ABSTRACT
Después de 12 años de práctica exclusiva y literal con la técnica de la escala cincuentamilesimal (LM o Q) de potencias, descrita en la 6a edición del Organon, elautor analiza sus diferencias básicas con las directrices de la 5a edición de dicha obra. Describe la manera de administrar el medicamento, sus ventajas y desventajas, y enumera todas las conductas posibles durante el uso de esta técnica, la cual, concluye, es la que mejor se encamina para lograr una curación rápida y suave, ideal máximo de Samuel Hahnemann. (AU)
After 12 years of literal and exclusive practice with the 50 millesimal scale according to the 6th edition of the Organon, the autor analyses its basic differences with the guidelines of the 5th edition. He describes the posible procedures during the usage of this kind of medication; it´s advantages, disvantages and enumerates all the possible conducts of this technique, therefore concluding that this is the one that leads to a rapid and mild cure. Samuel Hahnemann´s maximum ideal (AU)
Subject(s)
Fifty Millesimal , Homeopathic Dosage , Organon , Preparation Scales , Homeopathy , Potency , DynamizationABSTRACT
A busca por tratamentos "naturais" ou em conformidade com crenças e valores próprios, bem como experiências nas quais o tratamento com antidepressivos causou efeitos adversos desagradáveis ou pareceu ineficaz são razões apontadas por pacientes com depressão para o uso de alternativas ao tratamento convencional. O tratamento homeopático é uma dessas alternativas, apesar da falta de estudos clínicos que indiquem a eficácia de qualquer método de homeopatia no tratamento da depressão. Apesar de ter sido reconhecida como especialidade médica desde 1980, o ensino da homeopatia no Brasil era realizado à parte das escolas de medicina até 2003, quando a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ Jundiaí, São Paulo) iniciou uma especialização em homeopatia segundo o método mais aperfeiçoado de Hahnemann. Os alunos são treinados em ambulatórios integrados ao sistema único de saúde de Jundiaí. Um desses ambulatórios é voltado ao tratamento homeopático da depressão, objeto dos dois artigos do presente estudo. O primeiro artigo relata o tratamento de uma série de 15 casos de depressão tratados durante 7 a 14 semanas com o método mais aperfeiçoado de Hahnemann. O escore de depressão, avaliado pela escala de depressão de Montgomery e Åsberg (MADRS) diminuiu da média basal de 24,87 (± 5,81) para 9,73 (± 8,16; p< 0,0001) na segunda avaliação e apenas um paciente não apresentou resposta e remissão do episódio depressivo. Estes resultados ressaltaram a necessidade de um estudo randomizado e controlado para avaliação do tratamento homeopático da depressão. O segundo artigo teve como objetivo investigar a não-inferioridade e tolerabilidade dos medicamentos homeopáticos na dinamização cinqüenta-milesimal (LM) em relação à fluoxetina, em um estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego e double-dummy, uma vez que um estudo controlado com placebo não foi autorizado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Noventa e um pacientes com depressão moderada a grave foram aleatoriamente alocados para receber, durante oito semanas, uma potência LM de um medicamento individualizado em solução alcoólica (1 gota três vezes por semana) e cápsulas de placebo, ou 20 mg de fluoxetina por dia e gotas de álcool a 30 por cento. Aqueles que não responderam após 4 semanas de tratamento receberam, de maneira cega, 40 mg de fluoxetina/dia ou uma medicação homeopática diferente e respectivos placebos. As medidas de eficácia foram a evolução do escore médio MADRS e as taxas de resposta e remissão na 4ª e 8ª semanas de tratamento. Uma margem de 1,45 foi especificada para a análise de não-inferioridade com base em dados da literatura. A tolerabilidade foi avaliada por meio da escala de avaliação de efeitos adversos da Sociedade Escandinávia de Psicofarmacologia. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à evolução dos escores médios de depressão na 4ª (p=0.654) e 8ª (p=0.965) semanas de tratamento. Também não houve uma diferença significativa nas taxas de resposta ou remissão nos dois grupos. A análise de não-inferioridade mostrou que as potências LM não foram inferiores à fluoxetina, uma vez que os limites superiores dos intervalos de confiança foram inferiores à margem de não-inferioridade: as diferenças médias (homeopatia fluoxetina) foram -3,04 (95 por cento IC = -6,95; 0,86) e -2,4 (95 por cento IC = -6,05; 0,77) na 4a e 8a semanas, respectivamente. Tolerabilidade: não houve diferenças significativas entre as taxas de efeitos colaterais entre os dois grupos, apesar dos pacientes tratados com fluoxetina terem apresentado uma maior porcentagem de efeitos adversos perturbadores e uma maior tendência a serem excluídos por efeitos adversos. Conclusões: este estudo exemplifica a possibilidade de se realizarem estudos randomizados e controlados no tratamento homeopático da depressão e indica a não-inferioridade em relação à fluoxetina no tratamento da fase aguda da depressão moderada a grave.(AU)
Background: Homeopathy is a Complementary and Integrative Medicine used in depression. Aims: this study investigated the non-inferiority and tolerability of individualized homeopathic medicines (Q-potencies) in acute depression, using fluoxetine as active control. Methods: Ninety-one outpatients with moderate to severe depression were assigned to receive an individualized homeopathic medicine or fluoxetine 20 mg/day (up to 40 mg/day) in a prospective, randomized, double-blind double-dummy 8 week, single-center trial. Primary efficacy measure was the analysis of the mean change in the MADRS depression scores, using a non-inferiority test with margin of 1.45. Secondary efficacy outcomes were response and remission rates. Tolerability was assessed with the side effect rating scale of the Scandinavian Society of Psychopharmacology. Results: Mean MADRS scores differences were not significant at the 4th (p=0.654) and 8th weeks (p=0.965) of treatment. Non-inferiority of homeopathy was indicated because the upper limit of the confidence interval for mean difference in MADRS change was less than the non-inferiority margin: mean differences (homeopathy fluoxetine) were -3.04 (95% CI = -6.95; 0.86) and -2.4 (95% CI = -6.05; 0.77) at weeks 4th and 8th, respectively. There were no significant differences between the percentages of response or remission rates in both groups. Tolerability: there were no significant differences between the side effects rates, although a higher percentage of patients treated with fluoxetine reported adverse side effects and a there was a trend toward greater treatment interruption for adverse effects in the fluoxetine group. Conclusions: This study illustrates the feasibility of randomized controlled double-blind trials of homeopathy in depression and indicates the non-inferiority of individualized homeopathic Q-potencies as compared to fluoxetine in acute treatment of outpatients with moderate to severe depression.(AU)