Реферат
O contexto do trabalho bancário tem sido relacionado, na atualidade, a sofrimento psíquico e processos de adoecimento. Neste cenário, a medicalização e o uso de substâncias podem estar associados a fatores laborais. Assim, este estudo investigou a prevalência e a relação entre consumo de medicamentos e de psicofármacos, uso de substâncias e contexto de trabalho. Participaram da pesquisa 1.117 bancários do Rio Grande do Sul que responderam a: questionário sociodemográfico e laboral e de uso de medicamentos, Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT) e Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). Os resultados foram analisados a partir de estatísticas descritivas e análises bivariadas. Trabalhadores avaliaram seu contexto de trabalho de forma preponderantemente negativa, com resultados Crítico e Grave para as dimensões da EACT, indicando situações potencializadoras de mal-estar no trabalho e alto risco de adoecimento.Constatou-se prevalência elevada de consumo de medicamentos (49,9%) e de psicofármacos (26,3%), assim como a atribuição do consumo de psicofármacos, álcool e/ou drogas ao trabalho (40%), sendo maior em mulheres,trabalhadores de bancos privados e com jornada laboral acima de quarenta horas semanais. O consumo de álcool mostrou-se mais frequente que o de outras drogas, correspondendo a 35,7% da amostra que afirma consumir semanalmente. Esses achados revelam a preocupante situação de medicalização nos bancários e sua associação com um contexto de trabalho potencializador de mal-estar, diante do qual os trabalhadores lançam mão de diferentes estratégias de sobrevivência, dentre as quais a medicalização e o uso de substâncias.
The context of banking work today has been related to psychological distress and disease processes. In this scenario, medicalization and substance use may be associated with work factors. The present study investigated the prevalence and the relationship between medication and psychotropic drug consumption,substance use, and working environment. The participants in this survey were 1,117 bank workers in Rio Grande do Sul, Brazil, who answered: a sociodemographic, occupational, and medication use questionnaire, the Work Context Assessment Scale (EACT), and the Alcohol, Smoking, and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). The results were analyzed using descriptive and correlational statistics. Employees evaluated their work context mostly negatively, with Critical and Serious results for the EACT, indicating extreme situations, with potential malaise at work and high risk of illness. A high prevalence of medication (49.9 %) and psychotropic drug (26.3%) consumption was found, as well as attributing the use of psychotropic drugs, alcohol and/or other drugs to the work (40%). The prevalence was higher in women, employees of private institutions, and those with a work schedule longer than forty hours per week. Alcohol consumption was more frequent than other drugs, accounting for 35.7% of the sample, who reported weekly consumption. These results reveal the worrying situation of medicalization in banking workers and its association with a work context potentiating malaise. To deal with such conditions, workers use different coping strategies, such as medicalization and substance use.
El contexto de trabajo en la banca ha sido relacionado, en la actualidad, a sufrimiento psíquico y procesos de enfermedad. En este escenario, la medicalización y el uso de substancias pueden estar asociados a factores laborales. Así, el presente estudio ha investigado la prevalencia y la relación entre consumo de medicamentos y de psicofármacos, uso de substancias y el contexto de trabajo. Participaron del estudio 1117 trabajadores de la banca de Rio Grande del Sur, Brasil, que han respondido a: cuestionario sociodemografico y laboral y de uso de medicamentos, Escala de Evaluación del Contexto de Trabajo (EACT) y Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). Los resultados fueron analizados usando estadística descriptiva y análisis bivariadas. Trabajadores evaluaron su contexto de trabajo de forma preponderantemente negativa, con resultados Críticos y Graves en las dimensiones de la EACT, Indicando situaciones que potencializan el mal-estar en el trabajo y alto riesgo de enfermedad. Se ha constatado una alta prevalencia de consumo de medicamentos (49,9%) y de psicotrópicos (26,3%), así como la asignación de consumo de psicotrópicos, alcohol y otras drogas al trabajo (40%), siendo mayor en mujeres, trabajadores de la banca privada y con jornada laboral por encima de cuarenta horas semanales. El consumo de alcohol se ha mostrado más frecuente que el de otras drogas, correspondiendo a 35,7% de la muestra que afirma consumir semanalmente. Esos resultados demuestran la preocupante situación de medicalización de los trabajadores de la banca y la asociación con un contexto que potencializa el mal-estar, delante del cual los trabajadores echan mano de diferentes estrategias de sobrevivencia, entre las cuales la medicalización y el uso de substancias.