RESUMO
Objetivo: Identificar o conhecimento dos médicos ginecologistas e obstetras do Paraná sobre o reflexo disfórico da ejeção do leite e seus diagnósticos diferenciais. Métodos: Estudo observacional transversal com médicos ginecologistas e obste- tras associados ao Conselho Regional de Medicina do Paraná. A coleta de dados foi realizada por questionário online compreendendo perguntas de identificação do profissional, tempo de formação, conhecimento e experiência com reflexo disfóri- co da ejeção do leite, dificuldades de diferenciação entre os transtornos mentais puerperais, além da abordagem das questões psicológicas puerperais com as pa- cientes. Os resultados foram expressos por frequências e percentuais. Valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Entre os partici- pantes, 39,1% desconhecem o reflexo disfórico da ejeção do leite. Dos profissionais que já fizeram o diagnóstico, 72,4% apresentaram dificuldade em realizá-lo. Houve acerto majoritário em relação ao momento de ocorrência dos sintomas (90,6%) e tempo de duração (90,6%), mas deficiência no reconhecimento de todos os sin- tomas (3,1%), início das manifestações clínicas (12,6%) e tratamento (44%) pelos profissionais que conhecem o reflexo disfórico da ejeção do leite. Entre os especia- listas, 21,5% sentem-se capazes para diferenciar os três distúrbios e 24,1% têm difi- culdade na diferenciação entre as patologias. Apenas 65,5% dos médicos abordam as dificuldades emocionais na amamentação e, segundo 78,1% dos profissionais, poucas pacientes perguntam ou nunca perguntam sobre essas dificuldades. Con- clusão: O reflexo disfórico da ejeção do leite é uma condição pouco conhecida e confundida com outros transtornos mentais puerperais. É necessária maior divul gação sobre o tema entre os ginecologistas e obstetras, a fim de melhorar a assistência às puérperas, refletindo na persistência da amamentação e seus benefícios.
Objective: To identify the knowledge of gynecologists and obstetricians in Paraná about the dysphoric milk ejection re- flex and its differential diagnosis. Methods: Cross-sectional observational study was conducted with gynecologists and obstetricians associated in the Regional Council of Medicine of Paraná. Data collection was dove through an online question- naire with questions about professional identification, years of experience, knowledge and experience with the dysphoric milk ejection reflex, differentiation puerperal mental disorders difficulties, as well as the approach of postpartum psycholo- gical issues with patients. Results were expressed in frequen- cies and percentages. P values less than 0.05 were considered significant. Results: 39.1% of the participants unknown the dysphoric milk ejection reflex. Among the professionals who had diagnosed dysphoric milk ejection reflex, 72.4% reported difficulties in making the diagnosis. There was a high level of correct answers regarding the timing of symptoms (90.6%) and duration (90.6%), but deficiencies were observed in recognizing all symptoms (3.1%), onset of clinical manifestations (12.6%), and treatment (44%) by professionals who were familiar with dysphoric milk ejection reflex. 21.5% of specialists felt capab- le of differentiating between the three disorders, while 24.1% had difficulty in differentiating between the pathologies. Only 65.5% of doctors approach emotional difficulties in breastfee- ding and, according to 78.1% of professionals, few patients ask or never ask about these difficulties. Conclusion: Dysphoric milk ejection reflex is a condition that is poorly known and of- ten confused with other postpartum mental disorders. Greater awareness about this topic is necessary among gynecologists and obstetricians to improve care for postpartum women, lea- ding to the continuation of breastfeeding and its benefits.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Depressão Pós-Parto/diagnóstico , Ejeção Láctea , Transtornos Puerperais/diagnóstico , Ginecologista , Obstetra , Transtornos Mentais/diagnósticoRESUMO
Transgênero (trans) é um termo que alberga toda a diversidade de gênero. A incongruência de gênero faz parte desse espectro e refere-se à pessoa cuja identidade de gênero é oposta ao sexo que lhe foi atribuído no nascimento. A terapia hormonal de afirmação de gênero, bem como a cirurgia de afirmação de gênero, é necessária para adequar o corpo ao gênero ao qual a pessoa se identifica. Os homens trans necessitam da terapia com testosterona, que visa reduzir as concentrações de estradiol e incrementar a testosterona circulante para níveis fisiológicos masculinos, resultando em masculinização. A mulher trans receberá o estradiol, associado ou não a um antiandrogênico, visando reduzir a testosterona e incrementar o estrogênio para níveis femininos, resultando em feminização. A cirurgia de afirmação de gênero é, frequentemente, requerida para completar as modificações fenotípicas para o homem e a mulher trans. O ginecologista e obstetra tem um papel crucial no provimento de cuidados a essa população. O presente artigo visa sistematizar algumas ações que o ginecologista e obstetra pode oferecer e que têm potencial para melhorar a qualidade de vida dos homens e mulheres trans. (AU)
Transgenero (trans) is an umbrella term that encompasses all gender diversity. Gender Incongruity is part of this spectrum and refers to the person whose gender identity is opposed to the sex assigned to them at birth. Gender-affirming hormone therapy as well as gender-affirming surgery are necessary to adapt the body to the gender to which the person identifies. Trans men require testosterone therapy to reduce estradiol concentrations and increase circulating testosterone to male physiological levels resulting in masculinization. Trans women will receive estradiol associated or not with an antiandrogenic to reduce testosterone and increase estrogen to female levels resulting in feminization. gender-affirming surgery is often required to complete phenotypic modifications for trans men and women. The gynecologist and obstetrician plays a crucial role in to provide care to this population. This article aims to systematize some actions that the gynecologist and obstetrician can offer to improve the quality of life of trans men and women. (AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Atenção à Saúde/ética , Ginecologia , Neoplasias da Próstata/prevenção & controle , Testosterona/administração & dosagem , Neoplasias da Mama/prevenção & controle , Anticoncepção , Técnicas de Reprodução Assistida , Estradiol/administração & dosagem , Estrogênios/administração & dosagem , Tromboembolia Venosa/prevenção & controle , Ginecologista , ObstetraRESUMO
Objetivo: Avaliar as atitudes e crenças de pacientes e médicos ginecologistas-obstetras sobre o rastreamento cervical e o exame pélvico no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Métodos: Foram realizadas entrevistas com pacientes que aguardavam por uma consulta previamente agendada no ambulatório de ginecologia e com médicos ginecologistas-obstetras que atuavam no HUB. Cada grupo respondeu a um questionário que enfocava a realização do rastreamento cervical e do exame pélvico (EP). Resultados: No total, 387 pacientes responderam ao questionário. Dessas, apenas 4,13% sabiam que, de acordo com as diretrizes brasileiras, o rastreamento cervical deveria ser iniciado aos 25 anos de idade, 5,17% sabiam que ele deveria ser encerrado aos 64 anos e 97,93% esperavam um intervalo menor do que o trienal recomendado. Após serem informadas sobre as diretrizes, 66,93% acreditavam que o início aos 25 anos é tardio, 61,5%, que o encerramento aos 64 anos é precoce, 88,37%, que o intervalo trienal é muito longo e 94,06% ficaram com receio de que problemas de saúde pudessem aparecer nesse intervalo. Dos 44 médicos que responderam ao questionário, embora a maioria concordasse com as diretrizes, somente 31,82%, 38,64% e 34,1% as seguia com relação à frequência, à idade de início e à idade de encerramento, respectivamente. Quanto ao EP, aproximadamente metade dos participantes de cada grupo considerava que o exame deveria ser realizado nas consultas regulares com o ginecologista. Conclusão: Foi observada uma discrepância entre as expectativas das pacientes e as diretrizes para o rastreamento de câncer cervical. A maior parte das pacientes não as conhecia e, quando informadas, não concordava com elas. Quanto aos médicos ginecologistas- obstetras, a maioria não as seguia, apesar de conhecê-las. Quanto ao EP, grande parte dos médicos e pacientes considerava-o importante e acreditava que ele deveria ser realizado de forma rotineira nas consultas ginecológicas.
Objective: Evaluate the attitudes and beliefs of patients and obstetrician-gynecologists about cervical screening and pelvic examination in the University Hospital of Brasília (HUB). Methods: Face-to-face interviews with patients waiting for a previously scheduled consultation at the gynecology outpatient clinics and attending obstetrician-gynecologists at the HUB. Each group answered a questionnaire addressing cervical screening and pelvic examination (PE). Results: 387 patients answered the questionnaire. Of these, only 4.13% were aware that, according to Brazilian guidelines, cervical screening should begin at age 25, 5.17% that it should stop at age 64 and 97.93% expected a shorter interval than the recommended triennial. After being informed of the guidelines, 66.93% believed that starting at age 25 is late, 61.5% that stopping at 64 is early, 88.37% that the triennial interval is too long, and 94.06% would be afraid that health problems could appear during the interval. Of the 44 participating physicians, although most agreed with the guidelines, only 31.82%, 38.64% and 34.1% followed them regarding frequency, starting and stopping age, respectively. As for EP, approximately half of the participants in each group believed that it should be performed in regular consultations with the gynecologist. Conclusion: There was a discrepancy between patients' expectations and cervical screening guidelines. Most patients didn't know and, when informed, didn't agree with them. As for Ob-Gyn physicians, most did not follow these guidelines, despite knowing them. As for pelvic exam, most physicians and patients considered it important and believed it should be routinely performed during gynecological consultations.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pelve , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Teste de Papanicolaou/métodos , Pacientes , Programas de Rastreamento , Medicina Preventiva , Ginecologista , ObstetraRESUMO
Birth defects are an important factor for the quality of newborn population. With the development of molecular genetic technology, an increasing number of genetic disorders leading to birth defects can now be detected. The lack of the knowledge for the basics and clinical applications of molecular genetic techniques have emerged as a shortcoming for primary care physicians who have formed the first tier prevention for birth defects. Currently, government has paid more attention to the above problems and formulated more training programs for primary obstetricians and gynecologists, e.g., "Prenatal Screening and Prenatal Diagnosis Post Training Program", "National Birth Defects Training Program", "National Primary Obstetrician Training Program". To some extent, such programs have met the urgent need for birth defect prevention in primary hospitals. But at the same time, some problems have also emerged. For instance, the knowledge for birth defects among primary obstetricians and gynecologists is poor, and there is lack of young personnel. This article has aimed to discuss the strategies to systematically improve the ability for preventing birth defects among primary care physicians by analyzing the obstacles and challenges for primary obstetricians and gynecologists in the era of molecular genetic testing.
Assuntos
Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Humanos , Ginecologia , Obstetrícia , Ginecologista , Obstetra , Biologia MolecularRESUMO
Este artigo analisou a percepção e os sentimentos de casais sobre o atendimento recebido nos serviços de saúde acessados em função de perda gestacional (óbito fetal ante e intraparto). O convite para a pesquisa foi divulgado em mídias sociais (Instagram e Facebook). Dos 66 casais que contataram a equipe, 12 participaram do estudo, cuja coleta de dados ocorreu em 2018. Os casais responderam conjuntamente a uma ficha de dados sociodemográficos e uma entrevista semiestruturada, realizada presencialmente (n=4) ou por videochamada (n=8). Os dados foram gravados em áudio e posteriormente transcritos. A Análise Temática indutiva das entrevistas identificou cinco temas: sentimento de impotência, iatrogenia vivida nos serviços, falta de cuidado em saúde mental, não reconhecimento da perda como evento com consequências emocionais negativas, e características do bom atendimento. Os achados demonstraram situações de violência, comunicação deficitária, desvalorização das perdas precoces, falta de suporte para contato com o bebê falecido e rotinas pouco humanizadas, especialmente durante a internação após a perda. Para aprimorar a assistência às famílias enlutadas, sugere-se qualificação profissional, ampliação da visibilidade do tema entre diferentes atores e reorganização dos serviços, considerando uma diretriz clínica para atenção ao luto perinatal, com destaque para o fortalecimento da inserção de equipes de saúde mental no contexto hospitalar.(AU)
This study analyzed couples' perceptions and feelings about pregnancy loss care (ante and intrapartum fetal death). A research invitation was published on social media (Instagram and Facebook) and data collection took place in 2018. Of the 66 couples who contacted the research team, 12 participated in the study by filling a sociodemographic questionnaire and answering a semi-structured interview in person (n=04) or by video call (n=08). All interviews were audio recorded, transcribed, and examined by Inductive Thematic Analysis, which identified five themes: feelings of impotence, iatrogenic experiences in health services, lack of mental health care, not recognizing pregnancy loss as an emotionally overwhelming event, and aspects of good healthcare. Analysis showed experiences of violence, poor communication, devaluation of early losses, lack of support for contact with the deceased baby, and dehumanizing routines, especially during hospitalization after loss. Professional qualification, extended pregnancy loss visibility among different stakeholders, and reorganization of health services are needed to improve the care offered to grieving families, considering a clinical guideline for perinatal grief care with emphasis on strengthening the insertion of mental health teams in the hospital context.(AU)
Este estudio analizó las percepciones y sentimientos de parejas sobre la atención recibida en los servicios de salud a los que accedieron debido a la pérdida del embarazo (muerte fetal ante e intraparto). La invitación al estudio se publicó en las redes sociales (Instagram y Facebook). De las 66 parejas que se contactaron con el equipo, 12 participaron en el estudio, cuya recolección de datos se realizó en 2018. Las parejas respondieron un formulario de datos sociodemográficos y realizaron una entrevista semiestructurada presencialmente (n=4) o por videollamada (n=08). Los datos se grabaron en audio para su posterior transcripción. El análisis temático inductivo identificó cinco temas: Sentimiento de impotencia, experiencias iatrogénicas en los servicios, falta de atención a la salud mental, falta de reconocimiento de la pérdida como un evento con consecuencias emocionales negativas y características de buena atención. Los hallazgos evidenciaron situaciones de violencia, comunicación deficiente, desvalorización de las pérdidas tempranas, falta de apoyo para el contacto con el bebé fallecido y rutinas poco humanizadas, especialmente durante la hospitalización tras la pérdida. Para mejorar la atención a las familias en duelo, se sugiere capacitación profesional, ampliación de la visibilidad del tema entre los diferentes actores y reorganización de los servicios, teniendo en cuenta una guía clínica para la atención del duelo perinatal, enfocada en fortalecer la inserción de los equipos de salud mental en el contexto hospitalario.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Serviços de Saúde da Criança , Saúde Mental , Humanização da Assistência , Morte Fetal , Dor , Pais , Pediatria , Perinatologia , Doenças Placentárias , Preconceito , Cuidado Pré-Natal , Psicologia , Psicologia Médica , Política Pública , Qualidade da Assistência à Saúde , Reprodução , Síndrome , Anormalidades Congênitas , Tortura , Contração Uterina , Traumatismos do Nascimento , Auxílio-Maternidade , Trabalho de Parto , Prova de Trabalho de Parto , Adaptação Psicológica , Aborto Espontâneo , Cuidado da Criança , Enfermagem Materno-Infantil , Recusa em Tratar , Saúde da Mulher , Satisfação do Paciente , Poder Familiar , Licença Parental , Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde , Privacidade , Depressão Pós-Parto , Credenciamento , Afeto , Choro , Curetagem , Técnicas de Reprodução Assistida , Acesso à Informação , Ética Clínica , Parto Humanizado , Ameaça de Aborto , Negação em Psicologia , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição Pré-Natal , Parto , Dor do Parto , Nascimento Prematuro , Lesões Pré-Natais , Mortalidade Fetal , Descolamento Prematuro da Placenta , Violência contra a Mulher , Aborto , Acolhimento , Ética Profissional , Natimorto , Estudos de Avaliação como Assunto , Cordão Nucal , Resiliência Psicológica , Fenômenos Reprodutivos Fisiológicos , Medo , Doenças Urogenitais Femininas e Complicações na Gravidez , Fertilidade , Doenças Fetais , Uso Indevido de Medicamentos sob Prescrição , Esperança , Educação Pré-Natal , Coragem , Trauma Psicológico , Profissionalismo , Sistemas de Apoio Psicossocial , Frustração , Tristeza , Respeito , Angústia Psicológica , Violência Obstétrica , Apoio Familiar , Obstetra , Culpa , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Maternidades , Complicações do Trabalho de Parto , Trabalho de Parto Induzido , Ira , Solidão , Amor , Tocologia , Mães , Cuidados de EnfermagemRESUMO
Com os avanços tecnológicos e o aprimoramento da prática médica via ultrassonografia, já é possível detectar possíveis problemas no feto desde a gestação. O objetivo deste estudo foi analisar a prática do psicólogo no contexto de gestações que envolvem riscos fetais. Trata-se de um estudo qualitativo sob formato de relato de experiência como psicólogo residente no Serviço de Medicina Fetal da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os registros, feitos por observação participante e diário de campo, foram analisados em dois eixos temáticos: 1) intervenções psicológicas no trabalho em equipe em consulta de pré-natal, exame de ultrassonografia e procedimento de amniocentese; e 2) intervenções psicológicas em casos de bebês incompatíveis com a vida. Os resultados indicaram que o psicólogo nesse serviço é essencial para atuar de forma multiprofissional na assistência pré-natal para gravidezes de alto risco fetal. Ademais, a preceptoria do residente é relevante para sua formação e treinamento para atuação profissional no campo da psicologia perinatal.(AU)
Face to the technological advances and the improvement of medical practice via ultrasound, it is already possible to detect possible problems in the fetus since pregnancy. The objective of this study was to analyze the psychologist's practice in the context of pregnancies which involve fetal risks. It is a qualitative study based on an experience report as a psychologist trainee at the Fetal Medicine Service of the Maternity School of UFRJ. The records, based on the participant observation and field diary, were analyzed in two thematic axes: 1) psychological interventions in the teamwork in the prenatal attendance, ultrasound examination and amniocentesis procedure; and 2) psychological interventions in cases of babies incompatible to the life. The results indicated that the psychologist in this service is essential to work in a multidisciplinary way at the prenatal care for high fetal risk pregnancies. Furthermore, the resident's preceptorship is relevant to their education and training for professional performance in the field of Perinatal Psychology.(AU)
Con los avances tecnológicos y la mejora de la práctica médica a través de la ecografía, ya se puede detectar posibles problemas en el feto desde el embarazo. El objetivo de este estudio fue analizar la práctica del psicólogo en el contexto de embarazos de riesgos fetal. Es un estudio cualitativo basado en un relato de experiencia como residente de psicología en el Servicio de Medicina Fetal de la Escuela de Maternidad de la Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Los registros, realizados en la observación participante y el diario de campo, se analizaron en dos ejes temáticos: 1) intervenciones psicológicas en el trabajo en equipo, en la consulta prenatal, ecografía y los procedimientos de amniocentesis; y 2) intervenciones psicológicas en casos de bebés incompatibles con la vida. Los resultados señalaron como fundamental la presencia del psicólogo en este servicio trabajando de forma multidisciplinar en la atención prenatal en el contexto de embarazos de alto riesgo fetal. Además, la tutela del residente es relevante para su educación y formación para el desempeño profesional en el campo de la Psicología Perinatal.(AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Gravidez de Alto Risco , Intervenção Psicossocial , Cardiopatias Congênitas , Ansiedade , Orientação , Dor , Relações Pais-Filho , Pais , Paternidade , Equipe de Assistência ao Paciente , Pacientes , Pediatria , Placenta , Placentação , Complicações na Gravidez , Manutenção da Gravidez , Prognóstico , Teoria Psicanalítica , Psicologia , Transtornos Puerperais , Qualidade de Vida , Radiação , Religião , Reprodução , Fenômenos Fisiológicos Reprodutivos e Urinários , Cirurgia Geral , Síndrome , Anormalidades Congênitas , Temperança , Terapêutica , Sistema Urogenital , Bioética , Consultórios Médicos , Recém-Nascido Prematuro , Trabalho de Parto , Gravidez , Prenhez , Resultado da Gravidez , Adaptação Psicológica , Preparações Farmacêuticas , Ecocardiografia , Espectroscopia de Ressonância Magnética , Família , Aborto Espontâneo , Educação Infantil , Proteção da Criança , Saúde Mental , Saúde da Família , Taxa de Sobrevida , Expectativa de Vida , Causas de Morte , Ultrassonografia Pré-Natal , Mapeamento Cromossômico , Licença Parental , Competência Mental , Rim Policístico Autossômico Recessivo , Síndrome de Down , Assistência Perinatal , Assistência Integral à Saúde , Compostos Químicos , Depressão Pós-Parto , Manifestações Neurocomportamentais , Crianças com Deficiência , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos , Número de Gestações , Intervenção em Crise , Afeto , Análise Citogenética , Espiritualidade , Cumplicidade , Valor da Vida , Parto Humanizado , Morte , Tomada de Decisões , Mecanismos de Defesa , Ameaça de Aborto , Atenção à Saúde , Demência , Incerteza , Organogênese , Pesquisa Qualitativa , Gestantes , Diagnóstico Precoce , Nascimento Prematuro , Medição da Translucência Nucal , Mortalidade da Criança , Depressão , Transtorno Depressivo , Período Pós-Parto , Diagnóstico , Técnicas de Diagnóstico Obstétrico e Ginecológico , Etanol , Ego , Emoções , Empatia , Meio Ambiente , Humanização da Assistência , Acolhimento , Ética Profissional , Forma do Núcleo Celular , Nutrição da Gestante , Medida do Comprimento Cervical , Conflito Familiar , Terapia Familiar , Resiliência Psicológica , Fenômenos Reprodutivos Fisiológicos , Doenças Urogenitais Femininas e Complicações na Gravidez , Saco Gestacional , Evento Inexplicável Breve Resolvido , Morte Fetal , Desenvolvimento Embrionário e Fetal , Imagem Multimodal , Mortalidade Prematura , Tomada de Decisão Clínica , Medicina de Emergência Pediátrica , Criança Acolhida , Liberdade , Esgotamento Psicológico , Entorno do Parto , Frustração , Tristeza , Respeito , Angústia Psicológica , Genética , Bem-Estar Psicológico , Obstetra , Culpa , Felicidade , Ocupações em Saúde , Hospitalização , Maternidades , Hospitais Universitários , Desenvolvimento Humano , Direitos Humanos , Imaginação , Infecções , Infertilidade , Anencefalia , Jurisprudência , Complicações do Trabalho de Parto , Licenciamento , Acontecimentos que Mudam a Vida , Cuidados para Prolongar a Vida , Solidão , Amor , Corpo Clínico Hospitalar , Deficiência Intelectual , Princípios Morais , Mães , Narcisismo , Doenças e Anormalidades Congênitas, Hereditárias e Neonatais , Neonatologia , Malformações do Sistema Nervoso , Apego ao ObjetoRESUMO
Background@#Postpartum Depression (PPD) and psychosis (PPP) are diseases that have detrimental impact to the patient and their family. Prenatal and postpartum screening are important to decrease its morbidity, hence obstetricians and gynaecologists’ (OBGYN) role in the diagnosis is vital. However, studies showed that the screening rate of PPD and PPP are low, which may be caused by several barriers.@*Objective@#This study aims to describe the knowledge, attitude and practices of the OBGYN’s practicing in a local tertiary hospital using a survey created by Leddy et al. in 2011.@*Methodology@#This survey is a 5-section questionnaire that tackled the clinical practice, knowledge, beliefs and attitudes of the subjects. It was given to 160 consultants with a response rate of 40% (n=64) during the time period of May 17, 2018 to June 27, 2018.@*Results@#The results showed that most OBGYN do not routinely screen for PPD and PPP (54.69%), which is analogous to literature but contrary to the original study. Most OBGYN agree that all the specified barriers to screening were limiting, the most cited among of which were their limited knowledge in the diagnostic criteria (PPD: 79.69%, PPP: 79.56%) and treatment options (PPD: 76.56%; PPP: 78.13%) and their lack in training in postpartum mental illnesses (PPD: 78.13%; PPP: 84.38%). These barriers were paralleled by the low scores in the knowledge section, despite the higher accuracy in diagnosing patients in the clinical cases. However, there was a low frequency screening rate among OBGYN’s with recent and personal experience with the disease.@*Conclusion@#This gap in knowledge can be addressed by organizing events for continuing medical education, focusing on peripartum mental health illnesses, creating avenues for research to increase knowledge among residents-in-training and fellows of the local organizing body, and establishing clear guidelines to incorporate screening in local practice during prenatal and postpartum care.
Assuntos
Depressão , Obstetra , Período Pós-Parto , Transtornos PsicóticosRESUMO
@#Fetal Pleural Effusion is a rare case whose management is still a matter of debate. Its course may spontaneously resolve or lead to pulmonary hypoplasia and result in death in utero or poor neonatal outcome. This paper is a report of 2 cases and their course, from prenatal diagnosis of Pleural Effusion to delivery. This report includes sonographic scans, description of the laboratory work – up and other imaging tests that were done. The 1st case report was successfully managed with Thoraco-amniotic shunting, while the 2nd case was seen late and had an adverse neonatal outcome. This case report was done to increase awareness among obstetricians and sonologists in offering counsel to patients and their families, especially in our low resource set-up, where in in utero interventions are not available.