iH Entrevista Dona Maria

A Colônia de Itanhenga, ou Hospital Colônia Pedro Fontes, foi inaugurada em 1937 e destinada ao isolamento de pessoas afligidas pela hanseníase no estado do Espírito Santo. Em 2012, Dona Maria Pereira foi entrevistada pela Dra. Patrícia Deps, onde conta a sua história de segregação compulsória e a separação de seus filhos ao nascer, levados para o Educandário Alzira Bley

iH Entrevista Heraldo Pereira

O Educandário Alzira Bley foi inaugurado em 1940. O local acolhia as crianças separadas das mães segregadas na Colônia de Itanhenga (ES, Brasil). Em 2012, Heraldo Pereira, filho de Dona Maria, foi entrevistado pela Dra. Patrícia Deps, e contou sua traumática experiência de ter vivido sua infância e adolescência longe de seus pais. Heraldo expressa sentimento de injustiça e abandono, comum a todos os filhos e filhas que foram retirados dos braços de suas mães nos hospitais colônias do Brasil. Em 2020, estima-se que há aproximadamente 10 mil filhos e filhas vítimas desta política pública de saúde ocorrida em algumas colônias do Brasil até 1980.

iH Entrevista Joaquim Soares

A Colônia de Itanhenga, ou Hospital Colônia Pedro Fontes, foi inaugurada em 1937 e destinada ao isolamento de pessoas afligidas pela hanseníase no estado do Espírito Santo. Entrevista com o Sr. Joaquim Soares, paciente de hanseníase, e ex morador da colônia.

História da hanseníase no Brasil: silêncios e segregação / History of Hansen's disease in Brazil: silences and segregation

Este livro se propõe a abrir arquivos, trazer à luz documentos, resgatar memórias e romper silêncios. Os trabalhos aqui reunidos traçam um quadro da doença no país desde o período colonial até nossos dias através de discurso crítico e interdisciplinar e se constitui em campo fértil para futuras pesquisas. É uma obra para ser lida por todos aqueles que se preocupam com a história das doenças, do sofrimento, da dor, da perda de direitos e das injustiças

História da hanseníase no Brasil: silêncios e segregação / History of leprosy in Brazil: silences and segregation

Este livro se propõe a abrir arquivos, trazer à luz documentos, resgatar memórias e romper silêncios. Os trabalhos aqui reunidos traçam um quadro da doença no país desde o período colonial até nossos dias através de discurso crítico e interdisciplinar e se constitui em campo fértil para futuras pesquisas. É uma obra para ser lida por todos aqueles que se preocupam com a história das doenças, do sofrimento, da dor, da perda de direitos e das injustiças.

Lepra: uma breve história da doença / Leprosy: a brief history of the disease

O artigo faz um apanhado histórico da doença ao longo de cinco séculos, verificando seu significado dicionarizado. Concentra a análise me território brasileiro no século XX

A hanseníase e a medicina do confinamento do Amazonas / Leprosy and confinement medicine in the Amazon

As medidas encontradas para enfrentar o problema da hanseníase no Brasil foram similares àquelas adotadas no resto do mundo, com o isolamento dos doentes, que se mostrou incapaz de controlar a doença e contribuiu para aumentar o estigma e o medo a ela associados.

Segregados, mas nem tanto: as experiências de isolamento compulsório de leprosos no Pará / Segregated, but not so: the experiences of compulsory isolation of lepers in Pará

Conta a criação do Hospício dos Lázaros de Tucunduba, como era mantido, a origem dos doentes. A história da lepra no Pará, assim como em outras partes do Brasil, é marcada por uma violenta política de exclusão das pessoas que contraíam essas doenças. Narrar as múltiplas formas de agência desses sujeitos constitui uma forma de valorizar suas experiências e de afirmar sua condição humana, apesar dos discursos e práticas que tentam colocá-los fora dessa condição

O Leprosário do Bonfim e a política de controle e combate à hanseníase no Maranhão / The Bonfim Leprosarium and the policy of control and fight against leprosy in Maranhão

O presente artigo visa analisar como a lepra foi alçada à condição de problemas social e definida como uma ameaça à saúde pública no Maranhão, e como o Estado executou a política nacional de isolamento compulsório dos doentes.

Entre passado e presente: da lepra à hanseníase no sertão piauiense / Between past and present: from leprosy to leprosy in the backlands of Piaui

No Piauí, já no século XIX, é possível observar a preocupação das autoridades políticas em relação à lepra. Dessa forma, discute-se a filantropia e o isolamento compulsório de doentes de lepra no Piauí analisando o tratamento no Leprosário São Lázaro e no Hospital Colônia de Carpina

Relatos sobre a lepra entre Alagoas e Pernambuco / Reports on leprosy between Alagoas and Pernambuco

O capítulo trata sobre a ocorrência e a prevenção da lepra nos dois Estados. Comenta sobre a questão do isolamento do doente por lepra

Mato Grosso: lepra, segregação social e isolamento hospitalar (1816-1941) / Mato Grosso: leprosy, social segregation and hospital isolation (1816-1941)

Este trabalho analisa algumas estratégias criadas e largamente utilizadas pela sociedade mato-grossense, especialmente parcelas das elites, para enfrentar os impactos sociais causados pela lepra (e pelos leprosos) nesta parte mais central da América do Sul, no período entre 1816 e 1941, tendo como eixo norteador da investigação as origens, a trajetória de abandono por muitos governantes da província e do estado de Mato Grosso (a partir do segundo, bem como a reforma, ampliação e reinauguração, em que veio a se concretizar na década de 1960

Colônia Santa Marta e a reintegração social dos ex-internos em Goias / Colony santa marta and the social reintegration of ex-interns in Goias

Analisa o problema da reintegração social dos ex-internos da Colônia Santa Marta em Goiânia, diante do processo de readequação dos antigos leprosários. A cura da doença e o fim da exigência de isolamento dos atingidos pela hanseníase também compõem esta análise. No entanto, o estudo está centrado no processo de constituição de uma política de assistência médica específica e de reintegração social dos ex-internos e os resultados do afastamento social e familiar a que eles estiveram obrigados durante o período de internamento

História da lepra e da hanseníase em Minas Gerais: das origens à atualidade / History of leprosy and leprosy in Minas Gerais: from the origins to the present

O problema da lepra começou a aparecer na documentação colonial quando o número de casos aumentou ou quando a preocupação com os leprosos se tornou mais presente. Conta a história do primeiro leprosário mineiro, como Aleijadinho abordou a doença em sua arte e a era do isolamento em Minas Gerais

Adoecer por lepra e com a doença conviver: apontamentos sobre a implantação da Colônia de Itanhenga - ES (1937) e o isolamento compulsório / Falling ill with leprosy and living with the disease: notes on the implantation of Itanhenga Colony - ES (1937) and compulsory isolation

Aborda a prática de isolamento de pacientes de lepra considerando o processo de instalação da Colônia de Itanhenga no ES em 1937 e a maneira como indivíduos doentes perceberam essa experiência de segregação. Desta forma, procura tratar da implantação do leprosário que serviu para internação compulsória de pacientes leprosos no Espírito Santo, destacando aspectos sobre o ingresso e a vida constituída pelos doentes na instituição, dando enfoque para a percepção dessa experiência pelos indivíduos que viveram tal processo.

Políticas de combate à lepra e instituições de isolamento no Rio de Janeiro / Leprosy policies and isolation institutions in Rio de Janeiro

Expõe as políticas públicas de combate à lepra na cidade do Rio de Janeiro e no antigo estado fluminense, além de historicizar brevemente as instituições criadas para cuidar e isolar os afetados pela doenças: Hospital Frei Antonio, Colônia de Curupaiti e Leprosário do Iguá

A hanseníase em São Paulo: o "modelo paulista" de isolamento / A leprosy in São Paulo: the "paulista model" of isolation

No Brasil, o aparecimento da hanseníase coincide com a colonização do território. Tudo indica que os portugueses tenham sido os responsáveis pela introdução dessa doença até então desconhecida pela população indígena. O capítulo aborda a relação entre a lavoura cafeeira e o crescimento da hanseníase, a construção dos primeiros asilos, o Hospital de Guapira. Demonstra a estruturação do modelo paulista de profilaxia, a rede asilar paulista e suas características, o surgimento do modelo Santo Ângelo. Comenta sobre a situação atual dos antigos asilos-colônia

A imagem ausente: Colônia Santa Teresa e suas representações visuais (Santa Catarina - 1940-1945) / The missing image: Colonia Santa Teresa and its visual representations (Santa Catarina - 1940-1945)

A Colônia Santa Teresa foi construída no contexto das políticas de combate à lepra no Brasil durante o Estado Novo de Getúlio Vargas abrigando em caráter compulsório 826 internos entre 1940 e 1952. Com o fim desse modelo de internamento muitos internos passaram a ganhar alta, retomando o convívio em sociedade. Contudo, alguns pacientes mais antigos acabaram retornando para esta instituição como uma forma de abrigo diante das dificuldades de inserção social, abandono dos familiares ou pela necessidade de tratamento diante dos efeitos da hanseníase. Atualmente, a instituição é conhecida como HSTDS - Hospital Santa Teresa de Dermatologia Sanitária

Rio Grande do Sul: Hospital de Emergência e Leprosário Itapuã no Rio Grande do Sul: do isolamento ao esquecimento / Rio Grande do Sul: Itapuã Emergency and Leprosy Hospital in Rio Grande do Sul: from isolation to oblivion

Apanhado sobre a história da doença no Estado do Rio Grande do sul analisando a saúde pública e a experiência humana. Analisa como o destino das pessoas e dos lugares em relação ao isolamento propondo uma historização dos percursos do isolamento dos doentes, começando pelo Hospital de emergência até o local definitivo, o Leprosário Itapuã, e uma problematização sobre o destino das próprias instituições e de suas memórias.