Dermatofitose e grupos sanguíneos humanos / Human Dermatofitose and blood groups

Com a finalidade de investigar a relação entre as dermatofitoses e os grupos sanguíneos, os autores realizaram a tipagem sanguínea, a identificação dos dermatófitos e avaliaram a resposta imune celular específica de 29 pacientes portadores desta micose. Verificaram que 24% dos pacientes mostraram-se reatores à fase tardia dessa prova (48h) nas seguintes proporções: Tinea corporis, 28,5%; Tinea unguium, 25% e Tinea pedis, 23%. 34% dos casos apresentaram positividade à fase imediata (30 min) da reação. Das amostras submetidas à cultura, 14 resultaram positivas, sendo que o T. rubrum foi isolado em 57% dos pacientes. A associação entre dermatófitos isolados e resposta imediata à tricofitinia foi observada nas seguintes proporções: T.rubrum em 37,5% dos pacientes e T. mentagrophytes em 75%. A distribuição do grupo sanguíneo nas dermatofitoses demonstrou que 45% dos pacientes pertenciam ao grupo O, 41% ao grupo A e 14% ao grupo B. A relação entre o grupo sanguíno e os dermatofitos demonstrou que o T. rubrum foi encontrado em 37,5% dos pacientes pertencentes ao grupo A, 37,5% ao grupo O e 25% ao grupo B; e o fungo T.Mentagrophytes foi isolado em 100% dos pacientes pertencentes ao grupo sanguineo A são mais suscetiveis a infecção por dermatófitos, especialmente pelo T. rubrum.

[Blood typing of a Hansen population in Guadeloupe (F.W.I.)]. / Etude hémotypologique d'une population hansénienne en Guadeloupe (F.W.I.).

The target of this survey carried out in Guadeloupe (F.W.I.) is to search for eventual relationship between leprosy forms and ethnic features--Made in people subjected to same environmental factors, such a study avoids usual bias of investigations on the epidemiological aspect of "racial" factors. The 1522 investigated patients have been divided into 2 categories: allergic paucibacillary (Mitsuda +), and anergic multibacillary (Mitsuda -) patients. -). Three parameters were studied: morphological type empirically determined according to cutaneous pigmentation; ABO blood groups; and Rhesus phenotype. The results bring to the fore: Significant linkage between clinical forms and morphotype: the dominant Caucasian morphological typed subjects, with integument poor in melanin, are more numerous among multibacillary patients. This might confirm high sensitiveness of Caucasians to leprosy. No significant linkage between clinical forms and ABO blood groups. Nevertheless, variations are found already reported in more homogeneous populations: predominance of A group in multibacillary patients, of B and O groups in paucibacillary patients. Significant linkage between clinical forms and Rhesus phenotype. But this link does not seem to be imputable to ethnic factors because clinical forms distribution is the same in ccDee sub-population (the most frequent in West Africa), and in ccddee subpopulation (quite frequent phenotype in West Europe). In fact, only the ccDEe phenotype sub-population is significantly different from all the others, because multibacillary forms are particularly frequent (49.3%) and strike evenly women and men in this sub-population.

The genetics of leprosy.

Population and family distributions of leprosy in the Bogia Subprovince of Papua New Guinea have been examined for evidence of inherited susceptibility to the disease. Evidence for multigenic inheritance of leprosy severity is provided by the restriction of pleiotropy with red-cell enzyme 6PGD phenotypes to a single clinical form of leprosy and by the superior fit of pedigree data to a multifactorial, rather than single-gene model, of inheritance. Discrimination of the multifactorial model as superior to the single-gene model in testing the mode of inheritance of quasi-continuous multiple threshold traits was possible by extending the models to incorporate information on assortative mating for leprosy. Leprosy epidemiological patterns simulated blood genetic marker gene frequency distributions of 13 polymorphic loci in their dependence on linguistic and distance effects. In an analysis of leprosy prevalence rates in 25 languages, leprosy rates corresponded more closely with linguistic similarity than with geographic proximity, suggesting the importance of ancestral genetic relationships between groups as a determinant of similarity in between-group leprosy susceptibility.

Genetica e hanseniase: uma percepcao critica de sua conceituacao e evolucao / Genetics and leprosy: a critical perception of its conceptualization and evolution

Inicialmente,são detalhadas as controvérsias a respeito da natureza infecciosa ou hereditária da doença, já polarizadas quando de sua própria conceituação no século XIX e acentuadas ainda mais durante este século. A seguir revê-se uma série de linhas científicas consistentes que gradualmente vêm sendo definidas, notabilizando-se os estudos que focalizam a problemática do meio familiar, a hanseníase conjugal, a afecção em gêmeos, o papel da lisozima e os estudos da doença em relação a maracadores genéticos, grupos sanguíneos, dermatóglifos, polimorfismos enzimáticos séricos e antígeno Au. Tais informações conduzem a uma percepção crítica posterior que parece indicar que as duas posições básicas quanto a nasografia da doença precisam ser redimensiondas em termos factuais da multicausalidade na história natural do agravo mórbido, abandonando assim o simplismo da ótica positivista unicausalística da determinação. Isto posto e tendo claro sobretudo as várias evidências mencionadas e discutidas de mecanismos genéticos na hanseníase e a maior frequência da transmissão efetiva do bacilo que a frequência de casos novos, revê-se a aplicação de um modelo mendeliano bastante usual em genética de populações como possível base teórica da ação da hereditariedade da doença.

Hepatitis associated antigen and the ABO locus in Down's syndrome.

The recent observation by Arndt-Hansen et al. (1974) of increased frequency of blood group A over group O in blood donors positive for the hepatitis associated antigen has been investigated in Down's syndrome, in order to establish if this could account for the increased frequency of the antigen in that syndrome. Seventy-one of 227 subjects with Down's syndrome (31.3%) were found to be positive for the antigen by haemagglutination, and comparison of these with the HAA-subjects failed to reveal any differences in the ABO blood groups.