RESUMO
Os traumatismos cranioencefálicos representam importante causa de mortalidade e morbidade na sociedade contemporânea. Embora o trauma craniano possa variar em muito potencial, visto que os eventos fisiopatogênicos envolvidos sao extremamente dinâmicos e complexos. O traumatismo craniano apresenta-se freqüentemente associado com lesao em outros sistemas orgânicos: fraturas de ossos longos, traumatismo de tórax e abdômen, sobretudo nos acidentes automobilísticos ou nos atropelamentos de pedestres. Antigamente a preocupaçao dos insultos secundários ao cérebro, como o choque hipovolêmico ou neurogênico e a hipóxia, estavam voltados somente para os pacientes com trauma craniano severo associado a alteraçoes sistêmicas importantes. Evidências atuais indicam que níveis moderados de hipotensao arterial e hipóxia, sao suficientes para converter uma lesao cerebral reversível em irreversível. Assim sendo, a correçao da hipóxia e a normalizaçao imediata da pressao sanguínea sao medidas essenciais nesses pacientes. Concomitantemente, deve haver uma avaliaçao cautelosa das lesoes externas, exame neurológico completo e solicitaçao de exames radiológicos e laboratoriais para verificar a situaçao de cada paciente, com vistas à adoçao de uma conduta apropriada.