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1.
Rev. bras. enferm ; 73(supl.1): e20190055, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1101550

RESUMO

ABSTRACT Objective: to identify the types of violence that affect the health team in Family Health Units, their offenders, reactions and problems experienced by workers. Method: a cross-sectional, concurrent mixed-type research. The Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector was applied to 106 workers from Family Health Units. Of these, 18 answered the semi-structured interview. Results: verbal aggression (65.1%), bullying (14.2%), racial discrimination (10.4%), physical assault (8.5%) and sexual harassment (4.7%) were prevalent. Patients were the main perpetrators of verbal aggression (79.4%) and bullying (46.7%). Workers responded by telling co-workers and reporting to the boss. Victims remained over-alert, vigilant and tense, relating exposure to violence to absenteeism and the desire to leave the profession. Conclusion: verbal aggression is the most common violence with negative impact on workers' health and work performed.


RESUMEN Objetivo: identificar los tipos de violencia que afectan al equipo de salud en las Unidades de Salud de la Familia, sus agresores, las reacciones y problemas experimentados por los trabajadores. Método: investigación transversal de enfoque mixto del tipo concomitante. El Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector se aplicó a 106 trabajadores de las unidades de salud familiar. De estos, 18 respondieron la entrevista semiestructurada. Resultados: el abuso verbal (65.1%), la intimidación (14.2%), la discriminación racial (10.4%), la violencia física (8.5%) y el acoso sexual fueron frecuentes (4,7%). Los pacientes fueron los principales autores de la agresión verbal (79,4%) y la intimidación (46,7%). Los trabajadores respondieron contándoles a sus colegas e informando al jefe. Las víctimas permanecieron demasiado alertas, vigilantes y tensas, relacionando la exposición a la violencia con el ausentismo y el deseo de abandonar la profesión. Conclusión: la agresión verbal es la violencia más común con un impacto negativo en la salud y el trabajo de los trabajadores.


RESUMO Objetivo: identificar os tipos de violência que acometem a equipe de saúde em unidades de Saúde da Família, seus agressores, as reações e os problemas vivenciados pelos trabalhadores. Método: pesquisa transversal, de abordagem mista do tipo concomitante. Aplicou-se o Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector em 106 trabalhadores de Unidades de Saúde da Família. Desses, 18 responderam a entrevista semiestruturada. Resultados: foram prevalentes agressões verbais (65,1%), assédio moral (14,2%), discriminação racial (10,4%), violência física (8,5%) e assédio sexual (4,7%). Os pacientes foram os principais perpetradores das agressões verbais (79,4%) e da chefia do assédio moral (46,7%). Os trabalhadores reagiram contando para colegas e relatando ao chefe. As vítimas permaneceram superalertas, vigilantes e tensas, relacionando a exposição à violência ao absenteísmo e ao desejo de abandonar a profissão. Conclusão: a agressão verbal é a violência mais comum, com impacto negativo sobre a saúde dos trabalhadores e o trabalho desenvolvido.

2.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 32(6): 632-641, Nov.-Dez. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1054609

RESUMO

Resumo Objetivo Verificar a prevalência de violência no trabalho em Unidades de Saúde da Família, caracterizar as vítimas e conhecer as implicações das condições e da organização do trabalho na exposição dos trabalhadores. Métodos Estudo misto, do tipo concomitante. A etapa quantitativa contou com amostra de 106 profissionais de saúde de 17 unidades de saúde de família que responderam questões acerca de dados sociodemográficos e ao Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. Na etapa qualitativa 18 trabalhadores vítimas de violência foram intencionalmente seíecionados para responder à entrevista semiestruturada. Achados quantitativos foram submetidos a estatísticas descritivas e analíticas, e os dados qualitativos à análise temática. Resultados Cerca de 69,8% dos trabalhadores foram expostos à violência, sendo as principais vítimas os trabalhadores mais jovens e da equipe de enfermagem (p=0,047). A violência também foi associada à pior avaliação sobre os relacionamentos com colegas (p=0,003) e chefias (p=0,008). Os entrevistados atribuíram à recepção da unidade o espaço de maior risco de agressões. A falta de recursos, ausência de médico na unidade e sua localização em zonas de tráfico foram aspectos relacionados à exposição dos profissionais à violência. Conclusão A violência se mostrou prevalente no trabalho em unidades de saúde da família e melhorias na estrutura, recursos humanos e materiais, bem como segurança pública são necessários para controlar e prevenir agressões aos trabalhadores.


Resumen Objetivo Verificar la prevalencia de violencia en el trabajo en Unidades de Salud de Familia, caracterizar a las víctimas y conocer las consecuencias de las condiciones y de la organización del trabajo en la exposición de los trabajadores. Métodos Estudio mixto, de tipo concomitante. La etapa cuantitativa contó con una muestra de 106 profesionales de la salud de 17 unidades de salud de familia que respondieron a preguntas sobre datos sociodemográficos y al Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. En la etapa cualitativa, se seleccionaron intencionalmente 18 trabajadores víctimas de violencia para responder una entrevista semiestructurada. Los resultados cuantitativos fueron sometidos a estadísticas descriptivas y analíticas; y los datos cualitativos, a análisis temático. Resultados Cerca del 69,8% de los trabajadores estuvo expuesto a violencia, entre los cuales los más jóvenes y los del equipo de enfermería fueron las principales víctímas (p=0,047). La violencia también estuvo asociada a peores evaluaciones sobre la relación con los compañeros (p=0,003) y jefes (p=0,008). Los entrevistados señalaron la recepción de la unidad como el espacio de mayor riesgo de agresiones. La falta de recursos, la ausencia de médicos en la unidad y la ubicación en zonas de tráfico ilegal fueron aspectos relacionados con la exposición de los profesionales a la violencia. Conclusión La violencia demostró ser prevalente en el trabajo en unidades de salud de familia y es necesaria una mejora en la estructura y en los recursos humanos y materiales, así como en la seguridad pública para controlar y prevenir agresiones a los trabajadores.


Abstract Objective To verify the prevalence of workplace violence in Family Health Units, characterize the victims and know the implications of conditions and organization of work in workers exposure. Methods A mixed study of the concomitant type. The quantitative stage included a sample of 106 health professionals from 17 Family Health Units who answered questions about sociodemographic data and the Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. At the qualitative stage, 18 violence victims workers were intentionally selected to respond to the semi-structured interview. Quantitative findings were subjected to descriptive and analytical statistics, and qualitative data to thematic analysis. Results About 69.8% of the workers were exposed to violence, with the main victims being younger workers and the nursing staff (p=0.047). Violence was also associated with a worse assessment of relationships with colleagues (p=0.003) and managers (p=0.008). The interviewees attributed to the reception of the unit the space of greatest risk of aggression. The lack of resources, absence of a doctor in the unit and its location in areas of trafficking were aspects related to the exposure of professionals to violence. Conclusion Violence has proved prevalent in work in family health units and improvements in structure, human and material resources as well as public safety are needed to control and prevent worker aggression.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Atenção Primária à Saúde , Centros de Saúde , Saúde da Família , Exposição Ocupacional , Violência no Trabalho/estatística & dados numéricos , Entrevistas como Assunto , Inquéritos e Questionários , Estudos de Avaliação como Assunto
3.
Rev. enferm. UFSM ; 9: 5, jul. 15, 2019.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1009333

RESUMO

"\"\\\"[{\\\\\\\"text\\\\\\\": \\\\\\\"Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico e laboral dos enfermeiros docentes atuantes em programas de pós-graduação stricto sensu em Enfermagem de instituições públicas do Rio Grande do Sul. Método:\\\\\\\\r\\\\\\\\nestudo quantitativo, descritivo e exploratório, desenvolvido com enfermeiros docentes de três universidades\\\\\\\\r\\\\\\\\nfederais. A coleta deu-se de novembro de 2015 à outubro de 2016, por meio de um questionário sociodemográfico e laboral.Os resultados foram analisados pelo software Statistical Analysis System. Resultados: houve predomínio do sexo feminino, idade média de 53,92 e casados/união estável. Ingressaram na pós-graduação entre 2009 e 2014, possuem alunos à nível de mestrado e doutorado, não possuem outro emprego, não estiveram afastados do trabalho por mais de três dias, bem como nos últimos seis meses. Conclusão: os resultados apresentam importantes características sobre o perfil dos enfermeiros docentes, o que pode auxiliar na compreensão acerca dos riscos de adoecimento deste grupo, assim como do seu processo de trabalho.\\\\\\\", \\\\\\\"_i\\\\\\\": \\\\\\\"pt\\\\\\\"}, {\\\\\\\"text\\\\\\\": \\\\\\\"Aim: to identify the sociodemographic and occupational profile of teaching nurses working in stricto\\\\\\\\r\\\\\\\\nsensu postgraduate programs in Nursing of public institutions in Rio Grande do Sul. Method: quantitative,\\\\\\\\r\\\\\\\\ndescriptive and exploratory study, developed with teaching nurses from three federal universities. The data\\\\\\\\r\\\\\\\\ncollection was from November 2015 to October 2016, through a sociodemographic and labor questionnaire. The results were analyzed by the Statistical Analysis System software. Results: there was predominance of females, mean age of 53.92 and married / stable union. They entered graduate school between 2009 and 2014, have masters and doctorate students, have no other job, have not been away from work for more than three days, as well as in the last six months. Conclusion: the results have important characteristics on the profile of teaching nurses, which can help in understanding the risks of illness of this group, as well as their work process.\\\\\\\", \\\\\\\"_i\\\\\\\": \\\\\\\"en\\\\\\\"}, {\\\\\\\"text\\\\\\\": \\\\\\\"Objetivo: identificar el perfil sociodemográfico y laboral de los enfermeros docentes actuantes en\\\\\\\\r\\\\\\\\nprogramas de postgrado, stricto sensu, en Enfermería, de instituciones públicas del Rio Grande do Sul. Método: estudio cuantitativo, descriptivo y exploratorio, desarrollado con enfermeros docentes de tres universidades. La recolección de datos ocurrió de noviembre de 2015 a octubre de 2016, por medio de un cuestionario sociodemográfico y laboral. Los resultados fueron analizados por el software Statistical Analysis System. Resultados: se identificó el predominio de docentes del sexo femenino, edad media de 53,92 y casados. Ingresaron en el postgrado entre 2009 y 2014, tienen alumnos de maestría y doctorado, no poseen otro empleo, no estuvieron alejados del trabajo por más de tres días, tampoco en los últimos seis meses. Conclusión: los resultados presentan importantes características sobre el perfil de los enfermeros docentes, lo que puede auxiliar la comprensión sobre los riesgos de enfermedad de este grupo, así como de su proceso de trabajo\\\\\\\", \\\\\\\"_i\\\\\\\": \\\\\\\"es\\\\\\\"}]\\\"\""


Assuntos
Humanos , Saúde Ocupacional , Enfermagem , Educação de Pós-Graduação em Enfermagem , Docentes de Enfermagem
4.
Texto & contexto enferm ; 27(1): e2420016, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-904419

RESUMO

RESUMO Objetivo: analisar a presença da violência física e psicológica entre trabalhadores da saúde, identificar seus perpetradores e compreender a origem das agressões. Método: estudo de abordagem mista. Os dados quantitativos foram coletados sobre amostra aleatória de 269 profissionais da equipe de saúde em hospital público da Região Sul do Brasil, dentre os quais, 20 sujeitos, vítimas de violência, compuseram sequencialmente a etapa qualitativa. Resultados: a violência física atingiu 15,2% (n=42) dos profissionais e a violência psicológica 48,7% (n=135) dos trabalhadores por meio de agressões verbais, 24,9% (n=69) sofreram assédio moral, 8,7% (n=24) discriminação racial e 2,5% (n=7) assédio sexual. Mulheres foram as principais vítimas da violência física, assédio moral e discriminação racial (p<0,05). Técnicos de enfermagem foram os mais expostos à violência física e assédio moral (p<0,05). O paciente foi o principal agressor da equipe de saúde (35,4%, n=98), seguido pelos colegas de trabalho (25,3%, n=70), chefia (21,7%, n=60) e acompanhantes (15,5%, n=43). Agravos neurológicos, abuso de álcool e de outras drogas foram relacionados à origem da agressão, razões que atenuaram a culpa dos pacientes pela violência. As condições impróprias de trabalho geraram revolta dos pacientes e entre os profissionais. Aspectos da organização do trabalho no hospital público foram apontados como causas para conflitos que repercutem em violências. Conclusões: a violência psicológica foi prevalente, mulheres e técnicos de enfermagem foram os mais expostos e pacientes os principais perpetradores. São necessárias medidas de contenção e prevenção, bem como investimentos sobre as condições e a organização do trabalho no hospital.


RESUMEN Objetivo: analizar la presencia de violencia física y psicológica entre trabajadores de la salud, identificar a sus perpetradores y comprender el origen de las agresiones. Método: estudio de enfoque mixto. Los datos cuantitativos fueron recolectados sobre muestra aleatoria de 269 profesionales del equipo de salud en hospital público de la Región Sur de Brasil, entre los cuales, 20 sujetos, víctimas de violencia, compusieron secuencialmente la etapa cualitativa. Resultados: la violencia física alcanzó el 15,2% (n=42) de los profesionales y la violencia psicológica 48,7% (n=135) de los trabajadores por medio de agresiones verbales, el 24,9% (n=69) sufrieron acoso moral 8,7% (n=24) discriminación racial y 2,5% (n=7) acoso sexual. Las mujeres fueron las principales víctimas de la violencia física, el acoso y la discriminación racial (p<0,05). Los técnicos de enfermería fueron los más expuestos a la violencia física y el acoso moral (p<0,05). El paciente fue el principal agresor del equipo de salud (35,4%, n=98), seguido por los compañeros de trabajo (25,3%, n=70), jefatura (21,7%, n=60) y acompañantes (15,5%, n=43). Agravios neurológicos, abuso de alcohol y otras drogas se relacionaron con el origen de la agresión, razones que atenuaron la culpa de los pacientes por la violencia. Las condiciones impropias de trabajo generaron revuelta de los pacientes y entre los profesionales. Los aspectos de la organización del trabajo en el hospital público fueron señalados como causas para conflictos que repercuten en violencias. Conclusiones: la violencia psicológica fue prevalente, mujeres y técnicos de enfermería fueron los más expuestos y pacientes los principales perpetradores. Se necesitan medidas de contención y prevención, así como inversiones sobre las condiciones y la organización del trabajo en el hospital.


ABSTRACT Objective: to analyze the presence of physical and psychological violence among health workers, identify their perpetrators and understand the origin of the aggressions. Method: a mixed approach study. The quantitative data were collected from a random sample of 269 professionals from the health team in a public hospital in the Southern Region of Brazil. Among these 269 professionals 20 were victims of violence and composed the qualitative step. Results: physical violence affected 15.2% (n=42) of the professionals and psychological violence affected 48.7% (n=135) of the workers by means of verbal aggression, 24.9% (n=69) moral harassment, 8.7% (n=24) racial discrimination and 2.5% (n=7) sexual harassment. Women were the main victims of physical violence, bullying and racial discrimination (p<0.05). Nursing technicians were the most exposed to physical violence and moral harassment (p<0.05). The patient was the main aggressor to the health team (35.4%, n=98), followed by coworkers (25.3%, n=70), management (21.7%, n=60) and companions (15.5%, n=43). Neurological diseases, alcohol and other drug abuse were related to the origin of the aggression, reasons which absolve the patients from the guilt of their violent behavior. The improper work conditions caused acts of aggression in patients and among professionals. Aspects of work organization in the public hospital were highlighted as causes for conflicts which cause violent repercussions. Conclusions: psychological violence was prevalent, women and nursing technicians were the most exposed and patients were the main perpetrators. Containment and prevention measures are required, as well as investments for the work organization in the hospital.


Assuntos
Humanos , Relações Profissional-Paciente , Condições de Trabalho , Saúde Ocupacional , Violência no Trabalho , Mão de Obra em Saúde , Serviços de Saúde , Recursos Humanos de Enfermagem
5.
Porto Alegre; s.n; 2018. 108 f p.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1567589

RESUMO

Os profissionais das Unidades de Saúde da Família (USF) podem ser considerados altamente vulneráveis à violência no trabalho, uma vez que atuam diretamente na comunidade, por vezes em regiões com altas taxas de criminalidade e com falta de segurança, tendo muitas vezes condições e organização do trabalho desfavoráveis. Objetivou-se analisar a exposição dos trabalhadores de saúde à violência laboral nas USF e as suas interfaces com as condições e a organização do trabalho. Tratou-se de pesquisa com abordagem mista, que utilizou a estratégia aninhada concomitante, realizada em USF de uma capital da região sul do Brasil, com os profissionais que compunham a equipe mínima de saúde da família (n=190). Uma amostra probabilística de 106 profissionais respondeu ao Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector, dentre os quais 18 profissionais, vítimas de violência, responderam à entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram submetidos à estatística descritiva e analítica, sendo considerado significativo p<0,05. Os dados qualitativos foram transcritos e submetidos à analise do tipo temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição proponente e coparticipante e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na amostra (n=106), 80,2% tratou-se de mulheres, com mediana de idade de 42,5 anos, brancas (61,9%), casadas ou com companheiros (53,8%). Os ACS representaram 52,8% da amostra, seguidos de técnicos/auxiliares de enfermagem (23,6%), enfermeiros (15,1%) e médicos (8,5%). A maioria dos profissionais (69,8%) sofreu algum tipo de violência nos últimos 12 meses, sendo prevalentes as agressões verbais (65,1%), ocorridas por meio de xingamentos, ofensas, humilhações e ameaças. Dos participantes, 33,8% referiram terem sofrido dois ou mais tipos de violência no trabalho, sendo os maiores perpetradores os pacientes para violência física (100%), agressão verbal (79,4%), discriminação racial (81,8%) e assédio sexual (60%). As chefias foram mencionadas como principais agressores nos casos de assédio moral (46,7%). Encontraram-se diferenças estatisticamente significantes entre vítimas e não vítimas no que se refere à categoria profissional e idade (p<0,05). Nas entrevistas foi destacada atuação na recepção como agravante para a exposição às situações de violência. As principais reações das vítimas foram: contar para o colega (entre 33,3% e 80% das situações) e relatar para o chefe (entre 20% e 56,5%). Permanecer superalerta, vigilante, de sobreaviso ou constantemente tenso foi o problema mais referido pelas vítimas, exceto nas situações de assédio moral, que desencadearam principalmente sentimentos de pesar para realizar as atividades. Abalos à saúde dos trabalhadores foram mencionados pelos participantes como consequências dos episódios de violência, bem como relatos de absenteísmo e a vontade de abandonar a profissão. Entretanto, os profissionais tendiam à naturalização e banalização desses episódios. As vítimas de violência apresentaram piores avaliações sobre as condições e a organização do trabalho, sendo significativamente piores as avaliações quanto aos relacionamentos com colegas e chefias (p<0,05). Melhorias no ambiente (61,3%) e investimento em desenvolvimento de recursos humanos (75,5%) foram destacadoscomo necessidades no que tange à problemática. Os participantes referiram inexistência de condutas que promovem a segurança no local de trabalho (entre 37,7% e 67%), uma vez que a vulnerabilidade dos profissionais à violência urbana do território foi mencionada como fator agravante dessas situações nas USF. Conclui-se que os profissionais das USF estão muito expostos à violência, especialmente do tipo verbal e vinda dos pacientes. A organização e as condições de trabalho estão implicadas na origem desta problemática e carecem de investimentos a fim de garantir a preservação da integridade física e psicológica dos trabalhadores e o cumprimento das atividades previstas de atenção à comunidade.


Professionals working at Unidades de Saúde da Família (USF ­ Family Health Units) may be considered highly vulnerable to violence in the workplace, since they work directly with the community, often in areas which present high rates of criminality and little security; and often in unfavorable work conditions and organization. The objective was an analysis of the exposition of such health workers to violence in the workplace in the USFs and their relationship with the conditions and the organization of where they work. This research present a mixed approach which used concomitant strategy, performed at a USF located in a capital city in the south region of Brazil; having as main object the professionals forming the basic staff for family health (n=190). A probabilistic sample of 106 practitioners answered the Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector; among them 18 workers, who have been victims of violence, answered a semi-structured interview. Quantitative data were subjected to descriptive and analytical statistics, being deemed significant the value p<0.05. Qualitative data were transcribed and subjected to an analysis of the thematic kind. This study was approved by the Ethics and Research Commitee of the proposing and coparticipant institution, and all subjects signed the Informed Consent form. In the sample (n=106), 82.2% were women, with and average age of 42.5, White (61.9%), married or living with a partner (53.8%). The Community Health Agents (Agentes Comunitários de Saúde ­ ACS) constituted 52.8% of the sample, followed by nursing auxiliaries and technicians (23.6%), nurses (15.1%) and doctors (8.5%). The majority of the professionals (69.8%) have suffered some form of violence in the last 12 months, such violence being verbal in most of the cases (65.1%), such as swearing, offences, humiliations and threats. Among the participants, 33.8% reported having suffered two types or more of violence in the workplace, being the patients the perpetrators of physical violence (100%), verbal aggression (79.4%), racial prejudice (81.8%) and sexual harassment (60%). Those in leadership positions were reported as the main aggressors in case of psychological harassment (46.7%). Significant statistical differences were found in relation to the victims and non-victims when it comes to professional category and age (p<0.05). In the interviews there was great emphasis to the reception as an aggravating element to the exposition to situations involving violence. The victims? main reactions were: talking to a colleague (between 33.3%-80% of the cases) and reporting to the head (between 20%-56.5%). The most common problems referred by the victims were having to be extra alert, watchful, wary, or constantly tense, except in situations of psychological harassment, which unleashed feelings of grief and sadness to perform their duties. Damage to the workers? health were also described by the participants as a consequence of the episodes of violence, as well as accounts of absenteeism and wishes to abandon career. However, the professionals to see these episodes naturally and in a trivial way. These victims of violence presented the worst evaluation in relation to workplace conditions and organization, being significantly worse the evaluation of the relationship with colleagues and heads (p<0.05). Improvement in the work environment (61.3%) and investments in the development of human resources (75.5%) were emphasized as the main needs in relation to this problem. The participants made reference to the non existence of conduct which might promote security at work (between 37.7%-67%), since the vulnerability of these professionals to urban violence in the area was mentioned as an aggravating factor in these situations in USF. It can be concluded that the professionals working at USF are extremely subjected to violence, in particular of the verbal type and performed by patients. The conditions and organization of the workplace are also implied in the origins of this problem and are poorly investigated in order to guarantee the preservation of the physical and psychological integrity of the workers, as well as the activities intended to the community.


Los profesionales de las Unidades de Salud de la Familia (USF) pueden ser considerados altamente vulnerables a la violencia en el trabajo, una vez que actúan directamente en la comunidad, por veces en regiones con altas tasas de criminalidad y con falta de seguridad, teniendo muchas veces condiciones y organización de trabajo desfavorables. Se objetivó analizar la exposición de los trabajadores de salud a la violencia laboral en las USF y sus interfaces con las condiciones y la organización de trabajo. Se trató de pesquisa con abordaje mixta que utilizó la estrategia aniñada concomitante, realizada en USF de una capital de la región Sur de Brasil, con los profesionales que componen la equipe mínima de salud de la familia (n=190). Una muestra probabilística de 106 profesionales contestó al Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector, entre los cuales, 18 profesionales, víctimas de violencia, contestaron a la encuesta semiestructurada. Los datos cuantitativos fueron sometidos a la estadística descriptiva y analítica, siendo considerado significativo p<0,05. Los datos cualitativos fueron transcritos y sometidos a la revisión de tipo temática. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética y Pesquisa de la instituición proponente y coparticipante, y todos los participantes firmaron el Termo de Consentimiento Libre y Esclarecido. En la muestra (n=106), 80,2% se trató de mujeres, con mediana de edad de 42,5 años, blancas (61,9%), casadas o con compañeros (53,8%). Los ACS representaron 52,8% de la muestra, seguidos de técnicos/auxiliares de enfermería (23,6%), enfermeros (15,1%) y médicos (8,5%). La mayoría de los profesionales (69,8%) sufrió algún tipo de violencia en los últimos 12 meses, siendo predominante las agresiones verbales (65,1%). Ocurridos por medio de insultos, ofensas, humillaciones y amenazas. De los participantes, 33,8% refirieron haber sufrido dos o más tipos de violencia en el trabajo, siendo los mayores perpetradores los pacientes a la violencia física (100%), agresión verbal (79,4%), discriminación racial (81,8%) y asedio sexual (60%). Las cabezas fueron mencionadas como principales agresores en los casos de asedio moral (46,7%). Se encontraron diferencias estadísticamente significantes entre víctimas y no víctimas en lo que se refiere a la categoría profesional y edad (p<0,05). En las encuestas fue destacada actuación en la recepción como agravante para la exposición a las situaciones de violencia. Las principales reacciones de las víctimas fueron: contar para el colega (entre 33,3% e 80% de las situaciones) y relatar para el jefe (entre 20% y 56,5%). Permanecer muy atento, vigilante, estar sobre aviso o constantemente tenso fue el problema más referido por las víctimas, excepto en las situaciones de asedio moral, que desencadenó principalmente sentimientos de pesar para realizar las actividades. Conmociones a la salud de los trabajadores fueron mencionados por los participantes como consecuencias a los episodios de violencia, bien como relatos de absentismo y la voluntad de abandonar la profesión, entretanto, los profesiones tendían a la naturalización y banalización de esos episodios. Las víctimas de violencia presentaron peores evaluativas cuanto a los relacionamientos con colegas y cabezas (p<0,05). Mejorías en el ambiente (61,3%) e inversiones en desarrollo de recursos humanos (75,5%) fueron destacados como necesidades en lo que dice respeto a la problemática. Los participantes refirieron a la inexistencia de conductas que promueven la seguridad en el local de trabajo (entre 37,7% y ¨&%), una vez que la vulnerabilidad de los profesionales a la violencia urbana de territorio fue mencionada como factor agravante de esas situaciones en las USF. Se concluye que los profesionales de las USF están muy expuestos a la violencia, especialmente del tipo verbal y venida de los pacientes. La organización y condiciones de trabajo están implicadas en la origen de esta problemática y carecen de inversiones a fin de garantizar la preservación de la integridad física y psicológica de los trabajadores y el cumplimento de las actividades previstas de atención a la comunidad.


Assuntos
Enfermagem
6.
Rev. baiana saúde pública ; 39(1)jan.-mar. 2015.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-764913

RESUMO

Relato de experiência de ações extensionistas de educação em saúde, realizadas por acadêmicos de enfermagem junto aos usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Pelotas - RS. As ações foram realizadas em espaços de encontro com usuários de três UBS, com objetivo de problematizar a organização da rede de saúde municipal após a implantação do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco no Hospital de Pronto Socorro. Foi possível dialogar acerca das dificuldades encontradas na atenção básica e o caráter resolutivo atribuído ao serviço de urgência/emergência. Constatou-se a necessidade de investimentos na reorganização dos fluxos de atenção à saúde no município.


Relato de experiencia de acciones de extensión, realizadas por académicos de enfermería junto a pacientes de Unidades Básicas de Salud (UBS) de Pelotas/RS. Las acciones fueron realizadas con pacientes de tres UBS, con el objetivo de problematizar la organización de la red de salud municipal después de la implantación de la Acogida con la Evaluación y Clasificación de Riesgo en la Emergencia. Fue posible observar dificultades en la atención básica y el carácter resolutivo que se le atribuye al servicio de urgencia/emergencia. Se constató necesidad de inversiones en la organización del flujo de servicio para la salud en el municipio.


Experience report of extension activities with character of education in health, conducted by nursing students along with the users of Basic Health Units (BHU) of Pelotas / RS. The actions were carried out in spaces which users of three BHU, where the municipal health network was problematic with emphasis on Home Strategy with Assessment and Risk Rating. It was possible to talk about the difficulties found in basic care and resolute character attributed to service urgent/emergency. It found the need to invest in the reorganization of flows of health care in the county.


Assuntos
Risco , Classificação , Acolhimento , Serviços de Saúde
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
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