RESUMO
A candidíase vulvovaginal, é uma infecção da vulva e vagina causada por vários tipos de Candida spp. Essa patologia afeta 75% de todas as mulheres pelo menos uma vez durante a vida, ocorrendo com mais frequência durante a idade fértil. A transmissão dessa infeção fúngica ocorre por meio de contato com mucosas e secreções em pele de portadores ou doentes, contato sexual, água contaminada e transmissão vertical. Alguns outros sintomas característicos mais vistos em casos de CVV, são lesões brancas, cremosas e planas, sendo mais intensos no período pré-menstrual, quando a acidez vaginal aumenta. numerosos antifúngicos estão disponíveis no mercado, os quais são encontrados para administração oral na forma de comprimidos ou, para uso tópico, na forma de cremes, loções, comprimidos vaginais, supositórios e tampões revestidos. O objetivo geral do trabalho foi analisar através da revisão de literatura, tratamentos convencionais e alternativos para abordagem terapêutica da Candidíase Vulvovaginal contextuando a mesma, utilizando definições, dados epidemiológicos e sua sintomatologia frente à sociedade. O presente trabalho é uma revisão integrativa, que teve a coleta de dados realizada de março de 2021 a outubro de 2021 nas bases de dados Lilacs, Scielo, Google acadêmico, A busca resultou em 902 artigos, dos quais 14 atenderam ao critério de inclusão. A busca por tratamentos frente a candidíase vulvovaginal tem se mostrado ampla de acordo com os artigos selecionadas. Concluímos que a patologia candidíase vulvovaginal, vem apresentando resistência em algumas abordagens terapêuticas, assim como algumas mulheres não aderem há algum tipo de tratamento, devido à falta de conhecimento sobre a patologia.
Vulvovaginal candidiasis is an infection of the vulva and vagina caused by various types of Candida spp. This condition affects 75% of all women at least once in their lifetime, occurring more frequently during their childbearing years. The transmission of this fungal infection occurs through contact with mucous membranes and secretions on the skin of patients or patients, sexual contact, contaminated water and vertical transmission. Some other characteristic symptoms more seen in cases of VVC are white, creamy and flat lesions, being more intense in the premenstrual period, when the vaginal acidity increases. numerous antifungals are available on the market which are available for oral administration in tablet form or, for topical use, in the form of creams, lotions, vaginal tablets, suppositories and coated tampons. The general objective of the work was to analyze, through a literature review, conventional and alternative treatments for the therapeutic approach of Vulvovaginal Candidiasis in its context, using definitions, epidemiological data and its symptoms in society. The present work is an integrative review, which had data collection carried out from March 2021 to October 2021 in the Lilacs, Scielo, Google academic databases. The search resulted in 902 articles, of which 14 met the inclusion criteria. The search for treatments against vulvovaginal candidiasis has been shown to be wide according to the selected articles. We conclude that the vulvovaginal candidiasis pathology has been showing resistance in some therapeutic approaches, as well as some women do not adhere to any type of treatment, due to lack of knowledge about the pathology.
La candidiasis vulvovaginal es una infección de la vulva y la vagina cau- sada por diversos tipos de Candida spp. Esta afección afecta al 75% de las mujeres al menos una vez en la vida, siendo más frecuente durante la edad fértil. La transmisión de esta infección fúngica se produce por contacto con mucosas y secreciones de la piel de pacientes o enfermos, contacto sexual, agua contaminada y transmisión vertical. Otros síntomas característicos más observados en los casos de CVV son las lesiones blancas, cremosas y planas, siendo más intensas en el período premenstrual, cuando aumenta la acidez vaginal. Existen en el mercado numerosos antifúngicos disponibles para adminis- tración oral en forma de comprimidos o, para uso tópico, en forma de cremas, lociones, comprimidos vaginales, supositorios y tampones recubiertos. El objetivo general del tra- bajo fue analizar, a través de una revisión bibliográfica, los tratamientos convencionales y alternativos para el abordaje terapéutico de la Candidiasis Vulvovaginal en su contexto, utilizando definiciones, datos epidemiológicos y su sintomatología en la sociedad. El pre- sente trabajo es una revisión integradora, que tuvo recolección de datos realizada de marzo de 2021 a octubre de 2021 en las bases de datos académicas Lilacs, Scielo, Google. La búsqueda resultó en 902 artículos, de los cuales 14 cumplieron los criterios de inclu- sión. La búsqueda de tratamientos contra la candidiasis vulvovaginal se ha mostrado am- plia según los artículos seleccionados. Concluimos que la patología de la candidiasis vul- vovaginal viene mostrando resistencia en algunos abordajes terapéuticos, así como algu- nas mujeres no se adhieren a ningún tipo de tratamiento, debido al desconocimiento de la patología.
Assuntos
Candidíase Vulvovaginal/tratamento farmacológico , Usos Terapêuticos , Própole/uso terapêutico , Fluconazol/uso terapêutico , Revisão , Equinocandinas/uso terapêutico , Antifúngicos/uso terapêuticoRESUMO
Neste estudo foram identificadas espécies de Candida em isolados de secreção vaginal, avaliados os perfis de suscetibilidade in vitro a antifúngicos e correlacionados com os antifúngicos prescritos para pacientes em um serviço de atenção primária. A identificação das espécies pela Reação em Cadeia da Polimerase mostrou que 36,5% dos isolados foram caracterizados como espécie não-C.albicans. Nos testes de sensibilidade a maioria dos isolados foi suscetível a cetoconazol, fluconazol e itraconazol, contudo cerca de 40% e 50% apresentaram resistência ou sensibilidade dose-dependente a miconazol e nistatina, respectivamente. A análise dos fármacos prescritos para as pacientes revelou que 34,2% dos isolados foram considerados resistentes aos agentes utilizados no tratamento. Diversas espécies de Candida podem causar vulvovaginite com variados perfis de suscetibilidade aos antifúngicos comumente utilizados no tratamento. A identificação das espécies de Candida é relevante para o gerenciamento epidemiológico das infecções, além de ser útil, assim como os testes de suscetibilidade, na escolha do tratamento farmacológico mais eficaz para a paciente.
In this study were identified Candida species from vaginal secretion isolates, evaluated their in vitro antifungal susceptibilities, and correlated these features with antifungal agents prescribed for patients assisted in a primary care service. Species identification by Polymerase Chain Reaction showed that 36.5% of isolates were characterized as non-C. albicans species. In antifungal susceptibility tests most isolates were susceptible to ketoconazole, fluconazole, and itraconazole, although between 40% and 50% of isolates show resistance or dose-dependent susceptibility to miconazole and nystatin, respectively. Analysis of drugs prescribed to patients revealed that 34.2% of the isolates were considered resistant to agents used in treatment. Several Candida species can cause vulvovaginitis and exhibit different susceptibility profiles to antifungal drugs used in treatment. The identification of Candida species is relevant and useful to the epidemiological management of infections. The antifungal susceptibility test may also be useful for choosing most effective drug treatment for each patient.
RESUMO
O tema corrimento vaginal é um dos capítulos que compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. Tal documento foi elaborado com base em evidências científicas e validado em discussões com especialistas. Neste artigo, são apresentados aspectos epidemiológicos e clínicos relacionados às situações de corrimento vaginal, bem como orientações aos gestores e profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento desses agravos, que constituem uma das principais queixas entre mulheres que procuram serviços de saúde e que podem ser causados por fatores infecciosos ou não infecciosos. Além disso, são apresentadas informações sobre estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle, a fim de promover o conhecimento do problema e a oferta de assistência de qualidade e tratamento efetivo.
The topic of vaginal discharge is one of the chapters of the Clinical Protocol and Therapeutic Guidelines for Comprehensive Care for People with Sexually Transmitted Infections, published by the Brazilian Ministry of Health in 2020. The chapter has been developed based on scientific evidence and validated in discussions with specialists. This article presents epidemiological and clinical aspects related to vaginal discharge conditions, as well as guidelines for health service managers and health professionals about screening, diagnosing and treating these conditions, which are one of the main complaints among women seeking health services, and which may be caused by infectious or non-infectious factors. In addition, information is presented on strategies for surveillance, prevention and control actions, in order to promote knowledge of the problem and provision of quality care and effective treatment.
El tema del flujo vaginal es uno de los capítulos del Protocolo Clínico y Directrices Terapéuticas para la Atención Integral a las Personas con Infecciones de Transmisión Sexual, publicado por el Ministerio de Salud de Brasil en 2020. El documento fue desarrollado en base a evidencia científica y validado en discusiones con especialistas. En este artículo se presentan aspectos epidemiológicos y clínicos relacionados a las situaciones de flujo vaginal, así como pautas para gestores y profesionales de la salud en el cribado, diagnóstico y tratamiento de esas complicaciones, que son una de las principales quejas entre las mujeres que buscan servicios de salud y que pueden ser causadas por factores infecciosos o no infecciosos. Además, se presenta información sobre estrategias para acciones de vigilancia, prevención y control, con el fin de promover la comprensión del problema y la oferta de asistencia de calidad y tratamiento eficaz.
Assuntos
Humanos , Feminino , Vaginite/epidemiologia , Infecções Sexualmente Transmissíveis/diagnóstico , Infecções Sexualmente Transmissíveis/epidemiologia , Qualidade da Assistência à Saúde , Vaginite/diagnóstico , Brasil/epidemiologia , Infecções Sexualmente Transmissíveis/prevenção & controleRESUMO
Abstract Objective To identify clinical, microscopic, and biochemical characteristics that differentiate cytolytic vaginosis (CV) from vulvovaginal candidiasis (VVC). Methods The present cross-sectional study analyzed the vaginal contents of 24 non-pregnant women aged 18 to 42 years who were attended at the Genital Infections Clinic at Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP). They were diagnosed either with (CV = 8, VVC = 8) or without vulvovaginitis or vaginal dysbiosis (controls). The socio-demographic, clinical, and gynecological data were obtained from a detailed patient interview. Samples of the vaginal contents were collected for analysis of vaginal pH, gram stain, and specific fungal culture. The Kruskal-Wallis and Fisher exact tests were used to compare the differences between the groups. Odds ratios were used to compare the categorical variables. The significance level was considered at p < 0.05. Results Both women with CV and VVC had a lumpy vaginal discharge (p = 0,002) and vaginal hyperemia (p = 0.001), compared with controls. The inflammatory process was more intense in the VVC group (p = 0.001). In the CV group, there was statistical significance for the lactobacillus amount (p = 0.006), vaginal epithelium lysis (p = 0.001), and vaginal pH (p = 0.0002). Conclusion Cytolytic vaginosis and VVC diagnoses rarely differ on clinical characteristics but have different laboratorial findings. The present study highlights the importance of conducting an accurate investigation through laboratory tests rather than clinical criteria to avoid misdiagnosis.
Resumo Objetivo Identificar características clínicas, microscópicas e bioquímicas que diferenciam a vaginose citolítica (VC) da candidíase vulvovaginal (CVV). Métodos O presente estudo de corte transversal analisou o conteúdo vaginal de 24 mulheres não grávidas, com idades entre 18 e 42 anos, atendidas no ambulatório de Infecções Genitais do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP). Elas foram diagnosticadas com (CV = 8, CVV = 8) ou sem vulvovaginite ou disbiose vaginal (controles = 8). Os dados sociodemográficos, clínicos e ginecológicos foram obtidos em uma entrevista detalhada do paciente. Amostras do conteúdo vaginal foram coletadas para análise do pH vaginal, coloração de Gram e cultura específica de fungos. Os testes exatos de Kruskal-Wallis e Fisher foram utilizados para comparar as diferenças entre os grupos. A razão de chances foi utilizada para comparar as variáveis categóricas. O nível de significância considerado foi de p < 0,05. Resultados As mulheres com VC e CVV apresentaram corrimento vaginal irregular (p = 0,002) e hiperemia vaginal (p = 0,001), em comparação aos controles. O processo inflamatório foi mais intenso no grupo CVV (p = 0,001). No grupo VC, houve significância estatística para a quantidade de lactobacilos (p = 0,006), lise do epitélio vaginal (p = 0,001) e pH vaginal (p = 0,0002). Conclusão Os diagnósticos de VC e CVV raramente diferem nas características clínicas, mas apresentam achados laboratoriais diferentes. O presente estudo destaca a importância de conduzir uma investigação precisa por meio de testes laboratoriais, em vez de critérios apenas clínicos, a fim de evitar erros de diagnóstico.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Candidíase Vulvovaginal/diagnóstico , Vaginose Bacteriana/diagnóstico , Candidíase Vulvovaginal/patologia , Projetos Piloto , Estudos Transversais , Valor Preditivo dos Testes , Vaginose Bacteriana/patologia , Carga Bacteriana , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
RESUMO: Objetivo: Investigar a frequência e fatores associados à detecção de Candida spp. em fluido vaginal de mulheres residentes em uma comunidade quilombola. Materiais e Método: Um estudo transversal foi conduzido com 177 mulheres residentes em uma comunidade quilombola no Nordeste do Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, hábitos de vida, saúde geral e saúde reprodutiva. O material coletado na região do colo do útero foi submetido a exame citopatológico. Amostras de fluido vaginal foram coletadas para a análise microbiológica. Os testes Qui-quadrado, exato de Fisher e modelos de Re-gressão Logística foram utilizados na análise estatística. Resultados: Foi detectado Candida spp. em 28,9% das amostras. A espécie mais frequente nos casos positivos foi a Candida albicans (49%), seguida da Candida krusei (39,2%). Após o ajustamento, observou-se que mulheres com idade igual ou maior que 50 anos apresentaram maior chance da detecção de Candida spp. no fluido vaginal (OR ajustada = 3,46; IC95% = 1,68-7,12), enquanto as mulheres com queixa de corrimento vaginal apresentaram uma chance menor de detecção de Candida spp. (OR ajustada = 0,29; IC95% = 0,11-0,78). Conclusão: Os achados sugerem uma elevada detecção de Candida spp. no fluido vaginal entre mulheres residentes em comunidades quilombolas, o que sinaliza a necessidade do planejamento de medidas para prevenção e rastreamento de caso de candidíase vulvovaginal neste grupo populacional. Além disso, a presença de Candida spp. foi mais elevada em mulheres a partir da quinta década de vida, menor nas mulheres com queixas de corrimento vaginal. (AU)
ABSTRACT: Objective: Investigate the frequency and factors associated with the detection of Candida spp. in vaginal fluid from women living in a quilombola settlement. Materials and Method: A cross-sectional study was conducted with 177 women living in a quilombola settlement in Northeast, Brazil. Socio-demographic data, living habits, general health, and reproductive health were collected. The material collected in the region of the cervix was submitted to cytopathological examination. Vaginal fluid samples were collected for microbiological analysis. Chi-square test, exact Fisher's test, and logistic regression models were used for the statistical analysis. Results: Candida spp. was detected in 28.9% of the samples. The most frequent species in positive cases were Candida albicans (49%), followed by Candida krusei (39.2%). After adjustment, it was observed that women aged over 50 years had a higher chance of detecting Candida spp. in vaginal fluid (OR adjusted = 3.46; 95% CI = 1.68-7.12), while women complaining of vaginal discharge had a lower chance of detecting Candida spp. (OR adjust-ed = 0.29; 95% 95% CI= 0.11-0.78). Conclusion: The findings suggest a high detection of Candida spp. in vaginal fluid among women living in quilombola settlements, which indicates the need for planning measures for prevention and track the cases of vulvovaginal candidiasis in this population group. Besides, the presence of Candida spp. was higher in women from the fifth decade of life, lower in women with complaints of vaginal discharge. (AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Candida albicans , Candidíase Vulvovaginal , Distribuição de Qui-Quadrado , Programas de Rastreamento , Grupos PopulacionaisRESUMO
RESUMEN La infección vaginal constituye una de las complicaciones médicas más frecuentes asociadas al embarazo. Se realizó un estudio epidemiológico, observacional, analítico, longitudinal de casos y controles con mujeres embarazadas atendidas en el Policlínico Jimmy Hirzel, Bayamo, Granma, período junio 2016 - diciembre 2017, con el objetivo de identificar factores de riesgo hipotéticamente relacionados con la aparición de infección vaginal. Los datos se obtuvieron a partir de una encuesta aplicada a las pacientes y su historia clínica, previo consentimiento informado. Se aplicó modelo de riesgo proporcional de Cox para análisis univariado y multivariado, y el Chi cuadrado, con una confiabilidad del 95% y una probabilidad menor de 0.05. La historia previa de infección de transmisión sexual (OR 2,25), más de tres gestaciones (OR 3,20), los abortos previos (9,88) y el no empleo de preservativos en las relaciones sexuales (OR 5, 35) se constituyeron en los antecedentes gineco-obstétricos relacionados con la aparición de infección vaginal en mujeres embarazadas. El inicio precoz de la vida sexual (OR 2, 25) se constituyó en un factor demográfico y de conducta sexual relacionado con la aparición de infección vaginal en mujeres embarazadas. Haber recibido algún tipo de tratamiento vaginal previo al estudio (OR 1,26), constituyó un factor de riesgo relacionado con los procedimientos externos, aunque no de forma significativa. La presencia de infección de vías urinarias y de diabetes mellitus se constituyeron en factores de riesgo relacionados con la aparición de infección vaginal en mujeres embarazadas.
ABSTRACT Vaginal infection is one of the most frequent medical complications associated with pregnancy. An epidemiological, observational, analytical, longitudinal study of cases and controls was carried out with pregnant women attended at the Jimmy Hirzel Polyclinic, Bayamo, Granma, June 2016 - December 2017, with the objective of identifying risk factors hypothetically related to the appearance of vaginal infection. The data was obtained from a survey applied to patients and their clinical history, with prior informed consent. Cox proportional risk model was applied for univariate and multivariate analysis, and Chi square, with a 95% reliability and a probability lower than 0.05. The previous history of sexually transmitted infection (OR 2.25), more than three pregnancies (OR 3.20), previous abortions (9.88) and the non-use of condoms in sexual relations (OR 5, 35) were constituted in the gynecological-obstetric history related to the appearance of vaginal infection in pregnant women. The early onset of sexual life (OR 2, 25) became a demographic and sexual behavior factor related to the appearance of vaginal infection in pregnant women. Having received some type of vaginal treatment prior to the study (OR 1.26), constituted a risk factor related to external procedures, although not in a significant way. The presence of urinary tract infection and diabetes mellitus constituted risk factors related to the appearance of vaginal infection in pregnant women.
RESUMO A infecção vaginal é uma das complicações médicas mais frequentes associadas à gravidez. Dezembro de 2017, com o objetivo de identificar fatores de risco hipoteticamente relacionados ao aparecimento de - uma epidemiológica,,, estudos de caso-controle observacionais analíticos longitudinais com mulheres grávidas que frequentam Policlínica Jimmy Hirzel, Bayamo, Granma, período de junho de estudo 2016 foi realizado infecção vaginal. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa aplicada aos pacientes e sua história clínica, com consentimento prévio informado. O modelo de risco proporcional de Cox foi aplicado para análise univariada e multivariada, e o qui quadrado, com 95% de confiabilidade e probabilidade menor que 0,05. história prévia de doença sexualmente transmissível (OR 2,25), mais de três gestações (OR 3,20), abortos anteriores (9,88) e não-uso de preservativos durante as relações sexuais (OR 5, 35) foram constituídos na história gineco-obstétrica relacionada ao aparecimento de infecção vaginal em gestantes. O início precoce da vida sexual (OR 2, 25) tornou-se um fator de comportamento demográfico e sexual relacionado ao aparecimento de infecção vaginal em gestantes. Ter recebido algum tipo de tratamento vaginal antes do estudo (OR 1,26), constituiu um fator de risco relacionado aos procedimentos externos, embora não de forma significativa. A presença de infecção do trato urinário e diabetes mellitus constituiu fatores de risco relacionados ao aparecimento de infecção vaginal em gestantes.
RESUMO
Introduction: Vaginal discharge is a frequent gynecological complaint, and may represent a disease or not. A vaginal discharge is considered recurrent when it occurs four or more episodes per year. Among the aetiologies, physiological and infectious conditions are mentioned, being the infectious ones, particularly those caused by Candida spp. fungus, the most related to the symptom. Despite the diagnostic and therapeutic resources available, empirical clinical treatments and self-treatments are very frequent and related to ineffective therapeutic results, leading this population to question what the differences regarding women with no symptoms are. Objective: To identify sociodemographic, behavioral and microbiological differences between women with recurrent vaginal discharge and asymptomatic women. Methods: Cross-sectional study involving 126 women with recurrent discharge complaints (study group) and 155 (control group), totaling 281 evaluated women. The group included women in the menacme, sexually active, and those who fit in the criteria of recurrent vaginal discharge, without definite previous diagnosis, compared with asymptomatic women, who attended an annual routine examination. Pregnant, diabetic and immunosuppressed women were excluded. The study was based on the principle of the null hypothesis, when there are no differences between the two studied groups. Results: The average age was 29.95 years, predominantly single and without children. There was no significant difference in the analysis of relationship time with the current partner, numbers of partners throughout life, gender and contraceptive method. There was predominance of normal vaginal flora (type 1) in both groups, with average prevalence of 44.9%. The alkaline vaginal pH was predominant in the study group. Conclusion: The null hypothesis was confirmed. Biological, behavioral and sociodemographic differences in the studied populations were not identified. In women with recurrent discharge group, there were no infectious etiologic factors, suggesting that clinical diagnoses are not sufficient for the most efficient management of these situations, indicating laboratory evaluation for these cases in order to improve diagnostic accuracy
Introdução: O corrimento vaginal é queixa ginecológica frequente, podendo ou não representar doença. Conceitua-se como corrimento vaginal recorrente aquele que ocorre em quatro ou mais episódios ao ano. Entre as etiologias, citam-se condições fisiológicas e infecciosas, sendo as infecciosas, particularmente as causadas por fungo Candida spp., as mais relacionadas ao sintoma. Apesar dos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis, tratamentos clínicos empíricos e autotratamentos são muito frequentes e associados a resultados terapêuticos pouco efetivos, levando essa população a questionamentos sobre quais diferenças elas teriam em relação a mulheres sem sintomas. Objetivo: Identificar diferenças sociodemográficas, comportamentais e microbiológicas entre mulheres com corrimento vaginal recorrente e mulheres assintomáticas. Métodos: Estudo transversal envolvendo 126 mulheres com queixa de corrimento recorrente (grupo de estudo) mais 155 controles, totalizando 281 mulheres avaliadas. Foram incluídas no grupo de estudo mulheres no menacme, sexualmente ativas e enquadradas nos critérios de corrimento vaginal recorrente, sem diagnóstico prévio definido, comparadas a mulheres assintomáticas, que compareciam a exame de rotina anual. Foram excluídas as gestantes, diabéticas e imunossuprimidas. Partiu-se de princípio da hipótese nula, em que não há diferenças entre os dois grupos estudados. Resultados: A média de idade foi de 29,95 anos, predominando solteiras e sem filhos. Não houve diferença significativa quando analisados: tempo de relacionamento com o atual parceiro, número de parceiros ao longo da vida, sexarca e método anticoncepcional. Houve predomínio da flora vaginal normal (tipo 1) em ambos os grupos, com prevalência média de 44,9%. O pH vaginal alcalino foi predominante no grupo de estudo. Conclusão: Confirmou-se a hipótese nula, não se identificando diferenças biológicas, comportamentais e sociodemográficas nas populações estudadas. Não se observaram, no grupo de mulheres com corrimento recorrente, fatores etiológicos infecciosos, sugerindo que diagnósticos clínicos não são suficientes para o manejo mais eficiente dessas situações, indicando-se avaliação laboratorial para esses casos com o objetivo de melhorar a acurácia diagnóstica.
Assuntos
Humanos , Candida , Descarga Vaginal , Infecções , Vagina , Mulheres , FloraRESUMO
Introdução: aproximadamente 75% das mulheres saudáveis experimentam pelo menos um episódio sintomático de candidíase vulvovaginal (CVV) durante sua vida. Objetivo: avaliar a atividade antifúngica contra cepas de C. tropicalis dos enantiômeros (R)-(+) e (S)-(-)-citronelal [(R)-(+) e (S)-(-)-CT] em associação com cetoconazol. Metodologia: o efeito antifúngico de ambos os enantiômeros foram quantificados e classificados como fungicida ou fungistático a partir dos resultados obtidos da microdiluição em meio líquido RPMI1640 para a obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) e da concentração fungicida mínima (CFM). Foram realizados ensaios de associação do antifúngico padrão, cetoconazol com os fitoconstituintes por difusão em Agar e os resultados foram classificados como sinérgicos, antagônicos e indiferentes. Resultados: a CIM50 e a CFM50 dos compostos (R)-(+) e (S)-(-)-citronelal foram respectivamente 16 e 64µg/mL e 2×CIM. Houve sinergismo para todas as cepas testadas com ambos os compostos, porém com maior efeito do enantiômero (S)-(-)-CT sobre as cepas LM 665 e LM 255 em relação ao enantiômero (R)-(+)-CT. Conclusão: os compostos naturais deste estudo mostraram efeito fungicida sobre as cepas testadas, bem como efeito sinérgico significativo quando associado ao cetoconazol
Assuntos
Feminino , Candida tropicalisRESUMO
ABSTRACT Introduction: Candida albicans is the most common etiologic agent of fungal vaginitis. These yeasts produce secreted aspartyl proteinases encoded by a family of 10 genes (SAP1-10). Objective: The purpose of this study was to analyze the presence of genes SAP1-7 in vulvovaginal C. albicans. Materials and method: The study included 26 C. albicans vaginal isolates. Detection of aspartyl proteases genes (SAP1-7) was performed by polymerase chain reaction (PCR). Results: The most frequent gene in C. albicans isolated from colonization was SAP6 (93.33%), and from infection, SAP7 (100%). We observed a statistical difference (p = 0.049) in SAP1 gene frequency between isolates from vulvovaginal colonization and infection. Conclusion: High frequency of SAP genes was observed in vulvovaginal C. albicans. The results suggest SAP1 participation in vulvovaginal candidiasis infection.
RESUMO Introdução: Candida albicans é o principal agente etiológico das vaginites fúngicas. Essas leveduras produzem aspartil proteases secretórias que são codificadas por uma família de 10 genes (SAP1-10). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a presença dos genes SAP1-7 em linhagens vulvovaginais de C. albicans. Materiais e método: O estudo incluiu 26 isolados vaginais de C. albicans. Os genes de aspartil proteases (SAP1-7) foram detectados por reação em cadeia da polimerase (PCR). Resultados: O gene mais frequente em C. albicans isolado de colonização foi SAP6 (93,33%), e de infecção, SAP7 (100%). Foi observada diferença estatística (p = 0,049) na frequência do gene SAP1 entre isolados oriundos de colonização e infecção vulvovaginal. Conclusão: Constatou-se alta frequência dos genes SAP em linhagens vaginais de C. albicans. Os resultados sugerem uma participação de SAP1 no processo infeccioso da candidíase vulvovaginal.
RESUMO
Candida albicans is the main yeast isolated from vulvovaginal candidiasis(VVC) and a major antifungal used to treat VVC is miconazole (MZ), it shows local toxic effects, such as irritation and burns. The lidocaine (LD) is a local anesthetic. The aim of this study was to evaluate the synergistic activity of LD/MZ against 19 strains of C. albicans isolated from vaginal secretion. 78.9% of the strains were susceptible to the combination LD/MZ, demonstrating synergism of drugs. These drugs can be used to produce vaginal creams to treat VVC, especially drug resistant.
Candida albicans é a principal levedura isolada de candidíase vulvovaginal (CVV) e o principal antifúngico usado para tratar a VVC é miconazol (MZ), que apresenta efeitos tóxicos locais, tais como irritação e queimaduras. A lidocaína (LD) é um anestésico local. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade sinérgica de LD/MZ contra 19 cepas de C. albicans isoladas de secreção vaginal. Foram suscetíveis à combinação LD/MZ, 78.9% das cepas testadas, demonstrando sinergismo de drogas. Estes fármacos podem ser utilizados para a produção de cremes vaginais para tratar VVC, especialmente aquelas resistentes aos fármacos disponíveis.
Assuntos
Candidíase Vulvovaginal , Anestésicos , AntifúngicosRESUMO
ABSTRACT INTRODUCTION: Vulvovaginal candidiasis is a prevalent opportunistic mucosal infection, caused predominantly by Candida albicans. Candida species vary in their susceptibility to the antifungal agents, thus, the susceptibility tests have clinical significance in determining the appropriate therapeutic choice. OBJECTIVE: To investigate the distribution of vulvovaginal yeasts and the susceptibility pattern to azoles antifungal isolated in southern Mato Grosso State, Brazil. MATERIAL AND METHODS: Clinical samples from 166 patients were obtained regardless signs and symptoms of vulvovaginal candidiasis. Vaginal swabs were collected, seeded onto plates containing Sabouraud Dextrose agar and incubated at 35ºC, for five days. A pool of colonies that grown on each plate was subcultured in CHROMagar Candida medium. On the basis of a pure culture, the yeasts were identified using traditional phenotypic identification methods. Susceptibility tests for antifungal fluconazole and ketoconazole were performed using the broth microdilution method according to the reference protocol M27A3 of the Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). RESULTS: The frequency of Candida spp. in the study population was 30%, of which 28% were in the group of asymptomatic women and 35% among symptomatic. Among the isolated strains were C. albicans (50%), C. glabrata (33%) and C. tropicalis (17%). The minimum inhibitory concentration (MIC) for fluconazole ranged from 0.5 μg/ml to 16 μg/ml and for ketoconazole from 0.03 μg/ml to 4 μg/ml. The resistance rates were 1.7% for fluconazole and 3.4% for ketoconazole. CONCLUSION: C. albicans was the predominant species. We observed a high susceptibility of Candida spp. to fluconazole and ketoconazole antifungal.
RESUMO INTRODUÇÃO: A candidíase vulvovaginal é uma prevalente infeccção mucosa oportunista, causada predominantemente por Candida albicans. As espéceis de Candida variam de acordo com a suscetibilidade aos agentes antifúngicos, assim os testes de sensibilidade têm importância clínica para uma adequada escolha terapêutica. OBJETIVO: Investigar a distribuição de leveduras vulvovaginais e o padrão de suscetibilidade a antifúngicos azólicos em isolados do sul de Mato Grosso. MATERIAL E MÉTODOS: Foram obtidas amostras clínicas de 166 pacientes, independentemente de sinais e sintomas para candidíase vulvovaginal. Swabs vaginais foram coletados, semeados em placas contendo ágar Sabouraud e incubados a 35ºC. Uma amostra das colônias que cresceram em cada placa foi subcultivada em meio CHROMagar Candida. Partindo de uma cultura pura, as leveduras foram identificadas por métodos fenotípicos clássicos. Os testes de suscetibilidade aos antifúngicos cetoconazol e fluconazol foram realizados, usando o método de microdiluição de acordo com o protocolo de referência M27A3 do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). RESULTADOS: A frequência de Candida spp. na população em estudo foi de 30%, sendo 28% no grupo de mulheres assintomáticas e 35% entre as sintomáticas. As espécies isoladas foram C. albicans (50%), C. glabrata (33%) e C. tropicalis (17%). A concentração inibitória mínima (CIM) para o fluconazol variou de 0,5 μg/ml a 16 μg/ml e para o cetoconazol, de 0,03 μg/ml a 4 μg/ml. A frequência de resistência ao fluconazol foi de 1,7% e ao cetoconazol, de 3,4%. CONCLUSÃO: C. albicans foi a espécie predominante. Observamos elevada sensibilidade de Candida spp. aos antifúngicos fluconazol e cetoconazol.
RESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: Vulvovaginal candidiasis (VVC) is caused by abnormal growth of yeast-like fungi on the female genital tract mucosa. Patients with diabetes mellitus (DM) are more susceptible to fungal infections, including those caused by species of Candida. The present study investigated the frequency of total isolation of vaginal Candida spp., and its different clinical profiles - colonization, VVC and recurrent VVC (RVVC) - in women with DM type 2, compared with non-diabetic women. The cure rate using fluconazole treatment was also evaluated. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study conducted in the public healthcare system of Maringá, Paraná, Brazil. METHODS: The study involved 717 women aged 17-74 years, of whom 48 (6.7%) had DM type 2 (mean age: 53.7 years), regardless of signs and symptoms of VVC. The yeasts were isolated and identified using classical phenotypic methods. RESULTS: In the non-diabetic group (controls), total vaginal yeast isolation occurred in 79 (11.8%) women, and in the diabetic group in 9 (18.8%) (P = 0.000). The diabetic group showed more symptomatic (VVC + RVVC = 66.66%) than colonized (33.33%) women, and showed significantly more colonization, VVC and RVVC than seen among the controls. The mean cure rate using fluconazole was 75.0% in the diabetic group and 86.7% in the control group (P = 0.51). CONCLUSION: We found that DM type 2 in Brazilian women was associated with yeast colonization, VVC and RVVC, and similar isolation rates for C. albicans and non-albicans species. Good cure rates were obtained using fluconazole in both groups. .
CONTEXTO E OBJETIVO: Candidíase vulvovaginal (CVV) é causada pelo crescimento anormal de fungos do tipo leveduras na mucosa do trato genital feminino. Pacientes com diabetes mellitus (DM) são mais susceptíveis a infecções fúngicas, incluindo por espécies de Candida. O presente estudo investigou a frequência de isolamento total de Candida spp. vaginal, e diferentes quadros clínicos (CVV e CVV recorrente- CVVR) em mulheres com DM tipo 2 comparadas às não diabéticas. A razão de cura do tratamento com fluconazol também foi avaliada. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal realizado no sistema público de saúde de Maringá, Paraná, Brazil. MÉTODO: O estudo envolveu 717 mulheres de 17-74 anos de idade e, destas, 48 (6,7%) tinham DM 2 (média de 53,7 anos), independentemente de sinais e sintomas de CVV. As leveduras foram isoladas e identificadas por métodos fenotípicos clássicos. RESULTADOS: No grupo de não diabéticas (controle), leveduras vaginais totais foram isoladas em 79 (11,8%) mulheres, e no grupo de diabéticas, em 9 (18,8%) (P = 0,000). O grupo de diabéticas mostrou mais mulheres sintomáticas (CVV + CVVR = 66,66%) do que colonizadas (33.33%), e significativamente mais colonização, CVV e CVVR, que as controle. A razão média de cura com fluconazol foi de 75.0% no grupo diabéticas e 86.7% no controle (P = 0.51). CONCLUSÃO: Nós encontramos que DM 2 em mulheres brasileiras associou-se com colonização vaginal por leveduras, CVV e CVVR, razão similar de isolamento de C. albicans e espécies não albicans. Boa taxa de cura foi obtida com fluconazol em ambos os grupos.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Candida/isolamento & purificação , Candidíase Vulvovaginal/microbiologia , /microbiologia , Vagina/microbiologia , Antifúngicos/uso terapêutico , Brasil , Candida albicans/isolamento & purificação , Candidíase Vulvovaginal/tratamento farmacológico , Estudos Transversais , Fluconazol/uso terapêutico , Recidiva , Resultado do Tratamento , VaginaRESUMO
Aims: Vulvovaginal candidiasis is one of the most common complaints in the medical clinic. In recent years, due to the increasing frequency of non-albicans species, the number of cases of therapeutic failure has increased considerably, generating the need for research to learn the profile of yeasts isolated in vulvovaginal candidiasis. The aims of this study were to collect samples of vaginal secretion, verify the presence of yeast, identify the species of yeast, and verify their in vitro susceptibility profile against six antifungal agents amphotericin B, nystatin, fluconazole, itraconazole, ketoconazole and voriconazole. Materials and Methods: Vaginal secretion was collected from 130 patients with symptoms characteristic of vulvovaginal candidiasis (VVC). For amphotericin B, fluconazole, itraconazole, ketoconazole and voriconazole, the in-vitro tests were carried out using the commercial Etest susceptibility testing kit; for nystatin the disk diffusion method was used. Results: The yeasts isolated were: Candida albicans (90 percent), C. glabrata (5 percent), C. parapsilosis (3 percent) and C. tropicalis (2 percent). By the CLSI method, all the isolates were susceptible to fluconazole, ketoconazole, nystatin and voriconazole. Tests showed that 98.8 percent of the isolates were susceptible to amphotericin B and 97.6 percent to itraconazole. Conclusion: Although a high number of resistant strains were not found, these studies may help guide physicians to the most convenient therapeutic orientation, conducting treatment specific to the identified yeast species.
Candidíase vulvovaginal é uma das queixas mais comuns na clínica médica. Nos últimos anos, devido ao aumento da frequência das espécies não albicans, o número de casos em que há falha terapêutica também aumentou, gerando a necessidade de pesquisas para conhecer o perfil das leveduras isoladas nos casos de candidíase vulvovaginal. Os objetivos deste estudo foram coletar amostras de secreção vaginal, verificar a presença de leveduras, identificar as espécies mais frequentes, e verificar o seu perfil in vitro de suscetibilidade frente a seis agentes antifúngicos anfotericina B, nistatina, fluconazol, itraconazol, cetoconazol e voriconazol. Material e Métodos: A secreção vaginal foi coletada de 130 pacientes com sintomas característicos da candidíase vulvovaginal (CVV). Para anfotericina B, fluconazol, itraconazol, cetoconazol e voriconazol, os testes in vitro foram realizados utilizando o kit de sensibilidade comercial Etest, para nistatina, o método utilizado foi utilizado de difusão em disco. Resultados: As leveduras isoladas foram: C. albicans (90 porcento), C. glabrata (5 porcento), C. parapsilosis (3 porcento) e C. tropicalis (2 porcento). Pelo método CLSI, todas as amostras foram sensíveis ao fluconazol, cetoconazol, nistatina e voriconazol. Os testes mostraram que 98,8 porcento dos isolados foram sensíveis à anfotericina B e 97,6 porcento para itraconazol. Conclusão: Embora, não tenha sido encontrado um grande número de isolados resistentes, este estudo pode auxiliar o médico, na escolha da orientação terapêutica mais conveniente visando à realização de tratamento para as espécies de leveduras identificadas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Micoses , Antifúngicos/uso terapêutico , Candida , Candidíase Vulvovaginal/diagnósticoRESUMO
OBJETIVO: Investigar a etiologia, o perfil epidemiológico de pacientes com candidíase vulvovaginal (CVV) e possíveis fatores predisponentes. MÉTODOS: Secreção vaginal das pacientes foi semeada em ágar Sabouraud e amostras de leveduras foram isoladas e identificadas por Polymerase Chain Reaction (PCR). Dados demográficos, clínicos e fatores predisponentes foram obtidos por meio de questionário. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Fischer e do χ², com auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram avaliadas 69 pacientes, com idade entre 15 e 52 anos, predominando mulheres brancas (79,7%), com escolaridade de nível superior completo (58%), casadas (56,5%) e com vida sexual ativa (97,1%). Dentre elas, 34,8% eram gestantes, 7,2% diabéticas, 1,4% soropositivas para AIDS e 36,2% usavam anticoncepcional oral. Antibioticoterapia recente foi citada por 13% das pacientes, uso de antifúngico por 5,8% e de antitricomonas por 1,4%. Uso de corticosteroides foi relatado por 2,9% das participantes e de antineoplásicos, por 1,4%. Fluxo vaginal e prurido foram as principais queixas apresentadas, respectivamente, por 97,1 e 73,9% das pacientes, seguido de ardência (63,8%) e hiperemia (63,8%). Quando presente, o fluxo foi majoritariamente branco (88,1%) ou grumoso (86,6%). O diagnóstico foi confirmado pela cultura em 55 (79,7%) pacientes, sendo 4 casos de infecção mista. A espécie prevalente foi C. albicans, seguida por um caso de C. glabrata, que foi encontrada em mais duas pacientes em associação com C. albicans. Nas outras duas infecções polimicrobianas, C. lusitaniae foi isolada com C. albicans. CONCLUSÕES: Embora a positividade da cultura tenha sido alta e os dados clínicos de CVV sejam característicos, a sintomatologia não é patognomônica. C. albicans é a espécie prevalente, mas deve-se atentar para a ocorrência de outras espécies na etiologia de CVV, como a emergência de C. lusitaniae.
PURPOSE: To investigate the etiology and the epidemiological profile of patients with vulvovaginal candidiasis (VVC) and predisposing factors. METHODS: Vaginal secretions were streaked in Sabouraud agar and yeast samples were isolated and identified by Polymerase Chain Reaction (PCR). Demographic and clinical data were obtained with a questionnaire. For statistical analysis, the Student's t-test, the χ² and Fischer tests were applied as needed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software, with the level of significance set at 5%. RESULTS: Sixty-nine patients aged from 15 to 52 years were evaluated. They were predominantly white (79.7%), with higher education (58%), married (56.5%) and sexually active (97.1%). Among them, 34.8% were pregnant, 7.2% diabetic, 1.4% seropositive for AIDS, and 36.2% were using oral contraceptives. Recent antibiotic therapy was mentioned by 13% of the patients, and antifungal or anti-trichomonas therapy was mentioned by 5.8 and 1.4% of the patients, respectively. Corticosteroid use was reported by 2.9% and antineoplastic by 1.4%. Vaginal discharge and itching were the main complaints (97.1 and 73.9%), followed by burning (63.8%) and erythema (63.8%). When present, the vaginal flow was predominantly white (88.1%) or lumpy (86.6%). The diagnosis was confirmed by culture in 55 (79.7%) patients, with mixed infections in 4 patients. The most prevalent species was C. albicans, followed by C. glabrata (one monoinfection and two mixed infections with C. albicans). C. lusitaniae and C. albicans were also identified in mixed infections (two patients). CONCLUSION: Despite the high culture positivity and clinical data characteristic of VVC, the symptoms were not pathognomonic. C. albicans is the most prevalent species, but other species are also involved in VVC etiology, such as the emergence of C. lusitaniae.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Candidíase Vulvovaginal , Estudos Transversais , Candidíase Vulvovaginal/diagnóstico , Candidíase Vulvovaginal/epidemiologia , Candidíase Vulvovaginal/microbiologia , Fatores Socioeconômicos , Vagina/microbiologia , VaginaRESUMO
A oclusão vulvar e o acúmulo de umidade em decorrência do uso de absorventes higiênicos, roupas íntimas sintéticas e/ou calças justas são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de vulvovaginites (VV), contudo, esta associação ainda está mal esclarecida. Objetivo: associar a prática do uso de absorventes higiênicos e vestimentas à presença de vaginose bacteriana (VB) e/ou candidíase vaginal (CV). Métodos: estudo de corte transversal analisou o uso de absorventes e vestimentas de 307 voluntárias de 18 a 45 anos, com e sem VB e/ou CV. Um questionário de seis domínios foi aplicado individualmente às voluntárias, nos ambulatórios de um hospital universitário (Unicamp, BR). Este estudo analisou três dos seis domínios. Coletou-se material vaginal para diagnóstico microbiológico de VB (critérios de Nugent)e CV (bacterioscopia corada por Gram e cultura em meio Saboureaud). Critérios de exclusão: uso de antibióticos nos últimos 15 dias, histórico de câncer, HIV+, sífilis, doença imunossupressora. A análise estatística utilizou teste exato de Fischer e qui-quadrado, pelo EPI INF 0.5. O nível de significância considerada foi p<0,05. Resultados: Do total, 141 (46%) das mulheres foram diagnosticadas com VV. A média de idade foi de 33(+/-6,8) anos e a maior parte das mulheres era caucasiana (52%), tinha um parceiro fixo (83%) e utilizava métodos hormonais contraceptivos (64,5%). As mulheres com VV utilizaram mais calcinhas de tecido sintético (10,6 x zero), apresentaram mais ciclos menstruais (72,3 x 55,4%) que aquelas sem VV (p<0,005 e p<0,0001) e apresentaram hábitos de uso de absorventes semelhantes. Conclusão: os hábitos de uso de absorventes higiênicos não estão associados à presença de VV, já a presença de ciclos menstruais e uso de calcinhas de tecido sintético se relacionou a maior freqüência de VV.
Vulvar oclusion and moisture buildup resulting from the use of sanitary pads, synthetic underwear and/or tight pants are considered risk factors for the development of vulvovaginitis (VV), however, this association is still poorly elucidated. Objective: to associate the use of sanitary pads and clothing with the presence od bacterial vaginitis (BV) and vaginal candidiasis (VC). Methods: cross-sectional study aimed at analyzing the use of sanitary pads and clothing in 307 volunteers from 18 to 45 years old, with and without BV and/or VC. A questionnaire comprehendind six domains was applied individually to the volunteers, in an outpatient gynecology clinic at a university hospital (University of Campinas, Brazil). This study analyzed three of six domains. Vaginal material was collected for microbiologic diagnosis of BV (Nugent criteria) and VC (GRam stain and culture of the fungus in Saboureaud). Exclusion criteria were: use of antibiotics within 15 days, history of cancer, positive HIV and/or syphilis and immunosupressive disease. Statistical analysis were made with Fischer and chi-square tests, using the software EPI INFO 0.5. Significance level was set at p<0.05. Results: in total, 141 (46%) women were diagnosed with VV. The mean age was 32 (+/-6.8) years and most women were Caucasian (52%), had a steady partner (83%) and were using hormonal contraceptives (64,5%). Women with presence of VV used more panties made of synthetic fabric (10.6% x zero), had more menstrual cycles (72.3 x 55.4%) than those without VV (p<0.005 and p<0.0001) and showed patterns of sanitary pads similar to those without VV. Conclusion: habits of usage of sanitary pads is not associated with the presence of VV. Presence of menstrual cycle and use of synthetic underwear have been related with greater frequency of VV.
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Absorventes Higiênicos , Candidíase Vulvovaginal , Vestuário , Higiene , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Vaginose BacterianaRESUMO
OBJETIVO: Quantificar o número de células de defesa e os níveis de imunoglobulina E (IgE) no sangue periférico em amostra de mulheres com candidíase vaginal recorrente. MÉTODOS: Estudo de corte transversal com 60 mulheres, 40 com candidíase vulvovaginal e 20 do grupo controle (sem doença). As células de defesa foram identificadas utilizando um sistema de impedância combinada com a citometria de fluxo, os níveis de IgE total e específica foram medidos por meio de técnicas de quimiluminescência, o teste de Mann-Whitney foi utilizado para variáveis nominais e do teste de Spearman para correlações das concentrações de IgE e de eosinófilos no sangue periférico. RESULTADOS: O número de eosinófilos no sangue periférico de pacientes com candidíase vulvovaginal, 302,60 (±253,07), foi significativamente maior do que o grupo controle, 175,75 (±109,24) (p=0,037). Os níveis séricos de IgE total e específica foram semelhantes em ambos os grupos de mulheres com e sem candidíase vulvovaginal recorrente (p=0,361). Entretanto, observou-se uma correlação positiva moderada entre eosinofilia e níveis de IgE total no sangue periférico de mulheres com candidíase vaginal recorrente (r=0,25). CONCLUSÃO: Mulheres com candidíase vaginal recorrente parecem ter maior concentração de eosinófilos no sangue periférico que as assintomáticas.
PURPOSE: To quantify the number of defense cells and immunoglobulin E (IgE) levels in peripheral blood sampled from women with recurrent vulvovaginal candidiasis. METHODS: A cross-sectional study was conducted on 60 women, 40 with vulvovaginal candidiasis and 20 controls. The defense cells were identified using an impedance system combined with flow cytometry and total and specific IgE was measured by chemiluminescence. The Mann-Whitney test was used for nominal variables and the Spearman test was used to determine the correlation of IgE concentration and eosinophils in peripheral blood. RESULTS: The number of eosinophils in peripheral blood from patients with recurrent vulvovaginal candidiasis, 302.60 (±253.07), was significantly higher compared to control, 175.75 (±109.24) (p=0.037). Serum levels of total and specific IgE were similar in the groups of women with and without recurrent vulvovaginal candidiasis (p=0.361). However, there was a moderate positive correlation between eosinophils and total serum IgE in the candidiasis group (r=0.25). CONCLUSION: Women with recurrent vulvovaginal candidiasis are more likely to have eosinophils in peripheral blood.
Assuntos
Feminino , Humanos , Candidíase Vulvovaginal/sangue , Eosinofilia/sangue , Eosinofilia/microbiologia , Estudos Transversais , Candidíase Vulvovaginal/complicações , Imunoglobulina E/sangue , RecidivaRESUMO
El objetivo del presente trabajo fue destacar las características epidemiológicas que puedan subsidiar la Atención Primaria de Salud (APS) en mujeres portadoras de candidiasis vulvovaginal (CVV) y candidiasis vulvovaginal recidivante (CVVR), a partir de estudios realizados en tres municipios del sur de Brasil. A través del examen micológico de la secreción vaginal de 300 mujeres con sospecha clínica de CVV o CVVR se identificaron las especies prevalentes de Candida, correlacionándose los hallazgos con los principales factores de riesgo mencionados en la literatura. Fueron confirmadas levaduras en 90 (30%) casos, resultando las especies más frecuentes C. albicans (61,1%), C. krusei (16,7%), C. tropicalis (6,7%), C. glabrata (4,4%) y Candida spp. (11,1%). En los casos de CVVR, C. albicans fue la especie más encontrada, con una prevalencia superior a la observada en la CVV. C. krusei apareció como la segunda especie más prevalente en todas las muestras, resaltando la importancia del diagnóstico a nivel de especie, dada la resistencia intrínseca al fluconazol. Las informaciones epidemiológicas del estudio son útiles para que los gestores de la Atención Primaria de Salud (APS) y los profesionales de la Salud puedan tener subsidios adicionales para actuar preventivamente en el caso de candidiasis vulvovaginales.
The main purpose of this work was to highlight epidemiological characteristics serving as subsidies to health promotion activities for vulvovaginal candidiasis (VVC) and recurrent vulvovaginal candidiasis (RVVC) by the national health system, in three cities in southern Brazil. Through the mycological examination of vaginal secretions of 300 women with clinical suspicion of VVC or RVVC, Candida-prevalent species were identified and they were correlated with the main risk factors mentioned in the literature. Yeasts were confirmed in 90 (30%) cases, resulting in C. albicans 61.1%, C. krusei 16.7%, C. tropicalis 6.7%, C. glabrata 4.4% and others 11.1%. C. albicans was the species most commonly found in cases of RVVC, with levels higher than the prevalence of the species in the VVC. C. krusei prevailed as the second most prevalent species in both samples, emphasizing the importance of diagnosing the species level, due to its intrinsic resistance to fluconazole. The epidemiological information of the study is useful for managers of the National Health Care System, as well as direct health professionals, who can have new subsidies to act preventively against vulvovaginal candidiasis.
O objetivo do presente trabalho foi destacar as características epidemiológicas que possam subsidiar a Atenção Primária à Saúde (APS) em mulheres portadoras de candidíase vulvovaginal (CVV) e candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR), a partir de estudos realizados em três municípios do sul do Brasil. Através do exame micológico da secreção vaginal de 300 mulheres com suspeita clínica de CVV ou CVVR foram identificadas as espécies prevalentes de Candida, correlacionando os achados com os principais fatores de risco mencionados na literatura. Foram detectadas leveduras em 90 (30%) dos casos, resultando as espécies mais frequentes C. albicans (61,1%), C. krusei (16,7%), C. tropicalis (6,7%), C. glabrata (4,4%) e Candida spp. (11,1%). Nos casos de CVVR, C. albicans foi a espécie mais encontrada, com uma prevalência superior à observada nos casos de CVV. C. krusei apareceu como a segunda espécie mais prevalente em todas as amostras, ressaltando a importância do diagnóstico em nível de espécie, devido à resistência intrínseca ao fluconazol. As informações epidemiológicas deste estudo são úteis para que os gestores da Atenção Primária à Saúde (APS) e os profissionais da Saúde Pública possam ter subsídios adicionais para atuar preventivamente nos casos de candidíases vulvovaginais.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Candidíase Vulvovaginal/diagnóstico , Candidíase Vulvovaginal/epidemiologia , Candidíase Vulvovaginal/etiologia , Brasil , Candida , Candida albicans , Atenção Primária à Saúde , LevedurasRESUMO
The objective of this study was to determine the effect of medroxyprogesterone acetate (DMPA) on the development and maintenance of Candida albicans in the vagina of oophorectomized Wistar rats. The animals were divided into negative control groups (NCG), which received injections of sterile saline; positive control groups (PCG), which were given injections of estradiol valerate; and progesterone groups (PG), which were given injections of Depo-Provera®. After one week of hormonal induction, vaginal infection by C. albicans was induced in all the groups and detected by vaginal yeast culture and Papanicolaou smear. In addition, scanning and transmission electron microscopy images were obtained to confirm the vaginal infection by yeast in PG. A difference in progesterone levels in PG was observed between the basal level and after hormonal induction (P<0.0001). In this group, 100 percent of the rats acquired vaginal infection in the first week, but did not maintain it until the third week. The pharmaceutical brand of DMPA was effective for inducing the metestrus or diestrus phase of the estrous cycle in rats, similar to the use of pure progesterone. In contrast to estrogen treatment, progesterone alone could not support an experimental vaginal infection by C. albicans for any significant period of time.
O objetivo do presente estudo foi determinar os efeitos do acetato de depomedroxyprogesterona (ADMP) no desenvolvimento e manutenção de Candida albicans na vagina de ratas Wistar ooferectomizadas. Os animais foram divididos em grupos controle negativos (GCN), que receberam injeções de salina estéril; grupos controle positivos (GCP), que receberam injeções de valerato de estradiol; e grupos progesterona (GP), nos quais foram feitas injeções de Depo-Provera®. Após uma semana da aplicação hormonal, foi induzida a infecção vaginal por C. albicans em todos os grupos, detectada por cultura para leveduras vaginais e esfregaço de Papanicolaou. Foram feitas ainda imagens por microscopia eletrônica de varredura e transmissão para confirmar a infecção pela levedura no GP. Foram observados diferentes níveis de progesterona em GP, entre os valores basais e após a indução hormonal (P<0,0001). Neste grupo, 100,0 por cento das ratas contraíram a infecção vaginal na primeira semana, mas não a mantiveram até a terceira semana. A forma farmacêutica de ADMP foi efetiva em induzir as fases de metaestro e diestro do ciclo estral das ratas, da mesma forma que usando progesterona pura. Em contraste com o que ocorre no tratamento com estrógeno, a progesterona não pôde manter a infecção vaginal experimental por C. albicans por um período significativo de tempo.
Assuntos
Animais , Feminino , Adulto , Ratos , Acetato de Medroxiprogesterona/análise , Acetato de Medroxiprogesterona/química , Candida albicans , Ovariectomia/estatística & dados numéricos , Ratos Wistar , Vagina , Microscopia Eletrônica de Varredura , Microscopia Eletrônica de Transmissão , Interpretação Estatística de DadosRESUMO
Introdução: as mulheres modernas desenvolvem 10 a 12 horas de trabalhos consecutivos sem ter facilidades para sua higiene genital, fato que motivou o uso frequente de absorventes higiênicos no período intermenstrual. Objetivo: verificar a satisfação das voluntárias após 75 dias do uso de absorventes "respiráveis" intermenstruais. Métodos: aplicação de questionário para 54 mulheres voluntárias de ensaio clínico sobre o ecossistema vaginal e vulvar,que usaram absorvente higiênico intermenstrual "respirável" externo (AHIRE) por 75 dias, para verificar a satisfação do uso destes absorventes. As voluntárias foram avaliadas clinicamente e responderam a dois questionários sobre atividade laboral, desconforto vulvar (ardor, irritação ou prurido),conhecimento e uso de absorventes intermenstruais, seus motivos para usá-los e satisfação do uso, o primeiro no início e o segundo ao final do estudo.Resultados: as mulheres que participaram deste estudo eram brancas e não brancas em igual proporção, com bom nível educacional, índice de massa corpórea próximo a 25 e com média de 2,06 relações sexuais por semana. A permanência fora de casa é de 7,6 horas por dia, em média. Mais de 85%das voluntárias já conheciam esse tipo de produto, embora apenas 28,3% relatarem o hábito de usar protetor diário durante o período intermenstrual.Não foram identificados sinais irritativos (hiperemia vulvar) em 93,7% das mulheres na visita 2 (após 15 dias de uso) e 93,2% na visita 6 (após 75dias de uso). Queixas espontâneas de desconforto vulvar (ardor e irritação ou prurido) não ocorreram em 91,6% das mulheres na visita 2 e em 95,5%das mulheres na última visita. Essas diferenças não apresentaram significado estatístico (teste exato de Fisher com IC 95%). Estudo complementar indicou que estas porcentagens estão de acordo com a variação encontrada em mulheres que não usaram o AHIRE. Após os 75 dias do estudo, 39mulheres (92,8%) afirmaram que se sentiram mais confiantes, seguras e limpas com o uso do AHIRE. Conclusão: mulheres que usaram absorventesintermenstruais "respiráveis" por 75 dias consecutivos, manifestaram alto grau de satisfação e não apresentaram alterações clínicas significativas(hiperemia) ou reportaram desconforto (ardor e prurido) associado ao uso.
Introduction: modern women develop 10 to 12 consecutive hours of work without having an appropriated genital hygiene, a fact that prompted the frequentuse of panty liners in the intermenstrual period. Objective: check the satisfaction level of subjects after 75 days of wearing "breathable" panty liners (i. e.,ones that allow movement of air and water vapor). Methods: implementation of a questionnaire to 54 women participants of a clinical trial for vulvar andvaginal ecosystem evaluation, who wore breathable panty liner (BPL) for 75 days to verify the satisfaction regarding the wearing there of. The subjects wereassessed for clinical exams and also answered two questionnaires related to work activity, vulvar discomfort (burning, irritation or pruritus), knowledge andwearing of breathable panty liners, their reasons for wearing them as well as satisfaction, being the former at the beginning and latter at the end of the study.Results: the women that attended the research were white and non-white in equal proportions, holding good educational background, body mass indexclose to 25 and with an average of 2.06 sexual intercourses per week, being away from home, on average 7.6 hours per day. Over 85% of subjects werepreviously familiarized with this type of product, albeit just 28.3% reported the habit of wearing panty liners throughout the intermenstrual period. Absenceof irritation signs (vulvar hyperemia) occurred in 93.7% in Visit #2 (after 15 days of usage) and 93.2% of the women in visit #6 (after 75 days). Commoncomplaints of vulvar discomfort (burning and irritation or pruritus) were not observed in 91.6% of the women in Visit #2 and 95.5% of the women in the endof study. These differences were not statistically meaningful (Fisher"s exact test with IC = 95%) between the visits. A complementary study indicates thatthese percentages are in line with the normal variations of women who do not wear panty liners. After 75 days of the study, 39 women (92.8%) said they feltmore confident, protected and clean while wearing BPL. Conclusion: women who used "breathable" panty liners intermenstrual for 75 consecutive days,expressed high satisfaction and showed no clinically significant changes (hyperemia) or reported genital discomfort (burning and itching).
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Vagina/microbiologia , Satisfação do Paciente , Absorventes Higiênicos , Vulvite , Candidíase Vulvovaginal , Infecções Sexualmente TransmissíveisRESUMO
This study identifies the prevalence of vaginal flora alterations in low-risk pregnant women and their association with reported symptoms and gynecological exams. This quantitative, descriptive, cross-sectional study was conducted in public primary care service units in Botucatu, SP, Brazil from 2006 to 2008 with 289 pregnant women from a stratified sample obtained by sampling by care unit. Tests of vaginal content were performed using Grams method and testing for Trichomonas vaginalis using Diamonds medium. The prevalence of altered vaginal flora was 49.5 percent, of which bacterial vaginosis (20.7 percent), vaginal candidiasis (11.8 percent) and intermediate flora (11.1 percent) were the most frequent, not considering associations. Results revealed a high prevalence of vaginal flora alterations with little relation to symptoms, but in agreement with findings from the gynecological exams. Considering undesirable maternal and perinatal outcomes and feasible laboratory practices, the establishment of a routine for diagnosing vaginal flora alterations in low-risk pregnant women is suggested.
Objetivou-se identificar a prevalência das alterações de flora vaginal em gestantes de baixo risco, sua associação à sintomatologia referida e exame ginecológico. É estudo quantitativo, descritivo e transversal, desenvolvido no serviço público de atenção básica de Botucatu, SP, no período de 2006 a 2008, com 289 gestantes, amostradas de forma estratificada por unidade. Realizou-se exame do conteúdo vaginal, utilizando-se coloração pelo método de Gram e pesquisa de Trichomonas vaginalis em meio líquido de Diamond. Desconsiderando-se as associações, a prevalência de flora vaginal alterada foi de 49,5 por cento, sendo as mais frequentes: vaginose bacteriana (20,7 por cento), candidíase vaginal (11,8 por cento) e flora intermediária (11,1 por cento). Os dados apontam elevada prevalência das alterações de flora vaginal, com pouca associação à sintomatologia, mas associação com achados do exame ginecológico. Considerando-se as repercussões maternas e perinatais indesejáveis e a prática laboratorial exequível, sugere-se o estabelecimento de rotina para diagnóstico das alterações de flora vaginal em gestantes de baixo risco.
Se tuvo por objetivo identificar la prevalencia de las alteraciones de flora vaginal en gestantes de bajo riesgo, su asociación a la sintomatología referida y examen ginecológico. Estudio cuantitativo, descriptivo y transversal, desarrollado en el servicio público de atención básica de Botucatu/SP, en el período de 2006 a 2008, con 289 gestantes, el muestreo fue realizado de forma estratificada por unidad. Se realizó examen del contenido vaginal utilizándose coloración por el método de Gram e investigación de Trichomonas vaginalis en medio líquido de Diamond. Desconsiderándose las asociaciones, la prevalencia de flora vaginal alterada fue de 49.5 por ciento, siendo las alteraciones más frecuentes: vaginitis bacteriana (20.7 por ciento), candidiasis vaginal (11.8 por ciento) y flora intermediaria (11.1 por ciento). Los datos apuntan elevada prevalencia de las alteraciones de flora vaginal, con poca asociación a la sintomatología, pero con asociación a hallazgos del examen ginecológico. Considerándose las repercusiones maternas y perinatales indeseables y la práctica de laboratorio ejecutable, se sugiere el establecimiento de rutina para diagnóstico de las alteraciones de flora vaginal en gestantes de bajo riesgo.