RESUMO
Objetivo:
Discutir um
caso complexo de
osteoma crânio-facial frontal gigante, onde se utilizou acesso bicoronal com
enxerto ósseo autólogo da região parieto-temporal esquerda e
metacrilato para cobrir a área
doadora.
Método:
Relato de caso clínico de um
osteoma frontal
crânio-facial e
revisão de literatura.
Relato de caso P.A.M.F., 25 anos,
sexo feminino, admitida em nosso serviço aos 3 anos de idade, com abaulamento na região frontal, aparentemente sem
crescimento e sem alterações neurológicas. Manteve acompanhamento ambulatorial evoluindo com progressão da
doenças e aparecimento de alguns critérios de
gravidade, com
cefaléia constante,
crescimento progressivo com extensão dos seus limites para além do
seio frontal, com ocupação maior que 50% do diâmetro do
seio frontal. Optou-se pela cranioplastia com ressecção extensa do
osteoma pelo acesso bicoronal, com reconstrução a partir do
enxerto autólogo do
crânio.
Resultados:
O resultado
pós-operatório funcional, anatômico e estético foi considerado satisfatório pela equipe e pela
paciente, não existindo desnível ósseo ou
cicatrização inadequada. Não observamos
complicações ou
recidiva em nossa
paciente após 2 anos de
pós-operatório.
Conclusão:
Os osteomas dos
seios paranasais são
tumores histologicamente benignos. São
lesões ósseas encapsuladas com potencial de
crescimento ilimitado. Deslocam estruturas adjacentes e estão usualmente aderidos ao
osso frontal do qual têm origem. A
remoção cirúrgica nos osteomas frontais é indicada nos
pacientes sintomáticos, independente da sua
localização ou extensão. A abordagem cirúrgica nos osteomas frontais pode ser transfacial ou coronal. Os osteomas possuem pequena tendência de
recidiva após ressecção adequada.