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1.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;121(8): e20230672, ago. 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1568815

RESUMO

Resumo Fundamento O choque cardiogênico (CC) refratário está associado com altas taxas de mortalidade, e o uso de oxigenação por membrana extracorpórea venoarterial (VA-ECMO, do inglês venoarterial extracorporeal membrane oxygenation) como uma opção terapêutica tem gerado discussões. Nesse sentido, sua custo-efetividade, principalmente em países de baixa e média renda como o Brasil, continua incerto.Objetivos: Conduzir uma análise de custo-efetividade na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a custo-efetividade de VA-ECMO combinado com o tratamento padrão em comparação ao tratamento padrão isolado em pacientes adultos com CC refratário. Métodos Acompanhamos uma coorte de pacientes com CC refratário tratados com VA-ECMO em centros de assistência terciária do sul brasileiro. Coletamos dados de desfechos e custos hospitalares. Realizamos uma revisão sistemática para complementar nossos dados e usamos o modelo de Markov para estimar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) por ano de vida ajustado pela qualidade (QALY) e por ano de vida ganho. Resultados Na análise do caso-base, a VA-ECMO gerou uma RCEI de Int$ 37 491 por QALY. Análises de sensibilidade identificaram o custo de internação, o risco relativo de sobrevida, e a sobrevida do grupo submetido à VA-ECMO como principais variáveis influenciando os resultados. A análise de sensibilidade probabilística mostrou um benefício do uso de VA-ECMO, com uma probabilidade de 78% de custo-efetividade no limiar recomendado de disposição a pagar. Conclusões Nosso estudo sugere que, dentro do SUS, VA-ECMO pode ser uma terapia custo-efetiva para o CC refratário. Contudo, a escassez de dados sobre a eficácia e de ensaios clínicos recentes que abordem seus benefícios em subgrupos específicos de pacientes destaca a necessidade de mais pesquisas. Ensaios clínicos rigorosos, incluindo perfis diversos de pacientes, são essenciais para confirmar a custo-efetividade com uso de VA-ECMO e assegurar acesso igualitário a intervenções médicas avançadas dentro dos sistemas de saúde, especialmente em países com desigualdades socioeconômicas como o Brasil.


Abstract Background Refractory cardiogenic shock (CS) is associated with high mortality rates, and the use of venoarterial extracorporeal membrane oxygenation (VA-ECMO) as a therapeutic option has generated discussions. Therefore, its cost-effectiveness, especially in low- and middle-income countries like Brazil, remains uncertain.Objectives: To conduct a cost-utility analysis from the Brazilian Unified Health System perspective to assess the cost-effectiveness of VA-ECMO combined with standard care compared to standard care alone in adult refractory CS patients. Methods We followed a cohort of refractory CS patients treated with VA-ECMO in tertiary care centers located in Southern Brazilian. We collected data on hospital outcomes and costs. We conducted a systematic review to supplement our data and utilized a Markov model to estimate incremental cost-effectiveness ratios (ICERs) per quality-adjusted life year (QALY) and per life-year gained. Results In the base-case analysis, VA-ECMO yielded an ICER of Int$ 37,491 per QALY. Sensitivity analyses identified hospitalization cost, relative risk of survival, and VA-ECMO group survival as key drivers of results. Probabilistic sensitivity analysis favored VA-ECMO, with a 78% probability of cost-effectiveness at the recommended willingness-to-pay threshold. Conclusions Our study suggests that, within the Brazilian Health System framework, VA-ECMO may be a cost-effective therapy for refractory CS. However, limited efficacy data and recent trials questioning its benefit in specific patient subsets highlight the need for further research. Rigorous clinical trials, encompassing diverse patient profiles, are essential to confirm cost-effectiveness and ensure equitable access to advanced medical interventions within healthcare systems, particularly in socio-economically diverse countries like Brazil.

3.
Crit. Care Sci ; 36: e20240265en, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557674

RESUMO

ABSTRACT A significant portion of individuals who have experienced critical illness encounter new or exacerbated impairments in their physical, cognitive, or mental health, commonly referred to as postintensive care syndrome. Moreover, those who survive critical illness often face an increased risk of adverse consequences, including infections, major cardiovascular events, readmissions, and elevated mortality rates, during the months following hospitalization. These findings emphasize the critical necessity for effective prevention and management of long-term health deterioration in the critical care environment. Although conclusive evidence from well-designed randomized clinical trials is somewhat limited, potential interventions include strategies such as limiting sedation, early mobilization, maintaining family presence during the intensive care unit stay, implementing multicomponent transition programs (from intensive care unit to ward and from hospital to home), and offering specialized posthospital discharge follow-up. This review seeks to provide a concise summary of recent medical literature concerning long-term outcomes following critical illness and highlight potential approaches for preventing and addressing health decline in critical care survivors.


RESUMO Parcela significativa de indivíduos que enfrentaram doença crítica sofre de síndrome pós-cuidados intensivos, caracterizada por comprometimento novo ou exacerbado da função física, cognitiva ou de saúde mental. Além disso, os sobreviventes geralmente apresentam maior risco de consequências adversas, como infecção, eventos cardiovasculares maiores, reinternação e taxas de mortalidade elevadas, durante os meses após a hospitalização. Esses achados reforçam a necessidade urgente de prevenção e manejo eficazes da deterioração da saúde a longo prazo no ambiente de cuidados intensivos. Embora haja poucas evidências conclusivas de ensaios clínicos randomizados bem desenhados, potenciais intervenções incluem estratégias como limitação da sedação, mobilização precoce, presença da família durante a internação na unidade de terapia intensiva, implementação de programas de transição multidisciplinares (da unidade de terapia intensiva para a enfermaria e do hospital para o domicílio) e acompanhamento especializado após a alta hospitalar. Esta revisão objetiva fornecer um resumo conciso da literatura médica recente sobre os desfechos a longo prazo após doenças críticas e destacar potenciais abordagens para prevenir e abordar a deterioração da saúde de sobreviventes de cuidados intensivos.

6.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.) ; Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.);70(2): e20230469, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535087

RESUMO

SUMMARY OBJECTIVE: The aim of this study was to assess the rate of bacterial infections in COVID-19-hospitalized patients and to analyze the most prevalent germs, sources, risk factors, and its impact on in-hospital mortality. METHODS: This observational retrospective study was conducted on 672 patients hospitalized between April and August 2020 in Nossa Senhora da Conceição Hospital, a public hospital located in Porto Alegre, Brazil. The inclusion criterion was adult patients hospitalized with confirmed COVID-19. Data were collected through chart review. Risk factors for bacterial infection and mortality were analyzed using both univariate and multivariate robust Poisson regression models. RESULTS: Bacterial coinfection was observed in 22.2% of patients. Risk factors for bacterial infections were dementia (RR=2.06 (1.18-3.60); p=0.011), cerebrovascular disease (RR=1.75 (1.15-2.67); p=0.009), active cancer (RR=1.52 (1.082-2.15); p=0.01), need for noninvasive ventilation (RR=2.320 (1.740-3.094); p<0.01), invasive mechanical ventilation (RR=4.63 (2.24-9.56); p<0.01), and renal replacement therapy (RR=1.68 (1.26-2.25); p<0.01). In the adjusted model, bacterial infections were not associated with mortality (0.96 (0.75-1.24); p=0.79). The most common source of infection was due to respiratory, blood, and central venous catheters, with 69 (29.36%), 61 (25.96%), and 59 (25.11%) positive cultures, respectively. CONCLUSION: We observed a high rate of bacterial infections in COVID-19-hospitalized patients, most commonly of respiratory source. Neurologic and oncologic morbidities and need for ventilation and renal replacement therapy was associated with risk factors for bacterial infections. Nevertheless, an association between bacterial infections and hospital mortality was not established.

9.
Cogitare Enferm. (Online) ; 28: e91079, Mar. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1520785

RESUMO

RESUMO: Objetivo: avaliar a satisfação dos familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva e sintomas de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e qualidade de vida. Método: estudo longitudinal com familiares de pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva, no sul do Brasil, realizado em dois momentos: após alta do paciente, seguida de três meses, com os instrumentos: FS-ICU 24, HADS, IES-6, EQ-5D-3L. A análise foi realizada no programa Statical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: 73/100% familiares, sendo 58/79,5% do sexo feminino. A satisfação dos familiares foi de 77,42%. Houve diferença significativa nos sintomas de depressão (p=0,001), estresse pós-traumático (p=0,000) e qualidade de vida, (p=0,007) e "ansiedade e depressão" (p=0,009), quando comparados aos familiares. A ansiedade não apresentou significância (p=0,095). Conclusão: satisfação com os cuidados foi satisfatória. Os que perderam seus entes se mostraram mais deprimidos, estressados e com piores escores de qualidade de vida, contribuindo, assim, para a prática clínica.


ABSTRACT Objective: To evaluate the satisfaction of family members of patients admitted to the Intensive Care Unit and symptoms of anxiety, depression, post-traumatic stress, and quality of life. Method: a longitudinal study with relatives of patients in an Intensive Care Unit in southern Brazil, carried out at two points: after the patient was discharged, followed by three months, using the following instruments: FS-ICU 24, HADS, IES-6, EQ-5D-3L. The analysis was carried out using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) program. Results: 73/100% of relatives, 58/79.5% of whom were female. Family member satisfaction was 77.42%. There was a significant difference in symptoms of depression (p=0.001), post-traumatic stress (p=0.000) and quality of life, (p=0.007) and "anxiety and depression" (p=0.009) when compared to family members. Anxiety was not significant (p=0.095). Conclusion: Satisfaction with care was satisfactory. Those who lost their loved ones were more depressed, stressed and had worse quality of life scores, thus contributing to clinical practice.


RESUMEN Objetivo: Evaluar la satisfacción de los familiares de pacientes ingresados en la Unidad de Cuidados Intensivos y los síntomas de ansiedad, depresión, estrés postraumático y calidad de vida. Método: estudio longitudinal con familiares de pacientes internados en una Unidad de Terapia Intensiva del sur de Brasil, realizado en dos momentos: después del alta del paciente, seguido por tres meses, utilizando los siguientes instrumentos: FSICU 24, HADS, IES-6, EQ-5D-3L. El análisis se realizó con el programa Statical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Resultados: 73/100% de los familiares, de los cuales 58/79,5% eran mujeres. La satisfacción de los familiares fue del 77,42%. Hubo una diferencia significativa en los síntomas de depresión (p=0,001), estrés postraumático (p=0,000) y calidad de vida, (p=0,007) y "ansiedad y depresión" (p=0,009), en comparación con los familiares. La ansiedad no fue significativa (p=0,095). Conclusión: La satisfacción con los cuidados fue satisfactoria. Los que perdieron a sus seres queridos estaban más deprimidos, estresados y tenían peores puntuaciones de calidad de vida, lo que contribuye a la práctica clínica.

10.
Crit. Care Sci ; 35(1): 31-36, Jan. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448078

RESUMO

ABSTRACT Objective: To evaluate the impact of an educational website on satisfaction and symptoms of anxiety and depression among family members of critically ill adult patients. Methods: We embedded an analysis of website access in a cohort study conducted in intensive care units with flexible visiting hours in Brazil. Family members were guided to access an educational website designed to help them understand the processes and emotions associated with an intensive care unit stay. Subjects were evaluated for baseline data within the first 48 hours following enrollment and outcome assessment at up to 7 days after patient discharge from the intensive care unit, death, or until the 30th day of the study. The main outcomes were satisfaction using the Critical Care Family Needs Inventory and the presence of anxiety and depression symptoms using the Hospital Anxiety and Depression Scale. Results: A total of 532 family members were evaluated during the study period. Of these, 61 (11.5%) accessed the website. After adjustments, family members who accessed the website had significantly better mean Critical Care Family Needs Inventory scores (152.8 versus 145.2, p = 0.01) and a lower prevalence of probable clinical anxiety (prevalence ratio 0.35; 95%CI 0.14 - 0.89) than family members who did not access the website. There were no differences regarding symptoms of depression. Conclusion: Access to an educational website was associated with higher family satisfaction with care and a lower prevalence of clinical anxiety.


RESUMO Objetivo: Avaliar o efeito de um portal educativo na satisfação e nos sintomas de ansiedade e depressão de familiares de pacientes adultos em estado crítico. Métodos: Inserimos uma análise de acesso a um portal num estudo de coorte realizado em unidades de terapia intensiva com horários de visita flexíveis no Brasil. Os familiares foram orientados a acessar um portal educativo concebido para os ajudá-los a compreender os processos e as emoções associados à internação em unidades de terapia intensiva. Os sujeitos foram avaliados quanto às informações basais nas primeiras 48 horas após a inclusão e quanto aos desfechos até 7 dias após a alta do paciente da unidade de terapia intensiva, morte ou até o 30º dia do estudo. Os principais desfechos foram a satisfação por meio do Inventário das Necessidades da Família em Cuidados Intensivos e a presença de sintomas de ansiedade e depressão utilizando a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Resultados: Avaliaram-se 532 familiares durante o período do estudo. Destes, 61 (11,5%) acessaram o portal. Após ajustes, os familiares que acessaram o portal apresentaram médias significativamente melhores dos valores do Inventário de Necessidades da Família em Cuidados Intensivos (152,8 versus 145,2; p = 0,01) e menor prevalência de provável ansiedade clínica (razão de prevalência de 0,35; IC95% 0,14 - 0,89) do que familiares que não acessaram o portal. Não houve diferença em relação aos sintomas de depressão. Conclusão: O acesso a um portal educativo foi associado a maior satisfação familiar com os cuidados e menor prevalência de ansiedade clínica.

12.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(4): 492-498, out.-dez. 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423668

RESUMO

RESUMO Objetivo: Descrever a taxa e os fatores relacionados ao não retorno ao trabalho no terceiro mês pós-alta da unidade de terapia intensiva, além dos impactos do desemprego, da perda de renda e dos gastos com saúde para os sobreviventes. Métodos: Estudo de coorte prospectivo multicêntrico, que incluiu sobreviventes da doença aguda grave, hospitalizados entre 2015 e 2018, previamente empregados, que permaneceram mais de 72 horas internados na unidade de terapia intensiva. Os desfechos foram avaliados por entrevista telefônica no terceiro mês após a alta. Resultados: Dos 316 pacientes incluídos no estudo que trabalhavam previamente, 193 (61,1%) não retornaram ao trabalho nos 3 meses após a alta da unidade de terapia intensiva. Foram associados ao não retorno ao trabalho: baixo nível educacional (razão de prevalência de 1,39; IC95% 1,10 - 1,74; p = 0,006), vínculo empregatício prévio (razão de prevalência de 1,32; IC95% 1,10 - 1,58; p = 0,003), necessidade de ventilação mecânica (razão de prevalência de 1,20; IC95% 1,01 - 1,42; p = 0,04) e dependência física no terceiro mês pós-alta (razão de prevalência de 1,27; IC95% 1,08 - 1,48; p = 0,003). Os sobreviventes incapazes de retornar ao trabalho mais frequentemente apresentaram redução da renda familiar (49,7% versus 33,3%; p = 0,008) e aumento dos gastos em saúde (66,9% versus 48,3%; p = 0,002) quando comparados àqueles que retornaram ao trabalho no terceiro mês após a alta da unidade de terapia intensiva. Conclusão: Frequentemente, os sobreviventes de unidade de terapia intensiva não retornam ao trabalho até o terceiro mês pós-alta da unidade de terapia intensiva. Baixo nível educacional, trabalho formal, necessidade de suporte ventilatório e dependência física no terceiro mês pós-alta relacionaram-se ao não retorno ao trabalho. O não retorno ao trabalho também se relacionou com redução na renda familiar e aumento dos custos com saúde após a alta da unidade de terapia intensiva.


ABSTRACT Objective: To describe the rate and factors related to nonreturn to work in the third month after discharge from the intensive care unit and the impact of unemployment, loss of income and health care expenses for survivors. Methods: This was a prospective multicenter cohort study that included survivors of severe acute illness who were hospitalized between 2015 and 2018, previously employed, and who stayed more than 72 hours in the intensive care unit. Outcomes were assessed by telephone interview in the third month after discharge. Results: Of the 316 patients included in the study who had previously worked, 193 (61.1%) did not return to work within 3 months after discharge from the intensive care unit. The following factors were associated with nonreturn to work: low educational level (prevalence ratio 1.39; 95%CI 1.10 - 1.74; p = 0.006), previous employment relationship (prevalence ratio 1.32; 95%CI 1 10 - 1.58; p = 0.003), need for mechanical ventilation (prevalence ratio 1.20; 95%CI 1.01 - 1.42; p = 0.04) and physical dependence in the third month after discharge (prevalence ratio 1.27; 95%CI 1.08 - 1.48; p = 0.003). Survivors who were unable to return to work more often had reduced family income (49.7% versus 33.3%; p = 0.008) and increased health expenditures (66.9% versus 48.3%; p = 0.002). compared to those who returned to work in the third month after discharge from the intensive care unit. Conclusion: Intensive care unit survivors often do not return to work until the third month after discharge from the intensive care unit. Low educational level, formal job, need for ventilatory support and physical dependence in the third month after discharge were related to nonreturn to work. Failure to return to work was also associated with reduced family income and increased health care costs after discharge.

13.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(3): 374-379, jul.-set. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407750

RESUMO

RESUMO Objetivo: Comparar as percepções de familiares de pacientes com as percepções de profissionais de saúde a respeito de um modelo de visitação flexível em unidades de terapia intensiva. Métodos: Este estudo transversal foi realizado de setembro a dezembro de 2018 com familiares de pacientes e membros de equipe de assistência ao paciente de uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica com um modelo de visitação flexível (12 horas ao dia). A avaliação da política de visitação flexível foi realizada por meio de um instrumento de visitação aberto composto de 22 perguntas divididas em três domínios (avaliação do estresse familiar, fornecimento de informações e interferência no trabalho da equipe). Resultados: Foram analisados 95 familiares acompanhantes e 95 membros da equipe de assistência. As percepções dos familiares quanto à diminuição da ansiedade e do estresse com visitas flexíveis foram superiores às percepções da equipe (91,6% versus 58,9%; p < 0,001). A família também teve uma percepção mais positiva quanto ao fornecimento de informações (86,3% versus 64,2%; p < 0,001). A equipe de assistência acreditava que a presença do parente dificultava a assistência ao paciente e causava interrupções de trabalho (46,3% versus 6,3%; p < 0,001). Conclusão: Os familiares e as equipes da unidade de terapia intensiva têm percepções diferentes sobre visitas flexíveis na unidade de terapia intensiva. Entretanto, predomina uma visão positiva entre os membros da família em relação à percepção da diminuição da ansiedade e do estresse e maiores informações e contribuições para a recuperação do paciente.


ABSTRACT Objective: To compare the perceptions of patients' relatives with the perceptions of health professionals regarding a flexible visitation model in intensive care units. Methods: Cross-sectional study. This study was carried out with patients' relatives and members of the care team of a clinical-surgical intensive care unit with a flexible visitation model (12 hours/day) from September to December 2018. The evaluation of the flexible visitation policy was carried out through an open visitation instrument composed of 22 questions divided into three domains (evaluation of family stress, provision of information, and interference in the work of the team). Results: Ninety-five accompanying relatives and 95 members of the care team were analyzed. The perceptions of relatives regarding the decrease in anxiety and stress with flexible visitation was higher than the perceptions of the team (91.6% versus 58.9%, p < 0.001), and the family also had a more positive perception regarding the provision of information (86.3% versus 64.2%, p < 0.001). The care team believed that the presence of the relative made it difficult to provide care to the patient and caused work interruptions (46.3% versus 6.3%, p < 0.001). Conclusion: Family members and staff-intensive care unit teams have different perceptions about flexible visits in the intensive care unit. However, a positive view regarding the perception of decreased anxiety and stress among the family members and greater information and contributions to patient recovery predominates.

15.
Rev. bras. ter. intensiva ; 33(3): 374-383, jul.-set. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1347298

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar a capacidade do Teste de Caminhada de 6 Minutos para predizer a melhora do estado funcional físico em longo prazo de pacientes sobreviventes à unidade de terapia intensiva. Métodos: Foram avaliados, de forma prospectiva, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2018, em um ambulatório pós-unidade de terapia intensiva, 32 sobreviventes à unidade de terapia intensiva. Foram inscritos consecutivamente os pacientes com permanência na unidade de terapia intensiva acima de 72 horas (para admissões emergenciais) ou acima de 120 horas (para admissões eletivas) que compareceram ao ambulatório pós-unidade de terapia intensiva 4 meses após receberem alta da unidade de terapia intensiva. A associação entre a distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos realizado na avaliação inicial e a evolução do estado funcional físico foi avaliada durante 8 meses, com utilização do Índice de Barthel. Resultados: A distância média percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos foi significantemente mais baixa nos sobreviventes à unidade de terapia intensiva do que na população geral (405m versus 557m; p < 0,001). A idade (β = -4,0; p < 0,001) e a fraqueza muscular (β = -99,7; p = 0,02) se associaram com a distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos. A distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos se associou com melhora do estado funcional físico no período de 8 meses de acompanhamento desses pacientes (razão de chance para cada 10m: 1,07; IC95% 1,01 - 1,16; p = 0,03). A área sob a curva Característica de Operação do Receptor para predição da melhora funcional física pelo Teste de Caminhada de 6 Minutos foi de 0,72 (IC95% 0,53 - 0,88). Conclusão: O Teste de Caminhada de 6 Minutos, realizado 4 meses após a alta da unidade de terapia intensiva, predisse com precisão moderada a melhora do estado funcional físico de sobreviventes à unidade de terapia intensiva.


ABSTRACT Objective: To evaluate the ability of the 6-Minute Walk Test to predict long-term physical functional status improvement among intensive care unit survivors. Methods: Thirty-two intensive care unit survivors were prospectively evaluated from February 2017 to August 2018 in a post-intensive care unit outpatient clinic in Brazil. Individuals with intensive care unit stays > 72 hours (emergency admissions) or > 120 hours (elective admissions) attending the post-intensive care unit clinic four months after intensive care unit discharge were consecutively enrolled. The association between the 6-Minute Walk Test distance at baseline and physical functional status was assessed over 8 months using the Barthel Index. Results: The mean 6-Minute Walk Test distance was significantly lower in intensive care unit survivors than in the general population (405m versus 557m; p < 0.001). Age (β = -4.0; p < 0.001) and muscle weakness (β = -99.7; p = 0.02) were associated with the 6-Minute Walk Test distance. A 6-Minute Walk Test distance was associated with improvement in physical functional status over the 8-month follow-up (odds ratio for each 10m of 1.07; 95%CI 1.01 - 1.16; p = 0.03). The area under the Receiver Operating Characteristic curve for the 6-Minute Walk Test prediction of physical functional status improvement was 0.72 (95%CI 0.53 - 0.88). Conclusion: The 6-Minute Walk Test performed 4 months after intensive care unit discharge predicted long-term physical functional status among intensive care unit survivors with moderate accuracy.


Assuntos
Humanos , Sobreviventes , Unidades de Terapia Intensiva , Alta do Paciente , Estudos Prospectivos , Teste de Caminhada
16.
Rev. bras. ter. intensiva ; 33(1): 31-37, jan.-mar. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1289059

RESUMO

RESUMO Introdução: Os efeitos provocados pela COVID-19 em longo prazo são desconhecidos. O presente estudo tem como objetivo avaliar os fatores associados com a qualidade de vida relacionada à saúde e os desfechos em longo prazo em sobreviventes à hospitalização por COVID-19 no Brasil. Métodos: Este será um estudo multicêntrico de coorte prospectivo, aninhado em cinco ensaios clínicos randomizados desenhados para avaliar os efeitos dos tratamentos específicos para COVID-19 em mais de 50 centros no Brasil. Pacientes adultos sobreviventes à hospitalização por infecção por SARS-CoV-2 comprovada ou suspeita serão seguidos por um período de 1 ano, por meio de entrevistas telefônicas estruturadas. O desfecho primário é o escore de utilidade para qualidade de vida relacionada à saúde após 1 ano, avaliado segundo o questionário EuroQol-5D3L. Os desfechos secundários incluirão mortalidade por todas as causas, eventos cardiovasculares graves, reospitalizações, retorno ao trabalho ou estudo, condição funcional física avaliada pelo instrumento Lawton-Brody Instrumental Activities of Daily Living, dispneia avaliada segundo a escala de dispneia modificada do Medical Research Council, necessidade de suporte ventilatório em longo prazo, sintomas de ansiedade e depressão avaliados segundo a Hospital Anxiety and Depression Scale, sintomas de transtorno de estresse pós-traumático avaliados pela ferramenta Impact of Event Scale-Revised e autoavaliação da condição de saúde, conforme a Escala Visual Analógica do EuroQol-5D3L. Serão utilizadas equações de estimativas generalizada para testar a associação entre cinco conjuntos de variáveis (1 - características demográficas, 2 - condição de saúde pré-morbidade, 3 - características da doença aguda, 4 - terapias específicas para COVID-19 recebidas e 5 - variáveis pós-alta atualizadas) e desfechos. Ética e disseminação: O protocolo do estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa de todas as instituições participantes. Os resultados serão disseminados por meio de conferências e periódicos revisados por pares.


Abstract Introduction: The long-term effects caused by COVID-19 are unknown. The present study aims to assess factors associated with health-related quality of life and long-term outcomes among survivors of hospitalization for COVID-19 in Brazil. Methods: This is a multicenter prospective cohort study nested in five randomized clinical trials designed to assess the effects of specific COVID-19 treatments in over 50 centers in Brazil. Adult survivors of hospitalization due to proven or suspected SARS-CoV-2 infection will be followed-up for a period of 1 year by means of structured telephone interviews. The primary outcome is the 1-year utility score of health-related quality of life assessed by the EuroQol-5D3L. Secondary outcomes include all-cause mortality, major cardiovascular events, rehospitalizations, return to work or study, physical functional status assessed by the Lawton-Brody Instrumental Activities of Daily Living, dyspnea assessed by the modified Medical Research Council dyspnea scale, need for long-term ventilatory support, symptoms of anxiety and depression assessed by the Hospital Anxiety and Depression Scale, symptoms of posttraumatic stress disorder assessed by the Impact of Event Scale-Revised, and self-rated health assessed by the EuroQol-5D3L Visual Analog Scale. Generalized estimated equations will be performed to test the association between five sets of variables (1- demographic characteristics, 2- premorbid state of health, 3- characteristics of acute illness, 4- specific COVID-19 treatments received, and 5- time-updated postdischarge variables) and outcomes. Ethics and dissemination: The study protocol was approved by the Research Ethics Committee of all participant institutions. The results will be disseminated through conferences and peer-reviewed journals.


Assuntos
Humanos , Adulto , Qualidade de Vida , COVID-19/complicações , Readmissão do Paciente , Telefone , Brasil , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Estudos Prospectivos , Seguimentos , Causas de Morte , Sobreviventes , Tamanho da Amostra , Retorno ao Trabalho , Medidas de Resultados Relatados pelo Paciente , COVID-19/mortalidade
18.
Rev. bras. ter. intensiva ; 33(1): 1-11, jan.-mar. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1289064

RESUMO

RESUMO Objetivo: Fornecer recomendações para nortear o manejo clínico do potencial doador em morte encefálica. Métodos: O presente documento foi formulado em dois painéis compostos por uma força tarefa integrada por 27 especialistas de diferentes áreas que responderam a questões dirigidas aos seguintes temas: ventilação mecânica, hemodinâmica, suporte endócrino-metabólico, infecção, temperatura corporal, transfusão sanguínea, e uso de checklists. Os desfechos considerados foram: parada cardíaca, número de órgãos retirados ou transplantados e função/sobrevida dos órgãos transplantados. A qualidade das evidências das recomendações foi avaliada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation. Resultados: Foram geradas 19 recomendações a partir do painel de especialistas. Dessas, 7 foram classificadas como fortes, 11 fracas e uma foi considerada boa prática clínica. Conclusão: Apesar da concordância entre os membros do painel em relação à maior parte das recomendações, o grau de recomendação é fraco em sua maioria.


Abstract Objective: To contribute to updating the recommendations for brain-dead potential organ donor management. Methods: A group of 27 experts, including intensivists, transplant coordinators, transplant surgeons, and epidemiologists, answered questions related to the following topics were divided into mechanical ventilation, hemodynamics, endocrine-metabolic management, infection, body temperature, blood transfusion, and checklists use. The outcomes considered were cardiac arrests, number of organs removed or transplanted as well as function / survival of transplanted organs. The quality of evidence of the recommendations was assessed using the Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation system to classify the recommendations. Results: A total of 19 recommendations were drawn from the expert panel. Of these, 7 were classified as strong, 11 as weak and 1 was considered a good clinical practice. Conclusion: Despite the agreement among panel members on most recommendations, the grade of recommendation was mostly weak.


Assuntos
Humanos , Morte Encefálica , Cuidados Críticos , Respiração Artificial , Doadores de Tecidos , Encéfalo
19.
Clin. biomed. res ; 41(1): 75-83, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1255309

RESUMO

A sepse é uma disfunção orgânica aguda secundária à infecção e suas taxas de mortalidade hospitalar vêm reduzindo em muitos países nos últimos anos. Esta redução da mortalidade resulta em um maior número de pacientes que recebem alta hospitalar, porém frequentemente os sobreviventes experimentam novas incapacidades (físicas, cognitivas e psicológicas) e piora das condições crônicas de saúde em longo-prazo. Além disso, sua evolução pós-alta hospitalar cursa com elevado risco de morte e frequentes reinternações nos primeiros meses pós-hospitalização, bem como elevado uso de recursos de saúde. Esta revisão tem como objetivo descrever a morbimortalidade em longo prazo dos pacientes sobreviventes de sepse, seus efeitos sobre o sistema de saúde e as possíveis ações voltadas a minimizar as sequelas desta síndrome que acomete aproximadamente 1/3 dos pacientes admitidos em unidades de tratamento intensivo. (AU)


Sepsis is an acute organ dysfunction secondary to infection and its hospital mortality rates have been decreasing in many countries in recent years. This reduction in mortality results in a greater number of patients being discharged from the hospital, but survivors often experience new disabilities (physical, cognitive and psychological) and worsening chronic long-term health conditions. In addition, the post-discharge evolution leads to a high risk of death and frequent readmissions in the first months after hospitalization, as well as a high use of health resources. This review aims to describe the long-term morbidity and mortality of survivors of sepsis, its effects on the health system and the possible actions aimed at minimizing the sequelae of this syndrome that affects approximately 1/3 of patients admitted to intensive care units. (AU)


Assuntos
Alta do Paciente , Sepse/mortalidade , Unidades de Terapia Intensiva , Readmissão do Paciente , Sepse/complicações
20.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.) ; Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.);66(8): 1157-1163, Aug. 2020. graf
Artigo em Inglês | SES-SP, LILACS | ID: biblio-1136330

RESUMO

SUMMARY There is a new global pandemic that emerged in China in 2019 that is threatening different populations with severe acute respiratory failure. The disease has enormous potential for transmissibility and requires drastic governmental measures, guided by social distancing and the use of protective devices (gloves, masks, and facial shields). Once the need for admission to the ICU is characterized, a set of essentially supportive therapies are adopted in order to offer multi-organic support and allow time for healing. Typically, patients who require ventilatory support have bilateral infiltrates in the chest X-ray and chest computed tomography showing ground-glass pulmonary opacities and subsegmental consolidations. Invasive ventilatory support should not be postponed in a scenario of intense ventilatory distress. The treatment is, in essence, supportive.


RESUMO Há uma nova pandemia global que surgiu na China em 2019 e está ameaçando diferentes populações com insuficiência respiratória aguda grave. A doença tem um enorme potencial de transmissibilidade e requer medidas governamentais drásticas, orientadas para o distanciamento social e pelo uso de dispositivos de proteção (luvas, máscaras e escudos faciais). Uma vez caracterizada a necessidade de admissão na UTI, um conjunto de terapias essencialmente de suporte é adotado para oferecer suporte multiorgânico e permitir tempo para a cura. Normalmente, os pacientes que necessitam de suporte ventilatório apresentam infiltrados bilaterais na radiografia de tórax e na tomografia computadorizada de tórax, mostrando opacidades pulmonares em vidro fosco e consolidações subsegmentares. O suporte ventilatório invasivo não deve ser adiado em um cenário de intenso sofrimento ventilatório. O tratamento é essencialmente de suporte orgânico.


Assuntos
Humanos , Pneumonia Viral , Pandemias , Betacoronavirus , China , Infecções por Coronavirus , Unidades de Terapia Intensiva
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