RESUMO
A suspeita clínica de endometriose geralmente envolve a história clínica da paciente e exame físico, abordando sua sintomatologia e história pessoal e familiar. Entretanto, a apresentação clínica da doença varia consideravelmente, sem características clínicas patognomônicas, fato que dificulta o seu diagnóstico. Um diagnóstico presuntivo de endometriose pode ser fortemente sugerido pela ultrassonografia transvaginal e pela ressonância magnética em casos de endometrioma ou endometriose infiltrativa profunda. No entanto, esses exames de imagem não possuem a sensibilidade e a especificidade necessárias quando se trata de endometriose peritoneal superficial. O biomarcador sérico mais utilizado na investigação da endometriose foi o CA-125, que não apresenta sensibilidade (70%-75%) suficiente para sua indicação na prática clínica. Portanto, apesar de seu risco e alto custo, a videolaparoscopia e a análise anatomopatológica subsequente ainda se apresentam como o procedimento padrão-ouro para o diagnóstico definitivo de endometriose. Assim, com o objetivo de demonstrar quais exames seriam necessários para o diagnóstico dessa doença, realizamos uma revisão sistemática da literatura, cujos dados estão descritos a seguir.(AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Cirurgia Vídeoassistida , Endometriose/cirurgia , Endometriose/etiologia , Endometriose/diagnóstico por imagem , Progestinas/uso terapêutico , Anticoncepcionais Orais Combinados/uso terapêutico , Endometriose/tratamento farmacológico , Gonadotropinas/agonistasRESUMO
Os procedimentos envolvidos na reproduçäo assistida têm apresentado uma rápida evoluçäo, pois o insucesso destas açöes ocasiona frustraçäo aos casais que apresentam alta expectativa quanto a este tipo de tratamento. Na década passada, a introduçäo dos agonistas de GnRH nos protocolos de estimulaçäo da ovulaçäo para a realizaçäo de FIV constituiu um grande avanço, o que se refletiu em melhores taxas de gravidez. Apesar deste benefício, os agonistas de GnRH podem apresentar alguns efeitos adversos, como a formaçäo de cistos ovarianos funcionais. Isto se deve basicamente ao efeito flare-up que acontece no momento da administraçäo dos agonistas. Tem-se verificado que estes cistos influenciam negativamente a reproduçäo assistida, por isso, nos últimos anos muito trabalho tem sido empreendido na tentavia de prevenir o seu surgimento. A utilizaçäo de progestogênios, por aspiraçäo transvaginal destas estruturas, tem surgido num esforço para contornar este efeito. Desta forma, uma adequada compreensäo de como estes cistos se formam e dos aspectos relativos a prevençäo e tratamento deste problema é útil na utilizaçäo destes medicamentos na reproduçäo assistida.