A terapêutica fibrinolítica no infarto agudo do miocardio: estreptoquinase e rt-PA / Thrombolytic therapy in acute myocardial infarction: streptokinase and rt-PA

RESUMO

É fato amplamente reconhecido que a terapêutica fibrinolítica, iniciada em tempo hábil, pode restabelecer o fluxo coronário, reduzindo a isquemia miocárdica. A funçäo ventricular esquerda é preservada e tem-se observado uma reduçäo da morbilidade e mortalidade associada ao infarto agudo do miocárdio (IAM). Desde fevereiro de 1984, quando o Ativador Tecidual do Plasminogênio foi utilizado pela primeira vez em pacientes com IAM, a administraçäo dos agentes fibrinolíticos vem tornando-se rotineira nos grandes centros hospitalares. O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisäo comparativa sobre a farmacologia dos agentes mais utilizados estreptoquinase e rt-PA. Inicialmente abordamos a estreptoquinase (SK) por ser o agente mais antigo e conseqüentemente o mais estudado. Seu uso precoce comprovadamente restabelece o fluxo na artéria relacionada a área de infarto em cerca de 35 a 55% dos casos, preserva a funçäo ventricular esquerda nos pacientes com IAM de parede anterior e reduz a mortalidade. Quanto ao rt-PA, enfatizamos sua maior taxa de reperfusäo (60 a 80%) quando administrado por via endovenosa e a menor incidência de efeitos colaterais. Sua trombo-especificidade é única, assim como seu baixo limiar de atividade, permitindo que sua açäo fibrinolítica local continue durante várias horas após a infusäo ter sido interrompida