RESUMO
TEMA
alfabetização e
reabilitação dos distúrbios da
leitura e escrita por
metodologia fono-vísuo-articulatória (
Método das Boquinhas - JARDINI, 1997). Esta
metodologia de
aprendizagem alia inputs neuropsicológicos, como os sons/fonemas, às letras/grafemas, às boquinhas/articulemas.
OBJETIVO:
alfabetizar e/ou reabilitar
crianças que apresentavam distúrbios na
leitura e escrita, de
etiologia variada, com resultados consistentes a curto prazo, num
trabalho de parceria entre fonoaudiólogo e psicopedagogo.
MÉTODO:
participaram deste estudo 30
crianças, com diagnósticos de
dislexia, TDHA, atraso cognitivo leve, limítrofes e
psicoses infantis, havendo co-morbidades entre os
casos. As
crianças variavam entre 7 a 10 anos de idade, todas com atrasos de pelo menos seis meses na
escolaridade regular. Participaram da
pesquisa as
crianças, seus
pais e
professores, que avaliaram-nas por meio do mesmo
questionário, no início do
tratamento (T0), após 3 meses (T1) e após 6 meses de intervenção (T2), segundo a
leitura, interpretação de textos, ditado, cópia da lousa,
atenção, concentração e
segurança para
aprendizagem. Foram aplicados
questionários de múltipla escolha, sendo qualificadas em incapaz, intermediária e capaz para a
aprendizagem do quesito avaliado. A abordagem
terapêutica adotada foi a aplicação do
método fono-vísuo-articulatório (
Método das Boquinhas - Jardini, 1997), com duas sessões semanais realizadas pela fonoaudióloga e pela psicopegagoga. Além da intervenção as
crianças continuaram sua
escolaridade na rede regular de
ensino que freqüentavam.
RESULTADOS:
houve expressiva evolução em todos os itens avaliados, analisados pelos
pais e pelos
professores. Após os 3 primeiros meses de intervenção as
crianças passaram para nível intermediário de
aprendizagem e após 6 meses apresentaram-se capazes em cada item avaliado. Estes resultados não só propiciaram melhor
rendimento escolar, como beneficiaram-nas em relação à auto-estima para
aprendizagem, podendo melhor enfrentar suas diferenças.
CONCLUSAO:
com a
metodologia fono-vísuo-articulatória, após 6 meses as
crianças estavam aptas à dar continuidade no processo regular de
ensino, acompanhando os demais
alunos de sua classe.