RESUMO
ABSTRACT Objective: To assess early-onset sepsis as a risk factor of peri-intraventricular hemorrhage in premature infants born at less than or equal to 34 weeks' gestation and admitted to a neonatal intensive care unit (NICU). Methods: This retrospective cohort study included premature patients born at less than or equal to 34 weeks' gestation who were admitted to the NICU of a tertiary hospital in southern Brazil, and born from January 2017 to July 2021. Data were collected from patients' medical records. Early-onset sepsis was measured according to the presence or absence of diagnosis within the first 72 hours of life, whereas the outcome, peri-intraventricular hemorrhage, was described as the presence or absence of hemorrhage, regardless of its grade. Results: Hazard ratios were calculated using Cox regression models. A total of 487 patients were included in the study, of which 169 (34.7%) had some degree of peri-intraventricular hemorrhage. Early-onset sepsis was present in 41.6% of the cases of peri-intraventricular hemorrhage, which revealed a significant association between these variables, with increased risk of the outcome in the presence of sepsis. In the final multivariate model, the hazard ratio for early-onset sepsis was 1.52 (95% confidence interval 1.01-2.27). Conclusion: Early-onset sepsis and the use of surfactants showed to increase the occurrence of the outcome in premature children born at less than or equal to 34 weeks' gestation. Meanwhile, factors such as antenatal corticosteroids and gestational age closer to 34 weeks' gestations were found to reduce the risk of peri-intraventricular hemorrhage.
RESUMO Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a sepse precoce como fator de risco para hemorragia peri-intraventricular (HPIV) em prematuros com 34 semanas ou menos, admitidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Métodos: Este estudo de coorte retrospectivo incluiu pacientes prematuros com 34 semanas ou menos, que receberam alta da UTI Neonatal de hospital terciário, no sul do Brasil, nascidos no período de janeiro de 2017 a julho de 2021. Os dados foram coletados por meio dos prontuários desses pacientes. A sepse precoce foi mensurada conforme a presença ou a ausência do diagnóstico nas primeiras 72 horas de vida. Já o desfecho, hemorragia peri-intraventricular, foi descrito conforme a presença ou ausência da hemorragia, independentemente do grau. Resultados: Hazard ratios (HR) foram calculados por meio de modelos de regressão de Cox. Foram incluídos no estudo 487 pacientes. Destes, 169 (34,7%) apresentaram algum grau de hemorragia peri-intraventricular. A sepse precoce esteve presente em 41,6% dos casos de hemorragia peri-intraventricular e apresentou associação significativa, elevando o risco do desfecho quando presente. No modelo multivariável final, o HR para a sepse precoce foi de 1,52 (intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,01-2,27). Conclusão: Sepse precoce e uso de surfactante demonstraram aumentar a ocorrência do desfecho em crianças prematuras até 34 semanas, enquanto fatores como corticoide antenatal e idades gestacionais mais próximas a 34 semanas mostraram reduzir o risco de ocorrência hemorragia peri-intraventricular.
RESUMO
Abstract Objectives: to evaluate the association between the time to initiate the first skin-to-skin contact (SSC) and the daily practice time with the rates of late-onset sepsis in newborns ≤1,800g. Methods: a multicentric cohort study was carried out at the neonatal units located in three Brazilian geographic regions. The SSC time was recorded in individual files by the hospital staff and the newborn's parents. Maternal and neonatal data were obtained from medical records and through questionnaires applied to the mothers. Data analysis was carried out using a tree algorithm classification, which divided the data set into mutually exclusive subsets that best described the variable response. Results: 405 newborns participated in the study, with an average of 31.3 ± 2.7 weeks and 1,412g (QR=1,164-1,605g) as a median birth weight. The first SSC was carried out within 137 hours of life (≤5.7 days) was associated with a lower rate of late sepsis (p=0.02) for newborns who underwent daily SSC of 112.5 to 174.7 min/day (1.9 to 2.9h/day), with a reduction in the sepsis rate from 39.3% to 27.5%. Furthermore, the duration of SSC >174.7min/day (>2.9h/day) was relevant (p<0.001) for newborns who weighed >1,344g, with a reduction in this rate from 24.1% to 6%. Conclusions: SSP has been proven to be significant in reducing late-onset sepsis rates in preterm newborns, especially when carried out in a timely manner (≤5.7 days) and prolonged (>2.9h/day).
Resumo Objetivos: avaliar a associação entre o tempo para iniciar o primeiro contato pele a pele (CPP) e o tempo diário praticado com a taxa de sepse tardia em recém-nascidos ≤1.800g. Métodos: coorte multicêntrica realizada em unidades neonatais de três regiões geográficas brasileiras. O CPP foi registrado em ficha individual pela equipe e pais do recém-nascido. Dados maternos e neonatais foram obtidos por questionários aplicados às mães e em prontuários médicos. A análise dos dados foi realizada por algoritmo da árvore de classificação, que dividiu o conjunto de dados em subconjuntos mutuamente exclusivos que melhor descreveram a variável resposta. Resultados: 405 recém-nascidos participaram do estudo, com média de 31,3±2,7 semanas de idade gestacional e mediana de peso ao nascer 1.412g (IQ=1.164-1.605g). Realizar o primeiro CPP com até 137h de vida (≤5,7 dias) foi associado a menor taxa de sepse tardia (p=0,02) para recém-nascidos que fizeram CPP diário de 112,5 a 174,7 min/dia (1,9 a 2,9h/dia), com redução na taxa de sepse (39,3% para 27,5%). Além disso, a duração do CPP>174,7min/dia (>2,9h/dia) foi relevante (p<0,001) para os recém-nascidos >1.344g, com redução nesse desfecho (21,1% para 6%). Conclusões: o CPP mostrou-se importante para redução das taxas de sepse tardia em recém-nascidos pré-termo, especialmente quando realizado de forma oportuna (≤5,7 dias) e prolongada (>2,9h/dia).
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Recém-Nascido de Baixo Peso , Recém-Nascido Prematuro , Unidades de Terapia Intensiva Neonatal , Método Canguru , Sepse Neonatal/diagnóstico , Brasil , Fatores de Risco , Estudos de CoortesRESUMO
Abstract Objective: This study was carried out to understand the disparities in mortality and survival without major morbidities among very premature and very low birth weight infants between participating Neonatal Intensive Care Units (NICUs) from the Brazilian Network on Neonatal Research (RBPN) and the Neonatal Research Network of Japan (NRNJ). Methods: Secondary data analysis of surveys by the RBPN and NRNJ was performed. The surveys were conducted in 2014 and 2015 and included 187 NICUs. Primary outcome was mortality or survival without any major morbidity. Logistic regression analysis adjustment for confounding factors was used. Results: The study population consisted of 6,406 infants from the NRNJ and 2,319 from the RBPN. Controlling for various confounders, infants from RBPN had 9.06 times higher adjusted odds of mortality (95%CI 7.30-11.29), and lower odds of survival without major morbidities (AOR 0.36; 95%CI 0.32-0.41) compared with those from the NRNJ. Factors associated with higher odds of mortality among Brazilian NICUs included: Air Leak Syndrome (AOR 4.73; 95%CI 1.26-15.27), Necrotizing Enterocolitis (AOR 3.25; 95%CI 1.38-7.26), and Late Onset Sepsis (LOS) (AOR 4.86; 95%CI 2.25-10.97). Conclusions: Very premature and very low birth weight infants from Brazil had significantly higher odds for mortality and lower odds for survival without major morbidities in comparison to those from Japan. Additionally, we identified the factors that increased the odds of in-hospital neonatal death in Brazil, most of which was related to LOS.
RESUMO Objetivo: Este estudo foi realizado para compreender as disparidades na mortalidade e sobrevivência sem as principais morbidades entre recém-nascidos muito prematuros e de muito baixo peso entre Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) participantes da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais (RBPN) e Rede de Pesquisa Neonatal do Japão (NRNJ). Métodos: Foi realizada uma análise dos dados secundários dos bancos de dados da RBPN e da NRNJ. As pesquisas foram realizadas em 2014 e 2015 e incluíram 187 UTINs. O desfecho primário foi mortalidade ou sobrevida sem qualquer morbidade importante. Utilizou-se a análise de regressão logística com ajuste para os fatores de confusão. Resultados: A população do estudo foi composta por 6.406 recém-nascidos do NRNJ e 2.319 do RBPN. Ajustando para diversos fatores de confusão, os prematuros da RBPN tiveram 9,06 vezes maiores chances de mortalidade (IC95% 7,30-11,29) e menores chances de sobrevivência sem morbidades importantes (AOR 0,36; IC95% 0,32-0,41) em comparação com os da NRNJ. Fatores associados a maiores chances de mortalidade entre as UTINs brasileiras incluíram: síndrome de escape de ar (AOR 4,73; IC95% 1,26-15,27), enterocolite necrosante (AOR 3,25; IC95% 1,38-7,26) e sepse de início tardio (AOR 4,86; IC95% 2,25-10,97). Conclusões: Os recém-nascidos muito prematuros e de muito baixo peso do Brasil apresentaram chances significativamente maiores de mortalidade e menores chances de sobrevivência sem as principais morbidades em comparação aos do Japão. Além disso, identificamos os fatores que aumentam as chances da morte neonatal no Brasil, sendo a maioria relacionada à sepse tardia.
RESUMO
En la actualidad la sepsis neonatal es uno de los principales diagnósticos en el servicio de Neonatología del Hospital Cochabamba, el medicamento de mayor elección para el tratamiento farmacológico de esta infección es la Amicacina, con la probabilidad de causar hipoacusia neonatal, la hipoacusia o disminución de la percepción auditiva, es un problema de especial importancia durante la infancia, ya que el desarrollo intelectual y social del niño está íntimamente ligado a las aferencias auditivas al sistema nervioso central, cuyo potencial discapacitante y minusvalidante depende en gran medida de la precocidad con que se realice el diagnóstico y se instaure el tratamiento y la rehabilitación. Objetivo. Diseñar un plan de implementación de Dosis Unitaria para contribuir a disminuir la hipoacusia en los pacientes neonatos. Materiales y Métodos se realizó un estudio documental basado en los registros de las Historias clínicas de los pacientes, realizándose un estudio descriptivo y retrospectivo. Se utilizaron los métodos empíricos como la encuesta, la entrevista y la observación científica, con el fin de demostrar y obtener un diagnóstico fidedigno, apoyándose con fuentes y estudios sobre la hipoacusia como sustento teórico. Resultados. Ante la evidencia de la existencia de la hipoacusia neonatal, como posible efecto adverso del uso farmacológico de la amicacina, se obtiene como resultado de la investigación la necesidad imperiosa de un plan de implementación en Dosis Unitaria para el servicio de neonatología del Hospital. Conclusiones. Los pacientes neonatos recibirán una atención segura, eficaz y humanizada con base a una implementación de Dosis Unitaria.
At present, neonatal sepsis is one of the main diagnoses in the Neonatology service of the Cochabamba Hospital, the drug of choice for the pharmacological treatment of this infection is Amicacin, with the probability of causing neonatal hypoacusis, the hypoacusis or decrease in auditory perception, is a problem of special importance during childhood, since the intellectual and social development of the child is intimately linked to the auditory afferents to the central nervous system, whose disabling and handicapping potential depends to a great extent on the precocity with which the diagnosis is made and the treatment and rehabilitation are established. Objective. To design a plan for the implementation of Unit Dose to contribute to the reduction of hearing loss in neonatal patients. Materials and Methods. A documentary study was carried out based on the patients' medical records, performing a descriptive and retrospective study. Empirical methods such as survey, interview and scientific observation were used in order to demonstrate and obtain a reliable diagnosis, supported by sources and studies on hypoacusis as theoretical support. Results. In view of the evidence of the existence of neonatal hypoacusis, as a possible adverse effect of the pharmacological use of amikacin, it is obtained as a result of the research the imperative need of an implementation plan in Unit Dose for the neonatology service of the Hospital. Conclusions. Neonatal patients will receive safe, effective and humanized care based on a Unit Dose implementation.
Atualmente, a sepse neonatal é um dos principais diagnósticos no serviço de Neonatologia do Hospital de Cochabamba. O medicamento de escolha para o tratamento farmacológico desta infecção é a Amicacina, com a probabilidade de causar hipoacusia neonatal, hipoacusia ou diminuição da percepção auditiva, é um problema de especial importância durante a infância, já que o desenvolvimento intelectual e social da criança está intimamente ligado aos aferentes auditivos do sistema nervoso central, cujo potencial incapacitante e deficiente depende em grande parte de quão cedo o diagnóstico é feito e como o tratamento e a reabilitação são estabelecidos. Objetivo. Elaborar um plano para a implementação da Unidade Dose para contribuir para a redução da perda auditiva em pacientes neonatais. Materiais e Métodos. Foi realizado um estudo documental baseado nos registros das histórias clínicas dos pacientes, realizando um estudo descritivo e retrospectivo. Métodos empíricos como pesquisa, entrevista e observação científica foram utilizados para demonstrar e obter um diagnóstico confiável, apoiado por fontes e estudos sobre hipoacusia como suporte teórico. Resultados. Dada a evidência da existência de hipoacusia neonatal, como um possível efeito adverso do uso farmacológico do amikacin, os resultados da pesquisa mostram a necessidade imperativa de um plano de implementação na Unidade Dose para o serviço de neonatologia do Hospital. Conclusões. Os pacientes neonatais receberão um cuidado seguro, eficaz e humanizado com base na implementação de uma dose unitária.
Assuntos
Prontuários Médicos , Sepse Neonatal , Sistemas de MedicaçãoRESUMO
Introdução: O diagnóstico da sepse neonatal precoce constitui um desafio para os pediatras, devido à clínica inespecífica do neonato, às limitações dos biomarcadores e às dificuldades técnicas na realização da hemocultura. Este estudo objetivou avaliar um protocolo de manejo do recém-nascido assintomático com suspeita de sepse neonatal. Métodos: Estudo retrospectivo com análise de prontu- ários de neonatos assintomáticos e com fatores de risco para sepse neonatal, internados na maternidade de um hospital público em Curitiba/PR, de 2014 a 2016. Resultados: Foram incluídos no estudo 304 recém-nascidos, assintomáticos ao nascimento. Todos receberam antibioticoterapia pela suspeita de sepse neonatal. Colonização ou infecção urinária por Streptococcus do grupo B foi o fator de risco para sepse de maior prevalência (48%), seguido por bolsa rota (36%) e infecção urinária por outros patógenos (13%). Nenhum fator de risco individualmente apresentou maior correlação com infecção. Ao se comparar os exames dosagem de proteína C reativa e cálculo do escore de Rodwell ao nascimento e os realizados com 24 ou 48h de vida, houve significância estatística. Cerca de 87% das hemoculturas foram negativas e, em grande parte das positivas, houve crescimento de patógenos atípicos, como estafilococos coagulase-negativos (57%). Conclusão: O protocolo é eficaz na identificação do recém-nascido potencialmente infectado. Porém, os resultados das hemoculturas não permitem excluir contaminação e, em muitos casos, pode ter ocorrido sobrediagnóstico A dosagem da proteína C reativa e o cálculo do escore hematológico de Rodwell, de forma seriada, devem ser utilizados para redução do tempo de antibioticoterapia.
Introduction: The diagnosis of early neonatal sepsis is a challenge for pediatricians due to the unspecific clinical nature of the neonate, limitations of biomarkers and technical difficulties in performing blood cultures. This study aimed to evaluate a management protocol for asymptomatic newborns with suspected neonatal sepsis. Methods: a retrospective study analyzing the medical records of asymptomatic neonates with risk factors for neonatal sepsis, admitted to the maternity ward of a public hospital in Curitiba-PR, from 2014 to 2016. Results: 304 newborns, asymptomatic at birth, were included in the study. All of them received antibiotic therapy for suspected neonatal sepsis. Colonization or urinary infection by group B Streptococcus was the most prevalent risk factor for sepsis (48%), followed by ruptured bag (36%) and urinary infection by other pathogens (13%). No individual risk factor had a higher correlation with infection. When comparing the tests C-reactive protein level and calculation of the Rodwell score at birth and those performed at 24 or 48 hours of life, there was statistical significance. About 87% of blood cultures were negative and most of the positive ones showed growth of atypical pathogens, such as coagulase-negative staphylococci (57%). Conclusion: The protocol is effective in identifying potentially infected newborns. However, the results of blood cultures do not allow to exclude contamination and in many cases overdiagnosis may have occurred. The measurement of C-reactive protein and the calculation of the Rodwell hematologic score, in a serial manner, should be used to reduce the time of antibiotic therapy.
Assuntos
SepseRESUMO
La sepsis neonatal precoz se define como la que se manifiesta en las primeras 72 horas de vida. Es una importante causa de morbilidad y mortalidad neonatal. Su incidencia es inversamente proporcional a la edad gestacional. Los microorganismos considerados como frecuentes son Streptoccocus del grupo B, Escherichia coli y Listeria monocytogenes. El diagnóstico de sepsis precoz se basa principalmente en la presencia de factores de riesgo como la corioamnionitis y la edad gestacional. Los signos clínicos son inespecíficos y los exámenes paraclínicos disponibles actualmente, como los reactantes de fase aguda (proteína C reactiva y procalcitonia) tienen escaso valor predictivo positivo. Se realizó una revisión bibliográfica de las últimas publicaciones disponibles sobre sepsis neonatal precoz en recién nacidos, en cuanto a su sospecha, confirmación diagnóstica y tratamiento. A partir de las últimas publicaciones se confeccionó una guía para el manejo clínico de los recién nacidos con sospecha de sepsis precoz.
Early neonatal sepsis is defined as that type of sepsis with an onset within the first 72 hours of life and that is a major cause of neonatal morbidity and mortality. Its incidence is inversely proportional to its gestational age. Frequent microorganisms are group B Streptococcus, Escherichia coli and Listeria monocytogenes. Early sepsis diagnosis is mainly based on the presence of risk factors such as chorioamnionitis and gestational age. Clinical signs are non-specific and currently available paraclinical tests such as acute phase reactants (C-reactive protein and procalcitonin) have little positive predictive value. A bibliographic review of the suspicion, diagnostic confirmation and treatment on Early Neonatal Sepsis in newborns in the latest papers and guidelines were prepared for the clinical treatment of newborns with suspected early sepsis.
A sepse neonatal precoce é definida como aquela que se manifesta nas primeiras 72 horas de vida e que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal. Sua incidência é inversamente proporcional à idade gestacional. Os microrganismos considerados frequentes são o Streptococcus grupo B, Escherichia coli e Listeria monocytogenes. O diagnóstico de sepse precoce baseia-se principalmente na presença de fatores de risco como a coioamnionite e a idade gestacional. Os sinais clínicos são inespecíficos e os testes para-clínicos atualmente disponíveis, como reagentes de fase aguda (proteína C-reativa e procalcitonia) têm pouco valor preditivo positivo. Fizemos uma revisão bibliográfica das últimas publicações disponíveis sobre sepse neonatal precoce em recém-nascidos em termos de suspeita e confirmação diagnóstica e tratamento. Com base nas últimas publicações, elaboramos um guia para o manejo clínico de recém-nascidos com suspeita de sepse precoce.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Sepse Neonatal/diagnóstico , Punção Espinal , Contagem de Células Sanguíneas , Fatores de Risco , Corioamnionite/etiologia , Sepse Neonatal/tratamento farmacológico , Sepse Neonatal/sangue , Antibacterianos/uso terapêuticoRESUMO
Se expone el caso de un recién nacido que desarrolló sepsis connatal precoz a Streptococcus agalactiae, con meningitis aguda supurada y osteoartritis de rodilla izquierda. Como factor de riesgo la madre no tenía realizado el exudado rectovaginal, pesquisa que detecta la colonización por estreptococo del grupo B (EGB). Se aisló el germen en hemocultivo y en líquido de punción articular. Recibió tratamiento antibiótico adecuado a la sensibilidad del microorganismo y según pauta de sepsis con meningitis, evolucionando favorablemente. En este trabajo se describe la epidemiología de la sepsis neonatal y los cambios ocurridos luego de la implementación de la profilaxis antibiótica en el preparto.
We hereby present the case of a newborn with early connatal sepsis due to Streptococcus agalactiae, with acute suppurative meningitis and left knee osteoarthritis. As a risk factor, the mother had not performed the rectus vaginal exudate screening that detects colonization by Group B Streptococcus (GBS). The germ was isolated in blood culture and in joint puncture fluid. The patient received germ-sensitive antibiotic treatment for meningitis sepsis and evolved favorably. This paper describes the epidemiology of neonatal sepsis and the changes that have occurred after the administration of the antibiotic prophylaxis during pregnancy.
Apresentamos o caso de um recém-nascido com sepse neonatal precoce por Streptococcus agalactiae, com meningite supurativa aguda e osteoartrite de joelho esquerdo. Como fator de risco, a mãe não realizou teste de exsudato vaginal do reto que detecta a colonização por estreptococos do grupo B (SGB). O germe foi isolado em hemocultura e líquido de punção articular. A paciente recebeu tratamento com antibióticos germinativos para padrão meningite sepse e evoluiu favoravelmente. Este artigo descreve a epidemiologia da sepse neonatal e as mudanças ocorridas após a administração da profilaxia antibiótica durante a gravidez.
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Infecções Estreptocócicas/diagnóstico , Infecções Estreptocócicas/tratamento farmacológico , Streptococcus agalactiae , Gentamicinas/uso terapêutico , Ampicilina/uso terapêutico , Antibacterianos/uso terapêutico , Meningites Bacterianas/diagnóstico , Meningites Bacterianas/etiologia , Meningites Bacterianas/tratamento farmacológico , Osteoartrite do Joelho/diagnóstico , Osteoartrite do Joelho/etiologia , Osteoartrite do Joelho/tratamento farmacológico , Sepse Neonatal/complicações , Sepse Neonatal/diagnóstico , Sepse Neonatal/tratamento farmacológicoRESUMO
Objetivou-se analisar o perfil epidemiológico e as causas da mortalidade neonatal e infantil, em uma Regional de Saúde, de janeiro/2018 a agosto/2020. Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2020, por meio de questionário elaborado pelas pesquisadoras, com base nas declarações de óbito disponibilizadas no Sistema de Informações de Mortalidade. O instrumento abordou as variáveis, sexo, raça, cor, idade da criança, idade materna, escolaridade materna, via de parto, idade gestacional, peso ao nascer, causa do óbito. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e distribuição de frequência, por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25.0. Constatou-se o predomínio de óbitos no sexo masculino (56,5%), de raça branca (87,8%), com equivalência entre extremo baixo peso e adequado (31,3%), com a principal causa de óbito por septicemia (13,9%). Quanto aos dados maternos, prevaleceram idade entre 21 e 30 anos de idade (45,2%) com gestação única (85,21%) e parto cesariano (65,2 %). Desses, 47,87% ocorreram no ano de 2018. Analisar os aspectos da mortalidade neonatal e infantil possibilita o planejamento e a readequação de ações no atendimento à saúde da criança, durante o período mais vulnerável e mais crítico dela, contribuindo, assim, para redução do número de óbitos.
This study analyzed the epidemiological profile and the causes of neonatal and infant mortality in a Health Regional Area between January 2018 and August 2020. This is an exploratory, descriptive, cross-sectional, retrospective study with a quantitative approach. Data collection took place during August 2020 through a questionnaire prepared by the researchers, based on the death certificates available in the Mortality Information System. The instrument included the variables of sex, race, color, child's age, mother's age, maternal education, childbirth mode, gestational age, birth weight, cause of death. The data were submitted to descriptive statistical analysis and frequency distribution using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 25.0. There was a predominance of deaths among boys (56.5%), Caucasian (87.8%), with equivalence between extreme low and adequate weight (31.3%), with the main cause of death being septicemia (13.9%). As for maternal data, age between 21 to 30 years old (45.2%) prevailed, and 85.21% had a single pregnancy, with C-section childbirth (65.2%). From these, 47.87% occurred in 2018. It can be concluded that analyzing the aspects of neonatal and child mortality enables the planning and adjustment of actions in child health care during its most vulnerable and most critical period, thus contributing to reducing the number of deaths.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Adulto , Regionalização da Saúde , Mortalidade Infantil , Mortalidade Neonatal Precoce , Peso ao Nascer , Causas de Morte , Morte , Atenção à Saúde , Sepse Neonatal/mortalidade , Pesquisa sobre Serviços de SaúdeRESUMO
Introdução: Sepse neonatal é uma condição potencialmente fatal, que constitui um problema de saúde pública de impacto global e é responsável por taxas expressivas de morbidade e mortalidade. O objetivo deste artigo é estimar os fatores associados à sepse neonatal precoce em uma maternidade-escola do sul do Brasil. Métodos: Realizou-se estudo de caso-controle para observar eventual associação entre fatores relacionados à sepse neonatal precoce e características clínicas e sociodemográficas maternas e fatores perinatais dos recém-nascidos, utilizando-se dados de prontuários de pacientes no período entre 2014 e 2017. A amostra foi composta por 293 binoÌmios mãe/recém-nascido, sendo 1 caso para 2 controles. Todas as variáveis com valores de p< 0,05 na análise bivariada foram incluídas em uma análise multivariada por meio de Regressão Logística. Resultados: Idade gestacional menor que 37 semanas (OR 19,6 IC 95% 5,3; 73,0) (p<00,1) e presença de fator de risco para Streptococcus agalactiae beta hemolítico (SGB) (OR 5,1 IC 95% 1,2; 21,8) (p=0,027) foram as exposições independentemente associadas à sepse neonatal precoce. Conclusão: Identificou-se maior chance de desenvolver sepse neonatal precoce quando prematuridade e fatores de risco maternos para SGB estão presentes. Assim, medidas mais eficazes de prevenção e controle desses fatores são de extrema importância.
Introduction: Neonatal sepsis is a potentially fatal condition that constitutes a public health problem worldwide, being responsible for significant rates of morbidity and mortality. The objective of this study was to identify factors associated with early neonatal sepsis in the maternity ward of a teaching hospital in Southern Brazil. Methods: We conducted a case-control study to identify if factors related to early neonatal sepsis are associated with maternal clinical and sociodemographic characteristics and perinatal factors of infants, using data from patient records between 2014 and 2017. The sample consisted of 293 mother/newborn binomials, 1 case for 2 controls. All variables with p-values < 0.05 in the bivariate analysis were included in a multivariate analysis using logistic regression. Results: A gestational age < 37 weeks (odds ratio [OR] 19.6; 95%CI 5.3; 73.0) (p < 00.1) and the presence of a risk factor for beta-hemolytic Streptococcus agalactiae (GBS) (OR 5.1; 95%CI 1.2; 21.8) (p = 0.027) were independently associated with early neonatal sepsis. Conclusions: Prematurity and the presence of maternal risk factors for GBS increase the likelihood of developing early neonatal sepsis. Thus, more effective measures to prevent and control these factors are extremely important.
Assuntos
Sepse NeonatalRESUMO
Cronobacter spp is an opportunistic pathogen that can cause severe neonatal infections, including septicemia, meningitis, and necrotizing enterocolitis. Over 90% of these infections outbreaks are associated with the increased consumption of powdered infant formula (PIF). We report the case of a male neonate born at term with adequate weight for gestational age, fed by breast milk and PIF. He was admitted to the ICU at 22 days old due to fever, irritability, impaired consciousness, and food intolerance. Investigation revealed an extensive abscess in the right frontoparietal region, that was surgically drained. The culture of the purulent material showed the growth of Cronobacter spp. Guided antibiotic was kept for 21 days. The patient presented a good clinical outcome, without neurological deficits. The microbiological powdered formula contamination by Enterobacter sakazakii (Cronobacter spp) can lead to a higher risk of severe infections in infants. Children may present sepsis, sensory alteration, and refractory seizures. An early brain image should be considered for symptomatic infants. The mortality rate ranges from 40 to 80%, and 74% of survivors have an adverse neurological outcome. From 19972013, there were reports of 6 outbreaks of E. sakazakii disease in Brazil. According to the World Health Organization (WHO), this disease is undernotified, and active foodborne surveillance systems are less than ideal. To better address this problem, in some countries, the notification is mandatory, and the adoption of stricter sanitary measures by regulatory agencies are proposed.
O Cronobacter spp é um patógeno oportunista que pode causar infecções neonatais graves, incluindo septicemia, meningite e enterocolite necrosante. Mais de 90% dessas infecções estão associadas ao aumento do consumo de fórmula infantil em pó (FIP). Relatamos o caso de um recém-nascido do sexo masculino, nascido a termo, com peso adequado para a idade gestacional, alimentado com leitematerno e FIP. Ele foi internado na UTI com 22 dias de idade devido a febre, irritabilidade, comprometimento da consciência e intolerância alimentar. A investigação revelou abscesso extenso na região frontoparietal direita, que foi drenada cirurgicamente. A cultura do material purulento mostrou o crescimento de Cronobacter spp. Antibiótico guiado foimantido por 21 dias. O paciente apresentou bom resultado clínico, sem déficits neurológicos. A contaminação microbiológica da fórmula em pó pela Enterobacter sakazakii (Cronobacter spp) pode levar a um risco aumentado de infecções graves neonatais. As crianças podem apresentar sepse, alterações sensoriais e crise convulsiva refratária. Uma imagem cerebral precoce deve ser considerada nestes pacientes. A taxa de mortalidade varia de 40 a 80%, e 74% dos sobreviventes têm um quadro neurológico sequelar. Entre 1997 e 2013, houve relatos de 6 surtos de E. sakazakii no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta doença está subnotificada e os sistemas de vigilância alimentar são insuficientes. Para resolver esse problema, em alguns países, a notificação é obrigatória e a adoção de medidas sanitárias mais rigorosas é exigida pelas agências reguladoras.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To analyze the incidence, complications, and hospital discharge status in newborns with ≥35 weeks of gestational age with early neonatal sepsis. Methods: This is a cross-sectional, retrospective study. Cases of early-onset sepsis registered from January 2016 to December 2019 in neonates with gestational age of 35 weeks or more were reviewed in a level III neonatal unit. The diagnoses were performed based on the criteria by the Brazilian Health Regulatory Agency (Anvisa), and the episodes were classified according to microbiological classification and site of infection. The following complications were evaluated: shock, coagulation disorders, and sequelae of the central nervous system. The conditions at hospital discharge were also assessed. The collected data were analyzed with the descriptive analysis. Results: In the period, early neonatal sepsis occurred in 46 newborns, corresponding to 1.8% of all newborns admitted to the neonatal unit, with a prevalence of 4/1,000 live births. Culture confirmed sepsis ocurred in three patients (0.3/1,000 live births), with the following agents: S. pneumoniae, S. epidermidis and S. agalactiae. As to site of infection, there were 35 cases of primary bloodstream infection, seven cases of pneumonia and four cases of meningitis. Most patients (78.3%) had at least one risk factor for sepsis, and all were symptomatic at admission. There were no deaths. Complications occurred in 28.2% of the cases, especially shock (10 cases - 21.7%). Conclusions: The prevalence of proven early neonatal sepsis was low. Despite the common occurrence of complications, there were no deaths.
RESUMO Objetivo: Analisar a prevalência, as complicações e as condições de alta dos recém-nascidos ≥35 semanas com diagnóstico de sepse neonatal precoce. Métodos: Estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados. Incluíram-se todos recém-nascidos com 35 semanas ou mais de idade gestacional, com diagnóstico de sepse precoce em um período de quatro anos (janeiro/2016 a dezembro/2019) em uma unidade neonatal nível III. Os diagnósticos realizaram-se segundo os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os episódios classificados segundo a confirmação microbiológica e o sítio de infecção. As complicações avaliadas foram: choque, distúrbio de coagulação e sequelas do sistema nervoso central. Também se avaliaram as condições de alta. Os dados coletados foram analisados utilizando estatística descritiva. Resultados: No período, 46 recém-nascidos apresentaram sepse precoce, correspondendo a 1,8% das internações e a uma prevalência de 4/1.000 nascidos vivos. Em três pacientes a sepse foi confirmada por culturas (0,3/1.000 nascidos vivos), respectivamente por S. pneumoniae, S. epidermidis e S. agalactiae. Quanto ao sítio de infecção, foram 35 casos de infecção primária da corrente sanguínea, 7 casos de pneumonia e 4 de meningite. A maior parte dos pacientes (78,3%) possuía pelo menos um fator de risco para sepse, e todos apresentaram-se sintomáticos. Não houve óbito. Complicações ocorreram em 28,2% dos casos, especialmente choque (10 casos - 21,7%). Conclusões: A prevalência de sepse neonatal precoce comprovada foi baixa. Apesar da ocorrência comum de complicações, não houve óbitos.
RESUMO
Introducción: la sepsis tardía por estafilococo coagulasa negativo (SCoN) es una causa común de morbimortalidad en la unidad neonatal. Los SCoN son los microorganismos más frecuentemente involucrados con aproximadamente el 50% de los casos. El objetivo de este estudio es analizar la incidencia y las características de los neonatos portadores de sepsis tardía por SCoN. Materiales y métodos: se realizó un estudio descriptivo, longitudinal, retrospectivo. Se utilizaron las bases de datos del laboratorio de microbiología del hospital y las historias clínicas electrónicas para obtener la información. El período de estudio analizado fueron los años 2018 y 2019 en la unidad de cuidados intensivos e intermedios de recién nacidos del Centro Hospitalario Pereira Rossell. Resultados: obtuvimos una incidencia de 2,5% de los ingresos a cuidados intensivos e intermedios (25 pacientes). La edad gestacional al nacer fue de 28 semanas (25,0-35,0) y la mediana del peso fue de 1.070 g (730,0-2.365,0). La media de edad gestacional posmenstrual al momento del diagnóstico fue de 32,92±7,921 semanas. Por sospecha de sepsis precoz, 17 pacientes habían recibido un curso de antibióticos previo. El signo clínico más frecuentemente observado fue el deterioro del estado general, en 11 pacientes, seguido de distensión abdominal en 6 y fiebre en 5. Dentro de los SCoN, el más frecuentemente aislado fue el Staphylococcus epidermidis (13 pacientes); 22 pacientes recibieron tratamiento, 18 de ellos con vancomicina-meropenem y 4 con monoterapia con vancomicina. Conclusión: estos patógenos representan una causa importante de morbimortalidad en la unidad neonatal, particularmente en pacientes que presentan mayor gravedad y mayor necesidad de soporte vital. Se necesitan pautas claras de interpretación del rol de estos microorganismos y de abordaje de pacientes con riesgo de sepsis tardía, incluyendo el tratamiento antibiótico empírico.
Introduction: Coagulase Negative Staphylococci (CoNS) late onset sepsis is a common cause of morbidity and mortality in the neonatal intensive care unit (NICU). CoNS are the most frequently isolated microorganisms and total 50% of cases. The objective of this study is to analyze the incidence and characteristics of newborns carriers of late onset CoNS. Materials and methods: we performed a descriptive, retrospective, longitudinal study. Data was obtained from the hospital's microbiology laboratory database and electronic medical records. Patients included were those admitted to NICU during the period between 2018 and 2019. Results: we obtained an incidence of 2.5% of patients admitted to the NICU (25 patients). Median gestational age at birth was 28 weeks 25.0-35.0 and median birth weight was 1.070 g 730.0-2365.0. Mean gestational age at the time of diagnosis was 32.92±7.921 weeks. 17 patients had received an antibiotics course at birth because of early onset sepsis suspicion. The most frequently observed clinical symptom was deterioration of general condition, 11 patients, followed by abdominal distention in 6 and fever in 5. Among CoNS, the most frequently isolated pathogen was Staphylococcus epidermidis (13 patients). 22 patients received treatment, 18 a combination of vancomycin and meropenem and 4 received vancomycin monotherapy. Conclusion: these pathogens are a common cause of morbidity and mortality in the newborn intensive care unit, particularly in patients with more serious conditions and in those who require more advanced life support measures. Clearer interpretation of their role is needed as well as to determine a proper approach to patients at risk of late onset sepsis, including empiric antibiotic treatment.
Sepse tardia para Staphylococcus coagulase negativa (SCoN) é uma causa comum de morbidade e mortalidade na unidade neonatal. SCoNs são os microrganismos mais frequentemente envolvidos e representam aproximadamente 50% dos casos. O objetivo deste estudo é analisar a incidência e as características de neonatos com sepse tardia por SCoN. Materiais e métodos: foi realizado um estudo descritivo, longitudinal e retrospectivo. Usamos os bancos de dados do laboratório de microbiologia e prontuários médicos eletrônicos de nosso hospital para obter as informações. O período de estudo analisado foi de 2018 e 2019 na unidade de terapia intensiva e intermediária para recém-nascidos do Centro Hospitalar Pereira Rossell. Resultados: obtivemos uma incidência de 2,5% de internações em Terapia Intensiva e Intermediária (25 pacientes). A idade gestacional ao nascer foi de 28 semanas 25,0-35,0 e o peso médio foi de 1070g 730,0-2365,0. A média da idade gestacional pós-menstrual no momento do diagnóstico foi de 32,92 ± 7,921 semanas. 17 pacientes haviam recebido um curso anterior de antibióticos por suspeita de sepse precoce. O sinal clínico mais frequentemente observado foi deterioração do estado geral em 11 pacientes, seguido por distensão abdominal em 6 e febre em 5. Dentre os SCoN, o mais isolado foi o Staphylococcus Epidermidis (13 pacientes). 22 pacientes receberam tratamento, 18 deles com Vancomicina-Meropenem e 4 com Vancomicina em monoterapia. Conclusão: esses patógenos representam uma importante causa de morbimortalidade na unidade neonatal, principalmente em pacientes com maior gravidade e maior necessidade de suporte de vida. Orientações claras são necessárias para interpretar o papel desses microrganismos e para abordar pacientes com risco de sepse tardia, incluindo tratamento com antibióticos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Infecções Estafilocócicas/epidemiologia , Sepse Neonatal/epidemiologia , Infecções Estafilocócicas/diagnóstico , Infecções Estafilocócicas/tratamento farmacológico , Staphylococcus epidermidis/virologia , Uruguai/epidemiologia , Vancomicina/uso terapêutico , Infecção Hospitalar , Epidemiologia Descritiva , Incidência , Estudos Retrospectivos , Estudos Longitudinais , Coagulase , Staphylococcus haemolyticus/virologia , Staphylococcus hominis/virologia , Antibacterianos/uso terapêuticoRESUMO
Introducción: el estreptococo del grupo B (EGB) es una causa frecuente de sepsis neonatal. La enfermedad precoz disminuyó su incidencia por la profilaxis antibiótica, a diferencia de la sepsis tardía, que aumentó su incidencia en los últimos años. Objetivo: conocer la incidencia de la sepsis tardía en el período 2016-2017 en el Centro Hospitalario Pereira Rossell (CHPR). El secundario, describir las características epidemiológicas y clínicas de sepsis tardía por EGB en niños ingresados a la Unidad de Cuidados Intensivos de Niños (UCIN) del CHPR en el período 2007-2017. Resultados: la incidencia calculada de sepsis tardía por EGB fue de 0,53 casos/1000 recién nacidos (RN) vivos. Entre los años 2007 y 2017 ingresaron cinco niños por sepsis tardía por EGB a la UCIN del CHPR. La presentación clínica más frecuentes fue fiebre sin foco y meningitis. Se obtuvieron tres aislamientos en sangre de EBG y tres en líquido cefalorraquídeo (dos en cultivo y otro por detección de ADN). Ninguno falleció. Los casos con meningitis presentaron alteraciones en la tomografía de cráneo. Un niño fue pretérmino. Conclusiones: la sepsis tardía se vincula a importante morbimortalidad en pediatría. No se ha establecido cuáles son los principales factores de riesgo asociados a una enfermedad grave ni las políticas para disminuir su incidencia.
Background: group B streptococcus (GBS) is a common cause of neonatal sepsis. Early disease decreased its incidence due to antibiotic prophylaxis. Late sepsis increased its incidence in recent years. Objectives: to know the incidence of late onset EGB sepsis in the period 2016-2017 at the Pereira Rossell Hospital Center (CHPR), and secondly, to describe the epidemiological characteristics and the clinical presentation of late onset sepsis due to GBS in children admitted to the Children's Intensive Care Unit (UCIN) of the CHPR in the period 2007-2017. Results: the calculated incidence of late sepsis due to GBS was 0.53 cases/1000 live newborns. Between 2007-2017, 5 children were admitted due to GBS late sepsis at the UCIN. The most frequent clinical presentation was fever without focus and meningitis. 3 isolates were obtained in EBG blood cultures and 3 in cerebrospinal fluid (2 in culture and another by DNA detection). None of them died. Cases with meningitis showed abnormalities in the brain tomography. 1 of the 5 was preterm. Conclusions: late sepsis is associated with significant morbidity and mortality in pediatric patients. The main risk factors associated with serious disease and the policies needed to reduce its incidence have not been established.
Introdução: o estreptococo do grupo B (SGB) é uma causa frequente de sepse neonatal. A doença precoce diminuiu sua incidência devido à profilaxia antibiótica, ao contrário da sepse tardia, que aumentou sua incidência nos últimos anos. Objetivo: conhecer a incidência de sepse tardia no período 2016-2017 no Centro Hospitalar Pereira Rossell (CHPR) e descrever as características epidemiológicas e clínicas da sepse tardia por SGB em crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Infantil (UTIN) do CHPR no período de 2007-2017. Resultados: a incidência calculada de sepse tardia por SGB foi de 0,53 casos/1000 recém-nascidos vivos (RNs). Entre 2007-2017, 5 crianças foram internadas na UTIN do CHPR por sepse tardia devido a GBS. A apresentação clínica mais frequente foi febre sem causa e meningite. 3 isolados de EBG foram obtidos no sangue e 3 no líquido cefalorraquidiano (2 em cultura e outro por detecção de DNA). Nenhum dos pacientes morreu. Os casos com meningite apresentaram alterações na tomografia de crânio. Uma criança era pré-termo. Conclusões: a sepse tardia está associada a significativa morbimortalidade em pediatria. Os principais fatores de risco associados a uma doença grave e as políticas para reduzir sua incidência ainda não foram estabelecidas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Infecções Estreptocócicas/epidemiologia , Sepse Neonatal/etiologia , Infecções Estreptocócicas/complicações , Infecções Estreptocócicas/diagnóstico , Uruguai/epidemiologia , Doença Catastrófica , Epidemiologia Descritiva , Incidência , Estudos RetrospectivosRESUMO
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de Streptococcus ß-hemolítico em gestantes e a suscetibilidade aos antimicrobianos das pacientes colonizadas. Métodos: Para isso, foram analisadas 4.380 amostras de secreções vaginais e anais de gestantes, a partir de 35 semanas de gestação, atendidas em laboratório particular na cidade de Campinas, para detecção da presença de Streptococcus ß-hemolítico. Resultados: Foi encontrada uma prevalência de colonização nas gestantes analisadas de 12% (504/4380), sendo 293 (13%) vaginais e 211 (10%) anais. Das positivas, foi realizado o perfil de resistência bacteriana em 60 amostras, sendo 20% das amostras anais resistentes à clindamicina e 22% à eritromicina e das amostras vaginais 25% resistentes à clindamicina e 33% à eritromicina, não havendo resistência à penicilina e ampicilina. Conclusão: Diante da incidência apresentada, ressalta-se a importância da realização do rastreio da colonização transitória de estreptococos ß-hemolíticos em gestantes durante o pré-natal, associado à adequada profilaxia intraparto, para minimizar os riscos de ocorrência de sepse nos neonatos.
Objective: The aim of this study was evaluate the incidence of ß-hemolytic Streptococcus in pregnant women and antimicrobial susceptibility of colonized patients. Methods: For this, a cohort of 4,380 of pregnant women, from 35 weeks of gestation, were analyzed, samples of vaginal and anal secretion were collected in a private laboratory in the city of Campinas. Result: The prevalence of colonization was of 12% (504/4380) in pregnant women was evidenced, being 293 (13%) vaginal and 211 (10%) anal. From the positives, the bacterial resistance profile was performed in 60 samples, 20% of the clinical samples resistant to Clindamycin and 22% of Erythromycin and 25% of the vaginal samples resistant to Clindamycin and 33% to Erythromycin, without resistance to Penicillin and Ampicillin. Conclusion: We conclude that the emphasize the importance of performing the screening of ß-hemolytic Streptococcus in pregnant women during the prenatal period, associated with adequate intrapartum prophylaxis is needed.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Streptococcus agalactiae , Sepse Neonatal , Infecções , GestantesRESUMO
Abstract Objectives: to describe the epidemiology of invasive candidiasis in a neonatal intensive care unit. Methods: cross-sectional study that included all neonates with invasive candidiasis confirmed by blood culture from April 2015 to June 2018. Demographic, clinical and microbiological data were analyzed, comparing neonates with extreme low birth weight (ELBW) with neonates ≥ 1000g birth weight, considering a p <0.05 as statistically significant. Results: there were 38 cases of invasive candidiasis, resulting in an overall incidence of 2.5%. Twelve (32%) were ELBW neonates and 26 (68%) neonates ≥ 1000g birth weight, an incidence of 4.4% and 2.0%, respectively. Abdominal surgery was more frequent among neonates with birth weight ≥ 1000g compared to ELBW neonates (85% vs. 17%; p <0.01), as well as the median in days of antibiotics use (18 vs. 10.5; p = 0.04). The median in days of mechanical ventilation was more frequent among ELBW neonates (10 vs. 5.5; p = 0.04). The majority of Candida species were non-albicans (64%). Fatality rate was 32%. Conclusions: the incidence of invasive candidiasis among neonates with birth weight ≥ 1000g was higher than that found in the literature. This group has a higher proportion of gastrointestinal malformations that require surgery. Thus, fluconazole prophylaxis may be necessary for a broader group of neonates.
Resumo Objetivos: descrever a epidemiologia de candidíase invasiva em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Métodos: estudo transversal que incluiu todos recém-nascidos com candidíase invasiva confirmada por hemocultura de abril de 2015 a junho de 2018. Foi analisado dados demográficos, clínicos e microbiológicos, comparando recém-nascidos de extremo baixo peso ao nascer (EBPN) com os recém-nascidos com peso ao nascer ≥1000g, considerando um valor de p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: houve 38 casos de candidíase invasiva, resultando em uma incidência global de 2,5%. Doze (32%) eram neonatos de EBPN e 26 (68%) neonatos com peso ao nascer ≥1000g, resultando em uma incidência de 4,4% e 2,0%, respectivamente. A realização de cirurgia abdominal foi mais frequente nos neonatos com peso ao nascer ≥1000g em comparação com os neonatos de EBPN (85% vs. 17%; p<0,01), assim como a mediana dos dias de uso de antibióticos (18 vs. 10,5; p =0,04). Já o a mediana dos dias de ventilação mecânica foi mais frequente entre recém-nascido de EBPN (10 vs. 5,5; p = 0,04). A maioria das espécies de Candida eram não-albicans (64%). A letalidade foi de 32%. Conclusões: a incidência de candidíase invasiva entre os recém-nascidos ≥1000g ao nascer foi superior ao encontrado na literatura. Este grupo tem uma maior proporção de malformações gastrointestinais que requerem cirurgia. Assim, a profilaxia com fluconazol pode ser necessária para um grupo mais amplo de recém-nascidos.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Unidades de Terapia Intensiva Neonatal , Fluconazol/uso terapêutico , Candidíase Invasiva/prevenção & controle , Candidíase Invasiva/terapia , Candidíase Invasiva/epidemiologia , Atenção Terciária à Saúde , Peso ao Nascer , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Recém-Nascido de Peso Extremamente Baixo ao NascerRESUMO
Resumen: Introducción: la sepsis causada por S. pneumoniae es infrecuente en neonatos, sin embargo, se asocia a una elevada morbimortalidad. Las vías de transmisión son transplacentaria o por vía ascendente, posterior a la colonización vaginal materna en la sepsis neonatal precoz, o a través de portadores de la comunidad en la sepsis neonatal tardía. La introducción de la vacuna neumocócica en la población pediátrica no ha logrado reducir en forma significativa los casos de sepsis neonatal, por lo que se proponen otras estrategias, como la vacunación materna. Caso clínico: se presenta un neonato con diagnóstico de sepsis precoz a S. pneumoniae serotipo 3 (vacunal) sensible a penicilina y madre con colonización vaginal por el germen. Se realizó un diagnóstico y tratamiento oportuno, logrando una buena evolución clínica. Conclusiones: S. pneumoniae, aunque infrecuente en el período neonatal, se asocia a importante mortalidad y morbilidad, lo que hace necesario la sospecha clínica y el tratamiento oportuno para asegurar un buen pronóstico sin secuelas. Se han propuesto diferentes estrategias para disminuir la incidencia de enfermedad neumocócica invasiva neonatal, entre ellas la vacunación materna. La evidencia científica actual no aporta suficientes datos para recomendar la vacunación a madres, teniendo en cuenta costo-beneficio y sostenibilidad de la medida en el tiempo de implementarse.
Summary: Introduction: sepsis caused by S. pneumoniae is infrequent in newborns, however, it is associated with high morbidity and mortality. Transmission routes are transplacental or ascending, after maternal vaginal colonization in early onset sepsis, or through community carriers in late onset sepsis. The introduction of the pneumococcal vaccine has not been able to reduce the cases of early neonatal sepsis, so other strategies, such as maternal vaccination are proposed. Clinical case: we present a newborn diagnosed with S. pneumoniae (serotype 3 (vaccine) early onset sepsis, sensitive to penicillin and his mother with vaginal colonization by the same bacteria. A timely diagnosis and treatment were made, achieving a good clinical evolution. Conclusions: S. pneumoniae has low incidence of sepsis in the neonatal period, but it is associated with high mortality and morbidity, making clinical suspicion and prompt treatment necessary to ensure good prognosis. Different strategies have been proposed to decrease the incidence of neonatal invasive pneumococcal disease, including maternal vaccination. Current scientific evidence does not provide enough data to recommend vaccination to mothers, considering its cost-effectiveness and sustainability over time.
Resumo: Introdução: a sepse por S. pneumoniae é rara em neonatos, porém está associada a alta morbimortalidade. As vias de transmissão são transplacentárias ou ascendentes, após a colonização vaginal materna na sepse neonatal precoce ou por meio de portadores comunitários na sepse neonatal tardia. A introdução da vacina pneumocócica na população pediátrica não tem conseguido reduzir significativamente os casos de sepse neonatal, por isso propõem-se outras estratégias como a vacinação materna. Caso clínico: apresenta-se um recém-nascido com diagnóstico de sepse precoce para S. pneumoniae sorotipo 3 (vacina) sensível à penicilina e mãe com colonização vaginal pelo germe. Realizou-se diagnóstico e tratamento oportunos, com boa evolução clínica. Conclusões: S. pneumoniae, embora infrequente no período neonatal, está associada a mortalidade e morbidade significativas, o que torna necessária a suspeita clínica e o tratamento oportuno para garantir um bom prognóstico sem sequelas. Diferentes estratégias têm sido propostas para reduzir a incidência de doença pneumocócica invasiva neonatal, incluindo a vacinação materna. As evidências científicas atuais não fornecem dados suficientes para recomendar a vacinação às mães, considerando o custo-benefício e a sustentabilidade da medida ao longo prazo, se for implementada.
RESUMO
Abstract Objectives To present current evidence on the etiology, risk factors, diagnosis, and management of early and late neonatal sepsis. Source of data Non-systematic review of the Medline (PubMed), Scopus, Web of Science, Cochrane, and Google Scholar databases regarding the following terms: neonatal sepsis, early neonatal sepsis, late neonatal sepsis, empirical antibiotic therapy, sepsis calculator, vancomycin, newborn, preterm newborn. Data synthesis Neonatal sepsis is a frequent cause of neonatal morbidity and mortality. Its diagnosis is difficult. Continuous observation of the patient is critical to diagnostic suspicion. When neonatal sepsis is suspected, bacteriological tests should be collected. Vancomycin should not be routinely using in the empirical antibiotic regimen in late neonatal sepsis, and the main protective mechanisms against neonatal sepsis are handwashing and the use of breast milk. Conclusions Newborns constitute a group that is more vulnerable to sepsis. Knowledge of risk factors and etiological agents allows a better approach to the newborn with sepsis.
Resumo Objetivos Apresentar evidências atuais na etiologia, fatores de risco, diagnóstico e manejo da sepse neonatal precoce e tardia. Fontes de dados Revisão não sistemática feita nas bases de dados Medline (PubMed), Scopus, Web of Science, Cochrane, Google Scholar sobre os temas sepse neonatal, sepse neonatal precoce, sepse neonatal tardia, antibioticoterapia empírica, sepsis calculator, vancomicina, recém-nascido, recém-nascido pré-termo. Síntese de dados A sepse neonatal é uma causa frequente de morbimortalidade neonatal. O seu diagnóstico é difícil. A observação contínua do paciente é fundamental para uma suspeição diagnóstica. Ao se suspeitar de sepse neonatal devem-se coletar exames bacteriológicos. Não usar, rotineiramente, vancomicina no esquema empírico de antibiótico na sepse neonatal tardia. Os principais mecanismos protetores da sepse neonatal são a lavagem de mãos e o uso do leite materno. Conclusões Os recém-nascidos constituem um grupo mais vulnerável à sepse. O conhecimento dos fatores de risco e dos agentes etiológicos permite uma melhor abordagem do recém-nascido séptico.
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Sepse Neonatal/diagnóstico , Sepse Neonatal/etiologia , Sepse Neonatal/tratamento farmacológico , Vancomicina , Antibacterianos/uso terapêuticoRESUMO
Resumo Objetivo Este trabalho objetivou descrever os diagnósticos e as intervenções de enfermagem na díade mãe-filho coerentes com a situação sepsis neonatal aplicando-se a taxonomia NANDA-I. Métodos trata-se de uma pesquisa do tipo de estudo de caso, realizada com recém-nascido internado às 72h de vida em serviço de neonatologia e com sua mãe que o acompanhou durante o internamento. Dados recolhidos em dezembro 2017. Os princípios éticos foram acautelados. Resultados A díade vive em condição social de minoria étnica, chamando a atenção para contextos sociais frágeis na área materno-infantil. Os dados sociodemográficos evidenciam precaridade na habitação, no planeamento da família, na vigilância pré-natal e nos papeis de género. A avaliação de enfermagem inicial concretizou-se em sete diagnósticos. Na criança: 1) padrão respiratório ineficaz (0032), 2) risco de glicémia instável (00179); 3) icterícia neonatal (00194); 4) risco de volume de líquidos deficiente (00028). Na mãe: 1) controle ineficaz da saúde (00078); 2) amamentação interrompida (00105); 3) disposição para tomada de decisão melhorada (00184). Definiram-se resultados esperados e intervenções de enfermagem que tiveram sucesso. A díade teve alta aos dez dias de internamento. Conclusão Programas de inclusão social e de assistência a minorias étnicas podem diminuir a morbilidade materno-infantil.
Resumen Objetivo Este trabajo tiene el objetivo de describir los diagnósticos y las intervenciones de enfermería en el binomio madre-hijo coherentes con la situación de sepsis neonatal, mediante la aplicación de la taxonomía NANDA-I. Métodos Se trata de una investigación de tipo estudio de caso, realizada con recién nacidos internados a las 72 horas de vida en el servicio de neonatología y con su madre que lo acompañó durante la internación. Datos recolectados en diciembre de 2017. Los principios éticos fueron garantizados. Resultados El binomio vive en condición social de minoría étnica y llama la atención en contextos sociales frágiles en el área materno-infantil. Los datos sociodemográficos muestran precariedad en la vivienda, en la planificación familiar, en el control prenatal y en los papeles de género. La evaluación de enfermería inicial se realizó en siete diagnósticos. En el niño: 1) patrón respiratorio ineficaz (0032), 2) riesgo de glucemia inestable (00179), 3) ictericia neonatal (00194), 4) riesgo de déficit de volumen de líquidos (00028). En la madre: 1) gestión ineficaz de la propia salud (00078), 2) interrupción de la lactancia materna (00105), 3) disposición para mejorar la toma de decisiones (00184). Se definieron resultados esperados e intervenciones de enfermería que tuvieron éxito. El binomio recibió el alta a los diez días de internación. Conclusión Programas de inclusión social y de asistencia a minorías étnicas pueden reducir la morbilidad materno-infantil.
Abstract Objective This paper aimed to describe the nursing diagnoses and interventions in the mother-child dyad consistent with the neonatal sepsis situation by applying the NANDA-I taxonomy. Methods This is a case study research, conducted with a newborn hospitalized at 72 hours of life in a neonatology service and with his mother who followed him up during hospitalization. Data collected in December 2017. Ethical principles have been observed. Results The dyad lives in the social condition of an ethnic minority, drawing attention to fragile social contexts in the area of mother and child. Sociodemographic data show poor housing, family planning, prenatal surveillance and gender roles. The initial nursing assessment was based on seven diagnoses. In children: 1) ineffective breathing pattern (0032); 2) risk for unstable blood glucose level (00179); 3) neonatal jaundice (00194); 4) risk of poor fluid volume (00028). In mothers: 1) ineffective health control (00078); 2) interrupted breastfeeding (00105); 3) willingness for improved decision-making (00184). Expected outcomes and successful nursing interventions were defined. The dyad was discharged at ten days of hospitalization. Conclusion Social inclusion and ethnic minority care programs may decrease maternal and child morbidity.
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Adolescente , Idoso de 80 Anos ou mais , Enfermagem Neonatal , Sepse Neonatal , Grupos Minoritários , Relações Mãe-Filho , Epidemiologia Descritiva , Estudos de Avaliação como AssuntoRESUMO
Neonatal sepsis is a clinical syndrome defined by systemic signs of infection in newborns accompanied by bacteremia. Can be responsible for serious consequences for the newborn child,characterized at the birth as early sepsis or late onset sepsis, with high rate of neonatal morbidity and mortality. Pathological agents such as Escherichia coli (E. coli), Streptococcus agalactiae (S. agalactiae), Ureaplasma urealyticum and Mycoplasma hominis are most often responsible for intrauterine infections. The objective of this study is to evaluate the factors of neonatal sepsis predisposition in pregnant women through histopathological examination and the apoptotic index of placental tissues and detect DNA of E. coli and S. agalactiae using the Polymerase Chain Reaction (PCR). Histopathological analyses were made and the apoptotic index was determined to verify the levels of possible inflammatory infiltrates and cell death. Placenta samples were collected from November 2013 to May 2014. After DNA extraction, a PCR was performed amplifying the target fragment from the conserved regions of the rpoB (beta-RNA polymerase) polymorphism of E. coli and the factor 1 of S. agalactiae. The apoptosis index was tested with Acridine Orange and the histological procedure with Hematoxylin-Eosin staining. Among 100 samples of placental tissues analyzed by PCR, 48 represented the control group and did not present a risk factor associated with neonatal sepsis, and 52 samples representing the study group had at least one risk factor. Among these 52 samples, 7 (13.4%) had a PCR positive for E. coli. No placenta samples showed a positive PCR for S. agalactiae. The quantification of the apoptotic index did not show statistical significances between the groups and no inflammatory infiltrates were observed. However, histological sections showed fibrinoid necrosis, infarct areas and areas of calcification in all samples. Therefore, the results allow to conclude that the seven patients of experimental group with positive PCR for E. coli had eminent risk factors of neonatal sepsis, and the infection of the urinary tract (UTI) is the main aggravating circumstance. The histopathological examination demonstrated that the risk factors caused significant alterations, producing fibrinoid necrosis and infarcted areas in the placenta, contrary to apoptotic index that didn't differ from the group with unprecedented risk
A sepse neonatal é uma síndrome clínica definida por sinais sistêmicos de infecção em recém-nascidos acompanhados de bacteremia. Pode ser responsável por sérias consequências para o recém-nascido, caracterizadas ao nascimento como sepse precoce ou sepse tardia, com alta taxa de morbidade emortalidade neonatal. Agentes patológicos como Escherichia coli (E. coli), Streptococcus agalactiae (S. agalactiae), Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis são mais frequentemente responsáveis por infecções intra-uterinas. O objetivo deste estudo é avaliar os fatores de predisposição da sepse neonatal em gestantes através do exame histopatológico e do índice apoptótico de tecidos placentários e detectar DNA de E. coli e S. agalactiae utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR). Análises histopatológicas foram realizadas e o índice apoptótico foi determinado para verificar os níveis de possíveis infiltrados inflamatórios e morte celular. Amostras de placenta foram coletadas de novembro de 2013 a maio de 2014. Após a extração de DNA, foi realizada uma PCR amplificando o fragmento alvo das regiões conservadas do polimorfismo rpoB (polimerase beta-RNA) de E. coli e o fator 1 de S. agalactiae. O índice de apoptose foi testado com alaranjado de acridina e o procedimento histológico com coloração de hematoxilina-eosina. Entre 100 amostras de tecidos placentários analisados por PCR, 48 representaram o grupo controle e não apresentaram fator de risco associado à sepse neonatal, e 52 amostras representativas do grupo de estudo apresentaram pelo menos um fator de risco. Entre essas 52 amostras, 7 (13,4%) apresentaram PCR positivo para E. coli. Nenhuma amostra de placenta foi positivo para S. agalactiae na PCR. A quantificação do índice apoptótico não mostrou significância estatística entre os grupos e não foram encontrados infiltrados inflamatórios. No entanto, cortes histológicos mostraram necrose fibrinóide, áreas de infarto e áreas de calcificação em todas as amostras. Portanto, os resultados permitem concluir que as sete pacientes do grupo experimental com PCR positivo para E. coliapresentavam fatores de risco eminentes de sepse neonatal, sendo a infecção do trato urinário (ITU), o principal agravante. O exame histopatológico demonstrou que os fatores de risco causaram alterações significativas, produzindo necrose fibrinóide e áreas infartadas na placenta, ao contrário o índice apoptótico que não diferiu do grupo sem precedentes de risco.
Assuntos
Placenta , Bacteriemia , Escherichia coli , Sepse Neonatal , Streptococcus agalactiae , Reação em Cadeia da PolimeraseRESUMO
Objetivo: Determinar a prevalência de microrganismos e o perfil de sensibilidade antimicrobiana em hemoculturas positivas de pacientes com infecção de corrente sanguínea na Unidade de Terapia Intensiva neonatal de um hospital no Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, com descrição quantitativa dos resultados de hemoculturas de neonatos admitidos na unidade terapia intensiva neonatal de um hospital do Nordeste brasileiro. Resultados: A sepse neonatal teve como principal etiologia bactérias Gram-positivas, responsáveis por 73,1% das culturas positivas, sendo o Staphylococcus Coagulase-negativa o principal agente, enquanto que 21,5% se deram por um agente Gram-negativo. As bactérias Gram-positivas apresentaram boa sensibilidade ao linezolida e à vancomicina e a maioria das Gram-negativas foi sensível a colistina, meropenem e imipenem. Todos os isolados de Staphylococcus coagulase negativa foram sensíveis ao linezolida, à vancomicina e à tigeciclina. Conclusão: O conhecimento das características relacionadas à sensibilidade e resistência antimicrobiana é fundamental para uma melhor abordagem ao paciente com sepse neonatal, promovendo um manejo mais direcionado que possibilita uma recuperação mais rápida do recém-nascido. O conhecimento adquirido com esse estudo possibilitará um tratamento mais eficiente em cada caso, com base no quadro apresentado pelo paciente e as características do agente causador.
Objective: To determine the prevalence of microorganisms and the antimicrobial sensitivity profile in positive blood cultures of patients with bloodstream infection in the neonatal Intensive Care Unit of a hospital in the Brazilian Northeast. Methods: Cross-sectional, retrospective study with quantitative description of hemoculture results of neonates admitted to the neonatal intensive care unit of a Brazilian Northeast hospital. Results: Neonatal sepsis had as its main etiology Gram-positive bacteria responsible for 73.1% of the positive cultures, with coagulase-negative Staphylococcus being the main agent, while 21.5% were due to a Gramnegative agent. Gram-positive bacteria showed good sensitivity to linezolid and vancomycin and most Gram-negative strains were susceptible to colistin, meropenem and imipenem. All coagulase-negative Staphylococcus isolates were sensitive to linezolid, vancomycin and tigecycline. Conclusion: Knowledge of the characteristics related toantimicrobial susceptibility and resistance is fundamental for a better approach to the patient with neonatal sepsis, promoting a more targeted management that allows a faster recovery of the newborn. The knowledge gained from this study will allow a more efficient treatment in each case, based on the patient's presentation and the characteristics of the causative agent