RESUMO
Resumen Este artículo describe el inicio de las preocupaciones sanitarias vinculadas a las epidemias ocurridas durante el siglo XX en La Pampa, provincia argentina. Las epidemias, como las de la viruela, fueron un estímulo para estas políticas que frecuentemente tuvieron origen en Buenos Aires, la capital del país. El contagio de muchas epidemias dependía de carencias de infraestructura: agua, desagüe y desecho adecuado de basuras, de la ausencia de un número suficiente de trabajadores de salud, de la presencia de vectores transmisores de enfermedades como los mosquitos y, en última instancia, de la pobreza. La experiencia histórica descrita en este texto resalta la importancia de analizar el impacto del SARS-CoV-2 más allá de las grandes ciudades.
Abstract This article describes the emergence of health concerns relating to the epidemics that occurred during the twentieth century in La Pampa, a province in Argentina. Epidemics such as smallpox drove such policies, which frequently originated in Buenos Aires, the country's capital. The spread of many epidemics was due to shortages: water, sewage and adequate refuse disposal, an insufficient number of health care workers, the presence of disease transmission vectors such as mosquitos, and, ultimately, poverty. The historical experience described in this text highlights the importance of analyzing the impact of SARS-CoV-2 beyond the big cities.
Assuntos
Humanos , Animais , Masculino , Feminino , Criança , História do Século XX , Varíola/história , Epidemias/história , COVID-19/história , Argentina/epidemiologia , Pobreza/história , Esgotos , Abastecimento de Água/história , Varíola/prevenção & controle , Varíola/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/história , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Eliminação de Resíduos/história , Vacinação/história , Vacinação/legislação & jurisprudência , Cidades/história , Cidades/epidemiologia , Pessoal de Saúde/história , Pessoal de Saúde/estatística & dados numéricos , Erradicação de Doenças/história , Erradicação de Doenças/organização & administração , COVID-19/epidemiologia , Política de Saúde/história , Política de Saúde/legislação & jurisprudência , Insetos Vetores , Militares/históriaRESUMO
Resumen: Objetivo: Conocer el resultado de la vacunación contra la hepatitis B en las comunidades hiperendémicas Kandozi y Chapra de la Amazonia Peruana a partir de la prevalencia de infecciones por los virus de la hepatitis B (VHB) y Delta (VHD), ocho años después de iniciada la vacunación. Material y métodos: Se realizó un estudio transversal en 2 944 pobladores de 67 comunidades indígenas Kandozi y Chapra en abril de 2010. El tamizaje serológico para el antígeno de superficie del VHB (HBsAg), anticuerpos anti-HBc IgM e IgG, anticuerpos anti-HBs y anti-VHD se determinaron mediante pruebas de ELISA. Resultados: Las tasas de prevalencia del HBsAg, anti-HBc IgG, anti-HBs ≥10 mlUI/ml y anti-VHD fueron 2.3, 39.13, 50.95 y 2.11%, respectivamente. La prevalencia del HBsAg en niños <11 años fue cero. Entre los portadores del HBsAg, las tasas de prevalencia de sobreinfeccion por el VHD e infección aguda por el VHB fueron 2.11% (todos fueron >14 años) y 11.94%, respectivamente. Conclusiones: Estos hallazgos muestran la eliminación de portadores de VHB en niños <11 años, ocho años después de iniciada la vacunación contra el VHB.
Abstract: Objective: To determine the outcome of the vaccination against hepatitis, we determined the prevalence of hepatitis B virus (HBV) and hepatitis D virus (HDV) infections, eight years after introduction of the vaccination. Materials and methods: A cross-sectional study was performed in 2 944 participants of 67 Kandozi and Chapra indigenous peoples in April 2010. Serological screening for hepatitis B surface antigen (HBsAg), antibody anti-HBc IgM and IgG, antibody anti-HBs and anti-HDV were determined by ELISA tests. Results: The prevalence rates of HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs ≥10 mlUI/ml and anti-HDV were 2.3, 39.13, 50.95 and 2.11%, respectively. The prevalence rate of HBsAg in children <11 years was 0%. Among carriers of HBsAg, the prevalence rates of HDV and acute HBV infections were 2.11% (all were >14 years) and 11.94%, respectively. HBsAg and anti-HBc total were associated with individuals ≥10 years (p<0.001). Conclusions: These findings show the elimination of HBV carriers in children <11 years, eight years following introduction of the vaccination against HBV.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Hepatite D/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Anticorpos Anti-Hepatite/sangue , Vacinas contra Hepatite B/administração & dosagem , Hepatite B/epidemiologia , Peru/epidemiologia , Hepatite D/imunologia , Hepatite D/prevenção & controle , Imunoglobulina G/sangue , Imunoglobulina M/sangue , Vírus Delta da Hepatite/imunologia , Indígenas Sul-Americanos/etnologia , Vírus da Hepatite B/imunologia , Prevalência , Estudos Transversais , Distribuição por Sexo , Distribuição por Idade , Hepatite B/imunologia , Hepatite B/prevenção & controle , Anticorpos Anti-Hepatite B/sangue , Antígenos E da Hepatite B/sangue , Antígenos de Superfície da Hepatite B/sangueRESUMO
Estudo transversal realizado em 2016, cujo objetivo foi descrever a prevalência estimada e os fatores associados à hipertensão arterial sistêmica entre adultos e idosos Krenak, em Terra Indígena localizada na beira do rio Doce, na região leste de Minas Gerais, Brasil. Foram aferidos peso, estatura, perímetro da cintura, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e glicemia capilar. Informações sociodemográficas e de estilo de vida foram obtidas via aplicação de questionário face a face. Modelos de regressão de Poisson foram construídos para estimar a associação independente entre as variáveis de interesse e a hipertensão arterial sistêmica. A prevalência da hipertensão arterial sistêmica foi de 31,2% (IC95%: 24,4-37,9) entre os indígenas Krenak. Houve associação independente no modelo final para o aumento da idade, obesidade abdominal e hiperglicemia. Destaca-se a necessidade de ações eficazes de prevenção, de diagnóstico e acompanhamento frente aos fatores modificáveis da hipertensão arterial sistêmica, uma vez que foi observada elevada prevalência dessa condição na comunidade indígena Krenak.
This cross-sectional study in 2016 aimed to describe the estimated prevalence of systemic arterial hypertension and associated factors in Krenak adults and elderly in an indigenous community located along the Rio Doce in eastern Minas Gerais state, Brazil. We measured weight, height, waist circumference, systolic blood pressure, diastolic blood pressure, and capillary blood glucose. Sociodemographic and lifestyle information was obtained from a face-to-face questionnaire. Poisson regression models were constructed to estimate independent associations between the target variables and hypertension. Prevalence of hypertension was 31.2% (95%CI: 24.4-37.9) in Krenak indigenous. The final model showed an independent association with increasing age, abdominal obesity, and hyperglycemia. The results highlight the need for effective measures in prevention, diagnosis, and follow-up of modifiable risk factors for hypertension, since high prevalence of this condition was observed in the Krenak indigenous community.
Estudio transversal realizado en 2016, cuyo objetivo fue describir la prevalencia estimada y los factores asociados a la hipertensión arterial sistémica entre adultos y ancianos Krenak, en Terra Indígena localizada en la ribera del río Doce, en la región este de Minas Gerais, Brasil. Se midieron peso, estatura, perímetro de la cintura, presión arterial sistólica, presión arterial diastólica y glucemia capilar. Informaciones sociodemográficas y de estilo de vida se obtuvieron vía la aplicación de un cuestionario cara-a-cara. Modelos de regresión de Poisson se construyeron para estimar la asociación independiente entre las variables de interés y la hipertensión arterial sistémica. La prevalencia de la hipertensión arterial sistémica fue de 31,2% (IC95%: 24,4-37,9) entre los indígenas Krenak. Hubo asociación independiente en el modelo final para el aumento de edad, obesidad abdominal e hiperglicemia. Se destaca la necesidad de acciones eficaces de prevención, de diagnóstico y acompañamiento frente a los factores modificables de la hipertensión arterial sistémica, ya que se observó una elevada prevalencia de esa condición en la comunidad indígena Krenak.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Hipertensão/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Resumo O objetivo deste artigo é investigar o processo de medicalização dos indígenas do povo Xukuru de Pesqueira, PE, após o conflito ocorrido em 2003. Estudo descritivo, quantitativo, desenvolvido com indígenas atendidos no polo base Xukuru de Cimbres. A amostra final foi composta por 75 usuários em uso de medicamentos psicotrópicos. Os dados foram analisados no SPSS versão 18.0, utilizando a prova do qui quadrado. Observou-se que 8% da população estudada faz uso de psicotrópicos, sendo os mais usados os BZD (78,67%). Com relação à idade, 68% são adultos jovens e 26,67% são idosos. A renda de 81,33% das famílias perfaz mais de um salário mínimo. Com relação ao estado civil, do grupo de indígenas que faz uso dos BZD e outros psicotrópicos, 50,85% e 66,67%, respectivamente, são casados. O estudo delineou o perfil dos índios Xukuru de Cimbres usuários de psicotrópicos e evidenciou uma assistência à saúde mental fragmentada, focada na doença e no uso da medicação. Os achados revelam uma população adulta vulnerável do ponto de vista socioeconômico, um padrão de cronificação do consumo dos psicotrópicos e o distanciamento das práticas de curas tradicionais indígenas, característicos do processo de medicalização da saúde.
Abstract Objective: To investigate the process of medicalization among the Xukuru indigenous people of Pesqueira (PE), Brazil following the 2003 conflict. Method: This is a descriptive, cross-sectional, quantitative study developed with the indigenous attended at the Xukuru de Cimbres basic center. The final sample consisted of 75 individuals who used psychotropic drugs. Data were analyzed by SPSS version 18.0, using the chi-square test. Results and Discussion: We observed that 8% of the studied population use psychotropic drugs, and the most used is BZD (78.67%). Regarding age, 68% are young adults and 26.67% are elderly. The income of 81.33% of households is more than one minimum wage. As for marital status, 50.85% and 66.67%, respectively of the indigenous group using BZD and other psychotropic drugs are married. Conclusion: The study outlined the profile of the Xukuru de Cimbres indigenous people who used psychotropics and showed a fragmented mental health care focused on the disease and the use of medication. Results reveal a socioeconomically vulnerable adult population, a pattern of chronic use of psychotropic drugs and distancing from traditional indigenous healing, typical of the health medicalization process.
Assuntos
Humanos , Psicotrópicos/administração & dosagem , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Medicalização , Transtornos Mentais/tratamento farmacológico , Benzodiazepinas/administração & dosagem , Brasil , Estudos Transversais , Renda , Medicina Tradicional/métodos , Serviços de Saúde Mental/organização & administração , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Resumo Este artigo explora um dos aspectos mais interessantes e menos estudados no Brasil: as consequências das experiências complexas e contraditórias da substituição total de bebidas tradicionais indígenas pela cachaça, introduzida pelo contato interétnico. Contribui com a carência de ampliação de estudos na temática, analisando as consequências negativas do uso de álcool Maxakali. Enquanto estudos antropológicos enfatizam funções do beber tradicional e contemporâneo como "lubrificantes" sociais, as percepções sociais Maxakali ressaltam consequências negativas do uso da cachaça vendida ou trocada no contato interétnico. Interpretou-se no cotidiano, símbolos e significados dessas consequências, narradas por 21 lideranças em grupos focais. Com a substituição da Kaxmuk pelos Maxakali, ocorreram adaptações surgidas pelo contato interétnico, com relações negativas para quem bebe, suas família, aldeia e comunidade. No mundo-da-vida, as consequências negativas apresentaram-se em forma de acidentes, desarmonias conjugais, negligências, além de comportamentos violentos, doenças e mortes. Este estudo reforça a importância de produção de conhecimentos aprofundados e abrangentes visando a identificação de grupos vulneráveis em busca de soluções participantes.
Abstract This study explores one of the most interesting and least studied issues in Brazil: the consequences of complex and contradictory experiences by replacing the traditional drinks by cachaça, introduced through interethnic contact. Given the rarity of the study of Maxakali alcohol consumption in research, this study aims to understand, from the native's point of view, the negative aftereffect of alcohol consumption. Although anthropological studies emphasize functions of traditional and contemporary drinking as social "lubricants", social perceptions of the Maxakali highlight the problems of cachaça bought through interethnic contact. Symbols and meanings of these consequences were interpreted through their daily life histories, recorded by 21 leaders in focus group. Through the interethnic contact, some adaptations have occurred in the Maxakali alcohol use, with negative consequences for those who drink, their families, their villages and their community. In the world-of-life, these changes these changes can be seen through accidents, insults, marital disharmony, neglects, violent behavior, illness and death. This study's findings highlight the importance of producing comprehensive and in-depth knowledge in search of to identify vulnerable groups and to develop participatory solutions.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Consumo de Bebidas Alcoólicas/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/psicologia , Saccharum/química , Brasil , Consumo de Bebidas Alcoólicas/psicologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Grupos Focais , Populações Vulneráveis/psicologia , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Resumo O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional de crianças e mulheres indígenas Yanomami e elucidar fatores associados. Estudo transversal, realizado em 17 aldeias, em 2014. Para a avaliação do estado nutricional utilizou-se as curvas de crescimento de 2006 e os escores-Z (ESZ) de estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E), os quais foram gerados nos programas WHO-Anthro e WHO-AnthroPlus. Estatura inferior a 145cm foi o descritor de baixa estatura materna nas > 18 anos. A regressão de Poisson e as análises estatísticas foram efetuadas no software R, versão 3.1.2. Nos < 5 anos a prevalência de baixa E/I foi 83,8%, de baixo P/I 50%, de baixo P/E 5,4% e de sobrepeso 2,7%. Em 59,5% das crianças observou-se muito baixa E/I e em 68,1% das mães baixa estatura. As crianças de 36-59 meses apresentaram maior risco de baixa estatura severa, em comparação com as de 0,1-23 (RP = 1,3; IC 95%: 1,1-2,3), assim como os filhos de mães com estatura < 145cm, em relação aos filhos de mães com estatura > 144cm (RP = 2,1; IC 95%;1,2-3,6). As alarmantes prevalências de baixa estatura severa revelam a grave situação nutricional das crianças. Já a associação de baixa estatura severa nas crianças e baixa estatura materna reflete o caráter intergeracional do problema.
Abstract This study evaluates the nutritional status of children and women of an indigenous Yanomamigroup, and seeks to clarify associated factors. It was a cross-sectional study, carried out in 17 villages, in 2014. For evaluation of nutritional status we used 2006 growth standards to assign height-for-age (stunting)Z-scores (Z), weight-for-age Z (underweight) and weight-for-height Z (wasting and overweight), using the software WHO-Anthro and WHO-AnthroPlus. Short stature (SS) was defined as values lower 145cm for mothers over the age of 18. The Poisson regression was made in R software. Among children under 60 months the prevalences were: stunting 83.8%; underweight 50%; wasting 5.4%; and overweight 2.7%. In 59.5% of the children there was severe stunting, and 68.1% of the mothers were SS. Prevalence ratio (PR) for severe stunting was higher in age group 36-59 months, in comparison with age group 0.1-23 (PR = 1.3; CI 95%: 1.1-2.3), as did also children of mothers with SS, when compared to the children of mothers without SS (PR = 2.1; CI 95%; 1.2-3.6). The alarming rates of stunting and severe stunting reveal the seriousness of the nutritional situation children. The association of severe stunting in infants and in mothers reflects the intergenerational nature of the problem.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Estado Nutricional , Transtornos do Crescimento/epidemiologia , Magreza/epidemiologia , Índice de Gravidade de Doença , Estatura , Peso Corporal , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Sobrepeso/epidemiologia , Mães/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo O modelo de desenvolvimento brasileiro, fortemente baseado na produção de commodities e em indústrias eletrointensivas para trocas nos mercados globais, gera desigualdades sociais e ambientais que desencadeiam diversos conflitos entre povos indígenas e grupos econômicos envolvendo disputas por terra e bens comuns em contextos que influenciam fortemente a situação de saúde dessas comunidades. O objetivo deste artigo é apresentar um panorama dos conflitos socioambientais envolvendo os povos indígenas brasileiros, suas estratégias para garantir o acesso e a qualidade do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASI), e alternativas que eles têm proposto para o enfrentamento dos problemas gerados. Esta análise se baseia em um mapeamento de conflitos ambientais baseado na revisão bibliográfica de fontes secundárias (do movimento indígena ou seus parceiros) que subsidiaram a construção de relatos sobre os conflitos e a análise das narrativas indígenas sobre o território onde vivem e suas lutas. A partir da qual concluímos que as estratégias de luta pela saúde dos povos indígenas brasileiros são influenciadas pelas suas disputas socioambientais e são parte das mobilizações desses povos pelo reconhecimento integral de direitos.
Abstract The Brazilian development model, based on commodities and electro-intensive industries for trade in global markets, generates social and environmental inequalities that trigger various conflicts between indigenous peoples and communities and economic groups involving disputes over territory and common assets in contexts that influence the health situation of these communities. The objective of this paper is to present an overview of environmental conflicts involving the Brazilian indigenous peoples, their strategies to ensure the sustainability and demarcation of their territories and discuss the forms of pressure of the population on this Subsystem of Indigenous Healthcare (SASI) or alternatives they have proposed to tackle the problems generated. This analysis is based on a mapping of environmental conflicts based on the bibliographical revision of secondary sources (by indigenous movements or their partners) that supported the construction of reports on conflicts and analysis of the indigenous narratives about the territory where they live and their struggles. The conclusion drawn is that the health control strategies of Brazilian indigenous peoples are influenced by their socio-environmental disputes and are part of the mobilization of these peoples for the full recognition of their rights.
Assuntos
Humanos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Nível de Saúde , Conflito Psicológico , Atenção à Saúde/organização & administração , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Direitos HumanosRESUMO
RESUMO Objetivo: Analisar a mortalidade infantil de indígenas e não indígenas nas microrregiões do Brasil. Método: Os dados são oriundos do Censo Demográfico 2010 e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Taxas e proporções caracterizaram a mortalidade infantil nas 558 microrregiões existentes em 2010. Resultados: No Brasil, crianças indígenas apresentaram elevados riscos de morrer antes de completarem um ano de idade (60% maior em relação às não indígenas), sendo mais expressivo nas microrregiões com população indígena inferior a 1%. A cada 10 óbitos infantis indígenas, sete eram crianças com mais de um mês de vida acometidas por doenças infecciosas. Conclusão: Os óbitos infantis indígenas são, de modo geral, evitáveis através da realização de intervenções no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Há importantes diferenças nos níveis de mortalidade infantil entre indígenas e não indígenas, inclusive nos contextos geográficos onde se fazem presentes maiores contingentes de indígenas.
ABSTRACT Objective: To compare infant mortality rates of indigenous and non-indigenous children according to microregions in Brazil. Method: The study was based on data from the 2010 Population Census and from the Mortality Information System. Rates and proportions were calculated using data from 558 microregions. Results: Indigenous children presented a higher risk of dying before completing one year of age (60% higher compared to non-indigenous), and rates were higher in microregions with < 1% of indigenous population. Seven out of 10 deaths were in children over one month of age and were mostly caused by infectious diseases. Conclusion: In general, indigenous children die mostly due to preventable causes. The study shows that there are important differences in the levels of infant mortality between indigenous and non-indigenous children in Brazil, even in geographical areas with increased presence of indigenous population.
RESUMEN Objetivo: Analizar la mortalidad infantil de indígenas y no indígenas en las microrregiones de Brasil. Método: Los datos provienen del Censo Demográfico del 2010 y del Sistema de Información acerca de la Mortalidad. Las tasas y proporciones caracterizan la mortalidad infantil en las 558 microrregiones existentes en el 2010. Resultados: Los niños indígenas presentaron elevado riesgo de morir antes de cumplir un año de edad (un 60 % superior respecto a los no indígenas), y es más expresivo en las microrregiones con población indígena inferior al 1 %. Siete de cada 10 óbitos infantiles indígenas fueron de niños con más de un mes de vida, víctimas de enfermedades infecciosas. Conclusión Los óbitos infantiles indígenas, de modo general, podrían ser evitados por intervenciones en el ámbito da Atención Primaria a la Salud. Los niveles de mortalidad entre los indígenas y no indígenas se mantienen incluso en contextos geográficos con los mayores contingentes de población indígena.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Mortalidade Infantil/etnologia , Brasil/etnologia , Indígenas Sul-Americanos/etnologia , Mortalidade Infantil/tendênciasRESUMO
Resumo: O objetivo do estudo foi verificar a associação do peso ao nascer de crianças Terena, residentes na área urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, com variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde, e descrever a frequência de baixo peso ao nascer. Os dados foram coletados em visitas domiciliares com formulários aplicados às mães e baseando-se em informações contidas nas Cadernetas da Gestante e da Criança. Foram incluídas todas as mulheres Terena que tiveram filhos nascidos vivos no período de 1º de junho de 2017 a 31 de julho de 2018 e residentes nas aldeias Água Bonita, Darcy Ribeiro, Marçal de Souza e Tarsila do Amaral. O peso ao nascer foi considerado desfecho e as variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde foram consideradas exposição. Participaram do estudo 43 mães e crianças. A frequência de baixo peso ao nascer foi de 2,3%. No modelo final, as crianças que residiam em domicílios com fossa séptica ou rudimentar apresentaram peso ao nascer menor quando comparadas às que residiam em domicílios com rede coletora de esgoto; e aquelas filhas de mães obesas antes da gestação apresentaram maior peso ao nascer quando comparadas às que nasceram de mães eutróficas segundo o índice de massa corporal pré-gestacional. Os dados buscam trazer à tona discussões sobre as condições de saúde e nutrição dessa importante parcela da população indígena que vive em áreas urbanas.
Abstract: The study aimed to verify the association between birthweight of Terena children living in the urban area of Campo Grande, Mato Grosso do Sul State, Brazil, and demographic, socioeconomic, and health variables and to describe the prevalence of low birthweight. Data were collective through home visits with a form completed with the mothers and based on records from the prenatal and neonatal cards. The sample included all the Terena women who gave birth to liveborn children from June 1, 2017, to July 31, 2018, and living in the Água Bonita, Darcy Ribeiro, Marçal de Souza, and Tarsila do Amaral villages. Birthweight was the outcome, and demographic, socioeconomic, and health characteristics were the exposure variables. A total of 43 mothers participated with their children. Low birthweight prevalence was 2.3%. In the final model, children living in households with makeshift cesspools showed lower birthweight when compared to those living in households connected to the public sewage disposal system, and daughters of mothers who were obese prior to the pregnancy presented higher birthweight than those born to normal weight mothers, according to pregestational body mass index. The data seek to contribute to discussions on the health and nutrition of this important share of the indigenous population that lives in urban areas.
Resumen: El objetivo del estudio fue verificar la asociación del peso al nacer de niños Terena, residentes en el área urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, con variables demográficas, socioeconómicas y de salud, así como describir la frecuencia de bajo peso al nacer. Los datos se recogieron en visitas domiciliarias con formularios aplicados a las madres, y a partir de información que contenían los Cuadernillos de la Gestante y del Niño. Se incluyeron a todas las mujeres Terena que tuvieron hijos nacidos vivos, durante el período del 1 de junio de 2017 a 31 de julio de 2018, y residentes en las aldeas Água Bonita, Darcy Ribeiro, Marçal de Souza y Tarsila do Amaral. El peso al nacer se consideró un resultado y las variables demográficas, socioeconómicas y de salud se consideraron exposición. Participaron en el estudio 43 madres y niños. La frecuencia de bajo peso al nacer fue de un 2,3%. En el modelo final, los niños que residían en domicilios con fosa séptica o rudimentaria presentaron un peso al nacer menor, cuando se comparan con los que residían en domicilios con una red de alcantarillado; y aquellos hijos de madres obesas antes de la gestación presentaron un mayor peso al nacer, cuando se comparan con los que nacieron de madres eutróficas, según el índice de masa corporal pregestacional. Los datos pretenden plantear discusiones sobre condiciones de salud y nutrición de esta importante parte de la población indígena que vive en áreas urbanas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Peso ao Nascer , Recém-Nascido de Baixo Peso/fisiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Prevalência , Grupos Populacionais/estatística & dados numéricos , Nascimento Prematuro/etnologia , Obesidade MaternaRESUMO
ABSTRACT: Introduction: The epidemiological profile of dental caries for Indigenous Peoples is complex and heterogeneous. The oral health of the Kaingang people, third largest Indigenous population from Brazil, has not been investigated so far. Objective: The purpose of this study was to assess the prevalence and severity of dental caries, in addition to the associated factors of the need of dental extraction among Kaingang adult Indigenous. Methods: A cross-sectional oral health survey was conducted among Kaingang adults aged from 35 to 44 years old living in the Guarita Indigenous Land, Rio Grande do Sul. Clinical exams were performed to analyze the conditions of dental crown and treatment needs. Results: A total of 107 Indigenous adults were examined. Mean DMFT score was 14.45 (± 5.80). Two-thirds of the DMFT score accounted for missing teeth. Anterior lower dentition presented the highest rates of sound teeth, whereas the lower first molars had the lowest. Need for dental extraction was observed in 34.58% and was associated with village location, time of last dental visit, and higher number of decayed teeth. Conclusion: The high frequencies of caries and missing teeth observed in this population indicate a lack of adequate assistance. It is essential to discuss health care models in order to combat avoidable social and health injustices.
RESUMO: Introdução: O perfil epidemiológico de cárie dentária dos povos indígenas é complexo e heterogêneo. A saúde bucal do povo Kaingang, terceira maior população indígena do Brasil, ainda não foi investigada. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e severidade de cárie, além dos fatores associados à necessidade de extração dentária entre adultos Indígenas Kaingang. Métodos: Foi realizado um inquérito de saúde bucal entre adultos Kaingang com idade entre 35 e 44 anos residentes na Terra Indígena Guarita, Rio Grande do Sul. Exames clínicos foram realizados a fim de analisar as condições da coroas dentárias e as necessidades de tratamento, seguindo os critérios e diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal SB Brasil 2010. Resultados: O total de 107 Indígenas Kaingang foi examinado. O índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) médio observado foi de 14,45 (± 5,80). Dois terços do escore do indíce foram compostos do componente "perdidos". A dentição inferior anterior apresentou as maiores taxas de dentes hígidos, enquanto os primeiros molares inferiores apresentaram as menores. Necessidade de extração dentária foi observada em 34,58%, sendo associada com a localização da aldeia, tempo da última consulta odontológica e maior número de dentes cariados. Conclusão: As altas frequências de cárie não tratada e dentes perdidos observados nessa população indicam a falta de assistência adequada. É necessário discutir modelos de atenção à saúde para combater iniquidades sociais e de saúde.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Extração Dentária/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Cárie Dentária/epidemiologia , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Índice de Gravidade de Doença , Brasil/epidemiologia , Índice CPO , Prevalência , Estudos Transversais , Distribuição por Sexo , Distribuição por Idade , Estatísticas não Paramétricas , Fatores SociológicosRESUMO
Abstract: Research on violence in indigenous communities refers to traditional practices of competition for scarce goods and clashes with other populations over their territories. Violence against children is not described, and authors of some studies state a tradition of good treatment towards them. In our study we shows that the situation has changed and new forms of violence are affecting 725,000 inhabitants from 51 indigenous groups of Venezuela, especially those composed of children and adolescents. The method used was interviews with key informants and for secondary census, civil society data and journalists' reports. Results describe the existence of four types of violence: (a) structural violence, derived from the shortage of food and medicines that have caused deaths due to malnutrition and lack of medical attention, prostitution, girl trafficking and forced emigration; (b) violence of organized crime, which exercise control of illegal mining and affect the Yanomami and Pemón peoples, as workforce for the production of coca and drug trafficking with the Yupka people; and contraband of gasoline in the Wayúu people; (c) domestic violence due to cultural changes derived from new patterns of alcohol consumption or the use of physical punishment of children between Piaroa and Yekuana peoples; and (d) the illegal violence of the State for the imposition of mining with the Pemón people or the repression for the protests with the Warao and Inga peoples. In the article we show the great difference between the official discourse of protection of indigenous peoples and the realities of violence, criminal exploitation and violation of rights suffered by indigenous children and adolescents.
Resumen: La investigación sobre la violencia en las comunidades indígenas se refiere a las prácticas tradicionales de competencia por los bienes escasos y enfrentamientos con otras poblaciones por sus territorios. La violencia contra los niños no se ha conocido, y algunos estudios afirman la existencia de una tradición de buen trato hacia ellos. Este estudio muestra que la situación cambió y que nuevas formas de violencia están afectando a 725.000 habitantes de los 51 grupos indígenas de Venezuela, especialmente niños y adolescentes. El método utilizado fue entrevistas con informantes clave, un censo secundario, así como datos de la sociedad civil e informes de periodistas. Los resultados describen la existencia de cuatro tipos de violencia: (a) violencia estructural, derivada de la escasez de comida y medicinas, que ha causado muertes debido a la malnutrición y falta de atención médica; prostitución, tráfico de niñas y emigración forzosa; (b) la violencia del crimen organizado, que ejerce el control de la minería ilegal y afecta a los Yanomami y Pemón, como fuerza de trabajo para la producción de coca y tráfico de drogas en el caso de los Yupka; además de contrabando de gasolina con los Wayúu; (c) la violencia doméstica, debido a los cambios culturales, derivada de nuevos patrones de consumo de alcohol o la aplicación del castigo físico de niños entre los Piaroa y Yekuana; y (d) la violencia ilegal del estado para la imposición de la minería con los Pemón o la represión de las protestas con los Warao e Inga. El artículo expone la gran diferencia entre el discurso oficial de protección a los indígenas y las realidades de violencia, explotación criminal y violación de los derechos sufridos por los niños y adolescentes indígenas.
Resumo: A pesquisa sobre violência em comunidades indígenas se refere a práticas tradicionais de disputa por bens escassos e confrontos com outras populações pela posse de seus territórios. A violência contra crianças ainda não foi descrita, e alguns estudos afirmam uma tradição de bom tratamento em relação a elas. O estudo mostra que a situação já mudou, e que novas formas de violência estão afetando 725.000 habitantes de 51 grupos indígenas na Venezuela, especialmente contra crianças e adolescentes. O método utilizado teve como base entrevistas com informantes-chave e acesso a dados censitários e de fontes da sociedade civil, além de relatos de jornalistas. Os resultados descrevem a existência de quatro tipos violência: (a) violência estrutural, derivada da escassez de alimentos e medicamentos, que provoca mortes devido à desnutrição e à falta de atendimento médico; prostituição e tráfico de meninas, além de emigração forçada; (b) violência praticada pelo crime organizado, com o controle da mineração ilegal e que afeta os povos Yanomami e Pemón, como força de trabalho na produção de coca e no tráfico de drogas no povo Yupka e o contrabando de gasolina no povo Wayúu; (c) violência doméstica em função de mudanças culturais derivadas dos novos padrões de consumo de álcool ou do uso de castigo físico de crianças, entre os povos Piaroa e Yekuana; e (d) violência ilegal praticada pelo estado pela imposição da mineração no povo Pemón ou com a repressão de protestos pelos povos Warao e Inga. O artigo mostra a grande diferença entre o discurso oficial da proteção dos indígenas e a realidade de violência, exploração criminosa e violação dos direitos das crianças e adolescentes indígenas na Venezuela.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Violência/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Censos , Povos Indígenas/estatística & dados numéricos , Condições Sociais/estatística & dados numéricos , Venezuela , Violência/etnologia , Indígenas Sul-Americanos/etnologia , Minas de Carvão , Violência Doméstica/etnologia , Violência Doméstica/estatística & dados numéricos , Violência Étnica/etnologia , Violência Étnica/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo: O objetivo deste estudo foi descrever características clínicas e sociodemográficas, estimar a incidência da tuberculose (TB), além de analisar fatores associados ao abandono e ao óbito na vigência do tratamento dos casos de TB notificados entre crianças e adolescentes indígenas, no Brasil, entre 2006-2016. Realizou-se análise da série histórica de incidência, segundo faixa etária e macrorregião e utilizou-se regressão logística multinomial para elucidar fatores associados ao abandono e ao óbito. Do total de 2.096 casos notificados, 88,2% tiveram cura, 7,2% abandonaram o tratamento e 4,6% evoluíram para óbito. Houve predomínio de casos em meninos de 15-19 anos e maior proporção de óbitos (55,7%) em < 4 anos. Considerando o conjunto de crianças e adolescentes indígenas com TB no Brasil, a incidência média foi 49,1/100 mil, variando de 21,5/100 mil a 97,6/100 mil nas regiões Nordeste e Centro-oeste, respectivamente. Os casos com acompanhamento insuficiente e regular tiveram maiores chances de abandono (OR = 11,1; IC95%: 5,2-24,8/OR = 4,4; IC95%: 1,9-10,3) e óbito (OR = 20,3; IC95%: 4,9-84,9/OR = 5,1; IC95%: 1,2-22,7). Os casos em retratamento (OR = 2,4; IC95%: 2,08-8,55) e com anti-HIV positivo (OR = 8,2; IC95%: 2,2-30,9) também mostraram-se associados ao abandono. As formas clínicas extrapulmonar (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,3) e mista (OR = 5,6; IC95%: 2,8-11,4), os casos em < 4 anos (OR = 3,1; IC95%: 1,5-6,4) e os casos provenientes das regiões Norte (OR = 2,8; IC95%: 1,1-7,1) e Centro-oeste (OR = 2,8; IC95%: 1,1-7,0) mostraram-se associados ao óbito. Acreditamos que o controle da TB em crianças e adolescentes indígenas não poderá ser alcançado sem investimentos em pesquisa e desenvolvimento e sem a redução das desigualdades sociais.
Abstract: The study aimed to describe clinical and sociodemographic characteristics, estimate incidence, and analyze factors associated with dropout and death during treatment of TB cases reported in indigenous children and adolescents in Brazil from 2006 to 2016. A historical case series was performed on incidence according to age bracket and major geographic region, and multinomial logistic regression was used to explain factors associated with treatment dropout and death. Of the 2,096 reported cases, 88.2% evolved to cure, 7.2% dropped out of treatment, and 4.6% evolved to death. There was a predominance of cases in boys 15-19 years of age and a higher proportion of deaths (55.7%) in children < 4 years. Considering indigenous children and adolescents with TB in Brazil as a whole, mean incidence was 49.1/100,000, ranging from 21.5/100,000 to 97.6/100,000 in the Northeast and Central, respectively. Cases with insufficient and irregular follow-up showed higher odds of dropout (OR = 11.1; 95%CI: 5.2-24.8/OR = 4.4; 95%CI: 1.9-10.3) and death (OR = 20.3; 95%CI: 4.9-84.9/OR = 5.1; 95%CI: 1.2-22.7). Cases in retreatment (OR = 2.4; 95%CI: 2.08-8.55) and with HIV coinfection (OR = 8.2; 95%CI: 2.2-30.9) were also associated with dropout. Extrapulmonary (OR = 1.8; 95%CI: 1.1-3.3) and mixed clinical forms (OR = 5.6; 95%CI: 2.8-11.4), age < 4 years (OR = 3.1; 95%CI: 1.5-6.4), and cases from the North (OR = 2.8; 95%CI: 1.1-7.1) and Central (OR = 2.8; 95%CI: 1.1-7.0) were associated with death. TB control in indigenous children and adolescents cannot be achieved without investments in research and development and without reducing social inequalities.
Resumen: El objetivo de este estudio fue describir características clínicas y sociodemográficas, estimar la incidencia de la tuberculosis (TB), además de analizar factores asociados al abandono y al óbito en la vigencia del tratamiento de los casos de TB, notificados entre niños y adolescentes indígenas, en Brasil entre 2006-2016. Se realizó un análisis de la serie histórica de incidencia, según la franja de edad y macrorregión y se utilizó la regresión logística multinomial para elucidar factores asociados al abandono y al óbito. Del total de 2.096 casos notificados, un 88,2% tuvieron cura, un 7,2% abandonaron el tratamiento y un 4,6% evolucionaron hacia óbito. Hubo un predominio de casos en chicos de 15-19 años y mayor proporción de óbitos (55,7%) en < 4 años. Considerando el conjunto de niños y adolescentes indígenas con TB en Brasil, la incidencia media fue 49,1/100.000, variando de 21,5/100.000 a 97,6/100.000 en las regiones Nordeste y Centro-oeste, respectivamente. Los casos con un seguimiento insuficiente y regular tuvieron mayores oportunidades de abandono (OR = 11,1; IC95%: 5,2-24,8/OR = 4,4; IC95%: 1,9-10,3) y óbito (OR = 20,3; IC95%: 4,9-84,9/OR = 5,1; IC95%: 1,2-22,7). Los casos de retorno al tratamiento (OR = 2,4; IC95%: 2,08-8,55) y con anti-VIH positivo (OR = 8,2; IC95%: 2,2-30,9) también se mostraron asociados al abandono. Las formas clínicas extrapulmonares (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,3) y mixta (OR = 5,6; IC95%: 2,8-11,4), los casos en < 4 años (OR = 3,1; IC95%: 1,5-6,4) y los casos procedentes de las regiones Norte (OR = 2,8; IC95%: 1,1-7,1) y Centro-oeste (OR = 2,8; IC95%: 1,1-7,0) se mostraron asociados al óbito. Creemos que el control de la TB en niños y adolescentes indígenas no se podrá alcanzar sin inversiones en investigación y desarrollo y sin la reducción de las desigualdades sociales.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Pacientes Desistentes do Tratamento/estatística & dados numéricos , Tuberculose/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Notificação de Doenças/estatística & dados numéricos , Morte , Pacientes Desistentes do Tratamento/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Tuberculose/diagnóstico , Tuberculose/etnologia , Tuberculose/mortalidade , Tuberculose Pulmonar/diagnóstico , Tuberculose Pulmonar/etiologia , Tuberculose Pulmonar/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Incidência , Distribuição por Sexo , Distribuição por Idade , Continuidade da Assistência ao Paciente/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo: O objetivo deste trabalho foi descrever as características, a distribuição e as taxas de mortalidade por suicídio entre crianças indígenas no Brasil, comparativamente as não indígenas. Realizou-se um estudo descritivo, compreendendo os anos de 2010 a 2014, utilizando dados dos sistemas nacionais de informação. Foram selecionados os óbitos de pessoas com idades de 10 a 14 anos, cuja causa básica foi classificada como "lesões autoprovocadas voluntariamente". O enforcamento foi o meio utilizado com mais frequência, tanto entre indígenas como entre não indígenas, embora tenha sido mais frequente no primeiro grupo. Entre indígenas, a ocorrência de suicídio em hospital ou outros estabelecimentos de saúde foi menor do que o observado entre os não indígenas. Aproximadamente, 3/4 dos suicídios entre crianças indígenas ocorreram em 17 municípios. A taxa de mortalidade por suicídio entre crianças indígenas foi de 11,0/100 mil (8,4-14,3), 18,5 (10,9-31,6) vezes maior do que a observada entre as não indígenas, 0,6/100 mil (0,5-0,6), sem diferenças entre meninos e meninas. Este trabalho evidenciou, pela primeira vez, em escala nacional, especificidades das características do suicídio indígena, suas elevadas taxas, bem como identificou ainda áreas prioritárias para intervenções.
Abstract: This study aimed to describe the characteristics, distribution, and mortality rates from suicide in indigenous children in Brazil compared to non-indigenous children. This descriptive study covered the years from 2010 to 2014, using national databases. The study collected deaths in individuals 10 to 14 years of age whose underlying cause was "inentional self-inflicted injury". Hanging was the most frequently used means in both indigenous and non-indigenous children, although it was more frequent in the former. Among indigenous children, suicides in hospitals or other healthcare establishments were less common than in non-indigenous. Approximately three-fourths of suicides in indigenous children occurred in just 17 municipalities. The mortality rate from suicide among indigenous children was 11.0/100,000 (8.4-14.3), or 18.5 times higher (10.9-31.6) than in non-indigenous, which was 0.6/100,000 (0.5-0.6), with no differences between boys and girls. This study showed for the first time on a national scale the specific characteristics of suicide in indigenous children, with high rates, and also identified priority areas for interventions.
Resumen: El objetivo de este trabajo fue describir las características, distribución y tasas de mortalidad por suicidio entre niños indígenas en Brasil, en comparación con los no indígenas. Se realizó un estudio descriptivo, desde el año 2010 hasta el 2014, utilizando datos de los sistemas nacionales de información. Se seleccionaron los fallecimientos de personas con edades comprendidas de 10 a 14 años, cuya causa básica de fallecimiento se clasificó como "lesiones auto provocadas voluntariamente". El ahorcamiento fue el medio utilizado con más frecuencia, tanto entre indígenas como entre no indígenas, aunque haya sido más frecuente en el primer grupo. Entre indígenas, la ocurrencia de suicidios en hospitales u otros establecimientos de salud fue menor de lo que se observó entre los no indígenas. Aproximadamente, 3/4 de los suicidios entre niños indígenas se produjeron en 17 municipios. La tasa de mortalidad por suicidio entre niños indígenas fue de 11,0/100 mil (8,4-14,3), 18,5 (10,9-31,6) veces mayor que la observada entre los no indígenas, 0,6/100 mil (0,5-0,6), sin diferencias entre niños y niñas. Este trabajo evidenció, por primera vez, en escala nacional, especificidades de las características del suicidio indígena, sus elevadas tasas, así como, incluso, se identificaron áreas prioritarias para intervenciones.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Suicídio/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Mortalidade da Criança/etnologia , Suicídio/etnologia , Suicídio/psicologia , Brasil/epidemiologia , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Fatores Sexuais , Comparação Transcultural , Fatores de Risco , Causas de Morte , Cidades/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo: Internacionalmente, observa-se um incremento no uso das internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) como indicador de efetividade da atenção primária à saúde. Este artigo analisa as iniquidades étnico-raciais nas internações por causas em menores de cinco anos no Brasil e regiões, com ênfase nas ICSAP e nas infecções respiratórias agudas (IRA). Com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 2009-2014, calcularam-se proporções por causas, taxas e razões de taxas de ICSAP ajustadas por sexo e idade após a imputação múltipla de dados faltantes de cor/raça. As principais causas de internação foram doenças do aparelho respiratório (37,4%) e infecciosas e parasitárias (19,3%), sendo as crianças indígenas as mais acometidas. As taxas brutas de ICSAP (por 1.000) foram mais elevadas em indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas das pardas (40,0; IC95%: 39,8-40,1), e as menores foram nas amarelas (14,8; IC95%: 14,1-15,5). As maiores razões de taxas ajustadas de ICSAP foram registradas entre crianças de cor/raça indígena e branca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) no país, atingindo 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) e 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) no Norte e Centro-oeste, respectivamente. As IRA permanecem como importantes causas de hospitalização em crianças no Brasil. Foram observadas alarmantes iniquidades étnico-raciais nas taxas de ICSAP, com situação de desvantagem para indígenas. São necessárias melhorias nas condições de vida, saneamento e subsistência, bem como garantia de acesso oportuno e qualificado à atenção primária à saúde das populações mais vulneráveis, com destaque para os indígenas no Norte e no Centro-oeste, a fim de minimizar iniquidades em saúde e fazer cumprir as diretrizes do SUS e da Constituição do Brasil.
Abstract: There has been a global increase in hospital admissions for primary care-sensitive conditions (PCSCs) as an indicator of effectiveness in primary health care. This article analyzes ethnic and racial inequalities in cause-related hospitalizations in under-five children in Brazil as a whole and the country's five major geographic regions, with an emphasis on PCSCs and acute respiratory infections (ARIs). Using data from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS), 2009-2014, the authors calculated proportions, rates, and rate ratios for PCSCs, adjusted by sex and age after multiple imputation of missing data on color/race. The principal causes of hospitalization were respiratory tract infections (37.4%) and infectious and parasitic diseases (19.3%), and indigenous children were proportionally the most affected. Crude PCSC rates (per 1,000) were highest in indigenous children (97.3; 95%CI: 95.3-99.2), followed by brown or mixed-raced children (40.0; 95%CI: 39.8-40.1), while the lowest rates were in Asiandescendant children (14.8; 95%CI: 14.1-15.5). The highest adjusted rate ratios for PCSCs were seen among indigenous children compared to white children - 5.7 (95%CI: 3.9-8.4) for Brazil as a whole, reaching 5.9 (95%CI: 5.0-7.1) and 18.5 (95%CI: 16.5-20.7) in the North and Central, respectively, compared to white children. ARIs remained as important causes of pediatric hospitalizations in Brazil. Alarming ethnic and racial inequalities were observed in PCSCs, with indigenous children at a disadvantage. Improvements are needed in living conditions, sanitation, and subsistence, as well as guaranteed timely access to high-quality primary health care in the more vulnerable population groups, especially the indigenous peoples of the North and Central, in order to mitigate the health inequalities and meet the guidelines of the SUS and the Brazilian Constitution.
Resumen: Internacionalmente, se observa un incremento en las hospitalizaciones por condiciones sensibles a la atención primaria (ICSAP), como un indicador de efectividad de la atención primaria a la salud. Este artículo analiza las inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables em menores de cinco años en Brasil y sus regiones, con énfasis en las ICSAP y en las infecciones respiratorias agudas (IRA). Con datos del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS), 2009-2014, se calcularon porcentajes por causas, tasas y razones de tasas de ICSAP ajustadas por sexo y edad, tras la imputación múltiple de datos faltantes de color/raza. Las principales causas de hospitalización fueron enfermedades del aparato respiratório (37,4%) e infecciosas y parasitarias (19,3%), siendo los niños indígenas los más afectados. Las tasas brutas de ICSAP (por 1.000) fueron más elevadas en indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas de las mulatos/mestizos (40,0; IC95%: 39,8-40,1), mientras que las menores fueron en las de origen asiática (14,8; IC95%: 14,1-15,5). Las mayores razones de tasas ajustadas de ICSAP fueron en los niños indígenas comparados a los niños de color/raza blanca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) en el país, alcanzando 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) y 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) en el Norte y Centro-oeste, respectivamente, en comparación con El color/raza blanca. Las IRA permanecen como importantes causas de hospitalización en niños em Brasil. Se observaron alarmantes inequidades étnico-raciales en las tasas de ICSAP, con situación de desventaja para los indígenas. Se necesitan mejoras en las condiciones de vida, saneamiento y subsistencia, así como la garantía de un acceso oportuno y cualificado a la atención primaria a La salud de las poblaciones más vulnerables, destacando los indígenas en el Norte y Centro-oeste, a fin de minimizar inequidades en salud y hacer cumplir las directrices del SUS y de la Constitución de Brasil.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Infecções Respiratórias/etnologia , Infecções Respiratórias/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/etnologia , Brasil/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Morbidade , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Programas Nacionais de SaúdeRESUMO
Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.
Abstract: Studies on racial classification systems in Brazil reveal the influence of socioeconomic factors in the expression of color/race categories, especially for whites and blacks. The aim of this study was to analyze specific family arrangements between fathers, mothers, and children, at least one of whom was indigenous. Based on the sample from the 2010 Population Census, we selected households with at least three residents (father, mother, and children), at least one of whom was indigenous. Children were characterized according to color/race (white, brown, and indigenous), sex, age, per capita household income, maternal schooling, and number of urban and rural household residents. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were performed. We estimated a total of 290.247 children (of whom 77.1% were classified as indigenous, 13.8% brown, and 9.1% white), 74.3% living in rural households and 41.3% in the North region of Brazil; children classified as white and brown were located mostly in urban areas. The odds of children of indigenous fathers or mothers being classified as white were higher in the Southeast and South. The odds of children being classified as white or brown increased proportionally with monthly income and maternal schooling. The findings show that socioeconomic status is significantly associated with color/race classification in Brazil, including in indigenous households.
Resumen: Las investigaciones sobre los sistemas de clasificación racial en Brasil evidencian las influencias de aspectos socioeconómicos en la expresión de las categorías de color/raza, destacando blancos y negros. El objetivo de este trabajo fue analizar núcleos específicos familiares formados por padres, madres e hijos donde, por lo menos, uno de ellos era indígena. A partir de la muestra del Censo Demográfico 2010, se seleccionaron domicilios con por lo menos tres residentes (padre, madre e hijos), siendo, por lo menos, uno indígena. Todos ellos fueron caracterizados según color/raza (blanca, mestiza e indígena), sexo, edad, renta domiciliaria per cápita, escolaridad de las madres y número de residentes en los domicilios urbanos y rurales. Se realizaron análisis descriptivos y una regresión logística multinomial. Se estimó un total de 290.247 hijos (77,1% indígenas, 13,8% mestizos y 9,1% blancos), de los cuales un 74,3% residían en domicilios rurales y 41,3% en la región norte; los hijos blancos y mestizos estaban localizados mayoritariamente en áreas urbanas. Las oportunidades de que los hijos de padres o madres indígenas hayan sido clasificados como blancos fueron más expresivas en las regiones del sudeste y sur. Los hijos presentaron mayores oportunidades de ser clasificados como blancos y mestizos con el aumento de la renta mensual, así como de la escolaridad materna. Los hallazgos demuestran como la posición socioeconómica se asocia de forma significativa con los procesos de clasificación de color/raza en Brasil, también en los segmentos indígenas de la población.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , Censos , População Rural/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Pigmentação da Pele , Escolaridade , Pai/classificação , Pai/estatística & dados numéricos , Fatores Raciais/classificação , Fatores Raciais/estatística & dados numéricos , Mães/estatística & dados numéricosRESUMO
El objetivo de este trabajo fue realizar una revisión de la situación de salud y nutrición del niño indígena chileno, específicamente del Mapuche, en lo publicado en las bases de datos de referencias bibliográficas y en investigaciones específicas que tienen base poblacional. Para este trabajo se buscó lo publicado en PubMed, LILACS, organismos nacionales e internacionales, durante los últimos 15 años. Desde el 2006 hasta el 2015 la proporción de pobres era mayor en los indígenas, con disminución de la brecha de 16% el 2006 a 7,7% el 2015 (p < 0,001). En la primera década de este siglo la mortalidad infantil en los niños indígenas tenía una tasa de 17,1/1.000 nacidos vivos, mientras en los no indígenas era de de 8,8/1.000 y, en el seguimiento de cinco años, la brecha se mantuvo (p < 0,001). Los recién nacidos con peso < 2,500g el año 2000 no superaban el 6% (5,6% en no indígenas y 5,2% en los indígenas). La talla baja al ingreso a la escuela era 8,4% en los escolares indígenas y 3,1% en los no indígenas, disminuyendo a 3,7 en los indígenas y 2,6% en los no indígenas el 2004, la obesidad en cambio aumentó más en los indígenas, llegando a 24,2 y 25,3% en los no indígenas (p < 0,001). La menarquia se presentó cuatro meses más tarde en las indígenas (12,7 años) y el índice de masa corporal, circunferencia de cintura y el porcentaje de grasa, fueron significativamente mayores en las indígenas en el momento de la telarquia, así como la frecuencia de exceso de peso (55% vs. 42% en las no indígenas). Los niños Mapuche presentan una condición de salud y nutrición favorable, comparada con los indígenas de otros países del continente, sin embargo, aun existe una brecha adversa -comparada con los no indígenas-, en que la desigualdad desfavorece al niño indígena y esta debe ser reconocida y corregida.
The aim of this study was to conduct a review of the health and nutritional status of Chilean indigenous children, specifically Mapuche children, as published in the literature and specific population-based studies. The searches were conducted in PubMed and LILACS in the last 15 years. From 2006 to 2015, the poverty rate was higher in the indigenous population, with a decrease in the gap from 16% in 2006 to 7.7% in 2015 (p < 0.001). In the first decade of this century, infant mortality in indigenous children was 17.1/1,000 live births, while in non-indigenous children it was 8.8/1,000, and the gap was maintained in the five-year follow-up (p < 0.001). Newborns with birthweight < 2,500g in the year 2000 did not reach 6% (5.6% in non-indigenous and 5.2% in indigenous children). Low height at first school enrollment was 8.4% in indigenous schoolchildren and 3.1% in non-indigenous children, decreasing to 3.7% in indigenous children and 2.6% in non-indigenous children in 2004, while obesity increased more in indigenous children, reaching 24.2% in indigenous and 25.3% in non-indigenous children (p < 0.001). Menarche appeared four months later on average in indigenous girls (12.7 years), and body mass index, waist circumference, and fat mass were significantly greater in indigenous girls at the time of thelarche, as was the overweight rate (55%, vs. 42% in non-indigenous). Mapuche children show favorable health and nutritional status compared to indigenous children elsewhere in Latin America, but there is still an adverse gap compared to non-indigenous Chilean children. This inequality affecting indigenous Chilean children should be acknowledged and corrected.
O objetivo deste trabalho foi realizar una revisão da situação da saúde e nutrição da criança indígena chilena, especificamente da Mapuche, nas publicações relacionadas em bases de dados de referências bibliográficas e em pesquisas específicas que têm base populacional. A pesquisa foi realizada em publicações relacionadas: PubMed, LILACS, organismos nacionais e internacionais, nos últimos 15 anos. Desde 2006 até 2015 a proporção de pobres era maior nos indígenas, com diminuição de uma diferença de 16% em 2006 a 7,7% em 2015 (p < 0.001). Na primeira década de este século a mortalidade infantil nas crianças indígenas teve una taxa de 17,1/1.000 nascidas vivas, enquanto nos não indígenas era de 8,8/1.000 e, em um acompanhamento de cinco anos, a diferença se manteve (p < 0,001). Os recém-nascidos com peso < 2.500g no ano de 2000 não superavam 6% (5,6% em não indígenas e 5,2% nos indígenas). A baixa estatura ao momento do ingresso na escola era 8,4% nos escolares indígenas e 3,1% nos não indígenas, diminuindo a 3,7 nos indígenas e 2,6% nos não indígenas em 2004, a obesidade pelo contrário teve um aumento maior nos indígenas, chegando a 24,2 e 25,3% nos não indígenas (p < 0,001). A menarca ocorreu quatro meses mais tarde nas indígenas (12,7 anos) e o índice de massa corporal, circunferência da cintura e a porcentagem da gordura, foram significativamente maiores nas indígenas no período da telarca, à semelhança da frequência do sobrepeso (55% vs. 42% nas não indígenas). As crianças Mapuche apresentam uma condição de saúde e nutrição favorável, comparada com os indígenas de outros países do continente, no entanto, ainda existe uma brecha adversa - comparada com os não indígenas - , onde a desigualdade desfavorece a criança indígena e por isso deve ser reconhecida e corrigida.
Assuntos
Humanos , Criança , Peso ao Nascer , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Estado Nutricional/etnologia , Grupos Populacionais/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Estatura/etnologia , Peso Corporal/etnologia , Chile , Mortalidade da Criança/etnologiaRESUMO
Resumo: Os poucos estudos que abordam o tema de saúde e nutrição em indígenas da macrorregião Nordeste do Brasil sinalizaram situações diferenciadas em alguns aspectos, quando comparados principalmente à realidade de indígenas do Norte e Centro-oeste. Este trabalho objetivou estimar a magnitude das prevalências e risco de sobrepeso e excesso de peso em crianças menores de dez anos da etnia Xukuru do Ororubá, Estado de Pernambuco, e avaliar os fatores socioeconômicos e demográficos potencialmente associados a estes agravos. Estudo transversal, no qual realizou-se uma análise da associação entre as variáveis de desfecho, peso adequado, excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e risco de sobrepeso, de acordo com os índices e pontos de corte da Organização Mundial da Saúde para crianças e as variáveis explicativas, utilizando-se regressão logística multinomial. A prevalência de excesso de peso foi de 7,7% e de risco de sobrepeso de 24,2%. As chances de risco de sobrepeso e de excesso de peso são maiores em crianças < 2 anos, e filhos de mães obesas apresentam maior chance de excesso de peso. A prevalência de risco de sobrepeso foi 97% maior quando comparada com os domicílios sem renda fixa. Os achados sugerem que os Xukuru estão atravessando um acelerado processo de transição nutricional, com uma situação paradoxal a que outros povos indígenas no Brasil estão expostos.
Abstract: The few studies on health and nutrition in indigenous peoples in Northeast Brazil point to some differences with indigenous peoples in the North and Central of the country. This study estimated the prevalence rates and risk of overweight and excess weight in Xukuru children in the village of Ororubá, Pernambuco State, and assessed the socioeconomic and demographic factors potentially associated with these conditions. This cross-sectional study analyzed the associations between adequate weight, excess weight (overweight and obesity), and risk of overweight according to the indices and cutoff points of the World Health Organization for children and the explanatory variables, using multinomial logistic regression. Prevalence of excess weight was 7.7% and risk of overweight was 24.2%. The odds of risk of overweight and excess weight were higher in children < 2 years. Children of obese mothers showed higher odds of excess weight. Prevalence of risk of overweight was 97% higher when compared to households with fixed income. The findings suggest that the Xukuru are experiencing an accelerated nutritional transition, with a paradoxical situation to which other indigenous peoples in Brazil are also exposed.
Resumen: Los escasos estudios que abordan el tema de salud y nutrición en indígenas de la macrorregión Nordeste de Brasil mostraron situaciones diferenciadas en algunos aspectos, cuando se comparan principalmente con la realidad de los indígenas del Norte y Centro-oeste. El objetivo de este trabajo fue estimar la magnitud de las prevalencias y riesgo de sobrepeso, así como de exceso de peso en niños menores de diez años de la etnia Xukuru do Ororubá, estado de Pernambuco, y evaluar los factores socioeconómicos y demográficos potencialmente asociados a estos problemas. Se trata de un estudio transversal, en el que se realizó un análisis de la asociación entre las variables de desenlace, peso adecuado, exceso de peso (sobrepeso y obesidad) y riesgo de sobrepeso, conforme los índices y puntos de corte de la Organización Mundial de la Salud para niños, y las variables explicativas, utilizando una regresión logística multinomial. La prevalencia de exceso de peso fue de un 7,7% y la de riesgo de sobrepeso de 24,2%. Las oportunidades de riesgo de sobrepeso y de exceso de peso son mayores en niños < 2 años, asimismo, hijos de madres obesas presentan una mayor oportunidad de exceso de peso. La prevalencia de riesgo de sobrepeso fue un 97% mayor cuando se compara con domicilios sin ingresos fijos. Los resultados sugieren que los Xukuru están atravesando un acelerado proceso de transición nutricional, con una situación paradójica a la que otros pueblos indígenas en Brasil están expuestos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Inquéritos Nutricionais/estatística & dados numéricos , Sobrepeso/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores Etários , Medição de Risco , Mães/estatística & dados numéricos , Obesidade/epidemiologiaRESUMO
Resumo: Este estudo avalia a atenção pré-natal de mulheres indígenas com idades entre 14-49 anos, com filhos menores de 60 meses no Brasil. O Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas avaliou 3.967 mulheres que atendiam a tais requisitos, sendo 41,3% da Região Norte; 21,2% do Centro-oeste; 22,2% do Nordeste; e 15% do Sul/Sudeste. O pré-natal foi ofertado a 3.437 (86,6%) delas. A Região Norte registrou a maior proporção de mulheres que não fizeram pré-natal. A cobertura alcançada foi de 90,4%, mas somente cerca de 30% iniciaram o pré-natal no 1º trimestre e apenas 60% das elegíveis foram vacinadas contra difteria e tétano. Somente 16% das gestantes indígenas realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal. Ter acesso a pelo menos um cuidado clínico-obstétrico foi observado em cerca de 97% dos registros, exceto exame de mamas (63%). Foi baixa a solicitação de exames (glicemia 53,6%, urina 53%, hemograma 56,9%, citologia oncótica 12,9%, teste de sífilis 57,6%, sorologia para HIV 44,2%, hepatite B 53,6%, rubéola 21,4% e toxoplasmose 32,6%) e prescrição de sulfato ferroso (44,1%). No conjunto, a proporção de solicitações de exames laboratoriais preconizados não ultrapassou 53%. Os percentuais de realização das ações do pré-natal das indígenas são mais baixos que os encontrados para mulheres não indígenas no conjunto do território nacional, e até mesmo para as residentes em regiões de elevada vulnerabilidade social e baixa cobertura assistencial como a Amazônia Legal e o Nordeste. Os resultados reafirmam a persistência de desigualdades étnico-raciais que comprometem a saúde e o bem-estar de mães indígenas.
Abstract: This study assesses prenatal care for indigenous women 14-49 years of age with children under five years of age in Brazil. The First National Survey of Indigenous People's Health and Nutrition assessed 3,967 women who met these criteria, of whom 41.3% in the North, 21.2% in the Central, 22.2% in the Northeast, and 15% in the South/Southeast. Prenatal care was offered to 3,437 (86.6%) of these women. The North of Brazil showed the highest proportion of indigenous women who did not receive prenatal care. Coverage was 90.4%, but only some 30% began prenatal care in the first trimester, and only 60% of the eligible women were vaccinated for diphtheria and tetanus. Only 16% of indigenous pregnant women had seven or more prenatal visits. Access to at least one clinical-obstetric consultation was found in 97% of the records, except for breast examination (63%). Laboratory test rates were low (blood glucose 53.6%, urinalysis 53%, complete blood count 56.9%, Pap smear 12.9%, syphilis test 57.6%, HIV serology 44.2%, hepatitis B 53.6%, rubella 21.4%, and toxoplasmosis 32.6%), as was prescription of ferrous sulfate (44.1%). As a whole, the proportion of orders for recommended laboratory tests was only 53%. The percentages of prenatal care procedures for indigenous women are lower than for non-indigenous Brazilian women as a whole, and are even lower than among women in regions with high social vulnerability and low healthcare coverage, like the Legal Amazonia and the Northeast. The results confirm the persistence of ethnic-racial inequalities that compromise the health and well-being of indigenous mothers.
Resumen: Este estudio evalúa la atención prenatal a mujeres indígenas con edades comprendidas entre los 14-49 años, con hijos menores de 60 meses en Brasil. La Primera Encuesta Nacional de Salud y Nutrición de los Pueblos Indígenas evaluó a 3.967 mujeres que reunían tales requisitos, procediendo un 41,3% de la Región Norte; un 21,2% del Centro-oeste; un 22,2% del Nordeste; y un 15% del Sur/Sudeste. El servicio prenatal se le ofreció a 3.437 (86,6%) de ellas. La Región Norte registró la mayor proporción de mujeres que no realizaron el seguimiento prenatal. La cobertura alcanzada fue de un 90,4%, pero solamente cerca de un 30% comenzaron el seguimiento prenatal durante el primer trimestre y sólo un 60% de las elegibles fueron vacunadas contra la difteria y tétanos. Solamente un 16% de las gestantes indígenas realizaron 7 o más consultas de prenatal. Alrededor de un 97% de los registros se observó que tuvieron acceso a por lo menos un cuidado clínico-obstétrico, excepto el examen de mamas (63%). Fue baja la solicitud de exámenes (glucemia 53,6%, orina 53%, hemograma 56,9%, citología oncológica 12,9%, test de sífilis 57,6%, serología para VIH 44,2%, hepatitis B 53,6%, rubeola 21,4% y toxoplasmosis un 32,6%) y la prescripción de sulfato ferroso (44,1%). En conjunto, la proporción de solicitudes de exámenes de laboratorio previstos no sobrepasó el 53%. Los porcentajes de realización de acciones del seguimiento prenatal por parte de las indígenas son más bajos que los encontrados en mujeres no indígenas, en el conjunto del territorio nacional, y hasta incluso en comparación con las residentes en regiones de elevada vulnerabilidad social y baja cobertura asistencial como la Amazonia Legal y el Nordeste. Los resultados reafirman la persistencia de desigualdades étnico-raciales que comprometen la salud y el bienestar de las madres indígenas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Pesquisas sobre Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Registros de Saúde Pessoal , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate the accuracy of rapid molecular testing as a diagnostic tool and estimate the incidence of smear-positive pulmonary tuberculosis among the indigenous population. Methods: This is an epidemiological study based on secondary data. We calculated the incidence of smear-positive pulmonary tuberculosis between January 1st, 2011 and December 31, 2016, and the performance of bacilloscopy and rapid molecular testing in diagnosing pulmonary tuberculosis compared to sputum culture (standard test). Results: We included 4,048 cases of indigenous people with respiratory symptoms who provided sputum samples for analysis. Among them, 3.7%, 6.7%, and 3.7% had positive results for bacilloscopy, sputum culture, and rapid molecular testing, respectively. The mean incidence of pulmonary tuberculosis was 269.3/100 thousand inhabitants. Rapid molecular testing had 93.1% sensitivity and 98.2% specificity, compared to sputum culture. Bacilloscopy showed 55.1% sensitivity and 99.6% specificity. Conclusions: Rapid molecular testing can be useful in remote areas with limited resources and a high incidence of tuberculosis, such as indigenous villages in rural regions of Brazil. In addition, the main advantages of rapid molecular testing are its easy handling, fast results, and the possibility of detecting rifampicin resistance. Together, these attributes enable the early start of treatment, contributing to reduce the transmission in communities recognized as vulnerable to infection and disease.
RESUMO Objetivo: Avaliar a acurácia do teste rápido molecular como ferramenta diagnóstica e estimar a incidência de casos pulmonares positivos entre a população indígena. Métodos: Estudo epidemiológico baseado em dados secundários. Foi calculada a incidência de casos de tuberculose pulmonar positiva entre 1° de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2016, e o desempenho da baciloscopia e do teste rápido molecular no diagnóstico de tuberculose pulmonar, em comparação à cultura de escarro (teste padrão). Resultados: Foram incluídos 4.048 casos de indígenas considerados sintomáticos respiratórios, que forneceram amostras de escarro para análise. Destes, 3,7%, 6,7% e 3,7% apresentaram resultados positivos para baciloscopia, cultura e teste rápido molecular, respectivamente. A incidência média de tuberculose pulmonar foi de 269,3/100 mil habitantes. A sensibilidade do teste rápido molecular, em relação à cultura, foi 93,1% e a especificidade foi 98,2%. A baciloscopia apresentou sensibilidade 55,1% e especificidade 99,6%. Conclusões: O teste rápido molecular pode ser útil em áreas remotas, com recursos limitados e incidência de tuberculose elevada, como as aldeias indígenas nas áreas rurais do país. Ademais, o teste rápido molecular apresenta como principais vantagens o fácil manuseio, os resultados rápidos e a possibilidade de identificar a resistência à rifampicina. Em conjunto, esses atributos facilitam o início do tratamento precoce, contribuindo para reduzir a transmissão em comunidades reconhecidamente vulneráveis à infecção e à doença.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Tuberculose Pulmonar/diagnóstico , Tuberculose Pulmonar/etnologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Técnicas de Diagnóstico Molecular/métodos , Mycobacterium leprae/isolamento & purificação , Valores de Referência , Escarro/microbiologia , Fatores de Tempo , Tuberculose Pulmonar/microbiologia , Brasil/epidemiologia , Incidência , Estudos Transversais , Reprodutibilidade dos Testes , Sensibilidade e Especificidade , Distribuição por Sexo , Distribuição por IdadeRESUMO
O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de deficiências visual, auditiva e motora e estimar a chance de se ter uma das três deficiências, separadamente, segundo grau de severidade, para a população indígena no Brasil. Os dados foram retirados do Censo Demográfico de 2010 coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os métodos utilizados incluem a padronização direta para o cálculo das prevalências e modelos de regressão logística multinomial. Os resultados padronizados mostram que homens e mulheres indígenas apresentam a maior prevalência em cada uma das deficiências examinadas neste trabalho, sendo a única exceção a deficiência visual de grau leve entre as mulheres. Os resultados dos modelos de regressão multinomial mostram uma desvantagem relativa dos povos indígenas em quase todos os tipos de deficiência.
This study aimed to describe the prevalence of visual, hearing, and motor impairments in the indigenous population in Brazil and to estimate the odds of presenting one of the three disabilities, separately, according to degree of severity. The data were obtained from the 2010 Population Census conducted by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The methods included direct standardization for calculation of the prevalence rates and multinomial logistic regression models. According to the standardized results, indigenous men and women showed the highest prevalence in each of the three disabilities, except for mild visual impairment in women. The results of the multinomial regression models revealed a relative disadvantage for indigenous peoples in nearly all the types of disability.
El objetivo de este estudio fue describir la prevalencia de discapacidad visual, auditiva y motora y estimar la oportunidad de sufrir una de las tres discapacidades, separadamente, según el grado de severidad, en la población indígena de Brasil. Los datos se obtuvieron del Censo Demográfico de 2010, recogidos por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE). Los métodos utilizados incluyen la estandarización directa para el cálculo de las prevalencias y modelos de regresión logística multinomial. Los resultados estandarizados muestran que hombres y mujeres indígenas presentan la mayor prevalencia en cada una de las discapacidades examinadas en este trabajo, siendo la única excepción la discapacidad visual de grado leve entre las mujeres. Los resultados de los modelos de regresión multinomial muestran una desventaja relativa de los pueblos indígenas en casi todos los tipos de discapacidad.