O
Uso Racional de Medicamentos foi definido pela
Organização Mundial da Saúde como um objetivo a ser atingido devido aos dados alarmantes de
complicações geradas pelo uso indevido dos
medicamentos. No nosso
país, fatores como a
automedicação, dificuldade de acesso ao
serviço de saúde, baixa
adesão ao tratamento medicamentoso e falta de
orientação do
paciente são obstáculos para a sua efetiva implementação. Este
trabalho fez um
levantamento sobre a avaliação dos
clientes da
Farmácia Albion sobre a
Homeopatia, o
motivo pela escolha desse tipo de
tratamento, a
dispensação e a
atenção farmacêuticas, a
automedicação, bem como buscou avaliar a
percepção dos
clientes quanto à
prescrição farmacêutica, aceitação e utilização desse serviço. Com isso, busco também aprimorar o atendimento
farmacêutico, contribuindo com um melhor
entendimento da
dispensação farmacêutica, tornando o atendimento mais racionalizado, mantendo a qualidade da
assistência farmacêutica e reforçando o
papel do
farmacêutico como
profissional de saúde. Os resultados mostraram que a maioria dos usuários de
medicamentos homeopáticos são
mulheres acima dos 41 anos. A maior parte das
pessoas entrevistadas não procurou a
homeopatia em decorrência de um
conhecimento prévio dessa prática
terapêutica, sendo a principal
motivação a falência do
tratamento alopático anterior, principalmente no controle de processos alérgicos. A maioria buscou a
homeopatia através da indicação de
familiares,
amigos, colegas que tiveram uma experiência positiva com essa prática
terapêutica e a recomendaram. A
pesquisa mostrou que ainda há dúvidas referentes ao armazenamento dos
medicamentos homeopáticos. Grande parte dos entrevistados 8 já solicitava
atenção farmacêutica, recorrendo com certa
frequência a essa prática, porém a
dispensação orientada por
farmacêutico ainda se mostrou pequena. Diante das informações levantadas observou-se que na
homeopatia também há uma tendência à
automedicação. Muitos entrevistados afirmaram repetir o
medicamento em algum momento, sem o
conhecimento do
médico prescritor. A quantidade que assumiu realizar a
automedicação foi ainda alta, mostrando que essa prática é ainda muito comum e que pode ser segura se orientada por um
farmacêutico. Ainda não se realiza
consulta farmacêutica com
prescrição na
Farmácia Albion, porem teria uma boa aceitação a
oferta gratuita desse serviço por parte de seus
clientes. Ao analisar o conteúdo das entrevistas, pude evidenciar que a
pesquisa atingiu os
objetivos que foram delineados. Espera-se que no
futuro as
farmácias qualifiquem a sua equipe de
profissionais com a disponibilização de mais
farmacêuticos, garantindo, assim, uma
atenção farmacêutica com enfoque no
uso racional de medicamentos. Esta experiência foi extremamente gratificante e enriquecedora. Através dela pude perceber e vislumbrar novos caminhos. O caminho não será fácil, mas é possível. A implantação e a valorização da
prescrição farmacêutica só vêm contribuir para a qualificação e
humanização dos serviços de
saúde. (AU)