RESUMEN
Objetivo - Determinar a evoluçäo hospitalar de pacientes com dissecçäo aguda da aorta. Métodos - Revisamos 186 casos consecutivos, com história de até 14 dias de dissecçäo num período de 6 anos. Adotou-se a classificaçäo de Daily (tipos A e B). Resultados - Tipo A - 127 casos: a) 75 foram operados (37 faleceram); b) 2 receberam tratamento clínico (ambos faleceram); c) 39 faleceram sem tempo hábil para tratamento; d) 11 faleceram sem diagnóstico em vida. A mortalidade total foi de 70%. Tipo B - 59 casos: a) 11 casos complicados foram operados (6 faleceram); b) 40 receberam tratamento clínico (8 faleceram); c) 7 faleceram sem tempo hábil para tratamento; d) um faleceu sem diagnóstico em vida. A mortalidade total foi de 37,2%. Ao todo (tipos A e B) 41,4% dos pacientes sobreviveram, 28,4% faleceram apesar de tratados adequadamente, 24,7% faleceram sem tempo hábil para tratamento e 6,4% faleceram sem diagnóstico em vida. Conclusäo - Dissecçäo aguda da aorta é doença dramática, particularmente a do tipo A, que levou a óbito 41% dos pacientes antes de serem operados. Nesse tipo de dissecçäo, protelar o diagnóstico e a realizaçäo do tratamento cirúrgico pode selecionar pacientes e, de maneira ilusória, revelar razoável sobrevida pós-operatória, enquanto significativo número de pacientes falece no hospital antes de serem operados