RESUMO
Objetivando avaliar as repercussöes neonatais precoces da operaçåo a fórcipe, compararam-se 979 partos a fórcipe em gestaçåo a termo com 937 partos transpélvicos nåo operatórios, ocorridos na Maternidade do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, entre maio de 1968 e abril de 1991. As parturientes nåo apresentavam antecedentes de partos vaginais ou intercorrências clínicas ou obstétricas. A mortalidade neonatal precoce, o número de toecotraumatismos, o tempo de internaçåo e a freqüência de intercorrências durante a internaçåo nåo diferiram em ambos os grupos. Excluídos os casos de sofrimento fetal agudo, nåo se verificou diferença referente à vitabilidade neonatal. O índice de Apgar inferior a 7 no quinto minuto foi mais freqüente no grupo de partos espontâneos. Houve apenas maior freqüência de pressåo neonatal e tocotraumatismo nos partos a fórcipe médio-baixo, embora tenham ocorrido em pequeno número de casos e se mostrando de pouca gravidade. Conclui-se que as repercussöes neonatais imediatas do parto a fórcipe nåo constituem impedimento para a criteriosa utilizaçåo do instrumento