A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) como dicionário unificador de termos / The International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) as a unifying dictionary of terms
Acta fisiátrica
; 28(3): 207-213, set. 2021.
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RESUMO
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi formulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), baseada no modelo biopsicossocial, tendo como um dos principais objetivos proporcionar uma linguagem neutra e não discriminatória universal. Porém, ainda é possível observar desafios para o êxito no estabelecimento e uso dessa linguagem de forma universal, ocasionando em uma série de barreiras na comunicação em nível de ensino, prática clínica, gestão e pesquisa. O presente ensaio teórico busca realizar reflexões acerca da análise dos desafios que a heterogeneidade da linguagem utilizada na descrição e caracterização da funcionalidade e a percepção que, mesmo após 20 anos de publicação da CIF, ainda é persistente o uso da lógica biomédica, configurando-se como uma barreira para a mudança de paradigma. Pretende-se também discutir sobre quais os benefícios de utilização da CIF como uma linguagem universal no campo da saúde. Afirmamos a necessidade de um esforço da comunidade acadêmica e clínica para o uso correto dos termos da CIF, visto que o equívoco na linguagem pode levar a definições inconsistentes. Salientamos que esse ensaio teórico busca cobrir um hiato na literatura brasileira a respeito da utilização da CIF como dicionário de termos balizadores para descrição das experiências vividas em saúde.
ABSTRACT
The International Classification of Functioning, Disability and Health (CIF) was formulated by the World Health Organization (WHO), based on the biopsychosocial model, having as one of the main objectives to provide a neutral and non-discriminatory universal language. However, it is still possible to observe challenges for the success in establishing and using this language universally, causing a series of barriers in communication at the level of teaching, clinical practice, management, and research. This theoretical essay seeks to reflect on the analysis of the challenges that the heterogeneity of the language used to describe and characterize the functioning and the perception that, even after 20 years of publication of the ICF, the use of biomedical logic is still persistent, if configuring as a barrier to the paradigm shift. In addition to discussing the benefits of using ICF as a universal language for health professionals. We affirm the need for an effort by the academic and clinical community for the correct use of ICF terms since the misunderstanding in language can lead to inconsistent definitions. We emphasize that this theoretical essay seeks to cover a gap in the Brazilian literature regarding the use of ICF as a dictionary of guiding terms for describing lived health experiences.