RESUMO
BACKGROUND: The perimenopausal period refers to the interval when women's menstrual cycles become irregular and is characterized by an increased risk of depressive symptoms. Use of homeopathy to treat depression is widespread but there is a lack of clinical trials about its efficacy in depression in peri- and postmenopausal women. Previous trials suggest that individualized homeopathic treatments improve depression. In classical homeopathy, an individually selected homeopathic remedy is prescribed after a complete case history of the patient. The aim of this study is to assess the efficacy and safety of the homeopathic individualized treatment versus placebo or fluoxetine in peri- and postmenopausal women with moderate to severe depression. METHODS/DESIGN: A randomized, placebo-controlled, double-blind, double-dummy, three-arm trial with a six-week follow-up study was designed. The study will be conducted in a public research hospital in Mexico City (Juárez de México Hospital) in the outpatient service of homeopathy. One hundred eighty nine peri- and postmenopausal women diagnosed with major depression according to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (moderate to severe intensity) will be included. The primary outcome is change in the mean total score among groups on the 17-item Hamilton Rating Scale for Depression after the fourth and sixth week of treatment. Secondary outcomes are: Beck Depression Inventory change in mean score, Greene's Scale change in mean score, response and remission rates and safety. Efficacy data will be analyzed in the intention-to-treat population. To determine differences in the primary and secondary outcomes among groups at baseline and weeks four and six, data will be analyzed by analysis of variance for independent measures with the Bonferroni post-hoc test. DISCUSSION: This study is the first trial of classical homeopathy that will evaluate the efficacy of homeopathic individualized treatment using C-potencies versus placebo or fluoxetine in peri- and postmenopausal women with moderate to severe depression. It is an attempt to deal with the obstacles of homeopathic research due to the need for individual prescriptions in one of the most common psychiatric diseases. TRIAL REGISTRATION: ClinicalTrials.gov Identifier: NCT01635218.
Assuntos
Antidepressivos de Segunda Geração/uso terapêutico , Depressão/terapia , Fluoxetina/uso terapêutico , Materia Medica/uso terapêutico , Perimenopausa/psicologia , Pós-Menopausa/psicologia , Projetos de Pesquisa , Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina/uso terapêutico , Análise de Variância , Antidepressivos de Segunda Geração/efeitos adversos , Protocolos Clínicos , Depressão/diagnóstico , Depressão/tratamento farmacológico , Depressão/psicologia , Método Duplo-Cego , Feminino , Fluoxetina/efeitos adversos , Hospitais Públicos , Humanos , Materia Medica/efeitos adversos , México , Medicina de Precisão , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina/efeitos adversos , Índice de Gravidade de Doença , Fatores de Tempo , Resultado do TratamentoRESUMO
A busca por tratamentos "naturais" ou em conformidade com crenças e valores próprios, bem como experiências nas quais o tratamento com antidepressivos causou efeitos adversos desagradáveis ou pareceu ineficaz são razões apontadas por pacientes com depressão para o uso de alternativas ao tratamento convencional. O tratamento homeopático é uma dessas alternativas, apesar da falta de estudos clínicos que indiquem a eficácia de qualquer método de homeopatia no tratamento da depressão. Apesar de ter sido reconhecida como especialidade médica desde 1980, o ensino da homeopatia no Brasil era realizado à parte das escolas de medicina até 2003, quando a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ Jundiaí, São Paulo) iniciou uma especialização em homeopatia segundo o método mais aperfeiçoado de Hahnemann. Os alunos são treinados em ambulatórios integrados ao sistema único de saúde de Jundiaí. Um desses ambulatórios é voltado ao tratamento homeopático da depressão, objeto dos dois artigos do presente estudo. O primeiro artigo relata o tratamento de uma série de 15 casos de depressão tratados durante 7 a 14 semanas com o método mais aperfeiçoado de Hahnemann. O escore de depressão, avaliado pela escala de depressão de Montgomery e Åsberg (MADRS) diminuiu da média basal de 24,87 (± 5,81) para 9,73 (± 8,16; p< 0,0001) na segunda avaliação e apenas um paciente não apresentou resposta e remissão do episódio depressivo. Estes resultados ressaltaram a necessidade de um estudo randomizado e controlado para avaliação do tratamento homeopático da depressão. O segundo artigo teve como objetivo investigar a não-inferioridade e tolerabilidade dos medicamentos homeopáticos na dinamização cinqüenta-milesimal (LM) em relação à fluoxetina, em um estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego e double-dummy, uma vez que um estudo controlado com placebo não foi autorizado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Noventa e um pacientes com depressão moderada a grave foram aleatoriamente alocados para receber, durante oito semanas, uma potência LM de um medicamento individualizado em solução alcoólica (1 gota três vezes por semana) e cápsulas de placebo, ou 20 mg de fluoxetina por dia e gotas de álcool a 30 por cento. Aqueles que não responderam após 4 semanas de tratamento receberam, de maneira cega, 40 mg de fluoxetina/dia ou uma medicação homeopática diferente e respectivos placebos. As medidas de eficácia foram a evolução do escore médio MADRS e as taxas de resposta e remissão na 4ª e 8ª semanas de tratamento. Uma margem de 1,45 foi especificada para a análise de não-inferioridade com base em dados da literatura. A tolerabilidade foi avaliada por meio da escala de avaliação de efeitos adversos da Sociedade Escandinávia de Psicofarmacologia. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à evolução dos escores médios de depressão na 4ª (p=0.654) e 8ª (p=0.965) semanas de tratamento. Também não houve uma diferença significativa nas taxas de resposta ou remissão nos dois grupos. A análise de não-inferioridade mostrou que as potências LM não foram inferiores à fluoxetina, uma vez que os limites superiores dos intervalos de confiança foram inferiores à margem de não-inferioridade: as diferenças médias (homeopatia fluoxetina) foram -3,04 (95 por cento IC = -6,95; 0,86) e -2,4 (95 por cento IC = -6,05; 0,77) na 4a e 8a semanas, respectivamente. Tolerabilidade: não houve diferenças significativas entre as taxas de efeitos colaterais entre os dois grupos, apesar dos pacientes tratados com fluoxetina terem apresentado uma maior porcentagem de efeitos adversos perturbadores e uma maior tendência a serem excluídos por efeitos adversos. Conclusões: este estudo exemplifica a possibilidade de se realizarem estudos randomizados e controlados no tratamento homeopático da depressão e indica a não-inferioridade em relação à fluoxetina no tratamento da fase aguda da depressão moderada a grave.(AU)
Background: Homeopathy is a Complementary and Integrative Medicine used in depression. Aims: this study investigated the non-inferiority and tolerability of individualized homeopathic medicines (Q-potencies) in acute depression, using fluoxetine as active control. Methods: Ninety-one outpatients with moderate to severe depression were assigned to receive an individualized homeopathic medicine or fluoxetine 20 mg/day (up to 40 mg/day) in a prospective, randomized, double-blind double-dummy 8 week, single-center trial. Primary efficacy measure was the analysis of the mean change in the MADRS depression scores, using a non-inferiority test with margin of 1.45. Secondary efficacy outcomes were response and remission rates. Tolerability was assessed with the side effect rating scale of the Scandinavian Society of Psychopharmacology. Results: Mean MADRS scores differences were not significant at the 4th (p=0.654) and 8th weeks (p=0.965) of treatment. Non-inferiority of homeopathy was indicated because the upper limit of the confidence interval for mean difference in MADRS change was less than the non-inferiority margin: mean differences (homeopathy fluoxetine) were -3.04 (95% CI = -6.95; 0.86) and -2.4 (95% CI = -6.05; 0.77) at weeks 4th and 8th, respectively. There were no significant differences between the percentages of response or remission rates in both groups. Tolerability: there were no significant differences between the side effects rates, although a higher percentage of patients treated with fluoxetine reported adverse side effects and a there was a trend toward greater treatment interruption for adverse effects in the fluoxetine group. Conclusions: This study illustrates the feasibility of randomized controlled double-blind trials of homeopathy in depression and indicates the non-inferiority of individualized homeopathic Q-potencies as compared to fluoxetine in acute treatment of outpatients with moderate to severe depression.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Cinquenta Milesimal , Medicamento Homeopático , Fluoxetina/efeitos adversos , Antidepressivos de Segunda Geração/efeitos adversos , Transtorno Depressivo/tratamento farmacológico , Efeito Placebo , Fluoxetina/administração & dosagem , Método Duplo-Cego , Doença Aguda/terapia , Resultado do Tratamento , Antidepressivos de Segunda Geração/administração & dosagem , Nível de Efeito Adverso não ObservadoRESUMO
Casos de interacao negativa entre fluoxetina e litio ja foram descritos na literatura, e o mecanismo da interacao parece envolver a acao sinergica no sistema serotosinergico, alem de descricoes de elevacao nos niveis sericos de litio quando da adicao da fluoxetina. Os autores relatam o caso de interacao negativa entre fluoxetina e litio em um paciente de 43 anos com diagnostico de transtorno bipolar tipo II...