RESUMO
RESUMO Objetivo Avaliar a concordância entre as medidas de controle da asma e a capacidade de exercício funcional em crianças e adolescentes com asma não controlada e controlada. Métodos Selecionamos crianças e adolescentes com asma de 7 a 17 anos, que foram atendidos no Ambulatório de Pneumologia Pediátrica da Universidade Estadual de Campinas. Todos os pacientes tiveram nível de controle da asma avaliado pelo questionário da Global Initiative for Asthma (GINAq), Teste de Controle da Asma (TCA), espirometria e teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Os pacientes foram classificados como asma não controlada ou controlada em cada teste e a concordância entre as medidas foi avaliada pelas estatísticas do Kappa. A curva ROC foi calculada para o TC6M. O índice espirométrico da espirometria foi composto por FEV1, FEV1/FVC e FEF25-75%. Os resultados da espirometria e do TC6M foram comparados entre o grupo de asma não controlada e controlada pela GINAq. Resultados Dos 138 sujeitos incluídos, 78 (56,5%) eram do sexo masculino com idade média de 11,00 (7-17) anos. O GINAq detectou 68,8% dos pacientes com asma não controlada. Foi observada concordância moderada (p<0,001; k=0,56) e alta especificidade (100%) entre o GINAq e o TCA. No TC6M, o ponto de corte de 82,03% da distância prevista possibilitou a distinção de pacientes com asma controlada e não controlada. O índice espirométrico apresentou 73,4% de sensibilidade com o GINAq. Foram observados resultados piores no TC6M em pacientes com asma não controlada. Conclusões Este estudo destaca a importância de avaliar mais de uma medida para diferenciar o nível de controle da asma. O GINAq identificou mais pacientes com asma não controlada e apresentou concordância moderada com o TCA. O índice espirométrico foi associado à asma não controlada de acordo com o GINAq. O TC6M foi uma boa medida para distinguir pacientes com asma controlada e não controlada.
ABSTRACT Objective To assess the agreement among asthma control measures and functional exercise capacity in children and adolescents with uncontrolled and controlled asthma. Methods Children and adolescents with asthma from 7-17 years old were selected, and they were attended in the "Pediatric Pulmonology Outpatient Clinic of State University of Campinas", in Brazil. All patients had asthma control level assessed by Global Initiative for Asthma questionnaire (GINAq), Asthma Control Test (ACT), spirometry and six-minute-walk-test (6MWT). Patients were classified as uncontrolled or controlled asthma in each test and agreement among measures was assessed by kappa statistics. The ROC curve was calculated for the 6MWT. The spirometric index obtained from spirometry was composed by FEV1, FEV1/FVC and FEF25-75%. Spirometry and 6MWT results were compared between uncontrolled and controlled asthma group by GINAq. Results Of the 138 subjects included, 78 (56.5%) were male with median age of 11 (7-17) years old. GINAq detected 68.8% of patients with uncontrolled asthma. Moderate agreement (p < 0.001; k = 0.56) and high specificity (100%) was observed between GINAq and ACT. In 6MWT, the cut-off point of 82.03% of predicted distance was able to distinguish patients with controlled and uncontrolled asthma. Spirometric index presented 73.4% of sensitivity according to GINAq. The results for 6MWT in patients with uncontrolled asthma were the worst of all. Conclusion This study highlights the importance of assessing more than one measure to differentiate asthma control level. GINAq identified more patients with uncontrolled asthma and presented moderate agreement with ACT. Spirometric index was associated with uncontrolled asthma according to GINAq. 6MWT was a suitable measure to distinguish patients with controlled and uncontrolled asthma.
Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Adolescente , Asma/fisiopatologia , Tolerância ao Exercício , Teste de Esforço/métodos , Testes de Função Respiratória , Asma/tratamento farmacológico , Espirometria , Brasil , Testes Respiratórios , Valor Preditivo dos Testes , Curva ROCRESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate the prevalence and risk factors associated with progression to recurrent wheezing in preterm infants. Methods: The cross-sectional study was carried out in 2014 and 2015 and analyzed preterm infants born between 2011 and 2012. The search for these children was performed in a university maternity hospital and a Special Immunobiological Reference Center. The evaluation was performed through a questionnaire applied during a telephone interview. Results: The study included 445 children aged 39 (18-54) months. In the univariate analysis, the risk factors with the greatest chance of recurrent wheezing were birth weight <1000 g, gestational age <28 weeks, living with two or more siblings, food allergy, and atopic dermatitis in the child, as well as food allergy and asthma in the parents. In the multivariate analysis, there was a significant association between recurrent wheezing and gestational age at birth <28 weeks, food allergy and atopic dermatitis in the child, and living with two or more children. Of the 445 analyzed subjects, 194 received passive immunization against the respiratory syncytial virus, and 251 preterm infants were not immunized. There was a difference between the gestational age of these subgroups (p < 0.001). The overall prevalence of recurrent wheezing was 27.4% (95% CI: 23.42-31.70), whereas in the children who received passive immunization it was 36.1% (95% CI: 29.55-43.03). Conclusions: Personal history of atopy, lower gestational age, and living with two or more children had a significant association with recurrent wheezing. Children with lower gestational age who received passive immunization against the respiratory syncytial virus had a higher prevalence of recurrent wheezing than the group with higher gestational age.
RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à evolução para sibilância recorrente em prematuros. Métodos: O estudo transversal foi feito em 2014 e 2015 e analisou crianças prematuras nascidas entre 2011 e 2012. A busca dessas crianças foi feita em maternidade de hospital universitário e em um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais. A avaliação foi feita por questionário dirigido em entrevista telefônica. Resultados: O estudo incluiu 445 crianças com 39 (18-54) meses de vida. Na análise univariada, os fatores de risco com maior chance de sibilância recorrente foram peso de nascimento menor do que 1.000 g, idade gestacional menor do que 28 semanas, convivência com dois ou mais irmãos, alergia alimentar e dermatite atópica na criança e alergia alimentar e asma nos pais. Na análise multivariada houve associação significativa entre sibilância recorrente e idade gestacional ao nascer menor do que 28 semanas, alergia alimentar e dermatite atópica na criança e a convivência com duas ou mais crianças. Dos 445 sujeitos analisados, 194 receberam imunização passiva contra vírus sincicial respiratório e 251 eram prematuros não imunizados. Houve diferença entre a idade gestacional desses subgrupos (p < 0,001). A prevalência geral de sibilância recorrente foi 27,4% (IC 95%: 23,42-31,70) e nas crianças que receberam a imunização passiva foi 36,1% (IC 95%: 29,55-43,03). Conclusões: História pessoal de atopia, menor idade gestacional e convivência com duas ou mais crianças apresentaram associação significativa com sibilância recorrente. As crianças com menor idade gestacional, que receberam a imunização passiva contra o vírus sincicial respiratório, apresentaram maior prevalência de sibilância recorrente que o grupo de maior idade gestacional.