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Níveis séricos de magnésio, sua associação com diabetes mellitus tipo 2 e suas complicações/comorbidades com enfâse na doença cardiovascular / Serum magnesium levels and their association with type 2 diabetes mellitus and its complications/comorbidites, especially cardiovascular disease / Niveles séricos de magnesio y su asociación con diabetes mellitus tipo 2, sus complicaciones/comorbilidades con énfasis en la enfermedad cardiovascular
Andrade, Rosângela Pereira; Matos, Marcos Almeida.
Afiliação
  • Andrade, Rosângela Pereira; Hospital Santa Izabel, Centro de Diabetes e Metabologia da Bahia Salvador. Salvador. BR
  • Matos, Marcos Almeida; Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador. BR
Rev. Baiana Saúde Pública (Online) ; 48(2): 238-242, 20240726.
Article em Pt | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1566002
Biblioteca responsável: BR800.9
RESUMO
diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença que apresenta mecanismos fisiopatológicos multifatoriais e complexos, tendo como base a resistência insulínica (RI) e como consequências as doenças cardiovasculares (DCV). A hipomagnesemia tem sido implicada tanto na RI como em complicações micro e macrovasculares, incluindo-se as DCV que são consideradas a causa mais importante de morbimortalidade no DM2. Neste contexto, o presente estudo visa avaliar níveis séricos de magnésio (Mg) em pacientes diabéticos e sua possível associação com complicações crônicas e comorbidades, tendo como ênfase as doenças cardiovasculares; e identificar possível valor do nível sérico a ser considerado em nossa população a fim de rever sua verdadeira aplicabilidade clínica. Trata-se de estudo transversal, descritivo e analítico, envolvendo 99 pacientes com DM2 de ambos os sexos, atendidos em ambulatório público na cidade de Salvador (BA). Utilizou-se como instrumentos de pesquisa questionário de dados sociodemográficos e antropométricos; recordatório alimentar de 24 horas e análise bioquímica do magnésio sérico. Também foram registradas comorbidades e complicações crônicas dos pacientes, tais como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, doença arterial obstrutiva periférica, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral, dislipidemia, neuropatia sensitiva periférica, retinopatia e nefropatia diabéticas. Os dados foram expressos por tabelas de forma descritiva e analítica. Os indivíduos foram divididos em dois grupos, magnésio baixo e normal/alto, e suas variáveis foram comparadas por meio de testes de hipóteses. Nossos achados evidenciaram nível sérico médio de magnésio de 1,97 mg% (IC 1,69 a 2,25 mg%) no total da amostra. Entre aqueles com magnésio baixo, níveis subclínicos estavam presentes em 29 sujeitos (29,3%), e níveis de hipomagnesemia em 34 indivíduos (34,3%). O nível médio do Mg no total da amostra diferiu significativamente (p<0,001) do valor normal ideal, mas não diferiu do considerado subclínico (p 0,311). No grupo com hipomagnesemia houve predomínio do sexo feminino e de pacientes com maior escolaridade. Glicemia de jejum foi mais elevada no grupo Mg baixo, e hemoglobina glicada no grupo Mg normal/alto, mas ambos sem diferença estatística. Níveis baixos de vitamina B12 foram encontrados em 12 pacientes (12,1%) e os níveis mais baixos de magnésio estavam presentes nos pacientes com deficiência de vitamina B12 (1,81±0,24 versus 2,01±0,29) com p=0,027. Antidiabéticos orais foram mais utilizados no grupo com Mg baixo. Não houve diferença entre magnésio sérico, ingestão calórica e magnésio e cálcio alimentares. Pacientes com DCV tiveram média de 2,01 mg% (IC 1,69-2,33 mg%) para o Mg. A doença cardiovascular esteve presente em 47,5% da amostra e pacientes com esta morbidade apresentaram 29,8% de prevalência de hipomagnesemia; infarto agudo do miocárdio (IAM) foi mais frequente no grupo com Mg normal/alto. Nossos dados apontam que hipomagnesemia em pacientes diabéticos deve ser considerada em níveis clínicos e subclínicos. Níveis baixos de Mg também estiveram associados à vitamina B12 baixa. Pacientes que apresentaram doenças cardiovasculares associadas também tiveram importante prevalência de hipomagnesemia incluindo níveis subclínicos, com exceção nos casos de IAM, em que níveis do magnésio sérico mantiveram-se no intervalo considerado normal ideal evidenciado por significativa diferença estatística (p<0,005).
ABSTRACT
Diabetes mellitus type 2 (DM2) is a multifactorial disease with complex physiopathological mechanisms, in which insulin resistance (IR) and its consequences, such as cardiovascular diseases (CVD), form its basis. Hypomagnesemia has been implicated in IR and micro and macrovascular complications, including CVD, which is considered the most important cause of morbidity and mortality in DM2. This study aims to evaluate serum magnesium (Mg) levels in diabetic patients and its possible association with chronic complications and comorbidities (especially cardiovascular diseases) and to find a possible serum level value to be considered in its population to review its true clinical applicability. This cross-sectional, descriptive, and analytical study involved 99 DM2 patients of all sexes who were served in a public outpatient clinic in Salvador-Ba. A sociodemographic and anthropometric data questionnaire, a 24-hour food recall, and serum magnesium analysis were used as research instruments. The comorbidities and chronic complications of patients, such as hypertension, coronary artery disease, peripheral arterial obstructive disease, cardiac arrhythmia, cerebrovascular accident, dyslipidemia, peripheral sensory neuropathy, diabetic retinopathy, and nephropathy, were also recorded. The data were expressed in descriptive and analytical tables. The individuals were divided into two groups, low and normal/high magnesium, and their variables were compared using hypothesis tests. Our findings showed an average serum magnesium level of 1.97 mg% (IC 1.69 to 2.25 mg%) in the whole sample. In those with low magnesium, subclinical levels occurred in 29 subjects (29.3%)and hypomagnesemia, in 34 individuals (34.3%). The median Mg level in the total sample significantly differed (p<0.001) from the ideal normal value, but failed to do in relation to the subclinical value (p=0.311). The hypomagnesemia group showed a predominance of women and patients with higher education. Fasting glucose was higher in the low Mg group and glycated hemoglobin in the normal/high Mg group, both without statistical differences. Low levels of vitamin B12 occurred in 12 patients (12.1%) and the lowest magnesium levels, in patients with vitamin B12 deficiency (1.81±0.24 versus 2.01±0.29) (p=0.027). Oral antidiabetics were more used in the group with low Mg. Serum magnesium, caloric intake, and dietetic magnesium and calcium showed no differences. Patients with CVD had an Mg average of 2.01 mg% (IC 1.69-2.33 mg%). Cardiovascular disease occurred in 47.5% of the sample. Patients with this morbidity had a 29.8% prevalence of hypomagnesemia. Moreover, myocardial infarction occurred more often in the normal/high Mg group. Data suggest that hypomagnesemia in diabetic patients should be considered at clinical and subclinical levels. Low Mg levels were also associated with low vitamin B12. Patients who showed cardiovascular diseases also had a high prevalence of hypomagnesemia, including subclinical levels, except in cases of myocardial infarction, in which serum magnesium levels remained within the normal ideal range, as evinced by its significant statistical difference (p<0.005).
RESUMEN
La diabetes mellitus tipo 2 (DM2) es una enfermedad con mecanismos fisiopatológicos multifactoriales y complejos caracterizada por la resistencia a la insulina (RI) y sus consecuencias, como las enfermedades cardiovasculares (ECV). La hipomagnesemia está asociada con la RI y las complicaciones micro y macrovasculares, incluyendo las ECV, que se consideran la principal causa de morbimortalidad por la DM2. En este contexto, este estudio tiene como objetivo evaluar los niveles séricos de magnesio (Mg) en pacientes diabéticos y la posible asociación con complicaciones crónicas y comorbilidades, con énfasis en las enfermedades cardiovasculares; e identificar un posible valor de nivel sérico para considerar en esta población con el fin de revisar su verdadera aplicabilidad clínica. Se trata de un estudio transversal, descriptivo y analítico, en el cual participaron 99 pacientes con DM2 de ambos sexos, atendidos en un centro ambulatorio público en la ciudad de Salvador (Bahía, Brasil). Se utilizaron un cuestionario de datos sociodemográficos y antropométricos, un recordatorio alimentario de 24 horas y un análisis bioquímico del magnesio sérico. También se registraron las comorbilidades y complicaciones crónicas de los pacientes, como hipertensión arterial, enfermedad arterial coronaria, enfermedad arterial obstructiva periférica, arritmia cardíaca, accidente cerebrovascular, dislipidemia, neuropatía sensorial periférica, retinopatía y nefropatía diabética. Los datos se dispusieron en tablas para su análisis y descripción. Los individuos se separaron en dos grupos bajo magnesio y normal/alto magnesio, y se compararon sus variables mediante pruebas de hipótesis. Los hallazgos evidenciaron un nivel sérico medio de magnesio de 1,97 mg% (IC 1,69 a 2,25 mg%) en el total de la muestra. Los bajos niveles subclínicos de magnesio estaban presentes en 29 sujetos (29,3%), y la hipomagnesemia en 34 individuos (34,3%). El nivel medio de Mg en el total de la muestra tuvo una diferencia significativa (p<0,001) del valor normal ideal, pero no difirió del valor subclínico (p=0,311). En el grupo con hipomagnesemia hubo predominio del sexo femenino y de pacientes con mayor nivel de estudios. La glucemia en ayunas fue más alta en el grupo de bajo Mg, y la hemoglobina glucosilada en el grupo de normal/alto Mg, pero en ninguno de los dos se encontró diferencia estadística. Los bajos niveles de vitamina B12 se encontraron en 12 pacientes (12,1%), y los niveles más bajos de magnesio estaban presentes en los pacientes con deficiencia de vitamina B12 (1,81±0,24 versus 2,01±0,29) con p=0,027. Los antidiabéticos orales se utilizaron más en el grupo con bajo Mg. No hubo diferencia entre el magnesio sérico, la ingesta calórica, el magnesio y el calcio en la dieta. Los pacientes con ECV tuvieron una media de 2,01 mg% (IC 1,69-2,33 mg%) para Mg. La enfermedad cardiovascular estuvo presente en el 47,5% de la muestra, y los pacientes con esta morbilidad tuvieron una prevalencia del 29,8% de hipomagnesemia; el infarto agudo de miocardio (IAM) fue más frecuente en el grupo con normal/alto Mg. Los resultados demuestran que la hipomagnesemia en los pacientes diabéticos debe considerarse en los niveles clínicos y subclínicos. Los bajos niveles de Mg también estuvieron asociados a bajos niveles de vitamina B12. Los pacientes que presentaron enfermedades cardiovasculares asociadas también tuvieron una alta prevalencia de hipomagnesemia, incluidos los niveles subclínicos, con excepción de los casos de IAM en los que los niveles séricos de magnesio se mantuvieron dentro del intervalo considerado normal ideal, evidenciado por una diferencia estadísticamente significativa (p<0,005).
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Palavras-chave

Texto completo: 1 Índice: LILACS Idioma: Pt Revista: Rev. Baiana Saúde Pública (Online) Assunto da revista: Sa£de P£blica Ano de publicação: 2024 Tipo de documento: Article

Texto completo: 1 Índice: LILACS Idioma: Pt Revista: Rev. Baiana Saúde Pública (Online) Assunto da revista: Sa£de P£blica Ano de publicação: 2024 Tipo de documento: Article