RESUMO
Introdução; A sobrevida no câncer glótico inicial T1 e T2 pós-cirurgia parcial e radioterapia é suportada por dois paradigmas: a cura e a preservação da laringe. Forma de estudo: Retrospectivo clínico. Material e método: Após a revisão de 72 prontuários, dos quais 60 (83,3 por cento) eram homens, e 12 (16,7 por cento), mulheres, sendo 30 estadiados como T1 (41,66 por cento), e 42, como T2(59,34 por cento); 49 (68,10 por cento) tabagistas e 32 (49,94 por cento) etilistas; 26 (36,11 por cento) foram submetidos à laringectomia parcial (cordectomia, frontolateral, hemilaringectomia), e 46 (63,89 por cento) à radioterapia (dose média de 6,3 Gy). Resultados: A sobrevida livre de doença média foi de 71 por cento a cinco anos, sendo 65 por cento para a radioterapia e 79 por cento para a cirurgia parcial - valores estes sem significado estatístico (p=0,4071). Para a sobrevida global, foi de 91 por cento (12 meses), 83 por cento (24 meses) e 44 por cento (60 meses) para cirurgia, e 84 por cento (12 meses), 68 por cento (24 meses) e 17 por cento (60 meses) para a radioterapia -diferenças essas não significantes. Quanto aos pacientes que recidivaram, foram todos submetidos à laringectomia total (resgate cirúrgico) com sobrevida livre de doença de 100 por cento (12 meses) e 44 por cento (60 meses) - resultados semelhantes àqueles obtidos à cirurgia parcial inicial