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Introdução: A paralisia facial é um quadro que pode gerar algumas sequelas, e às vezes apenas as estéticas podem ser melhoradas. Com base nisso, objetivou-se relatar um caso em que foi utilizada uma tela de polipropileno e poliglecaprone com finalidade de elevar as estruturas da hemiface direita. Relato de Caso: A paciente apresentava paralisia em hemiface direita, com selamento palpebral incompetente, desvio de comissura labial e sem movimento da musculatura temporal. Foi realizada uma incisão abaixo da costeleta, pré e retroauricular, com descolamento do retalho cutâneo em toda a hemiface direita. Após levantar o sistema musculoaponeurótico superficial e fixá-lo com fios de mononylon, foi colocada a tela de polipropileno e poliglecaprone na região do terço médio e fixada com monocryl. Foi realizada cantotomia e cantopexia lateral da pálpebra direita. No pós-operatório imediato a paciente evoluiu sem edemas, retrações ou abaulamentos, e após um ano e sete meses apresenta total integração da tela, sem retração, fibrose ou recidiva. Discussão: A escolha do tratamento estético de paralisia facial depende da causa e duração da lesão, mas existem diversas formas de fazê-lo. Entre as ideias mais novas, estão o uso de células tronco e materiais aloplásticos e, seguindo essa segunda linha, a tela de polipropileno e poliglecaprone pode ser pensada como uma técnica viável, como foi neste caso relatado.
Introduction: Facial paralysis is a condition that can cause some sequelae, and sometimes only aesthetics can be improved. Based on this, the objective was to report a case in which a polypropylene and poliglecaprone mesh was used in order to raise the structures of the right hemiface. Case Report: The patient had paralysis in the right hemiface, with incompetent eyelid sealing, deviation of the labial commissure and no movement of the temporal musculature. An incision was made below the cutlet, pre and retroauricular, with detachment of the skin flap across the right hemiface. After lifting the superficial musculoaponeurotic system and fixing it with mononylon threads, the polypropylene and poliglecaprone mesh was placed in the middle third region and fixed with monocryl. Canthotomy and lateral canthopexy of the right eyelid were performed. In the immediate postoperative period, the patient evolved without edema, retraction or bulging, and after one year and seven months, she had complete integration of the mesh, with no retraction, fibrosis or recurrence. Discussion: The choice of aesthetic treatment for facial paralysis depends on the cause and duration of the injury, but there are several ways to do it. Among the newer ideas are the use of stem cells and alloplastic materials, and following this second line, the polypropylene and poliglecaprone canvas can be thought of as a viable technique, as was reported in this case.
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ABSTRACT Introduction: achalasia is a chronic disease. Since there is no curative treatment, diagnosed patients have pharmacological and/or surgical techniques available, aimed at minimizing the condition. POEM appears as a promising new type of palliative treatment with good rates of symptom improvement. Objective: evaluate the profile of POEM at the Clinical Hospital of the Federal University of Pernambuco (HC - UFPE) and correlate it with the world scenario. Methods: data collection was performed retrospectively from September 2017 to October 2019 with all patients undergoing POEM at the HC - UFPE. Sociodemographic, clinical, and hospital variables were evaluated before and three months after the procedure. Results: of 27 patients (52.41 ± 19.24 years old) who underwent the procedure, 66.7% had idiopathic etiology and 33.3% had etiology secondary to Chagas disease. 48% patients underwent previous procedures, of which seven used some type of medication for symptom control, two underwent pneumatic endoscopic dilation, and four underwent Heller cardiomyotomy with partial fundoplication. 62.5% of the evaluated patients had type II achalasia before the procedure. Seven (25.9%) patients presented the following adverse events: four presented bleeding, two pneumoperitoneum, and one both complications, all being treated conservatively. The Eckardt score reduced from 8.37 ± 1.45 to 0.85 ± 1.06 (p-value <0.001). Conclusion: clinical improvement of symptoms and the patient profile followed the worldwide trend, with emphasis on the etiology secondary to Chagas disease, endemic in Brazil. Gastroesophageal reflux remains the main post-operative symptom.
RESUMO Introdução: a acalasia é uma doença crônica. Por não haver tratamento curativo, os pacientes diagnosticados dispõem de técnicas farmacológicas e/ou cirúrgicas, visando minimizar o quadro. A POEM surge como um novo tipo de tratamento paliativo promissor com boas taxas de melhora dos sintomas. Objetivo: avaliar o perfil das POEM realizadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC - UFPE) e correlacioná-lo com o cenário mundial. Métodos: a coleta de dados foi realizada retrospectivamente no período de setembro de 2017 a outubro de 2019 com todos os pacientes submetidos a POEM no HC - UFPE. Variáveis sociodemográficas, clínicas e hospitalares foram avaliadas antes e três meses após o procedimento. Resultados: total de 27 pacientes (52,41 ± 19,24 anos) que realizaram o procedimento, 66,7% com etiologia idiopática e 33,3% com etiologia secundária à doença de Chagas. 48% tinham sido submetidos a procedimentos prévios, dos quais sete usaram algum tipo de medicamento para controle dos sintomas, dois foram submetidos à dilatação endoscópica pneumática e quatro à cardiomiotomia a Heller com fundoplicatura parcial. 62,5% dos pacientes avaliados tinham acalasia tipo ii antes do procedimento. Sete (25,9%) apresentaram eventos adversos: quatro sangramentos, dois pneumoperitônio e um ambas as complicações, todos foram tratados de forma conservadora. O escore de Eckardt reduziu de 8,37 ± 1,45 para 0,85 ± 1,06 (valor de p<0,001). Conclusão: melhora clínica e o perfil dos pacientes acompanhou a tendência mundial, destaque para a etiologia secundária à doença de Chagas, endêmica no Brasil. O refluxo gastroesofágico continua sendo o principal sintoma pós-operatório.
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Introdução: As alterações periorbitais são alguns dos primeiros sinais detectáveis do envelhecimento. O destaque, atualmente, refere-se ao rejuvenescimento dessa região, envolvendo o tratamento desde as sobrancelhas até a transição órbito-malar, onde se encontram festoons, edemas e bolsas malares. Entretanto, este manejo é complexo, envolvendo várias abordagens: técnicas invasivas ou não invasivas. Assim, esta revisão objetiva descrever as evidências científicas relacionadas às técnicas mais atuais utilizadas no tratamento de festoons, edemas e bolsas malares e avaliar as complicações relacionadas à cada modalidade. Métodos: A pesquisa foi realizada em três bases de dados - PubMed, Cochrane e LILACS - utilizando os descritores "bolsa malar", "malar mounds", "festoons" e "malar bags" no período de 2014 a 2019, na língua inglesa e portuguesa. Resultados: Foram selecionados 13 artigos, a maioria dos estudos eram revisões retrospectivas (76,9%), sete versavam sobre técnicas não invasivas, 3 sobre invasivas e 3 sobre associação das técnicas. Em relação aos procedimentos descritos, os não invasivos foram representados pelo uso de Kinesio tape, injeção de tetraciclina, doxiciclina e de ácido hialurônico, e o uso de microagulhamento com radiofrequência. Já os invasivos foram representados por microaspiração, retalho miocutâneo, lift subperiosteal da face média e excisão direta. Conclusão: Existem inúmeras técnicas para tratamento de festoon e bolsas malares, mas cabe ao cirurgião plástico conhecer suas vantagens e desvantagens para decidir a mais adequada em cada situação. Assim, não há consenso, mas é vital diagnosticar corretamente para indicar o melhor tratamento.
Introduction: Periorbital changes are some of the first detectable signs of aging. The most outstanding currently, refers to the rejuvenation of this region, involving the treatment from the eyebrows to the transition orbital-malar, where are festoons, edemas, and malar bags. However, this management is complex, involving several approaches: invasive or noninvasive techniques. Thus, this review aims to describe the scientific evidence of the most current techniques used in the treatment of festoons, edema, and malar bags and to evaluate the complications related to each modality. Methods: The research was carried out in three databases, PubMed, Cochrane, and LILACS - using the descriptors "bolsa malar," "malar mounds," "festoons" and "malar bags" in the period from 2014 to 2019, in English and Portuguese. Results: We selected 13 articles; most of the studies were retrospective reviews (76.9%), seven dealt with noninvasive techniques, three about invasive, and three on the association of techniques. Regarding the procedures described, the noninvasive ones were represented by the use of Kinesio tape, tetracycline injection, doxycycline and hyaluronic acid, and the use of microneedling with radiofrequency. The invasive ones were represented by microaspiration, myocutaneous flap, subperiosteal lift of the middle face, and direct excision. Conclusion: There are numerous techniques for treating festoon and malar bags, but it is up to the plastic surgeon to know its advantages and disadvantages to decide the most appropriate in each situation. Thus, there is no consensus, but it is vital to diagnose correctly to indicate the best treatment.