RESUMO
Abstract Background Patients with severe coronavirus disease-19 (COVID-19) may require the use of invasive mechanical ventilation (MV) for prolonged periods. Aggressive MV parameters have been associated with changes in intracranial pressure (ICP) in patients with acute intracranial disorders. Significant ICP elevation could compromise intracranial compliance (ICC) and cerebrovascular hemodynamics (CVH). However, the effects of these parameters in individuals without neurological disorders have not yet been evaluated. Objective To evaluate ICC in patients on MV with COVID-19 infection compared to other diagnoses, to better characterize the effects of MV and COVID-19 upon ICC. We also compared between the ICC in patients with COVID-19 who did not require MV and healthy volunteers, to assess the isolated effect of COVID-19 upon ICC. Methods This was an exploratory, observational study with a convenience sample. The ICC was evaluated with a noninvasive ICP monitoring device. The P2/P1 ratio was calculated by dividing the amplitude of these two points, being defined as "abnormal" when P2 > P1. The statistical analysis was performed using a mixed linear model with random effects to compare the P2/P1 ratio in all four groups on the first monitoring day. Results A convenience sample of 78 subjects (15 MV-COVID-19, 15 MV non-COVID-19, 24 non-MV-COVID-19, and 24 healthy participants) was prospectively enrolled. There was no difference in P2/P1 ratios between MV patients with and without COVID-19, nor between non-MV patients with COVID-19 and healthy volunteers. However, the P2/P1 ratio was higher in COVID-19 patients with MV use than in those without it. Conclusion This exploratory analysis suggests that COVID-19 does not impair ICC.
Resumo Antecedentes Pacientes com doença grave por coronavírus-19 (COVID-19) podem necessitar do uso de ventilação mecânica (VM) invasiva por um período prolongado. Parâmetros agressivos de VM têm sido associados a alterações na pressão intracraniana (PIC) em pacientes com doenças intracranianas agudas. Elevações significativas da PIC podem comprometer a complacência intracraniana (CIC) e a hemodinâmica cerebrovascular (HVC). No entanto, os efeitos desses parâmetros em indivíduos sem doenças neurológicas ainda não foram sistematicamente avaliados. Objetivo Avaliar a CIC em pacientes em VM com COVID-19 comparados com outros diagnósticos, para melhor caracterizar os efeitos da VM e COVID-19 sobre a CIC. Também foi feita a comparação entre a CIC em pacientes com COVID-19 sem VM e voluntários saudáveis, para avaliar o efeito isolado da COVID-19 sobre a ICC. Métodos Trata-se de um estudo exploratório, observacional com amostra por conveniência. A CIC foi avaliada com um dispositivo não invasivo de monitoramento da PIC. A relação P2/P1 foi calculada dividindo-se a amplitude desses dois pontos, sendo definida como "anormal" quando P2 > P1. A análise estatística foi realizada usando um modelo linear misto com efeitos aleatórios para comparar a relação P2/P1 nos quatro grupos no primeiro dia de monitoramento. Resultados Uma amostra de conveniência com 78 voluntários (15 COVID-19 em VM, 15 sem COVID-19 em VM, 24 com COVID em respiração espontânea e 24 saudáveis) foram prospectivamente incluídos. Não houve diferença nas razões P2/P1 entre pacientes em VM com e sem COVID-19, nem entre pacientes sem VM com COVID-19 ou saudáveis. No entanto, a relação P2/P1 foi maior em pacientes com COVID-19 com uso de VM do que naqueles sem. Conclusão Os dados dessa análise exploratória sugerem que a COVID-19 não prejudica a CIC.
RESUMO
Introduction Decompressive craniectomy (DC) is a valuable treatment for reducing early lethality in malignant intracranial hypertension (IH); however, it has been shown that the decision to implement DC in patients with extensive ischemic stroke should not be based solely on the detection of IH with the use of intracranial pressure (ICP) devices. Objective To establish the usefulness of DC in patients with extensive ischemic stroke who came to the emergency room during the period between May 2018 and March 2019. Methods This was an analytical, prospective, and longitudinal study whose population corresponded to all patients with a diagnosis of extensive ischemic stroke. Results The sample consisted of 5 patients, of which 3 were female and 2 males, the average age was 62.2 years old (minimum 49 years old, maximum 77 years old). Of all the patients who underwent DC, it was found that 80% of the patients did not present an increase in intracranial pressure. Decompressive craniectomy was not performed in a case that responded adequately to medical treatment. The mean values of ICP were 25 mmHg with a minimum value of 20 mmHg and a maximum value of 25 mmHg; in patients with a moderate value, the ICP averages were < 20 mmHg. The mortality was of 40% (RANKIN of 6 points). Conclusions Decompressive craniectomy is useful in extensive ischemic stroke. The decision to implement DC in patients with extensive stroke rests on clinicoradiological parameters. The monitoring of the IPC was not particularly useful in the early detection of the neurological deterioration of the patients studied.
Fundamento A craniectomia descompressiva (CD) é um tratamento valioso para reduzir a letalidade precoce na hipertensão intracraniana (HI) maligna; no entanto, foi demonstrado que a decisão de implementar a CD em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico extenso não deve ser baseada apenas na detecção de HI com o uso de dispositivos de pressão intracraniana (PIC). Objetivo Estabelecer a utilidade da CD em pacientes com AVC isquêmico extenso que chegaram ao pronto-socorro no período entre maio de 2018 e março de 2019. Métodos Foi realizado um estudo analítico, prospectivo e longitudinal cuja população correspondeu a todos os pacientes com diagnóstico de AVC isquêmico extenso. Resultados A amostra foi composta por 5 pacientes, sendo 3 do sexo feminino e 2 do sexo masculino, com média de idade de 62,2 anos (mínimo 49 anos, máximo 77 anos). De todos os pacientes que realizaram CD, verificou-se que 80% dos pacientes não apresentaram aumento da pressão intracraniana. Não foi realizada uma CD que tenha respondido adequadamente ao tratamento médico. Os valores médios de pressão intracraniana foram de 25 mmHg, com o valor mínimo de 20 mmHg e o valor máximo de 25 mmHg; em pacientes com escala moderada, as médias de PIC foram < 20 mm Hg. A mortalidade foi de 40% (RANKIN de 6 pontos). Conclusões A DC é útil no AVC isquêmico extenso. A decisão de implementar uma CD em pacientes com AVC extenso depende de parâmetros clínico-radiológicos. O monitoramento do PCI não foi muito útil na detecção precoce da deterioração neurológica dos pacientes estudados.
RESUMO
Abstract Background Increased intracranial pressure (ICP) consists of a set of signs and symptoms related to changes in intracranial compliance (ICC) and ICP. Objective This study presents a retrospective analysis of patients who underwent non-invasive monitoring of ICC based on complaints of headache, correlating decreased brain compliance and increased intracranial pressure. Methods Noninvasive ICC monitoring was performed using a Brain4care device, which contains a strain gauge and a recorder connected to a mechanical device that touches the scalp surface in the frontoparietal area lateral to the sagittal suture. This tool monitors the ICP by identifying small changes in skull measurements that are caused by pressure variations, i.e., skull deformation is associated with the detection of changes in mean ICP. A clinical evaluation of 32 patients with complaints of headache occurred from the analysis of their medical records. Results Of the 32 patients initially chosen, it was possible to complete the analysis of 18 due to the availability of data in the medical records. From the non-invasive monitoring of the ICC, the following data were collected: time-to-peak, P2/P1 ratio, age, and gender. From the statistical analysis of age and P2/P1 ratio, it was noted that as age increases, ICC tends to decrease regardless of sex (p < 0.05). Conclusion This study concluded that there is a correlation between changes in intracranial compliance and headache complaints in outpatients. There was also a relationship between age and decreased intracranial compliance but without a specific pain pattern.
Resumo Antecedentes O aumento da pressão intracraniana (PIC) consiste em um conjunto de sinais e sintomas relacionados a mudanças na complacência intracraniana (CIC) e na PIC. Objetivo Este estudo apresenta uma análise retrospectiva de pacientes que foram submetidos ao monitoramento não invasivo da CIC com base em queixas de cefaleia, correlacionando a diminuição da complacência cerebral e o aumento da pressão intracraniana. Métodos O monitoramento não invasivo da CIC foi realizado utilizando um dispositivo Brain4Care, que contém um medidor de tensão e um gravador conectado a um dispositivo mecânico que toca a superfície do couro cabeludo na área frontoparietal lateral à sutura sagital. Esta ferramenta monitora a PIC identificando pequenas alterações nas medidas do crânio que são causadas por variações de pressão, ou seja, a deformação do crânio está associada à detecção de alterações na PIC média. Uma avaliação clínica de 32 pacientes com queixas de cefaleia ocorreu a partir da análise de seus prontuários médicos. Resultados Dos 32 pacientes inicialmente escolhidos, foi possível concluir a análise de 18 devido à disponibilidade de dados nos prontuários médicos. A partir do monitoramento não invasivo da CIC, foram coletados os seguintes dados: time-to-peak, relação P2/P1, idade e sexo. Da análise estatística de idade e relação P2/P1, observou-se que à medida em que a idade aumenta, a CIC tende a diminuir independentemente do sexo (p < 0,05). Conclusão Este estudo concluiu que existe uma correlação entre as mudanças na CIC e a queixa de cefaleia em pacientes ambulatoriais. Houve também uma relação entre idade e diminuição da CIC, mas sem um padrão de dor específico.
RESUMO
Abstract Background The most frequent cause of death in neurosurgical patients is due to the increase in intracranial pressure (ICP); consequently, adequate monitoring of this parameter is extremely important. Objectives In this study, we aimed to analyze the accuracy of noninvasive measurement methods for intracranial hypertension (IH) in patients with traumatic brain injury (TBI). Methods The data were obtained from the PubMed database, using the following terms: intracranial pressure, noninvasive, monitoring, assessment, and measurement. The selected articles date from 1980 to 2021, all of which were observational studies or clinical trials, in English and specifying ICP measurement in TBI. At the end of the selection, 21 articles were included in this review. Results The optic nerve sheath diameter (ONSD), pupillometry, transcranial doppler (TCD), multimodal combination, brain compliance using ICP waveform (ICPW), HeadSense, and Visual flash evoked pressure (FVEP) were analyzed. Pupillometry was not found to correlate with ICP, while HeadSense monitor and the FVEP method appear to have good correlation, but sensitivity and specificity data are not available. The ONSD and TCD methods showed good-to-moderate accuracy on invasive ICP values and potential to detect IH in most studies. Furthermore, multimodal combination may reduce the error possibility related to each technique. Finally, ICPW showed good accuracy to ICP values, but this analysis included TBI and non-TBI patients in the same sample. Conclusions Noninvasive ICP monitoring methods may be used in the near future to guide TBI patients' management.
Resumo Antecedentes A causa mais frequente de morte em pacientes neurocirúrgicos é devido ao aumento da pressão intracraniana (PIC); consequentemente, o monitoramento adequado desse parâmetro é de extrema importância. Objetivos Avaliar na literatura científica os principais métodos não invasivos de medida da PIC em pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE). Métodos Os dados foram obtidos na base de dados PubMed, utilizando os seguintes termos: pressão intracraniana, não invasivo, monitoramento, avaliação e medida, resultando em 147 artigos. Os artigos selecionados datam de 1980 a 2021, sendo todos estudos observacionais ou ensaios clínicos, em inglês e especificando a medida da pressão intracraniana em traumatismo cranioencefálico. Ao final da seleção, 21 artigos foram incluídos nesta revisão. Resultados Foram analisados os seguintes métodos: diâmetro da bainha do nervo óptico (ONSD), pupilometria, doppler transcraniano (TCD), combinação multimodal, complacência cerebral por meio da análise de ondas intracerebrais (ICPW), HeadSense e visual evocado por flashes de luz (FVEP). A pupilometria não se correlacionou com os valores de PIC, enquanto que o monitor HeadSense e o método FVEP parecem ter uma boa correlação, mas os dados de sensibilidade e especificidade desses métodos não estão disponíveis. Os métodos ONSD e TCD mostraram acurácia de boa a moderada quanto aos valores de IPCi, além de bom potencial para detectar hipertensão intracraniana. Ademais, a combinação multimodal pode reduzir a possibilidade de erro relacionado a cada técnica. Por fim, o ICPW apresentou boa acurácia quanto aos valores de ICPi, mas, no estudo analisado, foram incluídos pacientes com e sem TCE em uma mesma amostra. Conclusões Métodos não invasivos de medição da PIC podem atuar no futuro no manejo de pacientes com TCE como uma potencial ferramenta de triagem para TCE grave e para a detecção de hipertensão intracraniana.
RESUMO
Abstract Background Brain edema is the leading cause of death in patients with malignant middle cerebral artery (MCA) infarction. Midline shift (MLS) has been used as a monohemispheric brain edema marker in several studies; however, it does not precisely measure brain edema. It is now possible to directly measure hemisphere brain volume. Knowledge about the time course of brain edema after malignant middle cerebral artery infarction may contribute to the condition's management. Objective Therefore, our goal was to evaluate the course of brain edema in patients with malignant MCA infarction treated with decompressive craniectomy (DC) using hemispheric volumetric measurements. Methods Patients were selected consecutively from a single tertiary hospital between 2013 and 2019. All patients were diagnosed with malignant middle cerebral artery infarction and underwent a decompressive craniectomy (DC) to treat the ischemic event. All computed tomography (CT) exams performed during the clinical care of these patients were analyzed, and the whole ischemic hemisphere volume was calculated for each CT scan. Results We analyzed 43 patients (197 CT exams). Patients' mean age at DC was 51.72 [range: 42-68] years. The mean time between the ischemic ictus and DC was 41.88 (range: 6-77) hours. The mean time between the ischemic event and the peak of hemisphere volume was 168.84 (95% confidence interval [142.08, 195.59]) hours. Conclusion In conclusion, the peak of cerebral edema in malignant MCA infarction after DC occurred on the 7th day (168.84 h) after stroke symptoms onset. Further studies evaluating therapies for brain edema even after DC should be investigated.
Resumo Antecedentes O edema cerebral é a principal causa de morte em pacientes com infarto maligno de artéria cerebral média. O desvio da linha média tem sido utilizado como marcador de edema cerebral mono-hemisférico em alguns estudos; porém, ele não mede de forma precisa o edema cerebral. Atualmente é possível mensurar diretamente o volume do hemisfério cerebral. O conhecimento sobre a evolução temporal do edema cerebral após infartos malignos da artéria cerebral média pode contribuir para o cuidado clínico desta condição. Objetivo Nosso objetivo é avaliar o edema hemisférico ao longo do tempo, em pacientes com infarto maligno da artéria cerebral média, tratados com craniectomia descompressiva. Métodos Os pacientes foram selecionados de forma consecutiva, em um hospital terciário, entre 2013 e 2019. Todos os pacientes apresentavam diagnóstico de infarto maligno de artéria cerebral média e foram submetidos a craniectomia descompressiva. Todas as tomografias computadorizadas de crânio destes pacientes foram analizadas, e o volume do hemisfério cerebral infartado foi mensurado. Resultados Analisamos 43 pacientes (197 tomografias de crânio). A idade média dos pacientes na craniectomia descompressiva foi 51,72 (42-68) anos. O tempo médio entre o ictus e a craniectomia descompressiva foi 41,88 (6-77) horas. O tempo médio entre o ictus e o pico do volume hemisférico foi 168,84 (142,08-195,59) horas. Conclusão O pico do volume cerebral em pacientes com infarto maligno de artéria cerebral média submetidos a craniectomia descompressiva ocorreu no 7o dia (168,84 horas) após o infarto. Mais estudos avaliando terapêuticas direcionadas ao edema cerebral seriam úteis neste contexto.
RESUMO
INTRODUCTION: Breast cancer is the most common type among women and brings to them significant organic changes. A new intracranial pressure monitorization method consists of an external system of sensors that detects micrometric deformations on the cranial bones and transmits, in real-time, electrical signals that are visualized on a monitor. OBJECTIVE: To identify changes in intracranial pressure due to chemotherapy connections through non-invasive methodology. METHODS: The present study was conducted at Hospital Santa Casa de Misericordia in the city of Ponta Grossa, PR, Brazil in 2017. The variables P2/P1 ratio (ICP morphological evaluation), laboratory parameters, comorbidities, and clinical aspects of the volunteers were evaluated. The vascular toxicity of chemotherapy often causes endothelial dysfunction, resulting in a loss of vasodilation effects and suppresses anti-inflammatory and vascular repair functions. RESULTS: The values of the P2/P1 ratio before and after chemotherapy were also compared between groups. A statistically significant difference was observed in the pre chemotherapy P2/P1 values compared to the post-chemotherapy values. CONCLUSION: Variations in ICP may occur in cancer patients. Further studies are necessary to evaluate if this change may contribute to the chemotherapy side effects occurrence.
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres e traz para elas significativas alterações orgânicas. Um novo método de monitoramento da pressão intracraniana consiste em um sistema externo de sensores que detecta deformações micrométricas nos ossos cranianos e transmite, em tempo real, sinais elétricos que são visualizados em um monitor. OBJETIVO: Identificar alterações na pressão intracraniana devido às conexões de quimioterapia por meio de metodologia não invasiva. MÉTODOS: O presente estudo foi realizado no Hospital Santa Casa de Misericórdia da cidade de Ponta Grossa, PR, Brasil, em 2017. Foram avaliadas as variáveis relação P2/P1 (avaliação morfológica da PIC), parâmetros laboratoriais, comorbidades e aspectos clínicos dos voluntários. A toxicidade vascular da quimioterapia frequentemente causa disfunção endotelial, resultando na perda dos efeitos vasodilatadores e suprime as funções anti-inflamatórias e de reparo vascular. RESULTADOS: Os valores da relação P2/P1 antes e após a quimioterapia também foram comparados entre os grupos. Uma diferença estatisticamente significativa foi observada nos valores de P2/P1 pré-quimioterapia em comparação com os valores pós-quimioterapia. CONCLUSÃO: Variações na PIC podem ocorrer em pacientes com câncer. Mais estudos são necessários para avaliar se essa alteração pode contribuir para a ocorrência dos efeitos colaterais da quimioterapia.
Assuntos
Humanos , Neoplasias da Mama/tratamento farmacológico , Pressão Intracraniana , Capacitância Vascular , Estudos de Casos e ControlesRESUMO
Introduction Intracranial hypertension continues to be the most frequent cause of death in patients with traumatic brain injury (TBI). Thus, invasive monitoring of intracranial pressure (ICP) is a very important tool in neurointensivism. However, there is controversy regarding ICP monitoring and prognosis. Objectives To evaluate whether there is a difference in mortality between patients with severe TBI who underwent invasive ICP monitoring compared with those who did not undergo such procedure. Methodology This is a unicentric study in the prospective cohort mode. A total of 316 patients with severe TBI were evaluated and, out of these 316 individuals, 35 were submitted to ICP monitoring. All clinical data were evaluated by the Tertiary Hospital Neurosurgery team in the city of São Paulo. Results Of the total cohort, 35 (11%) patients underwent ICP monitoring, while 281 did not. Comparing the 2 groups, there was no difference in terms of early mortality between patients who were submitted to monitoring and those who were not (34.3 versus 14.3%; p » 0.09); there was also no difference in terms of hospital mortality (40 versus 28.5%; p » 0.31) or intensive care unit (ICU) length of stay (16.10 days, 95% confidence interval [CI]: 10.621.6; versus 20.60 days, 95%CI: 13.5027.70; p » 0.31). Conclusions In this cohort, we did not identify differences in mortality or in duration of hospitalization between patients with ICP monitoring and those exclusively with clinical-radiological evaluation. However, further national co-operative studies of services using ICP monitoring are needed to achieve results with greater generalization power.
Introdução A hipertensão intracraniana continua a ser a causa mais frequente de morte em pacientes com traumatismo craniencefálico (TCE). Assim, a monitoração invasiva da pressão intracraniana (PIC) é uma ferramenta de grande importância em neurointensivismo. No entanto, há controvérsias em relação à monitorização da PIC e sua relação com o prognóstico. Objetivos Avaliar se há diferença de mortalidade entre pacientes com TCE grave submetidos à monitorização invasiva da PIC em comparação com aqueles não monitorizados. Metodologia Trata-se de um estudo unicêntrico no modo de coorte prospectiva. Foram avaliados 316 pacientes com TCE grave e, desses 316 indivíduos, 35 foram submetidos à monitorização da PIC. Todos os dados clínicos foram avaliados pela equipe de Neurocirurgia de Hospital Terciário na cidade de São Paulo. Resultados Da coorte total, 35 (11%) pacientes foram submetidos a monitorização da PIC, enquanto 281 não o foram. Comparando-se os 2 grupos, não houve diferença em termos de mortalidade precoce entre pacientes submetidos a monitorização e os que não foram submetidos (34,3 versus 14,3%; p » 0,09); não houve também diferença em termos de mortalidade hospitalar (40 versus 28,5%; p » 0,31) ou no tempo de internação na UTI (16,10 dias, intervalo de confiança [IC] 95%: 10,621,6 versus 20,60 dias, IC95%: 13,5027,70; p » 0,31). Conclusões Nesta coorte, não identificamos diferença de mortalidade ou de duração de tempo de internação entre pacientes com monitorização da PIC e aqueles com avaliação exclusivamente clínicorradiológica. Fazem-se, no entanto, necessários mais estudos cooperativos nacionais dos serviços que utilizam a monitorização da PIC para obtenção de resultados com maior poder de generalização.
RESUMO
ABSTRACT Background: Transcranial Doppler has been tested in the evaluation of cerebral hemodynamics as a non-invasive assessment of intracranial pressure (ICP), but there is controversy in the literature about its actual benefit and usefulness in this situation. Objective: To investigate cerebral blood flow assessed by Doppler technique and correlate with the variations of the ICP in the acute phase of intracranial hypertension in an animal model. Methods: An experimental animal model of intracranial hypertension was used. The experiment consisted of two groups of animals in which intracranial balloons were implanted and inflated with 4 mL (A) and 7 mL (B) for controlled simulation of different volumes of hematoma. The values of ICP and Doppler parameters (systolic [FVs], diastolic [FVd], and mean [FVm] cerebral blood flow velocities and pulsatility index [PI]) were collected during the entire procedure (before and during hematoma simulations and venous hypertonic saline infusion intervention). Comparisons between Doppler parameters and ICP monitoring were performed. Results: Twenty pigs were studied, 10 in group A and 10 in group B. A significant correlation between PI and ICP was obtained, especially shortly after abrupt elevation of ICP. There was no correlation between ICP and FVs, FVd or FVm separately. There was also no significant change in ICP after intravenous infusion of hypertonic saline solution. Conclusions: These results demonstrate the potential of PI as a parameter for the evaluation of patients with suspected ICP elevation.
RESUMO Antecedentes: O Doppler transcraniano (DTC) é uma técnica não invasiva para a avaliação da hemodinâmica cerebral, porém existem controvérsias na literatura sobre sua aplicabilidade preditiva em situações de elevada pressão intracraniana (PIC). Objetivo: Investigar o fluxo sanguíneo cerebral pelo DTC e correlacioná-lo com as variações da PIC na fase aguda da hipertensão intracraniana em modelo animal. Métodos: Dois grupos de animais (suínos) foram submetidos a hipertensão intracraniana secundária à indução de diferentes volumes de hematoma, por meio da insuflação de balão intracraniano controlado com 4 e 7 mL de solução salina fisiológica (grupos A e B, respectivamente). Em seguida, administrou-se infusão venosa de solução salina hipertônica (SSH 3%). Foram coletados os valores dos parâmetros de PIC e DTC (velocidade sistólica [FVs], diastólica [FVd] e média [FVm] do fluxo sanguíneo cerebral), bem como o índice de pulsatilidade (IP). Comparações entre os parâmetros do DTC e o monitoramento da PIC foram realizadas. Resultados: Vinte porcos foram estudados, dez no grupo A e dez no grupo B. Correlação significativa entre IP e PIC foi obtida, principalmente logo após a elevação abrupta da PIC. Não houve correlação entre PIC e FVs, FVd ou FVm separadamente. Também não houve alteração significativa na PIC após a infusão de SSH. Conclusões: Esses resultados demonstram o potencial do IP como um bom parâmetro para a avaliação de pacientes com suspeita de elevação da PIC.
RESUMO
Resumen: Introducción: el uso de presión positiva al final de la espiración mejora la oxigenación y recluta alvéolos, aunque también provoca alteraciones hemodinámicas e incrementa la presión intracraneal. Material y métodos: se realizó un estudio preexperimental de un solo grupo en pacientes pediátricos aquejados de traumatismo craneoencefálico grave, con hipoxemia asociada, tratados con diferentes niveles de presión positiva al final de la espiración, a los que se les monitorizó la presión intracraneal y la presión de perfusión cerebral para evaluar el efecto de esta maniobra ventilatoria en las variables intracraneales. Resultados: predominaron las edades entre cinco y 17 años, 14 (73.68%) y la escala de coma de Glasgow al ingreso de ocho a nueve puntos (47.36%). La presión intracraneal aumenta cuando la presión positiva al final de la espiración supera los 12 cmH2O. La escala de coma de Glasgow al ingreso de ocho puntos se asoció con secuelas ligeras o ausencia de secuelas (47.36%), todos los niños con tres puntos fallecieron. Conclusiones: el empleo de presión positiva al final de la espiración en el traumatismo craneoencefálico grave requiere de monitorización continua de la presión intracraneal. Corregir la hipertensión intracraneal y la inestabilidad hemodinámica son condiciones necesarias previas al tratamiento.
Abstract: Introduction: the use of positive end expiratory pressure improves oxygenation and recruits pulmonary alveoli, however at the same time it leads to hemodynamic changes and increase intracranial pressure. Material and methods: a prospective descriptive study was done with pediatric patients afflicted with severe traumatic brain injury associated with hypoxemia and treated with different levels of positive end expiratory pressure, to whom the intracranial pressure and cerebral perfusion pressure were monitored so as to evaluate the effect of this ventilation maneuver over the intracranial variables. Results: patients with age between 5-17 years old as well as male sex, 14 (73.68%) were predominant. 9 (47.36%) showed Glasgow coma scale of 8 points on admission. Intracranial pressure starts to rise when the positive end expiratory pressure exceeds 12 cmH2O. Glasgow coma scale with 8 points was associated with mild disability or no disability (47.36%). All the patients that scored 3 points died. Conclusions: the use of positive end expiratory pressure to correct hypoxemia was an applicable therapeutic alternative as long as continuous intracranial pressure monitoring was available in a systematic and personalized way. The correction of intracranial hypertension and hemodynamic instability were a necessary condition before using the ventilatory maneuver in these patients.
Resumo: Introdução: o uso de pressão positiva no final da expiração melhora a oxigenação e recruta alvéolos, embora também cause alterações hemodinâmicas e aumente a pressão intracraniana. Material e métodos: realizou-se um estudo pré-experimental de um único grupo em pacientes pediátricos vítimas de traumatismo cranioencefálico grave, com hipoxemia associada, tratados com diferentes níveis de pressão positiva ao final da expiração, nos quais foram monitoradas a pressão intracraniana e a pressão de perfusão cerebral, para avaliar o efeito desta manobra ventilatória em variáveis intracranianas. Resultados: predominou a faixa etária entre 5-17 anos, 14 (73.68%) e a escala de coma de Glasgow na admissão de 8 pontos, 9 (47.36%). A pressão intracraniana aumenta quando a pressão positiva no final da expiração excede 12 cmH2O. A escala de coma de Glasgow na admissão de 8 pontos foi associada a sequelas leves ou sem sequelas (47.36%), todas as crianças com 3 pontos morreram. Conclusões: a utilização de pressão positiva no final da expiração no TCE grave requer monitorização contínua da pressão intracraniana. A correção da hipertensão intracraniana e da instabilidade hemodinâmica são condições necessárias prévias ao tratamento.
RESUMO
RESUMO Desde a instituição da circulação extracorpórea, há cinco décadas, a lesão cerebral decorrente desse procedimento durante cirurgias cardiovasculares tem sido uma complicação frequente. Não existe uma causa única de lesão cerebral pelo uso de circulação extracorpórea, porém se sabe que acomete cerca de 70% dos pacientes submetidos a esse procedimento. A avaliação da pressão intracraniana é um dos métodos que podem orientar os cuidados com os pacientes submetidos a procedimentos associados com distúrbios neurológicos. Este artigo descreve dois casos de pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea, para os quais os procedimentos de neuroproteção na fase pós-operatória foram guiados pelos achados relacionados ao formato das ondas de pressão intracraniana, obtidos por meio de um método não invasivo de monitoramento.
ABSTRACT Brain injury caused by extracorporeal circulation during cardiovascular surgical procedures has been a recurring complication since the implementation of extracorporeal circulation five decades ago. There is no unique cause of brain injury due to the use of extracorporeal circulation, but it is known that brain injury affects about 70% of patients who undergo this procedure. Intracranial pressure assessment is one method that can guide the management of patients undergoing procedures associated with neurological disturbances. This study describes two cases of patients who underwent cardiovascular surgery with extracorporeal circulation in whom clinical protocols for neuroprotection in the postoperative phase were guided by intracranial pressure waveform findings obtained with a novel noninvasive intracranial pressure monitoring method.
Assuntos
Humanos , Pressão Intracraniana , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/efeitos adversos , Circulação Extracorpórea , Neuroproteção , Unidades de Terapia IntensivaRESUMO
ABSTRACT Background: Intracranial pressure (ICP) monitoring has been used for decades in management of various neurological conditions. The gold standard for measuring ICP is a ventricular catheter connected to an external strain gauge, which is an invasive system associated with a number of complications. Despite its limitations, no noninvasive ICP monitoring (niICP) method fulfilling the technical requirements for replacing invasive techniques has yet been developed, not even in cases requiring only ICP monitoring without cerebrospinal fluid (CSF) drainage. Objectives: Here, we review the current methods for niICP monitoring. Methods: The different methods and approaches were grouped according to the mechanism used for detecting elevated ICP or its associated consequences. Results: The main approaches reviewed here were: physical examination, brain imaging (magnetic resonance imaging, computed tomography), indirect ICP estimation techniques (fundoscopy, tympanic membrane displacement, skull elasticity, optic nerve sheath ultrasound), cerebral blood flow evaluation (transcranial Doppler, ophthalmic artery Doppler), metabolic changes measurements (near-infrared spectroscopy) and neurophysiological studies (electroencephalogram, visual evoked potential, otoacoustic emissions). Conclusion: In terms of accuracy, reliability and therapeutic options, intraventricular catheter systems still remain the gold standard method. However, with advances in technology, noninvasive monitoring methods have become more relevant. Further evidence is needed before noninvasive methods for ICP monitoring or estimation become a more widespread alternative to invasive techniques.
RESUMO Introdução: O uso da monitorização da pressão intracraniana (PIC, em sua sigla em inglês) é adotado há décadas no manejo de diversas condições neurológicas. O padrão ouro atual é a monitorização invasiva intraventricular, que está relacionada a inúmeras complicações. Apesar dessas limitações, até o momento nenhum método de monitorização não invasiva (niPIC, em sua sigla em inglês) conseguiu substituir a técnica invasiva. Objetivos: Revisar os métodos não invasivos de monitorização da PIC. Métodos: As diferentes modalidades e abordagens foram agrupadas de acordo com o mecanismo utilizado para detectar elevação da PIC ou suas consequências. Resultados: As técnicas descritas foram: o exame físico, neuroimagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio), estimativas indiretas da PIC (fundoscopia, deslocamento da membrana timpânica, elasticidade craniana), avaliação do fluxo cerebral (doppler transcraniano e doppler da artéria oftálmica), alterações metabólicas (Espectroscopia próxima do infravermelho) e estudos neurofisiológicos (eletroencefalograma, potencial evocado visual e emissões otoacústicas). Conclusão: Considerando a acurácia, confiabilidade e opções terapêuticas, o sistema de cateteres intraventricular ainda permanece como padrão ouro. No entanto, com os avanços tecnológicos, os métodos não invasivos têm se tornados mais relevantes. Mais evidências são necessárias antes que essas modalidades de monitorização ou estimativas não invasivas se tornem uma alternativa mais robusta às técnicas invasivas.
Assuntos
Humanos , Pressão Intracraniana , Hipertensão Intracraniana , Crânio , Reprodutibilidade dos Testes , Potenciais Evocados VisuaisRESUMO
The purpose of this study was to evaluate the effects of lumbar myelography on subarachnoid pressure, cardiorespiratory parameters and pressure-volume index in sheep. Eight sheep were evaluated. The animals were submitted to puncture of the cisterna magna for monitoring of subarachnoid pressure (SaP). Lumbar myelography was performed through applying Iohexol (0.4mL/kg). ToC, PAS, PAD, MAP, InspISO, FeISO, SaP and CPP were recorded immediately after anesthetic stabilization (M0), during lumbar puncture (M1), and two, four and six minutes after contrast application (M2, M3 and M4, respectively). Blood pressure initially increased, then decreased, returning to basal level, similarly observed for InspISo and FeISo. The SaP rose initially thereafter remaining stable. Despite of the effect on subarachnoid pressure, lumbar myelography can be considered safe in sheep.(AU)
O objetivo foi avaliar os efeitos da mielografia lombar na pressão subaracnóidea, parâmetros cardiorrespiratórios e índice pressão-volume em ovinos. Oito ovelhas foram avaliadas. Os animais foram submetidos à punção da cisterna magna para monitoramento da pressão subaracnoidea (SaP). A mielografia lombar foi realizada com a aplicação de Iohexol (0,4mL/kg). Os momentos estudados foram: imediatamente após a estabilização anestésica (M0), durante a punção lombar (M1), dois, quatro e seis minutos após a aplicação do contraste (M2, M3 e M4, respectivamente), para avaliar as seguintes variáveis: ToC, PAS, PAD, MAP, InspISO, FeISO, Sap e CPP. A pressão arterial aumentou inicialmente, depois diminuiu, retornando aos valores iniciais, padrão também observado para o InspISo e o FeISo. O SaP subiu inicialmente, posteriormente, permanecendo estável. A mielografia lombar, apesar de influenciar a pressão subaracnoidea, pode ser considerada segura em ovinos.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Pressão Sanguínea , Ovinos , Mielografia/efeitos adversos , Pressão Intracraniana , Região LombossacralRESUMO
ABSTRACT: The purpose of this study was to evaluate the effects of lumbar myelography on subarachnoid pressure, cardiorespiratory parameters and pressure-volume index in sheep. Eight sheep were evaluated. The animals were submitted to puncture of the cisterna magna for monitoring of subarachnoid pressure (SaP). Lumbar myelography was performed through applying Iohexol (0.4mL/kg). ToC, PAS, PAD, MAP, InspISO, FeISO, SaP and CPP were recorded immediately after anesthetic stabilization (M0), during lumbar puncture (M1), and two, four and six minutes after contrast application (M2, M3 and M4, respectively). Blood pressure initially increased, then decreased, returning to basal level, similarly observed for InspISo and FeISo. The SaP rose initially thereafter remaining stable. Despite of the effect on subarachnoid pressure, lumbar myelography can be considered safe in sheep.
RESUMO: O objetivo foi avaliar os efeitos da mielografia lombar na pressão subaracnóidea, parâmetros cardiorrespiratórios e índice pressão-volume em ovinos. Oito ovelhas foram avaliadas. Os animais foram submetidos à punção da cisterna magna para monitoramento da pressão subaracnoidea (SaP). A mielografia lombar foi realizada com a aplicação de Iohexol (0,4mL/kg). Os momentos estudados foram: imediatamente após a estabilização anestésica (M0), durante a punção lombar (M1), dois, quatro e seis minutos após a aplicação do contraste (M2, M3 e M4, respectivamente), para avaliar as seguintes variáveis: ToC, PAS, PAD, MAP, InspISO, FeISO, Sap e CPP. A pressão arterial aumentou inicialmente, depois diminuiu, retornando aos valores iniciais, padrão também observado para o InspISo e o FeISo. O SaP subiu inicialmente, posteriormente, permanecendo estável. A mielografia lombar, apesar de influenciar a pressão subaracnoidea, pode ser considerada segura em ovinos.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To determine the events associated with the occurrence of intracranial hypertension (ICH) in pediatric patients with severe cranioencephalic trauma. Methods: This was a prospective cohort study of patients 18 years old and younger with cranioencephalic trauma, scores below nine on the Glasgow Coma Scale, and intracranial pressure monitoring. They were admitted between September, 2005 and March, 2014 into a Pediatric Intensive Care Unit. ICH was defined as an episode of intracranial pressure above 20 mmHg for more than five minutes that needed treatment. Results: A total of 198 children and adolescents were included in the study, of which 70.2% were males and there was a median age of nine years old. ICH occurred in 135 (68.2%) patients and maximum intracranial pressure was 36.3 mmHg, with a median of 34 mmHg. A total of 133 (97.8%) patients with ICH received sedation and analgesia for treatment of the condition, 108 (79.4%) received neuromuscular blockers, 7 (5.2%) had cerebrospinal fluid drainage, 105 (77.2%) received mannitol, 96 (70.6%) received hyperventilation, 64 (47.1%) received 3% saline solution, 20 (14.7%) received barbiturates, and 43 (31.9%) underwent a decompressive craniectomy. The events associated with the occurrence of ICH were tomographic findings at the time of admission of diffuse or hemispheric swelling (edema plus engorgement). The odds ratio for ICH in patients with Marshall III (diffuse swelling) tomography was 14 (95%CI 2.8-113; p<0.003), and for those with Marshall IV (hemispherical swelling) was 24.9 (95%CI 2.4-676, p<0.018). Mortality was 22.2%. Conclusions: Pediatric patients with severe cranioencephalic trauma and tomographic alterations of Marshall III and IV presented a high chance of developing ICH.
RESUMO Objetivo: Determinar eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana (HIC) em pacientes pediátricos com traumatismo cranioencefálico grave. Métodos: Trata-se de coorte prospectiva de pacientes de até 18 anos, com traumatismo cranioencefálico, pontuação abaixo de nove na Escala de Coma de Glasgow e monitoração da pressão intracraniana, admitidos entre setembro de 2005 e março de 2014 em unidade de terapia intensiva pediátrica. A HIC foi definida como episódio de pressão intracraniana acima de 20 mmHg por mais de cinco minutos e com necessidade de tratamento. Resultados: Incluídas 198 crianças e adolescentes, 70,2% masculinos, mediana de idade de nove anos. A HIC ocorreu em 135 (68,2%) pacientes; valor máximo de pressão intracraniana de 36,3; mediana 34 mmHg. Receberam sedação e analgesia para tratamento da HIC 133 (97,8%) pacientes, 108 (79,4%) receberam bloqueadores neuromusculares, 7 (5,2%) drenagem de líquor, 105 (77,2%) manitol, 96 (70,6%) hiperventilação, 64 (47,1%) solução salina a 3%, 20 (14,7%) barbitúricos e 43 (31,9%) foram submetidos à craniectomia descompressiva. Os eventos associados à ocorrência de HIC foram os achados tomográficos à admissão de swelling (edema mais ingurgitamento) difuso ou hemisférico. A razão de chance para que pacientes com classificação tomográfica Marshall III (swelling difuso) apresentassem HIC foi 14 (IC95% 2,8-113; p<0,003) e para aqueles com Marshall IV (hemisférico) foi 24,9 (IC95% 2,4-676; p<0,018). A mortalidade foi de 22,2%. Conclusões: Pacientes pediátricos com traumatismo cranioencefálico grave e alterações tomográficas tipo Marshall III e IV apresentaram grande chance de desenvolver HIC.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Pressão Intracraniana/fisiologia , Hipertensão Intracraniana/terapia , Hipertensão Intracraniana/epidemiologia , Traumatismos Craniocerebrais/complicações , Índice de Gravidade de Doença , Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica/estatística & dados numéricos , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Escala de Coma de Glasgow , Prevalência , Estudos Prospectivos , Hipertensão Intracraniana/diagnóstico por imagem , Craniectomia Descompressiva/métodos , Vazamento de Líquido Cefalorraquidiano , Traumatismos Craniocerebrais/mortalidade , Traumatismos Craniocerebrais/epidemiologia , Bloqueadores Neuromusculares/uso terapêuticoRESUMO
Introdução: o aumento da pressão intracraniana (PIC) pode deteriorar as condições clínicas de pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) grave, sendo que a identificação e o tratamento precoce desse aumento são considerados modificadores de morbidade e de mortalidade. Entre as técnicas descritas para estimar a PIC, uma tem se destacado por, além de ser não invasiva, poder ser realizada facilmente à beira do leito: a avaliação ultrassonográfica do diâmetro da bainha do nervo óptico (BNOP). Método: em 40 pacientes vítimas de TCE grave, admitidos em hospital de trauma nível I, submetidos ao implante de cateter intraparenquimatoso, sedados e em uso de ventilação mecânica, após consentimento de seus responsáveis, foram realizadas medidas ultrassonográficas da BNOP e comparadas simultaneamente com a medição invasiva da PIC, com o objetivo de se avaliar a associação entre as duas técnicas e de se determinar o valor de referência do diâmetro da BNOP para a população estudada. Foram excluídos do trabalho os pacientes com idade inferior a 18 anos, vítimas de traumatismo craniano penetrante ou traumas oculares diretos. Resultados: foram realizadas 53 medidas ultrassonográficas da BNOP nos 40 pacientes do estudo; 44 medidas (83%) foram realizadas em pacientes com PIC < 20 mmHg e nove (17%) em pacientes com PIC ≥ 20 mmHg. O valor médio do diâmetro da BNOP no grupo com PIC < 20 mmHg foi 5,4 mm ± 1,0, e no grupo com PIC ≥ 20 mmHg, 6,4 mm ± 0.7 (p = 0,0026). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as medidas da BNOP realizadas nos olhos direito e esquerdo do mesmo paciente. Foi demonstrada uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre a medida ultrassonográfica da BNOP e a medição invasiva da PIC, sendo que, por meio da análise da curva ROC, o melhor ponto de corte encontrado foi 6,18 mm, medida que confere 77,8% de sensibilidade e 81,8% de especificidade na identificação da PIC ≥ 20 mmHg. Conclusão: este estudo parece ser pioneiro no Brasil a avaliar de forma comparativa a medida ultrassonográfica da BNOP com a medição invasiva da PIC, além de ter a maior amostra identificada na literatura composta exclusivamente por pacientes vítimas de TCE grave e submetidos à medição simultânea invasiva da PIC. Conclui-se que há uma correlação positiva entre a medida do diâmetro da BNOP e a medição invasiva da PIC, com ponto de corte definido em 6,18 mm. O objetivo desta validação não substitui a técnica invasiva, mas demonstra que a técnica ultrassonográfica pode ser uma ferramenta complementar de grande utilidade no cuidado do paciente vítima de TCE, principalmente quando não há disponibilidade de exames de imagem, equipamentos ou equipe neurocirúrgica.
Introduction: increased intracranial pressure (ICP) may deteriorate the clinical conditions of traumatic brain injury (TBI) patients. For this reason, its identification and prompt treatment could modify morbidity and mortality in these set of patients. Among several described techniques to estimate intracranial pressure, one has emerged as non-invasive and easily performed at bedside: ultrasonographic measurement of optic nerve sheath diameter (ONSD). Method: 40 severe TBI patients were included and they were admitted to a level I trauma hospital. They were underwent intraparenchymal device placement, sedated and on mechanical ventilation. After a family member have signed informed consent, ultrasonographic measurement of ONSD was performed and compared with intracranial pressure invasive measurement in order to evaluate association between them and determine a threshold value. People under eighteen years old, penetrating TBI and direct ocular trauma were excluded from this study. Results: 53 ONSD measurements were performed in all patients; 44 measurements (83%) were in patients whose intracranial pressure was < 20 mmHg and nine measurements (17%) in those whose intracranial pressure was ≥ 20 mmHg. ONSD mean value of the group with intracranial pressure < 20 mmHg was 5.4 mm ± 1.0 and while that of the group with intracranial pressure ≥ 20 mmHg was 6.4 mm ± 0.7 (p = 0.0026). There was not statistically significant diference between left and right eyes measurements. Positive and statistically significant correlation was noted between ultrasonographic measurement of ONSD and invasive measurement. On the statistical analysis of ROC curve, the best cut-off was 6.18 mm, with a 77.8% sensitivity and 81.8% specificity. Conclusion: this was the first study in Brazil to evaluate the ONSD measurement in a quantitative analysis and the study with largest sample with severe TBI patients only underwent intracranial pressure invasive measurement already published. From this article, it is possible to conclude a positive correlation between ultrasonographic measurement of ONSD and intracranial pressure invasive measurement with a threshold of 6.18 mm. This validation does not intend to replace the invasive technique, however it demonstrates that this non-invasive technique might be a complementary tool in the neurocritical care when there are not available scans, medical supplies or neurosurgical team.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Nervo Óptico , Pressão Intracraniana , Lesões Encefálicas Traumáticas , Hipertensão Intracraniana , Avaliação Sonográfica Focada no TraumaRESUMO
ABSTRACT Objective: the study sought to identify, in national and international publications, the principal Nursing interventions aimed at patients with intracranial hypertension. Materials and Method: integrative literature review with search in LILACS, PubMed, Scopus, Web of Science, Cinahal, and Google Scholar databases, from 2013 to 2018. Results: the sample was comprised of seven articles fulfilling the inclusion criteria. Two thematic categories were established for the Nursing interventions aimed at patients with intracranial hypertension: cognitive skills and clinical reasoning, necessary to control neuro-physiological parameters and prevent intracranial hypertension, and evidence-based practices to improve care for neuro-critical patients. Conclusions: intracranial hypertension is an event of great clinical impact, whose complications can be minimized and control through specific Nursing interventions that encompass control of neuro-physiological and hemodynamic parameters and prevention of increased intracranial pressure related with the performance of procedures by the Nursing staff.
RESUMEN Objetivo: el estudio tiene como objetivo identificar, en publicaciones nacionales e internacionales, las principales intervenciones de Enfermería dirigidas a pacientes con hipertensión intracraneal. Materiales y método: revisión integradora de la literatura con búsqueda en las bases de datos LILACS, PubMed, Scopus, Web of Science, Cinahal y Google Académico, del 2013 al 2018. Resultados: la muestra se conformó de siete artículos que cumplieron con los criterios de inclusión. Se establecieron dos categorías temáticas para las intervenciones de Enfermería dirigidas a pacientes con hipertensión intracraneal: habilidades cognitivas y razonamiento clínico, necesarias para el control de parámetros neurofisiológicos y la prevención de hipertensión intracraneal, y prácticas basadas en evidencias para la mejora de la asistencia al paciente neurocrítico. Conclusiones: la hipertensión intracraneal es un evento de gran repercusión clínica, cuyas complicaciones se pueden minimizar y controlar mediante intervenciones de Enfermería específicas que abarcan controles de parámetros neurofisiológicos, hemodinámicos y prevención de aumento de la presión intracraneal relacionado a la realización de procedimientos por el equipo de Enfermería.
RESUMO Objetivo: este estudo objetiva identificar, nas publicações nacionais e internacionais, as principais intervenções de Enfermagem direcionadas a pacientes com hipertensão intracraniana. Materiais e método: revisão integrativa da literatura com busca nas bases de dados LILACS, PubMed, Scopus, Web of Science, Cinahal e Google Acadêmico, de 2013 a 2018. Resultados: a amostra foi constituída por sete artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Elencaram-se duas categorias temáticas para as intervenções de Enfermagem direcionadas ao paciente com hipertensão intracraniana: habilidades cognitivas e raciocínio clínico, necessárias para o controle de parâmetros neurofisiológicos e para a prevenção de hipertensão intracraniana, e práticas baseadas em evidências para a melhoria da assistência ao paciente neurocrítico. Conclusões: a hipertensão intracraniana é um evento de grande repercussão clínica, cujas complicações podem ser minimizadas e controladas mediante intervenções de Enfermagem específicas que abrangem controles de parâmetros neurofisiológicos, hemodinâmicos, bem como prevenção de aumento da pressão intracraniana atrelado à realização de procedimentos pela equipe de Enfermagem.
Assuntos
Humanos , Pressão Intracraniana , Enfermagem , Literatura de Revisão como Assunto , Monitorização Hemodinâmica , Cuidados de EnfermagemRESUMO
ABSTRACT Pseudotumor cerebri syndrome is puzzling because it results in elevated intracranial pressure with no identifiable underlying cause. Ocular motor nerve palsies, other than a unilateral or bilateral sixth cranial nerve palsy, are rarely seen in patients with this condition. We report here on a 25-year-old female patient with bilateral fourth cranial nerve palsy caused by pseudotumor cerebri syndrome, whose ocular and systemic signs and symptoms of nerve palsy were completely resolved after medical treatment. We infer that fourth nerve palsy could be associated with pseudotumor cerebri syndrome; therefore, clinicians should consider rare ocular motor nerve palsies, even bilaterally, in patients with pseudotumor cerebri syndrome.
RESUMO A sindrome do pseudotumor cerebral é uma síndrome enigmática caracterizada por aumento da pressão intracraniana sem causa definida. Na síndrome do pseudotumor cerebral, as paralisias de nervo oculomotor além da paralisia unilateral ou bilateral do sexto nervo craniano são raramente vistas. Nós reportamos o caso de uma paciente feminina de 25 anos com paralisia bilateral de quarto nervo craniano como resultado da síndrome do pseudotumor cerebral. Após tratamento médico para síndrome do pseudotumor cerebral, os sinais e sintomas oculares e sistêmicos da paralisia nervosa foram resolvidos. Em conclusão, a paralisia de quarto nervo craniano pode estar associada com síndrome de pseudotumor cerebral, portanto médicos devem considerar paralisias raras de nervo oculomotor, mesmo bilateralmente, em pacientes com síndrome do pseudotumor cerebral.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pseudotumor Cerebral/complicações , Doenças do Nervo Troclear/etiologia , Síndrome , Pseudotumor Cerebral/fisiopatologia , Pseudotumor Cerebral/diagnóstico por imagem , Imageamento por Ressonância Magnética , Papiledema/etiologia , Papiledema/diagnóstico por imagem , Doenças do Nervo Troclear/fisiopatologia , Doenças do Nervo Troclear/diagnóstico por imagem , Tomografia de Coerência ÓpticaRESUMO
Objetivo: Identificar a través de la literatura las intervenciones de enfermería en el monitoreo de la presión intracraneal en pacientes neurocríticos. Método: Revisión de la literatura integradora con búsqueda de artículos, SciELO, LILACS y PUBMED. Los artículos seleccionados fueron publicados entre los años 2007 y 2017. Resultados: Se encontraron 94 artículos y excluidos 78 como criterios de inclusión. Hasta 16 artículos fueron utilizados en esta revisión. Estos datos sugieren que la monitorización neurológica puede realizarse en una invasiva y no invasiva. Entre los métodos invasivos es el monitoreo de la presión intracraneal y la enfermera, que era directamente responsable de este cuidado. Por lo tanto, el cuidado y la elevación de la cabeza, cuidado con aspiración traqueal, cuidado con hipoxemia, coordinación y gestión en enfermería entre otros debe ser parte de la atención de enfermería. Conclusión: Cuidados de enfermería es esencial para el paciente neurocrítico. Este cuidado contribuir tanto positivos como negativos en estos pacientes
Objective: To identify through literature the nursing interventions in the intracranial pressure monitoring in patients neurocríticos. Method: Integrative review of literature with search of articles in SciELO, LILACS, and PUBMED. The selected articles were published between the years 2007 and 2017. Results: We found 94 articles and excluded 78 as inclusion criteria. So 16 articles were used in this review. These suggest that the neurological monitoring can be performed in a invasive and non invasive. Among the invasive methods is the monitoring of intracranial pressure, and the nurse, who was directly responsible for this care. Thus, care and the elevation of the head, care with tracheal aspiration, care with hypoxemia, coordination and management in nursing care among others must be part of nursing care. Conclusion: Nursing care is essential for the patient neurocrítico. This care contribute to both positive developments as negative in these patients
Objetivo: Identificar por meio da literatura as intervenções de enfermagem na monitorização da pressão intracraniana em pacientes neurocríticos. Método:Revisão integrativa da literatura com busca dos artigos nas bases de dados SciELO, LILACS e PUBMED. Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 2007 e 2017. Resultados: Foram encontrados 94 artigos e excluídos 78 conforme critérios de inclusão. Assim, 16 artigos foram usados nesta revisão. Estes apontaram que a monitorização neurológica pode ser realizada de maneira invasiva e não invasiva. Entre os métodos invasivos, está a monitorização da pressão intracraniana, sendo o enfermeiro, responsável direto neste cuidado. Assim, cuidados como a elevação da cabeceira, cuidados com aspiração traqueal, cuidados com hipoxemia, coordenação e gerenciamento nos cuidados de enfermagem, entre outros, devem fazer parte da assistência de enfermagem. Conclusão: Os cuidados de enfermagem são indispensáveis para o paciente neurocrítico. Estes cuidados contribuem tanto para evolução positiva quanto negativa desses pacientes
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Hipertensão Intracraniana/enfermagem , Hipertensão Intracraniana/terapia , Unidades de Terapia IntensivaRESUMO
ABSTRACT Background: Decompressive craniectomy is a procedure required in some cases of traumatic brain injury (TBI). This manuscript evaluates the direct costs and outcomes of decompressive craniectomy for TBI in a developing country and describes the epidemiological profile. Methods: A retrospective study was performed using a five-year neurosurgical database, taking a sample of patients with TBI who underwent decompressive craniectomy. Several variables were considered and a formula was developed for calculating the total cost. Results: Most patients had multiple brain lesions and the majority (69.0%) developed an infectious complication. The general mortality index was 68.8%. The total cost was R$ 2,116,960.22 (US$ 661,550.06) and the mean patient cost was R$ 66,155.00 (US$ 20,673.44). Conclusions: Decompressive craniectomy for TBI is an expensive procedure that is also associated with high morbidity and mortality. This was the first study performed in a developing country that aimed to evaluate the direct costs. Prevention measures should be a priority.
RESUMO Introdução: A craniectomia descompressiva (CD) é procedimento necessário em alguns casos de trauma cranioencefálico (TCE). Este manuscrito objetiva avaliar os custos diretos e desfechos da CD no TCE em um país em desenvolvimento e descrever o perfil epidemiológico. Métodos: Estudo retrospectivo foi realizado usando banco de dados neurocirúrgico de cinco anos, considerando amostra de pacientes com TCE que realizaram CD. Algumas variáveis foram analisadas e foi desenvolvida uma fórmula para cálculo do custo total. Resultados: A maioria dos pacientes teve múltiplas lesões intracranianas, sendo que 69.0% evoluíram com algum tipo de complicação infecciosa. A taxa de mortalidade foi de 68,8%. O custo total foi R$ 2.116.960,22 (US$ 653,216.00) e o custo médio por paciente foi R$ 66.155,00 (US$ 20,415.00). Conclusões: CD no TCE é um procedimento caro e associado á alta morbidade e mortalidade. Este foi o primeiro estudo realizado em um país em desenvolvimento com o objetivo de avaliar os custos diretos. Medidas de prevenção devem ser priorizadas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Craniectomia Descompressiva/economia , Lesões Encefálicas Traumáticas/cirurgia , Brasil , Escala de Coma de Glasgow , Estudos Retrospectivos , Resultado do Tratamento , Craniectomia Descompressiva/estatística & dados numéricos , Lesões Encefálicas Traumáticas/economiaRESUMO
Introdução: o diagnóstico de hidrocefalia é dado de acordo com o quadro clínico, que geralmente se correlaciona com o achado tomográfico de dilatação do sistema ventricular (ventriculomegalia). A definição de tal condição é definida através do Índice de Evans, que se dá pela razão da maior distância entre as extremidades dos cornos anteriores dos ventrículos laterais pela maior distância entre os hemisférios cerebrais. Objetivo: revisar a fisiopatologia da hidrocefalia aguda, suas apresentações clínicas e condutas que proporcionem uma melhor resolução do quadro dessa emergência neurocirúrgica. Método: informações obtidas através de revisão bibliográfica. Considerações finais: a análise bibliográfica demonstra a importância do rápido diagnóstico da hidrocefalia aguda, suas apresentações clínicas, as melhores condutas a serem definidas para que possam beneficiar a saúde do paciente, porque as consequências geradas pelo aumento da pressão intracraniana podem causar danos irreversíveis.
Introduction: the diagnosis of hydrocephalus is given according to the clinical picture, which usually correlates with the tomographic findings of dilation of the ventricular system (ventriculomegaly). The definition of such condition is defined by the Evans Index, which is given by the ratio of the greater distance between the extremities of the anterior horns of the lateral ventricles by the greater distance between the cerebral hemispheres. Objectives: review the pathophysiology of acute hydrocephalus, its clinical presentations and conducts that provide a better resolution of that neurosurgical emergency. Methods: information obtained through a bibliographic review. Final considerations: the bibliographic review demonstrates the importance of the faster diagnosis of acute hydrocephalus, its clinical presentations and a better resolution to be define a way that could be benefit to patient's health, because the consequences generated by intracranial high-levels pressure can cause irreversible damage.