir na implementação das ações de vigilância e controle da leishmaniose visceral no Brasil.


Assuntos
Animais , Cães , Humanos , Insetos Vetores , Leishmaniose Visceral/epidemiologia , Psychodidae , Brasil/epidemiologia , Reservatórios de Doenças , Incidência , Leishmaniose Visceral/prevenção & controle , Leishmaniose Visceral/transmissão , Fatores de Risco , Urbanização
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