RESUMO
Introducción: La incidencia de fracturas de cadera presenta un aumento dramático desde la mediana edad, constituyendo un problema de salud prevalente en adultos mayores. Se realizó una revisión bibliográfica de los registros internacionales de fracturas de cadera y un estudio epidemiológico multicéntrico para conocer la incidencia, los costos y la mortalidad de esta patología en nuestro país. Material y métodos: Se realizó una búsqueda, revisión y análisis de todos los registros internacionales de fracturas de cadera existentes en el mundo. Posteriormente, se llevó a cabo un análisis descriptivo observacional retrospectivo y multicéntrico en 4 instituciones de pacientes mayores de 50 años intervenidos quirúrgicamente con osteosíntesis por fractura de cadera en el año 2019. En los datos anonimizados se evaluaron edad, sexo, tipo de fractura, incidencia y costos. Se incluyeron y asociaron, además, datos estadísticos y económicos del Registro del Fondo Nacional de Recursos. Se utilizó el software estadístico SPSS para establecer asociaciones univariadas, bivariadas y multivariadas. Para comparar las proporciones se empleó el test estadístico de chi cuadrado. Resultados: Se resume la revisión de registros en una tabla. El análisis multicéntrico contó con 646 pacientes con fracturas de cadera. Destacamos la alta prevalencia de esta patología en pacientes mayores de 79 años (63,1%) y en el sexo femenino (77,6%), en concordancia con los registros internacionales, con asociación significativa entre ambas variables (p < 0,0001). A diferencia de otros registros, y quizás dato erróneo, la fractura más frecuente fue la del cuello de fémur (43%). El tiempo entre la fractura y la cirugía y los días de internación fueron de 2,6 y 7,2 días, respectivamente, en la institución de asistencia más efectiva. Nuestro cálculo mostró una incidencia de fractura de cadera en Uruguay que oscila entre 235 y 391 en 100.000 habitantes mayores de 50 años. El costo calculado de la serie evaluada fue de unos U$S 2.855.320 y, en general, esta patología provoca un gasto para nuestro país que se aproxima a U$S 20.000.000 por año. Conclusión: La fractura de cadera presenta una elevada incidencia, costos y morbimortalidad en la población de adultos mayores, comparable con datos internacionales. Es necesario contar con un Registro Nacional de Fracturas de Cadera que permita conocer datos estadísticos certeros para poder establecer políticas adecuadas de prevención, tratamiento y control de gastos.
Introduction: The incidence of hip fractures dramatically increases from middle age on, posing a prevalent health problem in elderly people. A literature review of the international hip fracture registers, as well as a multicenter, epidemiological study were carried out in order to assess the incidence, costs, and mortality of this pathology in our country. Material and methods: All international hip fracture registers in the world were searched, reviewed and analyzed. An observational, retrospective, multicenter descriptive analysis was then carried out in 4 health-care centers for patents over 50 years of age who underwent surgery with osteosynthesis due to hip fracture in 2019. Age, sex, type of fracture, incidence and costs were assessed from the anonymized data. Statistical and economic data from the National Resources Fund Register were also included and associated. The SPSS statistical software was used to establish univariate, bivariate, and multivariate associations. The chi-squared statistical test was used to compare proportions. Results: Review of the registers is summarized in a table. The multicenter analysis included 646 patients with hip fractures. Worth of note is the high prevalence of this pathology in patients over 79 years of age (63.1%) and females (77.6%), in line with the international registers, and a significant association between both variables (p < 0.0001). Unlike other registers, and probably due to inaccurate data, the most frequent fracture was that of femoral neck (43%). The time from fracture to surgery and inpatient days were 2.6 and 7.2 days, respectively, in the most effective health care center. Our calculation showed a hip fracture incidence in Uruguay between 235 and 391 per 100,000 inhabitants over 50 years of age. The estimated cost of the assessed series was about U$S 2,855,320, and in general this pathology generates an annual expense of about U$S 20,000,000 for our country. Conclusion: Hip fractures have high incidence, costs and mortality and morbidity in the elderly population comparable with international data. It is necessary to have a National Hip Fracture Register that provides accurate statistical data in order to establish adequate prevention, treatment and cost control policies.
Introdução: A incidência de fraturas de quadril apresenta um aumento dramático a partir da meia-idade, constituindo um problema de saúde prevalente em idosos. Uma revisão bibliográfica dos Registros Internacionais de Fratura de Quadril e um estudo epidemiológico multicêntrico foram realizados para determinar a incidência, os custos e a mortalidade dessa patologia em nosso país. Material e métodos: Foi realizada uma busca, revisão e análise de todos os Registros Internacionais de fraturas de quadril existentes no mundo. Posteriormente, foi realizada uma análise observacional descritiva retrospectiva e multicêntrica, em 4 Instituições, de pacientes maiores de 50 anos, submetidos à cirurgia com osteossíntese, para fratura de quadril em 2019. Nos dados anônimos foram avaliados idade e sexo, tipo de fratura , incidência e custos. Dados estatísticos e econômicos do Registro do Fundo Nacional de Recursos também foram incluídos e associados. O software estatístico SPSS foi usado para estabelecer associações univariadas, bivariadas e multivariadas. O teste estatístico do qui quadrado foi usado para comparar as proporções. Resultados: a revisão dos registros é resumida em uma tabela. A análise multicêntrica incluiu 646 pacientes com fraturas de quadril. Destaca-se a alta prevalência dessa patologia em pacientes maiores de 79 anos (63,1%) e no sexo feminino (77,6%), de acordo com registros internacionais, com associação significativa entre as duas variáveis ââ(p <0,0001). Ao contrário de outros registros, e talvez dados errôneos, a fratura mais frequente foi a do colo do fêmur (43%). O tempo decorrido entre a fratura e a cirurgia e os dias de internação foram de 2,6 e 7,2 dias, respectivamente, na instituição assistencial mais efetiva. Nosso cálculo mostrou uma incidência de fratura de quadril no Uruguai, variando entre 235 e 391 em 100.000 habitantes com mais de 50 anos de idade. O custo calculado da série avaliada foi em torno de US $ 2.855.320 e, em geral, essa patologia acarreta um gasto para o nosso país que é próximo a US $ 20.000.000 por ano. Conclusão: A fratura de quadril tem alta incidência, custo e morbimortalidade na população idosa, comparável a dados internacionais. É necessário um Cadastro Nacional de Fraturas de Quadril, que permita conhecer dados estatísticos precisos, para estabelecer políticas adequadas de prevenção, tratamento e controle de custos.