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1.
Arq. neuropsiquiatr ; Arq. neuropsiquiatr;82(2): s00441779608, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550041

RESUMO

Abstract Background Therapeutic adherence is a decisive issue on chronic disease management in patients requiring long-term pharmacotherapy, such as Parkinson's disease (PD). Although it is well known that socioeconomic factor is a barrier to medication adherence in many chronic diseases, its impacts on PD still need to be investigated. Objective Explore what and how socioeconomic factors impact medication adherence in people with PD. Methods We carried out a scoping review across three databases to identify studies exploring what and how socioeconomic factors impact medication adherence in people with PD considering eight attributes: 1. educational level, 2. disease-related knowledge, 3. income, 4. cost of medication, 5. drug subsidy (meaning presence of subsidies in the cost of medication), 6. employability, and 7. ethnicity (black, indigenous, immigrants). Results Of the 399 identified studies (Embase = 294, Medline = 88, LILACS = 17), eight met inclusion criteria. We identified factors covering the eight attributes of socioeconomic impact, and all of them negatively impacted the medication adherence of people with PD. The most prevalent factor in the studies was low patient educational level (four studies), followed by costs of medications (three studies), income (three studies), and disease-related knowledge (three studies). Distinctly from most of the studies selected, one of them evidenced suboptimal adherence in individuals receiving the medication free of charge, and another one could not find correlation between suboptimal adherence and educational level. Conclusion Socioeconomic factors negatively impact medication adherence in PD patients. This review provides basis for developing patient and population-based interventions to improve adherence to treatment in PD.


Resumo Antecedentes A adesão à medicação é um componente crucial no manejo correto da doença de Parkinson (DP) e, embora esteja bem estabelecido que o fator socioeconômico é uma barreira à adesão medicamentosa em muitas doenças crônicas, seus impactos na DP ainda precisam ser investigados. Objetivo Explorar quais são e como os fatores socioeconômicos afetam a adesão à medicação em pessoas com DP. Métodos Realizamos uma revisão de escopo em três bases de dados para identificar estudos que explorassem quais e como os fatores socioeconômicos impactam na adesão à medicação em pessoas com DP, considerando oito atributos: 1. nível educacional, 2. conhecimento relacionado à doença, 3. renda, 4. custo de medicamentos, 5. subsídio de medicamentos (ou seja, presença de subsídios no custo dos medicamentos), 6. empregabilidade e 7. etnia (negra, indígena, imigrantes). Resultados Dos 399 estudos identificados (Embase = 294, Medline = 88, LILACS = 17), oito preencheram os critérios de inclusão. Identificamos fatores que abrangem os oito atributos de impacto socioeconômico e todos impactaram negativamente na adesão medicamentosa de pessoas com DP. Foram mais prevalentes o baixo nível educacional do paciente (quatro estudos), custos dos medicamentos, nível de renda e conhecimento relacionado à doença (três estudos cada). Diferentemente da maioria dos estudos selecionados, um deles evidenciou adesão subótima em indivíduos que receberam a medicação gratuitamente, e outro não encontrou correlação entre adesão subótima e nível educacional. Conclusão Fatores socioeconômicos impactam negativamente a adesão ao tratamento medicamentoso em pessoas com DP. Esta revisão fornece base para o desenvolvimento de intervenções baseadas em pacientes e populações no intuito de melhorar a adesão ao tratamento farmacológico de pessoas com DP.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(10): e00208022, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1574283

RESUMO

Abstract: Brazil is characterized by an unfinished agenda of health inequalities, which impact health problems in the childhood. This study aimed to evaluate the socioeconomic inequalities of health problems in the early childhood. This is a prospective study, using data from the birth cohort carried out in the city of Pelotas (Rio Grande do Sul State, Brazil) in 2015. The outcomes were health problems presented at 12 and 24 months: cough, breathing difficulty, diarrhea, ear pain, pneumonia, urinary infection, hospitalization, and other health problems. Socioeconomic inequalities were measured applying the slope index of inequality (SII) and the concentration index (CIX), with wealth index and maternal schooling being the socioeconomic variables. The inequalities in the number of health problems were evaluated by Poisson regression. The perinatal sample comprised 4,275 children. At 12 months approximately 74% of the children presented 1 or more health problems, while at 24 months, approximately 44% presented 2 or more health problems. For all period, the mean number of health problems was 2.9 (standard deviation = 2.0). Higher frequencies were observed for children belonging to the poorest income quintile and with lower maternal education, except for 1 or more health problems at 24 months. The greatest absolute and relative inequality was observed for 2 or more health problems at 12 months (SII: -0.23, 95%CI: -0.29; -0.18 and CIX: -0.19, 95%CI: -0.25; -0.14). There is an opposite dose-response relation for the risk of accumulation of health problems according to maternal schooling (1.07, 95%CI: 1.04; 1.09) and wealth categories (1.03, 95%CI: 1.01; 1.04), in the full adjusted models. The study confirms inequalities due to health problems in Brazilian children, especially in the first year of life.


Resumo: O Brasil é marcado por uma agenda inacabada em relação às desigualdades na saúde, impactando os problemas de saúde da infância. O objetivo deste estudo foi avaliar as desigualdades socioeconômicas relacionadas aos problemas de saúde da primeira infância. Este é um estudo prospectivo com base na coorte de nascimentos realizado na cidade de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil) em 2015. Os desfechos foram problemas de saúde apresentados aos 12 e 24 meses de idade: tosse, dificuldade para respirar, diarreia, dor de ouvido, pneumonia, infecção urinária, hospitalização e outros problemas de saúde. As desigualdades socioeconômicas foram aferidas usando o índice de desigualdade absoluta (SII, acrônimo em inglês) e o índice de concentração (CIX, acrônimo em inglês), considerando o índice de riqueza e escolaridade materna como variáveis socioeconômicas. A regressão de Poisson foi utilizada para avaliar as desigualdades no número de problemas de saúde. Um total de 4.275 crianças foram incluídas na análise. Aos 12 e 24 meses, aproximadamente 74% e 44% apresentaram 1 ou mais e 2 ou mais problemas de saúde, respectivamente. Para todo o período, o número médio de problemas de saúde foi de 2,9 (desvio padrão = 2.0). Maiores frequências foram observadas para crianças no quintil de renda mais baixa e com menor escolaridade materna, exceto para 1 ou mais problemas de saúde aos 24 meses. A maior desigualdade absoluta e relativa foi observada para 2 ou mais problemas de saúde aos 12 meses (SII: -0,23, IC95%: -0,29; -0,18 e CIX: -0,19, IC95%: -0,25; -0,14). Com base nos modelos ajustados, foi encontrada uma relação dose-resposta oposta para o acúmulo de problemas de saúde com base na escolaridade materna (1,07, IC95%: 1,04; 1,09) e nas categorias de riqueza (1,03, IC95%: 1,01; 1,04). Portanto, o estudo confirma as desigualdades relacionadas aos problemas de saúde em crianças brasileiras, especialmente no primeiro ano de vida.


Resumen: Las desigualdades sanitarias en Brasil afectan a la salud infantil. El objetivo de este estudio fue evaluar las desigualdades socioeconómicas de los problemas sanitarios de la primera infancia. Este es un estudio prospectivo de una cohorte de nacimientos realizada en la ciudad de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil) en 2015. Los desenlaces fueron problemas sanitarios de niños de 12 y 24 meses de edad como tos, dificultad para respirar, diarrea, dolor de oído, neumonía, infección del tracto urinario, hospitalización, entre otros problemas. Las desigualdades socioeconómicas se midieron con el índice de desigualdad absoluta (SII, por sus siglas en inglés) y el índice de concentración (CIX, por sus siglas en inglés). El índice de ingresos y nivel educativo de la madre fueron las variables socioeconómicas. Las desigualdades en el número de problemas sanitarios se evaluaron mediante la regresión de Poisson. La muestra perinatal fue conformada por 4.275 niños. A los 12 y 24 meses, aproximadamente el 74% y el 44% de los niños tenían uno o más y dos o más problemas de salud, respectivamente. Durante el período, el número promedio de problemas sanitarios fue de 2,9 (desviación estandar = 2.0). Se observaron frecuencias más altas para los niños pertenecientes al quintil de ingresos más pobres y con el nivel educativo de la madre más bajo, a excepción de uno o más problemas de salud a los 24 meses. La mayor desigualdad absoluta y relativa se observó en dos o más problemas sanitarios a los 12 meses (SII: -0,23, IC95%: -0,29; -0,18 e CIX: -0,19, IC95%: -0,25; -0,14). Con base en los modelos ajustados, se encontró una relación dosis-respuesta opuesta para la acumulación de problemas sanitarios en cuanto al nivel educativo de la madre (1,07, IC95%: 1,04; 1,09) y a los ingresos (1,03, IC95%: 1,01; 1,04). Este estudio confirma las desigualdades por problemas sanitarios de niños brasileños, especialmente en el primer año de vida.

3.
Epidemiol. serv. saúde ; 33(spe2): e20231162, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1574837

RESUMO

ABSTRACT Objective To estimate hepatitis A vaccination coverage in 24-month-old children and identify factors associated with non-vaccination. Methods This was a survey involving a sample stratified by socioeconomic strata in capital cities (2020-2022), with coverage estimates and 95% confidence intervals (95%CI), the factor analysis was performed using the prevalence ratio (PR) by means of Poisson regression. Results Among 31,001 children, hepatitis A coverage was 88.1% (95%CI 86.8;89.2). Regarding socioeconomic strata (A/B), the variable immigrant parents/guardians was associated with non-vaccination (PR = 1.91; 95%CI 1.09;3.37); in strata C/D, children of Asian race/skin color (PR = 4.69; 95%CI 2.30;9.57), fourth-born child or later (PR = 1.68; 95%CI 1.06;2 .66), not attending daycare/nursery (PR = 1.67; 95%CI 1.24;2.24) and mother with paid work (PR = 1.42; 95%CI 1.16;1.74) were associated with non-vaccination. Conclusion Hepatitis A coverage was below the target (95%), suggesting that specificities of social strata should be taken into consideration.


resumen está disponible en el texto completo


RESUMO Objetivo Estimar a cobertura vacinal da hepatite A em crianças de 24 meses e identificar fatores associados à ausência de vacinação. Métodos Inquérito em amostra estratificada por estratos socioeconômicos em capitais (2020-2022), com estimativa de cobertura e intervalos de confiança de 95% (IC95%) e análise de fatores pela razão de prevalência (RP) via regressão de Poisson. Resultados Nas 31.001 crianças, a cobertura da hepatite A foi de 88,1% (IC95% 86,8;89,2). Nos estratos socioeconômicos (A/B), a variável pais/responsáveis imigrantes foi associada à ausência de vacinação (RP = 1,91; IC95% 1,09;3,37); nos estratos C/D, crianças de cor amarela (RP = 4,69; IC95% 2,30;9,57), 4ª ordem de nascimento ou mais (RP = 1,68; IC95% 1,06;2,66), não frequentar creche/berçário (RP = 1,67; IC95% 1,24;2,24) e mãe com trabalho remunerado (RP = 1,42; IC95% 1,16;1,74) foram associadas à ausência de vacinação. Conclusão Cobertura da hepatite A abaixo da meta (95%), sugerindo-se considerar especificidades dos estratos sociais.

4.
Esc. Anna Nery Rev. Enferm ; 28: e20230157, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1574845

RESUMO

Resumo Objetivo Analisar as variáveis sociodemográficas das mulheres doadoras cadastradas em um Banco de Leite Humano associadas com o volume de leite doado. Método Foram coletados dados sociodemográficos de doadoras domiciliares cadastradas, bem como características de aleitamento entre 2017 e 2020 no Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luís. O volume de leite doado foi utilizado como variável de desfecho sendo analisada sua associação com as demais variáveis expositivas. Resultados Ao final do estudo, 619 doadoras tiveram as fichas analisadas (N = 5253). A mediana de volume doado foi de 1.285 ml (IQ 300 - 3570ml). A idade materna, a amamentação exclusiva e a idade do bebê foram as características que demonstraram associação com o volume de leite doado (p < 0,05). Conclusão e Implicações para a Prática: Na amostra estudada, as idades materna e do bebê e a prática de aleitamento exclusivo estiveram associados com o volume de leite doado. O conhecimento dos fatores socioeconômicos das doadoras de leite humano e a sua relação com o volume de leite doado podem subsidiar o desenvolvimento de ações para o aumento de volume de leite distribuído ao recém-nascido prematuros.


Resumen Objetivo Identificar las variables sociodemográficas de las mujeres inscriptas como donantes de leche en un Banco de Leche Humana y evaluar su asociación con el volumen de leche donado. Método Se recopilaron datos sociodemográficos de las donantes domiciliarias inscriptas como también las características de la lactancia materna entre 2017 y 2020 en el Banco de Leche Humana del Hospital Universitario de la Universidad Federal de Maranhão, São Luís. El volumen de leche donada se utilizó como variable de resultado y se analizó su asociación con otras variables de exposición. Resultados Al final del estudio, se analizaron los registros de 619 donantes. El volumen promedio donado fue de 1.285 ml (RIQ 300 - 3.570 ml). La edad materna, la lactancia materna exclusiva y la edad del bebé fueron las características que mostraron una asociación con el volumen de leche donado (p <0,05). Conclusión e Implicaciones para la Práctica: En la muestra estudiada, las edades maternas e infantiles y la lactancia materna exclusiva se asociaron con el volumen de leche donado. El conocimiento de los factores socioeconómicos de las donantes de leche materna y su relación con el volumen de leche donado puede respaldar el desarrollo de acciones para aumentar el volumen de leche distribuido a recién nacidos prematuros.


Abstract Objective To analyze the sociodemographic variables of women registered as milk donors at a Human Milk Bank and assess their association with the volume of milk donated. Method Sociodemographic data was collected from registered home donors, as well as breastfeeding characteristics between 2017 and 2020 at the Human Milk Bank of the University Hospital of the Federal University of Maranhão, São Luís. The volume of donated milk served as the outcome variable and its association with other exposure variables were analyzed. Results At the end of the study, a total of 619 donors had their records analyzed. The median volume donated was 1,285 ml (IQR 300 - 3,570 ml). Maternal age, exclusive breastfeeding, and the baby's age were the characteristics that showed an association with the volume of milk donated (p <0.05). Conclusion and Practice Implications In the studied sample, maternal and infant age and exclusive breastfeeding practice were associated with the volume of milk donated. Knowledge of the sociodemographic factors of human milk donors and their relationship with the volume of milk donated can support the development of actions to increase the volume of milk distributed to premature newborns.

5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(6): e00228923, 2024. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564221

RESUMO

Resumen: Se sabe poco sobre cómo las fluctuaciones económicas afectan las desigualdades educativas en homicidios en países latinoamericanos. Los objetivos de este estudio fueron (a) analizar las variaciones temporales de las desigualdades relativas educacionales de la mortalidad por homicidio, y (b) comparar estas desigualdades entre años de crecimiento económico y años de recesión en ciudades del sur sudamericano durante el período 2000-2019. Se utilizaron datos de siete áreas urbanas, en tres países del Cono Sur Sudamericano: Mendoza y Rosario (Argentina); Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro y São Paulo (Brasil); y Santiago (Chile). Se estimaron modelos de Poisson, utilizando como variables explicativas la edad, sexo, año, ciudad de residencia, año de expansión o recesión económica y nivel educativo. Encontramos diferencias marcadas en la evolución temporal de las tasas de homicidio entre las siete ciudades, aunque siempre las poblaciones de nivel educativo bajo fueron las más vulnerables. Las cuatro ciudades de Brasil, analizadas en conjunto, tuvieron desigualdades educativas relativas de homicidios mayores en años de recesión económica, con respecto a años de crecimiento económico. Por un lado, el uso de la fuerza indiscriminado por parte del Estado enfocado hacia grupos criminales parece haber llevado a una creciente desigualdad social de la mortalidad por homicidio. Por el otro, en un contexto de fragmentación criminal y crisis económica se podrían agravar estas desigualdades a través de mayores disputas territoriales entre grupos criminales.


Abstract: Information on how economic fluctuations affect educational inequalities in homicides in Latin America is scarce. This study aimed to: (a) analyze the temporal variations of educational inequalities related to homicide mortality and (b) compare these inequalities between years of economic growth and recession in southern South America cities from 2000 to 2019. Data from seven urban areas in three countries in the Southern Cone of South America were used: Mendoza and Rosario (Argentina); Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, and São Paulo (Brazil); and Santiago (Chile). Poisson models were estimated by using age, sex, city of residence, year of economic growth or recession, and schooling level as explanatory variables. Results showed significant differences in the temporal evolution of homicide rates in the seven cities, although populations with a low schooling level always showed the most vulnerability. The four Brazilian cities, analyzed together, showed greater educational inequalities related to homicides in years of economic recession when compared to those of economic growth. On the one hand, the indiscriminate use of force by the State against criminal groups seems to increase social inequality in homicide mortality. On the other hand, criminal fragmentation and economic crisis can exacerbate these inequalities by increasing territorial disputes between criminal groups.


Resumo: São escassas as informações sobre como as flutuações econômicas afetam as desigualdades educacionais em homicídios na América Latina. Os objetivos deste estudo foram: (a) analisar as variações temporais das desigualdades educacionais relacionadas à mortalidade por homicídio, e (b) comparar essas desigualdades entre os anos de crescimento econômico e os anos de recessão nas cidades do sul da América do Sul no período de 2000 a 2019. Foram utilizados dados de sete áreas urbanas, em três países do Cone Sul da América do Sul: Mendoza e Rosário (Argentina); Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil); e Santiago (Chile). Os modelos de Poisson foram estimados utilizando como variáveis explicativas a idade, sexo, ano, cidade de residência, ano de expansão ou recessão econômica e nível de escolaridade. Os resultados mostraram diferenças significativas na evolução temporal das taxas de homicídio entre as sete cidades, apesar de que as populações com baixo nível de escolaridade sempre foram as mais vulneráveis. As quatro cidades brasileiras, analisadas em conjunto, apresentaram maiores desigualdades educacionais relacionadas a homicídios em anos de recessão econômica em relação aos anos de crescimento econômico. Por um lado, o uso indiscriminado da força pelo Estado contra grupos criminosos parece ter levado ao aumento da desigualdade social na mortalidade por homicídio. Por outro lado, em um contexto de fragmentação criminal e crise econômica, essas desigualdades podem ser exacerbadas pelo aumento das disputas territoriais entre grupos criminosos.

6.
Dement. neuropsychol ; 18: e20230098, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564433

RESUMO

ABSTRACT The majority of people with dementia live in low or middle-income countries (LMICs) where resources that play a crucial role in brain health, such as quality education, are still not widely available. In Brazil, illiteracy remains a prevalent issue, especially in communities with lower socioeconomic status (SES). The PROAME study set out to explore basic education in illiterate adults as a means to improve cognitive reserve. Objective: This manuscript aims to explore the relationship between SES and learning, as well as cognitive outcomes, in an older illiterate population. Methods: This six-month clinical trial (NCT04473235) involved 108 participants, of which 77 concluded all assessments, enrolled in late-life basic education. SES assessments included Quality of Urban Living Index, Municipal Human Development Index and Household SES calculated for each participant. Cognitive assessments encompassed the Free and Cued Selective Reminding Test (FCSRT), a word list to assess reading, and the Beta III matrix. Results: The sample consisted primarily of women, with a mean age of 58.5. Participants improved their reading (p=0.01) and their FCSRT (p=0.003). Regarding episodic memory, women outperformed men (p=0.007) and younger participants improved more than their older counterparts (p=0.001). There was no association observed between SES and cognitive outcomes. Conclusion: Irrespective of SES, participants demonstrated positive outcomes after attending basic education. These findings highlight that late life education could be an important non-pharmacologic preventative measure, especially in LMICs.


RESUMO A maioria das pessoas com demência vive em países de baixa/média renda, onde recursos essenciais para a saúde cerebral, como educação de qualidade, ainda não são amplamente acessíveis. No Brasil, o analfabetismo ainda é frequente, especialmente em comunidades de baixo nível socioeconômico. O estudo PROAME teve como objetivo explorar a educação básica tardia em pessoas analfabetas como ferramenta para o aumento da reserva cognitiva. Objetivo: Investigar a relação entre nível socioeconômico com aprendizado e com desempenho em testes cognitivos, em adultos analfabetos. Métodos: Este estudo clínico de seis meses (NCT04473235) contou com 108 participantes inscritos no projeto Educação para Jovens e Adultos (EJA), dos quais 77 completaram os testes. O nível socioeconômico de cada participante foi medido usando-se: o Índice de Qualidade de Vida Urbana, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e o nível socioeconômico doméstico. Avaliações cognitivas incluíram: o Teste de Recordação Seletiva Livre e Guiada (TRSLG), uma lista de palavras para avaliar leitura e a matriz Beta III. Resultados: A amostra era predominantemente feminina, com idade média de 58,5. Os participantes melhoraram a leitura (p=0,01) e o TRSLG (p=0,003). Com relação à memoria episódica, as mulheres tiveram resultados superiores aos dos homens (p=0,007) e participantes mais jovens melhoraram mais que seus colegas mais velhos (p=0,001). Não foi observada nenhuma relação entre o nível socioeconômico e o desempenho cognitivo. Conclusão: Independentemente do nível socioeconômico, participantes obtiveram resultados positivos após frequentar a educação básica. Isso sugere que a educação tardia pode ser uma medida preventiva não farmacológica importante, especialmente em países de baixa/média renda.

7.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;27: e240040, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565317

RESUMO

ABSTRACT Objective: To evaluate the distribution of the proportion of teenage mothers (PTM) in time and space and its relationship with socioeconomic indicators and social vulnerability. Methods: An ecological study was carried out with teenage mothers living in 322 census tracts in Foz do Iguaçu (state of Paraná, Brazil) between 2013 and 2019. Spatial clusters of teenage mothers were identified by spatial scanning and grouped into strata with different prevalence. The association between these strata and the individual social vulnerability of the mothers was evaluated using the Pearson's Chi-square test. Linear regression models were adjusted to evaluate the association between PTM and socioeconomic factors by census tract and temporal trend in PTM in different strata. Results: We identified five high prevalence clusters in peripheral regions and six with low prevalence in the central region of the municipality. Proportionally, there were more teenage mothers with a worse vulnerability index in the high prevalence stratum than in the low prevalence stratum. Places with worse socioeconomic conditions present higher PTM, a profile that did not change over time. For the increase of one unit in the Brazilian Deprivation Index and proportion of women responsible for the household, the PTM increased, respectively, by 3.8 (95%CI 3.1-4.4) and 0.086% (95%CI 0.03-0.14). There was a reduction in the global PTM in part of the period, which occurred later in the higher prevalence strata, but the proportions were stable again in the last years of study. Conclusion: Teenage pregnancy is concentrated in regions with worse socioeconomic conditions and greater maternal vulnerability and its behavior over time occurred differently in these areas.


RESUMO Objetivo: Avaliar a distribuição da proporção de mães adolescentes (PMA) no tempo e espaço e sua relação com indicadores socioeconômicos e vulnerabilidade social. Métodos: Realizou-se estudo ecológico com mães adolescentes residentes em 322 setores censitários de Foz do Iguaçu (PR) entre 2013 e 2019. Aglomerados espaciais de mães adolescentes foram identificados por varredura espacial e agrupados em estratos com diferentes prevalências. Avaliou-se a associação entre esses estratos e a vulnerabilidade social individual das mães pelo teste qui-quadrado de Pearson. Ajustaram-se modelos de regressão linear para avaliar associação entre a PMA e fatores socioeconômicos por setor censitário e tendência temporal da PMA nos diferentes estratos. Resultados: Identificaram-se cinco aglomerados de alta prevalência nas regiões periféricas e seis de baixa na região central do município. Proporcionalmente houve mais mães adolescentes com pior índice de vulnerabilidade no estrato de alta prevalência do que no de baixa. Locais com piores condições socioeconômicas apresentaram maior PMA, perfil que não mudou ao longo do tempo. Para o aumento de uma unidade do Índice Brasileiro de Privação e da proporção de mulheres responsáveis por domicílio, a PMA aumentou respectivamente 3,8 (IC95% 3,1-4,4) e 0,086% (IC95% 0,03-0,14). Houve uma redução na PMA global em parte do período, que ocorreu mais tardiamente nos estratos de maior prevalência, mas as proporções voltaram a ficar estáveis nos últimos anos de estudo. Conclusão: A gravidez na adolescência se concentra em regiões de pior condição socioeconômica e com maior vulnerabilidade materna e seu comportamento no tempo ocorreu, nessas áreas, de modo distinto.

8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00107823, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534126

RESUMO

Distorção da imagem corporal é uma alteração da percepção do corpo que pode repercutir na saúde. Este estudo visa estimar, entre mulheres participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) residentes na Bahia, Brasil, a prevalência de acurácia e distorção da imagem corporal e investigar associações com características socioeconômicas, estilo de vida e procura de cuidados ginecológicos. Participaram 609 mulheres de 50-69 anos de idade que responderam, entre 2012-2014, questionários aplicados face a face. Foi utilizada a escala de silhuetas de Stunkard para investigar a percepção acurada ou distorcida para mais ou menos peso. A razão de risco relativo (RR) foi calculada por meio de regressão logística multinomial por meio do Stata 13. A maioria das participantes tem perspectiva acurada do próprio corpo (53,7%). Entre aquelas com percepção distorcida, há uma tendência à distorção para menos peso (38,1%). Na análise de regressão multinomial, permaneceram associadas à distorção para menos peso as variáveis raça/cor e escolaridade, sendo que a primeira foi positivamente associada à distorção para menos peso entre as pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) e pretas (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), enquanto a segunda entre aquelas com escolaridade até o Ensino Médio (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). Não houve associações quanto às demais variáveis, nem com distorção para mais peso. Os resultados contribuem para a explicação das relações entre percepção da imagem corporal e fatores socioeconômicos, revelando que mulheres de raça/cor diferentes e variados níveis de escolaridade são influenciadas de formas distintas pelos discursos sociais, o que impacta a percepção da sua imagem corporal.


Body image distortion is an alteration in the perception of the body that can have repercussions on health. This study aims to estimate the prevalence of body image accuracy and distortion among women participating in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) living in Bahia State, Brazil, and to investigate associations with socioeconomic characteristics, lifestyle, and gynecological care seeking. A total of 609 women aged 50 to 69 years participated in the study, who answered face-to-face questionnaires from 2012 to 2014. The Stunkard silhouette scale was used to investigate accurate or distorted perception for more or less weight. The relative risk ratio (RR) was calculated by multinomial logistic regression using Stata 13. Most participants have an accurate perception of their own bodies (53.7%). Among those with distorted perception, there is a tendency to distort towards less weight (38.1%). In the multinomial regression analysis, the variables race/skin color and education remained associated with the distortion towards underweight. The race/skin color variable was positively associated with the distortion towards underweight among Mixed-race women (RR = 1.89; 95%CI: 1.13-3.16) and black (RR = 2.10; 95%CI: 1.25-3.55), while the education variable among those with up to high school education (RR = 1.65; 95%CI: 1.18-2.33). There were no associations with the other variables or with distortion for more weight. The results contribute to explaining the relationships between body image perception and socioeconomic factors, revealing that women of different races/skin colors and varying educational levels are influenced in different ways by social discourses, impacting the perception of their body image.


La distorsión de la imagen corporal es una alteración en la percepción del cuerpo que puede repercutir en la salud. Este estudio busca estimar, entre las mujeres participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil) que viven en Bahía, Brasil, la prevalencia de precisión y distorsión de la imagen corporal e investigar asociaciones con las características socioeconómicas, el estilo de vida y la busca de atención ginecológica. Participaron 609 mujeres que tenían entre 50 y 69 años que contestaron los cuestionarios aplicados cara a cara entre 2012 y 2014. Se utilizó la escala de siluetas de Stunkard para investigar la percepción precisa o distorsionada para más o menos peso. El cociente de riesgo relativo (RR) se calculó a través de regresión logística multinomial utilizando el Stata 13. La mayoría de los participantes tiene una perspectiva precisa del propio cuerpo (53,7%). Entre las personas con percepción distorsionada hay una tendencia a la distorsión para menos peso (38,1%). En el análisis de regresión multinomial, las variables raza/color y escolaridad permanecieron asociadas con la distorsión para menos peso, siendo la primera positivamente asociada con la distorsión para menos peso entre las mujeres pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) y negras (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), mientras la segunda entre las mujeres que estudiaron hasta la enseñanza secundaria (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). No hubo asociaciones con las otras variables ni con la distorsión para más peso. Los resultados contribuyen para explicar las relaciones entre la percepción de la imagen corporal y los factores socioeconómicos, demostrando que mujeres de diferentes razas/colores y diferentes niveles de educación se influyen de distintas formas a través de discursos sociales, lo que impacta en la percepción de su imagen corporal.

9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(7): e00178723, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569002

RESUMO

Abstract: This study aimed to analyze the trends and disparities in preventable or treatable mortality rates among different age groups, sexes, and states in Mexico from 2000 to 2019. Using national data from 2000 to 2019, we examined potentially avoidable premature mortality (PAPM) rates, disaggregated into preventable and treatable deaths. Trends over time were visualized using the average annual percent change (AAPC) derived from joinpoint analysis. Subnational analysis was conducted to identify state-specific trends for each sex and age group. The national PAPM rate decreased from 297 deaths per 100,000 in 2000 to 281 per 100,000 in 2019. Potentially preventable premature mortality (PPPM) rates were more pronounced than potentially treatable premature mortality (PTPM) rates, with 170 deaths per 100,000 and 111 per 100,000, respectively. Sex-based disparities were observed particularly in the working-age population. Our analysis at the state level revealed significant differences in trends, as certain regions experienced reductions while others rises. These disparities became more evident when examining the different aspects of PAPM, especially in terms of PTPM. Our study highlights the differences in PAPM rates across age groups, sexes, and states in Mexico. Despite a general downward trend, upward trends were observed in the male working-age group. There was also wide variation among states, highlighting the need to use PAPM in conjunction with other health metrics for a holistic health analysis.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo analizar las tendencias y disparidades en las tasas de mortalidad evitable o tratable en diferentes grupos de edad, sexo y estados de México en el período de 2000 a 2019. Con base en datos nacionales de 2000 a 2019, se analizaron las tasas de mortalidad prematura potencialmente evitable (MPPE), dividiéndolas en muertes evitables y tratables. Las tendencias a largo plazo se observaron mediante el cambio porcentual promedio anual (CPPA) obtenido del análisis de regresión joinpoint. Se realizó un análisis subnacional para identificar las tendencias específicas de cada estado por sexo y grupo de edad. La tasa nacional de MPPE disminuyó de 297 muertes por cada 100.000 en el año 2000 a 281 por cada 100.000 en el 2019. Las tasas de mortalidad prematura potencialmente prevenible (MPPP) fueron mayores que las de mortalidad prematura potencialmente tratable (MPPT), con 170 muertes por cada 100.000 y 111 por cada 100.000, respectivamente. Este análisis reveló variaciones sustanciales en las tendencias por estado, ya que algunas regiones tuvieron disminución mientras que otras un aumento. Estas disparidades se hicieron más evidentes cuando los aspectos de la MPPE se analizaron con más detalle, especialmente en términos de MPPT. Este estudio destaca las variaciones en las tasas de la MPPE entre grupo de edad, sexo y estados en México. A pesar de una tendencia general hacia el declive, se observaron tendencias al alza en la población masculina en edad de trabajar. Además, se observaron considerables variaciones entre estados, lo que muestra la necesidad de aplicar la MPPE en conjunto con otros indicadores de salud para realizar un análisis holístico de salud.


Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar as tendências e disparidades nas taxas de mortalidade evitável ou tratável em diferentes faixas etárias, sexos e estados do México de 2000 a 2019. Usando dados nacionais de 2000 a 2019, examinamos as taxas de mortalidade prematura potencialmente evitável (MPPE), dividindo-as entre mortes evitáveis e tratáveis. As tendências ao longo do tempo foram visualizadas usando a variação percentual média anual (VPMA) obtida a partir da análise de regressão joinpoint. Foi efectuada uma análise subnacional para identificar as tendências específicas de cada estado para cada sexo e faixa etária. A taxa nacional de MPPE diminuiu de 297 mortes a cada 100 mil em 2000 para 281 a cada 100 mil em 2019. As taxas de mortalidade prematura potencialmente prevenível (MPPP) foram mais acentuadas do que as mortalidade prematura potencialmente tratável (MPPT), com 170 mortes a cada 100 mil e 111 a cada 100 mil, respetivamente. A nossa análise a nível estatal revelou variações substanciais nas tendências, uma vez que certas regiões registaram reduções enquanto outras apresentaram aumentos. Essas disparidades tornaram-se mais evidentes quando os aspectos da MPPE foram analisados mais detalhadamente, especialmente em termos de MPPT. Nosso estudo destaca as variações nas taxas de MPPE entre faixas etárias, sexos e estados no México. Apesar de uma tendência geral para o declínio, foram observadas tendências de aumento na população masculina em idade ativa. Além disso, foram observadas variações consideráveis entre os estados, o que reforça a necessidade de aplicar a MPPE em conjunto com outros indicadores de saúde para efetuar uma análise holística da saúde.

10.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;27: e240043, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569706

RESUMO

ABSTRACT Objective: This study aimed to examine whether education level and income trajectories influence vegetable consumption changes over 13 years among civil servants at different campuses of a university in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Methods: Vegetable intake frequency (daily and non-daily consumption), income (per capita), and education level (maintenance of low schooling/ upward mobility/maintenance of high schooling) were assessed at baseline (1999) and in the fourth wave (2011-12) of the Pró-Saúde (Pro-Health) cohort study. A total of 2,381 participants were analyzed. The association between educational and income trajectories and variation in vegetable consumption was assessed via crude and age-adjusted generalized linear models, stratified by sex. Results: Men in upward educational mobility showed a 0.5% increase in vegetable consumption (p=0.01), while women in this group demonstrated a 2.5% increase (p=0.05). Adjusted models showed that women who reduced their income had a lower likelihood of consuming vegetables (odds ratio [OR] 0.93; 95% confidence interval [CI] 0.89-0.97). Conclusions: The findings highlight the influence of social inequalities on vegetable consumption in adults.


RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar se as trajetórias do nível de educação e de renda influenciam na mudança do consumo de vegetais ao longo de 13 anos entre funcionários públicos de diferentes campi de uma universidade do Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: A frequência de consumo de vegetais (consumo diário e não diário), a renda (per capita) e o nível de educação (manutenção da baixa escolaridade/mobilidade ascendente/ manutenção da alta escolaridade) foram avaliados no início (1999) e na quarta onda (2011-12) do estudo de coorte Pró-Saúde. Foram analisados 2.381 participantes, e a associação entre as trajetórias de escolaridade e renda e a variação no consumo de vegetais foi avaliada via modelos lineares generalizados brutos e ajustados por idade e variação da escolaridade e estratificados por sexo. Resultados: Homens em mobilidade educacional ascendente apresentaram aumento de 0,5% no consumo de vegetais (p=0,01), enquanto mulheres nesse grupo demonstraram aumento de 2,5% (p=0,05). Modelos ajustados mostraram que mulheres que reduziram sua renda apresentaram menor probabilidade de consumir vegetais (odds ratio [OR] 0,93; intervalo de confiança [IC] 95% 0,89-0,97). Conclusão: Os achados destacam a influência das desigualdades sociais no consumo de vegetais em adultos.

11.
Rev. Nutr. (Online) ; 37: e230112, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1559153

RESUMO

ABSTRACT Objective To review the demographic and socioeconomic profile of the Homeless Workers Movement's Solidarity Kitchen project users in the Sol Nascente Community, Federal District, Brazil. Methods Descriptive cross-sectional study. The interviews were conducted with adults, users of the solidarity kitchen, in August 2022, using a standardized questionnaire containing demographic, socioeconomic, housing and food consumption information. The outcome of the study was Frequent Use (picking up food at the solidarity kitchen five days/week). General and gender descriptive analyses were conducted, as well as a bivariate analysis based on the chi-square test (p<0.05). Results The sample was composed of 83 dark complexion women with a mean age of 39.6 years (SD=14.6). A total of 35 women (42.2%) had attended the first year of high school or over, and approximately 65.0% had a job and were paid up to one minimum wage. Most received social benefits and 81.9% were unemployed at the time of the survey. More than half of the respondents owned their own home and among those who did not, 64.0% paid rent. A total of 46.3% respondents had up to two daily meals. The prevalence of users who were considered Frequent Users was 61.0%. Women reported lower family income, greater dependence on aid, more unemployment, in addition to living with a greater number of people and having more people in the house who took food from the solidarity kitchen, all statistically significant differences. Conclusion The project Solidarity Kitchen essentially caters to dark complexion women with lower family income, who enhance the inequalities and inequities conditions in food security in the country.


RESUMO Objetivo Analisar o perfil demográfico e socioeconômico dos usuários do projeto Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto no Sol Nascente, Distrito Federal, Brasil. Métodos Estudo descritivo do tipo transversal. As entrevistas foram realizadas com adultos, usuários da cozinha solidária, em agosto de 2022, a partir de um questionário padronizado contendo informações demográficas e socioeconômicas, sobre moradia e alimentação. O desfecho do estudo foi considerado Consumo Frequente (pegar comida na cozinha solidária nos cinco dias da semana: sim/não). Foram conduzidas as análises descritivas geral e por sexo, e bivariadas a partir do Teste qui-quadrado (p<0,05). Resultados A amostra de 83 indivíduos foi composta predominantemente por mulheres, pretas e pardas, com idade média de 39,6 anos (DP=14,6). Onde 42,2% cursaram o 1º ano do ensino médio ou mais e aproximadamente 65% recebiam até um salário-mínimo. A maioria recebia benefício social e 81,9% estava desempregada no momento da entrevista. Mais da metade dos entrevistados possuíam casa própria e, entre os que não tinham, 64,0% pagavam aluguel. O número de refeições diárias foi de até duas para 46,3% dos entrevistados. A prevalência de usuários que tinham Consumo Frequente foi 61%. As mulheres relataram menor renda familiar, maior dependência de auxílios, maior desemprego, além de residirem com mais pessoas, os quais pegavam mais comida da cozinha solidária, sendo todas diferenças estatisticamente significativas. Conclusão O projeto atende essencialmente mulheres, pretas e com menor renda familiar, corroborando o panorama das desigualdades e iniquidades no acesso à alimentação no país.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Características de Residência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Refeições/etnologia , Insegurança Alimentar , Vulnerabilidade Social
12.
Saúde Soc ; 33(1): e220248pt, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1551060

RESUMO

Resumo Este artigo objetivou verificar a relação entre os fatores socioeconômicos e a pandemia da covid-19 nos municípios de médio porte mineiros. O procedimento de análise de dados foi a modelagem de equações estruturais de mínimos quadrados parciais. As variáveis utilizadas foram vulnerabilidade, saneamento, renda, agravantes, vacinação, casos de covid-19, mortalidade por covid-19, hospitalização e doenças crônicas não transmissíveis. Os dados foram coletados no Índice Mineiro de Responsabilidade Social, no painel de monitoramento dos casos de covid-19 e no painel de monitoramento de vacinação contra covid-19. O recorte temporal foi determinado pelo início da pandemia e a disponibilidade de dados (março de 2020 a setembro de 2021). Os resultados evidenciaram que melhores condições de saneamento estão negativamente relacionadas aos casos de covid-19, a renda está positivamente relacionada com os casos de covid-19 e a taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis está relacionada de forma positiva com a mortalidade por covid-19. Os casos de covid-19 têm impacto negativo na hospitalização e a hospitalização tem impacto positivo na mortalidade. Os casos moderados pela vacinação estão negativamente relacionados à mortalidade por covid-19. Os resultados confirmam que condições socioeconômicas menos favoráveis tornam a sociedade mais vulnerável a covid-19.


Abstract This study investigated the correlation between socioeconomic factors and the COVID-19 pandemic in medium-sized Minas Gerais municipalities. Data were analyzed by partial least squares structural equation modeling, using the following variables: vulnerability, sanitation, income, aggravating factors, vaccination, COVID-19 cases, COVID-19 mortality, hospitalization and non-communicable chronic diseases. Data were obtained from the Minas Gerais Social Responsibility Index, the COVID-19 cases monitoring panel and the COVID-19 vaccination monitoring panel. Data collection time frame was determined by the onset of the pandemic and data availability (March 2020 to September 2021). Results showed that better sanitation conditions are negatively related to COVID-19 cases, income is positively related to COVID-19 cases, and higher mortality from chronic noncommunicable diseases are positively related to COVID-19 mortality. COVID-19 cases have a negative impact on hospitalization and hospitalization has a positive impact on mortality. Cases, moderated by vaccination, are negatively related to COVID-19 mortality. These findings confirm that less favorable socioeconomic conditions make society more vulnerable to COVID-19.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Análise de Classes Latentes , COVID-19 , Brasil
13.
Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 31: e3878, ene.-dic. 2023. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS, BDENF | ID: biblio-1431833

RESUMO

Objetivo: investigar los factores que influyen en la alfabetización en salud de los pacientes con enfermedad arterial coronaria. Método: estudio transversal, que incluyó 122 pacientes con enfermedades coronarias (60,7% del sexo masculino; 62,07±8,8 años); se evaluó la alfabetización en salud y el conocimiento específico sobre la enfermedad mediante entrevistas con los participantes, utilizando el Short Test of Functional Health Literacy in Adults e Short version of the coronary artery disease education questionnaire. Los datos fueron descritos por medidas de tendencia central y frecuencias. Los factores que influyen en la alfabetización en salud se determinaron mediante un modelo de regresión lineal. El nivel de significación adoptado fue del 5%. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética e Investigación. Resultados: la edad y la hipertensión mostraron una relación inversa y significativa con la alfabetización en salud. Por otro lado, un mayor nivel educativo y tener empleo se asociaron con puntajes más altos en el instrumento de alfabetización en salud. El conocimiento específico sobre la enfermedad no influyó en la alfabetización en salud. Las variables del modelo de regresión explicaron el 55,3% de alfabetización inadecuada. Conclusión: en el presente estudio, se concluyó que el conocimiento sobre la enfermedad no influye en la alfabetización en salud, pero los profesionales deben considerar los factores sociodemográficos y clínicos para planificar las intervenciones.


Objective: to investigate the factors that exert an influence on health literacy in patients with coronary artery disease. Methods: a crosssectional study, including 122 patients with coronary diseases (60.7% male; 62.07 ± 8.8 years old). Health literacy and specific knowledge about the disease were evaluated through interviews with the participants by means of the Short Test of Functional Health Literacy in Adults and the Short version of the coronary artery disease education questionnaire. The data were described by means of central tendency measures and frequencies. The factors that exert an influence on health literacy were determined by means of a linear regression model. The significance level adopted was 5%. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results: age and arterial hypertension presented an inverse and significant relationship with health literacy. On the other hand, higher schooling levels and having a job were associated with better scores in the health literacy instrument. Specific knowledge about the disease did not exert any influence on health literacy. The variables included in the regression model explained 55.3% of inadequate literacy. Conclusion: this study, knowledge about the disease exerts no influence on health literacy: however, the professionals should consider the sociodemographic and clinical factors to plan the interventions.


Objetivo: investigar os fatores que influenciam o letramento em saúde em pacientes com doença arterial coronariana. Método: estudo transversal, incluindo 122 pacientes com coronariopatias (60,7% do sexo masculino; 62,07±8,8 anos); letramento em saúde e conhecimento específico da doença foram avaliados por meio de entrevista com os participantes, pelo Short Test of Functional Health Literacy in Adults e Short version of the coronary artery disease education questionnaire. Os dados foram descritos por medidas de tendência central e frequências. Fatores que influenciam o letramento em saúde foram determinados por modelo de regressão linear. O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: idade e hipertensão apresentaram uma relação inversa e significativa com letramento em saúde. Por outro lado, maior escolaridade e estar empregado associaram-se com maiores pontuações no instrumento de letramento em saúde. O conhecimento específico da doença não influenciou o letramento em saúde. As variáveis do modelo de regressão explicaram 55,3% do letramento inadequado. Conclusão: no presente estudo o conhecimento sobre a doença não influência o letramento em saúde, mas os profissionais devem considerar os fatores sociodemográficos e clínicos para planejar as intervenções.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Autocuidado , Doença da Artéria Coronariana/terapia , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Inquéritos e Questionários , Letramento em Saúde , Fatores Sociodemográficos
14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);28(9): 2625-2636, Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1505965

RESUMO

Resumo O objetivo do estudo foi estimar a prevalência do uso de vitaminas e/ou minerais na população brasileira urbana com idade maior ou igual a 20 anos e identificar os fatores associados ao uso. Foram analisados os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizada nas áreas urbanas das cinco regiões geográficas do país entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. A prevalência do uso estimada foi de 4,8% (IC95% 4,3-5,3), maior no sexo feminino, 6,4% (IC95% 5,7-7,1), e na população idosa, 11,6% (IC95% 10,5-12,8). O uso de vitaminas e/ou minerais mostrou-se associado aos fatores: sexo feminino, 60 anos ou mais, classe econômica A/B, apresentar doença(s) crônica(s) e autopercepção de saúde regular e muito ruim/ruim. Os multivitamínicos e multiminerais obtiveram maior frequência de uso, 24,5% (IC95% 20,1-29,4), seguido de cálcio e vitamina D, 23,4% (IC95% 19,7-27,5). Os dados sugerem que mulheres idosas devam ser o público referencial para ações de promoção do uso racional. Recomenda-se que os inquéritos epidemiológicos de abrangência nacional possam ampliar a observação desses produtos para possibilitar a análise de tendências.


Abstract The purpose of the present study was to estimate the prevalence of vitamin and/or mineral use among urban Brazilian populations aged 20 years and over and to identify associated factors. Data from the National Survey on Access, Use and Promotion of the Rational Use of Medicines in Brazil (PNAUM) were analyzed and a population-based cross-sectional study with probability sampling was performed in urban areas of Brazil's five geographic regions from September 2013 to February 2014. The estimated prevalence of vitamin and/or mineral use was 4.8% (95%CI: 4.3-5.3), higher in women 6.4% (95%CI: 5.7-7.1) and in the elderly population 11.6% (95%CI: 10.5-12.8). Vitamin and/or mineral use was associated with the following factors: women, 60 years of age or older, economic class A/B, chronic disease(s) and self-perceived health held as average and very poor/poor. Multivitamins and multiminerals were the most used ones with 24.5% (95%CI 20.1-29.4), followed by calcium and vitamin D with 23.4% (95%CI 19.7-27.5). Data suggest that elderly women should be the reference public for actions aimed at promoting rational use. Nationwide epidemiological surveys should increase monitoring of these products to support the analysis of trends.

15.
RFO UPF ; 27(1): 58-72, 08 ago. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1509384

RESUMO

Objective: This cross-sectional study aimed to describe the prevalence of apical periodontitis (AP) in people living with HIV (PLHIV) over 50 years old and explore its association with sociodemographic, medical, and oral characteristics. Methods: Data from 59 PLHIV were collected, and the periapical area of 1018 teeth was evaluated through periapical radiographs (Rx) using the periapical index (PAI). The presence and quality of root fillings and restorations (coronal fillings and crowns) were assessed with Rx, and caries presence was based on Rx and clinical data. Viral load (VL) and T CD4 counts were also analyzed. Results: AP prevailed in 71% of individuals and 8% of teeth. Family income of >5 Brazilian minimum wages (OR=0.06, 95% CI=0.005-0.62) and having at least one root-filled tooth (OR=14.55, 95% CI=1.45-145.72) were associated with AP prevalence, whereas VL and T CD4 were not. Caries, root filling, and restorations were associated with AP occurrence. Conclusion: PLHIV presented a high AP prevalence, but intrinsic factors related to HIV infection were not associated with AP in the studied subjects. PLHIV would benefit from oral health policies to prevent AP, as the results indicate that the endodontic disease in the present sub-population might be related to social problems.(AU)


Objetivo: este estudo transversal teve como objetivo descrever a prevalência de periodontite apical (PA) em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) acima de 50 anos de idade, e explorar sua associação com características sociodemográficas, médicas e bucais. Métodos: os dados de 59 PVHIV foram coletados e a região periapical de 1018 dentes foi avaliada através de radiografias periapicais (Rx) usando o Índice Periapical (PAI). A presença e qualidade das obturações radiculares e restaurações (restaurações diretas e coroas) também foram avaliadas no Rx; a presença de cárie foi baseada em dados clínicos e radiográficos. Carga Viral (CV) e contagem de linfócitos T CD4 também foram avaliados. Resultados: a prevalência de PA nos indivíduos foi de 71%, e 8% dos dentes apresentaram PA. Renda familiar >5 salários mínimos (OR=0.06, 95% CI=0.005-0.62) e ter pelo menos um dente com obturação endodôntica (OR=14.55, 95% CI=1.45-145.72) foram associados com a prevalência de PA, enquanto que CV e T-CD4 não foram. A presença de cárie, obturação endodôntica e restaurações foram associadas com a presença de PA no dente. Conclusão: PVHIV apresentaram uma alta prevalência de PA, mas fatores intrínsecos relacionados à infecção pelo HIV não foram associados com PA nos sujeitos avaliados. PVHIV se beneficiariam de políticas públicas de saúde para prevenir a PA, uma vez que os resultados indicam que a doença endodôntica na presente subpopulação pode ser relacionada a problemas sociais.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Periodontite Periapical/epidemiologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Periodontite Periapical/etiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Modelos Logísticos , Prevalência , Estudos Transversais , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , Distribuição por Sexo
16.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535267

RESUMO

Objetivo: Se propuso aplicar modelos basados en técnicas de aprendizaje automático como apoyo para el diagnóstico temprano de la diabetes mellitus, utilizando variables de datos ambientales, sociales, económicos y sanitarios, sin la dependencia de la toma de muestras clínicas. Metodología: Se utilizaron datos de 10 889 usuarios afiliados al régimen subsidiado de salud de la zona suroccidental en Colombia, diagnosticados con hipertensión y agrupados en usuarios sin (74,3 %) y con (25,7 %) diabetes mellitus. Se entrenaron modelos supervisados utilizando k vecinos más cercanos, árboles de decisión y bosques aleatorios, así como modelos basados en ensambles, aplicados a la base de datos antes y después de balancear el número de casos en cada grupo de diagnóstico. Se evalúo el rendimiento de los algoritmos mediante la división de la base de datos en datos de entreno y de prueba (70/30, respectivamente), y se utilizaron métricas de exactitud, sensibilidad, especificidad y área bajo la curva. Resultados: Los valores de sensibilidad aumentaron considerablemente al utilizar datos balanceados, pasando de valores máximos del 17,1 % (datos sin balancear) a valores de hasta 57,4 % (datos balanceados). El valor más alto de área bajo la curva (0,61) fue obtenido con los modelos de ensambles, al aplicar un balance en el número de datos por cada grupo y al codificar las variables categóricas. Las variables de mayor peso estuvieron asociadas con aspectos hereditarios (24,65 %) y con el grupo étnico (5.59 %), además de la dificultad visual, el bajo consumo de agua, una dieta baja en frutas y verduras, y el consumo de sal y azúcar. Conclusiones: Aunque los modelos predictivos, utilizando información socioeconómica y ambiental de las personas, surgen como una herramienta para el diagnóstico temprano de la diabetes mellitus, estos aún deben ser mejorados en su capacidad predictiva.


Objective: The objective was to apply models based on machine learning techniques to support the early diagnosis of diabetes mellitus, using environmental, social, economic and health data variables, without dependence on clinical sample collection. Methodology: Data from 10,889 users affiliated with the subsidized health system in the southwestern area of Colombia, diagnosed with hypertension and grouped into users without (74.3%) and with (25.7%) diabetes mellitus, were used. Supervised models were trained using k-nearest neighbors, decision trees, and random forests, as well as ensemble-based models, applied to the database before and after balancing the number of cases in each diagnostic group. The performance of the algorithms was evaluated by dividing the database into training and test data (70/30, respectively), and metrics of accuracy, sensitivity, specificity, and area under the curve were used. Results: Sensitivity values increased significantly when using balanced data, going from maximum values of 17.1% (unbalanced data) to values as high as 57.4% (balanced data). The highest value of area under the curve (0.61) was obtained with the ensemble models, by applying a balance in the amount of data for each group and by coding the categorical variables. The variables with the greatest weight were associated with hereditary aspects (24.65%) and with the ethnic group (5.59%), in addition to visual difficulty, low water consumption, a diet low in fruits and vegetables, and the consumption of salt and sugar. Conclusions: Although predictive models, using people's socioeconomic and environmental information, emerge as a tool for the early diagnosis of diabetes mellitus, their predictive capacity still needs to be improved.


Objetivo: Propôs-se aplicar modelos baseados em técnicas de aprendizagem automática como apoio para o diagnóstico precoce da diabetes mellitus, utilizando variáveis de dados ambientais, sociais, econômicos e sanitários, sem a dependência da coleta de amostras clínicas. Metodologia: Usaram-se dados de 10.889 usuários filiados ao regime subsidiado de saúde da zona sudoeste da Colômbia, diagnosticados com hipertensão e agrupados em usuários sem (74,3%) e com (25,7%) diabetes mellitus. Foram treinados modelos supervisionados utilizando k vizinhos mais próximos, árvores de decisão e florestas aleatórias, assim como modelos baseados em montagens, aplicados à base de dados antes de depois de equilibrar o número de casos em cada grupo de diagnóstico. Avaliou-se o desempenho dos algoritmos por meio da divisão da base de dados de treino e teste (70/30, respectivamente), e utilizaram-se métricas de exatidão, sensibilidade, especificidade e área sob a curva. Resultados: Os valores de sensibilidade aumentaram de maneira significativa ao utilizar dados equilibrados, passando de valores máximos de 17,1% (dados sem equilibrar) a valores de até 57,4% (dados equilibrados). O valor mais elevado de área sob a curva (0,61) foi obtido com os modelos de montagens, ao aplicar um balanço no número de dados por cada grupo e codificar as variáveis categóricas. As variáveis de maior peso estiveram associadas com fatores hereditários (24,65%) e com o grupo étnico (5,59%), além da dificuldade visual, o baixo consumo de água, um regime baixo em frutas e vegetais e o consumo de sal e açúcar. Conclusões: Embora os modelos preditivos, utilizando informação socioeconômica e ambiental das pessoas, surgem como uma ferramenta para o diagnóstico precoce da diabetes mellitus, ainda devem ser melhorados em sua capacidade preditiva.

17.
Semina cienc. biol. saude ; 44(1): 97-110, jul./dez. 2023. Ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1511709

RESUMO

Introdução: doença provocada por infecção de origem bacteriana, a leptospirose é um dos agravos mais negligenciados no Brasil, estando associada a características socioeconômicas. Objetivo: analisar possíveis associações entre taxas de incidência da doença e fatores socioeconômicos no estado do Acre, a partir de análises espaciais. Material e Método: estudo ecológico com uso de dados secundários, sendo feita análise de autocorrelação espacial pelo Índice de Moran Local Bivariado, entre variáveis socioeconômicas e taxa média de incidência de leptospirose de todo o período de estudo. Adicionalmente, a análise espaçotemporal foi desenvolvida por meio de varredura cilíndrica estatística de Kulldorff, com raio de 70 quilômetros e distribuição de probabilidade de Poisson. Resultados: a maior quantidade de casos foi observada em homens, pardos e na faixa etária de 20 a 39 anos, em ambiente domiciliar e em pessoas com ensino fundamental 1 e 2 incompletos. Conclusão: a partir das análises estatísticas espaciais, destacaram-se municípios das partes norte e sul do estado. Ressalta-se que há possibilidade de subnotificação de casos, o que poderia ser analisado a partir de estudos que coletem dados primários.


Introduction: disease caused by infection of bacterial origin, leptospirosis is one of the most neglected diseases in Brazil, being associated with socioeconomic characteristics. Objective: to analyze possible associations between disease rates and socioeconomic factors in the state of Acre, based on spatial analysis. Material and Method: ecological study using secondary data, with analysis of spatial autocorrelation by the Moran Local Bivariate Index, between socioeconomic variables and mean rate of leptospirosis throughout the study period. Additionally, the space-time analysis was performed using Kulldorff statistical cylindrical sweep, with a radius of 70 kilometers and Poisson probability distribution. Results: the highest number of cases was observed in men, brown and in the age group of 20 to 39 years old, in the home environment and in people with incomplete elementary school 1 and 2. Conclusion: from the spatial statistical analyses, municipalities in the northern and southern parts of the state stood out. It should be noted that there is a possibility of underreporting of cases, which could be analyzed based on studies that collect primary data.


Assuntos
Humanos , Adulto
18.
Invest. educ. enferm ; 41(2): 57-73, junio 15 2023. tab, ilus
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-1438426

RESUMO

Objective. To identify socio-academic and family functionality factors ­ communication, cohesion, and flexibility ­ as predictive stimuli of adaptive coping of nursing university students in the post-COVID-19 pandemic. Methods. A cross-sectional descriptive study with stratified random sampling, with participation by 416 Nursing students from a private university in Pereira (Colombia), who answered a self-completed sociodemographic characterization survey, the Olson et al., communication scale, FACES III scale to assess family cohesion and flexibility, and the Calixta Roy CAPS scale to assess coping and adaptation capacity. Binary logistic regression and Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit were performed to determine predictors of success, using SPSS v.26. Results. The profiles of the participants showed a higher proportion of women (78.4%), ages between 21 and 30 years (57.5%), young people who study and work (60.1%), and those who have an academic session on Friday and Saturday (67.5%). Nursing students perceive that their families communicate efficiently and satisfactorily (85.8%), have strong cohesion with a tendency towards attachment (73.6%) and flexibility, show a tendency towards chaos (70.7%) and have adaptive coping (48.5%). The success predictors for adaptive coping were female sex (p=0.007), academic session Friday and Saturday (p=0.042), occupation, study, and work (p=0.026), socioeconomic strata 4.5 and 6 (p=0.041), good or very good communication (p=0.001), balanced family cohesion (p = 0.048), and balanced family flexibility (p=0.039). Conclusion. This study found that good family functionality and having adequate socioeconomic conditions were predictors of higher coping and adaptation capacity during the COVID-19 pandemic in the nursing students who participated in the study


Objetivo. Identificar factores socio-académicos y de funcionalidad familiar -comunicación, cohesión y flexibilidad-, como estímulos predictores de afrontamiento adaptativo de estudiantes de Enfermería en postpandemia COVID-19. Métodos. Estudio descriptivo transversal con muestreo aleatorio estratificado. Participaron 416 estudiantes de Enfermería de una universidad privada de Pereira (Colombia) que respondieron una encuesta auto diligenciada de caracterización sociodemográfica y tres escalas validadas: de Comunicación de Olson et al., FACES III para valorar cohesión y flexibilidad familiar y escala CAPS de Calixta Roy para evaluar capacidad de afrontamiento y adaptación. Los factores predictores de éxito se analizaron con regresión logística binaria y bondad de ajuste de Hosmer-Lemeshow, utilizando SPSS v.26. Resultados. El perfil de los participantes mostró mayor proporción de mujeres(78.4%), edades entre 21 y 30 años (57.5%), jóvenes que estudian y trabajan (60.1%), y quienes cumplen jornada académica viernes y sábado (67.5%). Los estudiantes de enfermería perciben que sus familias se comunican en forma eficiente y satisfactoria (85.8%), tienen una fuerte cohesión con tendencia al apego (73.6%) y a la flexibilidad, muestran tendencia al caos (70.7%) y tienen afrontamiento adaptativo (48.5%). Los predictores de éxito para afrontamiento adaptativo fueron: sexo femenino (p=0.007), jornada académica viernes y sábado (p=0.042), ocupación estudia y trabajo (p=0.026), estratos socioeconómicos 4,5 y 6 (p=0.041), buena o muy buena comunicación (p=0.001), cohesión familiar equilibrada (p=0.048) y flexibilidad familiar equilibrada (p=0.039).Conclusión.En este estudio se encontró que la buena funcionalidad familiar y tener adecuadas condiciones socioeconómicas fueron predictores de mayor capacidad de afrontamiento y adaptación durante la pandemia COVID-19 en los estudiantes de enfermería que participaron en el estudio.


Objetivo. Identifico os fatores socioacadêmicos e a funcionalidade familiar -comunicação, coesão e flexibilidade-, como estímulos preditivos do enfrentamento adaptativo de estudantes de Enfermagem no pós-pandemia de COVID-19. Métodos. Estudo descritivo transversal com amostragem aleatória estratificada. Participaram 416 estudantes de enfermagem de uma universidade privada da cidade de Pereira (Colômbia), respondendo a uma pesquisa autopreenchida de caracterização sociodemográfica e três escalas validadas: Comunicação de Olson et al., FACES III para avaliar a coesão e flexibilidade familiar e a escala CAPS de Calixta Roy, para avaliar a capacidade de enfrentamento e adaptação. Os preditores de sucesso foram analisados com regressão logística binária e Hosmer-Lemeshow, usando SPSS v.26. Resultados. Os perfis dos participantes mostraram maior proporção de mulheres(78.4%), com idades compreendidas entre os 21 e os 30 anos (57.5%), jovens que estudam e trabalham (60.1%) e que cumprem o horário letivo de sexta-feira a sábado (67.5%). Os estudantes de enfermagem percebem que suas famílias se comunicam de forma eficiente e satisfatória (85.8%), têm forte coesão com tendência ao apego (73.6%) e flexibilidade, apresentam tendência ao caos (70.7%) e têm enfrentamento adaptativo (48.5%). Os preditores de sucesso para enfrentamento adaptativo foram: sexo feminino (p=0.007), jornada acadêmica sexta e sábado (p=0.042), ocupação, estudo e trabalho (p=0.026), estrato socioeconômico 4.5 e 6 (p=0.041), boa ou comunicação muito boa (p=0.001), coesão familiar equilibrada (p=0.048) e flexibilidade familiar equilibrada (p=0.039). Conclusão. Neste estudo, verificou-se que a boa funcionalidade familiar e ter condições socioeconômicas adequadas foram preditores de maior capacidade de enfrentamento e adaptação durante a pandemia de COVID-19 nos estudantes de enfermagem que participaram do estudo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Estudantes de Enfermagem , Relações Familiares , COVID-19
19.
Saúde Redes ; 9(1): 20, mar. 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1438304

RESUMO

A disseminação da COVID-19 no Brasil se estabeleceu em um cenário político de importantes retrocessos democráticos e de desmonte da seguridade social. A fim de investigar mais profundamente esse contexto, o campo da saúde possui, historicamente, formulações de modelos teóricos que buscam as compreensões de saúde e doença. Ademais, para explicar as condições de saúde da população através de uma noção mais completa, torna-se fundamental debater sobre o processo de saúde doença e sua determinação social em uma episteme de gênero-raça-classe-sexualidade, visto que a saúde entendida como amplo desenvolvimento das potencialidades humanas em certo momento histórico, choca-se com as limitações estabelecidas pela estrutura para o alcance dessas capacidades através das desigualdades que marcam a realidade nacional. Os desdobramentos cotidianos e os impactos diretos na vida da população negra, nas mulheres, na população LGBTQIA+ e, de forma geral, na classe trabalhadora na pandemia, com maior número de mortes, afetando em maior grau a saúde mental, as relações de trabalho e familiares, validam de forma concreta a determinação social do processo de saúde-doença. Portanto, o projeto e concepção de saúde precisa se posicionar na disputa de percepção crítica da realidade, e de ação para construir uma sociedade emancipada.

20.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);28(3): 761-770, Mar. 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421210

RESUMO

Resumo Os impactos da pandemia do novo coronavírus na sociedade brasileira revelaram um cenário que extrapola uma crise sanitária. Este artigo tem por objetivo apresentar as causas e consequências de uma crise sistêmica sob a ordem econômica neoliberal lastreada na proeminência dos mercados e da exclusão social, enquanto o papel do Estado como garantidor de direitos sociais é negligenciado. A metodologia adotada segue uma perspectiva interdisciplinar crítica dos campos da economia política e das ciências sociais presente em relatórios socioeconômicos referidos nesta análise. Argumenta-se que a racionalidade neoliberal, orientando as políticas governamentais e presente no ambiente social, contribuiu para um aprofundamento das desigualdades estruturais no Brasil, gerando condições propícias para o agravamento dos impactos causados pela pandemia na sociedade, em particular nos segmentos sociais mais vulneráveis.


Abstract The impacts of the recent coronavirus pandemic on Brazilian society revealed a scenario that goes beyond a health crisis. This article sets out to present the causes and consequences of a systemic crisis in the neoliberal economic order based on the prominence of markets and social exclusion, while the role of the State - as the guardian of social rights - is neglected. The methodology adopted follows a critical interdisciplinary perspective from the fields of political economy and social sciences, located in socioeconomic reports referred to in this analysis. It is argued that the neoliberal rationale guiding government policies, which is deep rooted in the social environment, has contributed to the increase in structural inequalities in Brazil, thus creating favorable conditions for exacerbating the impacts caused by the pandemic in society, particularly among the most vulnerable social groups.

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