Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 12 de 12
Filter
1.
Rev. colomb. ciencias quim. farm ; 51(2)mayo-ago. 2022.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535842

ABSTRACT

Introdução: A regulação de registros específicos para os chamados "medicamentos órfãos" tem sido uma estratégia das maiores agências de medicamentos do mundo para fomentar o acesso e monitoramento de tratamento para doenças e agravos de pouca prevalência ou interesse mercadológico. Objetivos: Esse estudo visou identificar o perfil dos medicamentos que se enquadram nessa categoria internacionalmente explorar possíveis lacunas de registro gerados pela ausência de uma norma sanitária específica no Brasil. Métodos: Foram analisadas as bases de dados de registro de medicamentos órfãos de países da União Europeia e dos Estados Unidos da América e os resultados foram comparados com a base registros da Agência brasileira. Resultados: Foram identificados 369 medicamentos registrados como órfãos nos órgãos europeu e estadunidense totalizando 801 indicações clínicas. A maior parte dos medicamentos registrados no âmbito internacional era de agentes anti-neoplásicos e imunomoduladores (N=135; 36,59 %) e de medicamentos que agiam no aparelho digestivo e metabolismo (N=48; 13,01 %). Dos medicamentos órfãos registrados e comercializados no âmbito internacional, quase metade, 177 (47,97 %), não apresentavam registros ativos no Brasil e atendem a 327 indicações clínicas (40,82 %). Conclusão: O Brasil deve analisar afundo os impactos da ausência de um fluxo de registro medicamentos órfãos, que pode afetar diretamente no acesso de tratamento para determinadas doenças raras e negligenciadas.


SUMMARY Introduction: The regulation of specific registrations for the so-called "orphan drugs" has been a strategy of the largest drug agencies in the world to promote access and monitoring of treatment for diseases and conditions of low prevalence or market interest. Aims: This study aimed to identify the profile of drugs that fall into this category internationally and explore possible gaps in registration generated by the absence of a specific health standard in Brazil. Methods: Orphan drug registration databases from countries of the European Union and the United States of America were analyzed and the results were compared with the database of the Brazilian Agency. Results: A total of 369 drugs registered as orphans in European and US agencies were identified, totaling 801 clinical indications. Most of the drugs registered internationally were antineoplastic agents and immunomodulators (N=135; 36.59 %) and drugs that acted on the digestive system and metabolism (N=48; 13.01 %). Of the orphan drugs registered and marketed internationally, almost half, 177 (47.97 %), did not have active registrations in Brazil and meet 327 clinical indications (40.82 %). Conclusion: Brazil must analyze in depth the impacts of the absence of an orphan drug registration flow, which can directly affect access to treatment for certain rare and neglected diseases.


Introducción: La regulación de registros específicos para los denominados "medicamentos huérfanos" ha sido una estrategia de las agencias de drogas más grandes del mundo promover el acceso y seguimiento del tratamiento de enfermedades y condiciones de poca prevalencia o interés de mercado. Objetivos: Identificar el perfil de las drogas que entran en esta categoría a nivel internacional explorar posibles lagunas en los registros generadas por la ausencia de un estándar sistema de salud específico en Brasil. Métodos: Las bases de datos de registro de medicamentos huérfanos de países de la Unión Europea y Estados Unidos da América y los resultados fueron comparados con la base de registros de la Agencia Brasileña. Resultados: Se identificaron 369 medicamentos registrados como huérfanos en órganos europeos y americanos, totalizando 801 indicaciones clínicas. La mayor parte de los medicamentos registrados a nivel internacional fueron agentes antineoplásicos e inmunomoduladores (N=135; 36,59%) y fármacos que actuaron en el aparato digestivo y metabolismo (N=48; 13,01%). De medicamentos huérfanos registrados y vendidos internacionalmente, casi la mitad, 177 (47,97 %), no tenía registros activos en Brasil y atendió 327 indicaciones clínicas (40,82%). Conclusión: Brasil debe analizar en profundidad los impactos de la ausencia de un flujo de registro de medicamentos huérfanos, que puede afectar directamente el acceso al tratamiento para ciertas enfermedades raras y desatendidas.

2.
Rev Saude Publica ; 51(suppl 2): 21s, 2017 Nov 13.
Article in English, Portuguese | MEDLINE | ID: mdl-29160465

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate patient satisfaction with pharmaceutical services in Brazilian primary health care. METHODS: This is a cross-sectional, exploratory, and evaluative study on a representative sample from the five Brazilian geopolitical regions resulting from the Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos - Serviços, 2015 (PNAUM - National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines - Services, 2015). The outcome was the patient's satisfaction, obtained using the item response theory. Associations were tested using Pearson's Chi-square test with sociodemographic and health variables, and multiple logistic regression analyses were carried out. The Hosmer-Lemeshow test was used to verify the adequacy of the final model. Logistic regression results were presented as odds ratio. RESULTS: The overall percentage of patients satisfied with these services was 58.4% (95%CI 54.4-62.3). The "opportunity/convenience" aspect had the lowest satisfaction percentage (49.5%; 95%CI 46.4-52.6) and "interpersonal aspects," the highest percentage (90.5%; 95%CI 88.9-91.8), significantly higher than other aspects. Sex, age group, limitations due to disease, and self-perception of health remained associated in the final multiple logistic model regarding general satisfaction. CONCLUSIONS: Most of the interviewed users were satisfied with pharmaceutical services in Brazilian cities, and the satisfaction with the customer's service was determinant in the patient's overall satisfaction.


Subject(s)
Patient Satisfaction/statistics & numerical data , Pharmaceutical Services/supply & distribution , Primary Health Care , Adolescent , Adult , Aged , Brazil , Cross-Sectional Studies , Female , Humans , Interviews as Topic , Male , Middle Aged , National Health Programs , Socioeconomic Factors , Young Adult
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 22(4): 1181-1191, Abr. 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890286

ABSTRACT

Resumo O presente estudo teve o objetivo de caracterizar os serviços farmacêuticos prestados no Sistema Único de Saúde do Brasil sob a ótica das redes de atenção à saúde em regiões de saúde contempladas no Projeto QualiSUS-Rede. O estudo teve delineamento transversal, com coleta de dados de dezembro de 2013 a julho de 2015 em todos os estabelecimentos públicos de saúde que realizavam entrega/armazenamento de medicamentos (n = 4.938) de 465 municípios e Distrito Federal em 43 regiões de saúde. Os resultados mostram a existência de pelo menos um serviço gerencial de apoio à rede de saúde além do armazenamento de medicamentos em todas as regiões (> 90%). E de forma irregular entre as Regiões, há a oferta de pelo menos um serviço assistencial nos pontos de atenção pelos profissionais farmacêuticos, ocorrendo em maior proporção na Região Sudeste (74,3%) e menor na Nordeste (43,3%). Os resultados reforçam a necessidade da efetiva estruturação da assistência farmacêutica nas RAS superando uma visão restritiva das suas atividades, que valoriza quase que exclusivamente seu componente logístico de apoio a rede em detrimento da clínica. É igualmente importante ampliar e aprimorar o acesso da população aos medicamentos assim como e qualificar o cuidado em saúde ofertado aos usuários do sistema.


Abstract This study aimed to describe and characterize the pharmaceutical services provided in Brazil's Unified Health System (SUS) from the point of view of the healthcare networks that are organized by region in the QualiSUS-Rede Project. This was a cross-sectional study, with data collected from December 2013 to July 2015, in public health establishments that carried out delivery or warehousing of medications (n = 4,938), in 465 municipalites, and the Federal District, in 43'Health Regions'. The results show the existence of at least one management service supporting the health network, and warehousing of medications in all the regions (> 90%). It also showed the availability of at least one healthcare service, in healthcare locations, by pharmaceutical professionals is irregular between the Regions, being highest in the Southeastern Region (74.3%), and lowest in the Northeastern Region (43.3%). The results underpine the need for effective structuring of pharmaceutical assistance in the SUS networks, overcoming the current restrictive vision of its activities, which gives value almost exclusively to the logistical component of support to the network, to the detriment of the clinical component. It is also important to expand, and improve the quality of, the population's access to medical drugs, and improve the quality of the healthcare offered to users of the system.


Subject(s)
Humans , Pharmaceutical Services/standards , Pharmaceutical Services/organization & administration , Health Services Accessibility , Quality of Health Care , Brazil , Public Health , Cross-Sectional Studies , Delivery of Health Care/standards , Delivery of Health Care/organization & administration , National Health Programs/standards , National Health Programs/organization & administration
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 51(supl.2): 21s, 2017. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-903408

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate patient satisfaction with pharmaceutical services in Brazilian primary health care. METHODS This is a cross-sectional, exploratory, and evaluative study on a representative sample from the five Brazilian geopolitical regions resulting from the Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos - Serviços, 2015 (PNAUM - National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines - Services, 2015). The outcome was the patient's satisfaction, obtained using the item response theory. Associations were tested using Pearson's Chi-square test with sociodemographic and health variables, and multiple logistic regression analyses were carried out. The Hosmer-Lemeshow test was used to verify the adequacy of the final model. Logistic regression results were presented as odds ratio. RESULTS The overall percentage of patients satisfied with these services was 58.4% (95%CI 54.4-62.3). The "opportunity/convenience" aspect had the lowest satisfaction percentage (49.5%; 95%CI 46.4-52.6) and "interpersonal aspects," the highest percentage (90.5%; 95%CI 88.9-91.8), significantly higher than other aspects. Sex, age group, limitations due to disease, and self-perception of health remained associated in the final multiple logistic model regarding general satisfaction. CONCLUSIONS Most of the interviewed users were satisfied with pharmaceutical services in Brazilian cities, and the satisfaction with the customer's service was determinant in the patient's overall satisfaction.


RESUMO OBJETIVO Avaliar a satisfação dos usuários com os serviços de assistência farmacêutica na atenção primária. MÉTODOS Estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, com amostra representativa das cinco regiões geopolíticas do Brasil, oriundas da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos - Serviços, 2015. O desfecho foi a satisfação do usuário obtida pelo método de teoria da resposta ao item. Foram testadas associações por meio do teste qui-quadrado de Pearson com variáveis sociodemográficas e de saúde e realizadas análises de regressão logística múltipla. O teste de Hosmer-Lemeshow foi utilizado para verificar a adequação do modelo final. Os resultados da regressão logística foram apresentados por meio de razão de chances. RESULTADOS O percentual geral de usuários satisfeitos com esses serviços foi de 58,4% (IC95% 54,4-62,3). A dimensão oportunidade/conveniência apresentou menor percentual de satisfação (49,5%; IC95% 46,4-52,6) e o maior percentual foi na dimensão aspectos interpessoais (90,5%; IC95%88,9-91,8), significativamente maior que as demais dimensões. No modelo logístico múltiplo final em relação à satisfação geral, permaneceram associadas as variáveis sexo, faixa etária, limitação por doenças e autopercepção da saúde. CONCLUSÕES A maior parte dos usuários entrevistados mostrou-se satisfeita com os serviços da assistência farmacêutica dos municípios brasileiros e a satisfação com o atendimento apresentou-se como fator relevante na satisfação geral do usuário.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Aged , Young Adult , Pharmaceutical Services/supply & distribution , Primary Health Care , Patient Satisfaction/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Interviews as Topic , Middle Aged , National Health Programs
5.
Rev Saude Publica ; 50(suppl 2): 11s, 2016 Dec.
Article in English, Portuguese | MEDLINE | ID: mdl-27982376

ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze the existence of differences in the use of generic medicines in Brazil according to demographic and socioeconomic variables and acquisition sources of the medicines. METHODS: Population-based cross-sectional study, conducted with data from the Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines). Data collection took place between September, 2013 and February, 2014 in homes of Brazilian cities (urban area). The use of medicines has been investigated in relation to the treatment of chronic diseases and, in the case of acute events, regarding use over the previous 15 days. Generics were identified by visualization of packaging presented by the users of the medicines. The independent variables used were sex, age, education level, economic class, and region of the Country. The statistical significance of differences between the groups was evaluated by Pearson's Chi-squared test, considering a 5% significance level. RESULTS: The prevalence of generic medicines use was 45.5% (95%CI 43.7-47.3). There was no difference considering education level. The prevalence was higher in females (47.0%; 95%CI 44.9-49.0) than in males (43.1%; 95%CI 40.5-45.8), and were higher with increasing age. Generic medicines were more used in the economic class C (47.0%; 95%CI 44.9-49.1) and in the South (50.6%; 95%CI 46.6-54.6) and Southeast (49.9%; 95%CI 46.8-53.0) regions. Generics accounted for 37.3% of the medicines provided by the Brazilian Unified Health System. CONCLUSIONS: Currently, there is a choice of purchase or free provision by the Brazilian Unified Health System, characterized by quality assurance and reduced price regarding branded medicines considered as reference. In the private market, a considerable part of the population is choosing generic medicines thanks to the availability of this option for virtually all medicines most used by the population. OBJETIVO: Analisar se há diferença no uso de medicamentos genéricos no Brasil segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e fontes de obtenção dos medicamentos. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, conduzido com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), com coleta de dados entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em residências de municípios brasileiros urbanos. O uso dos medicamentos foi investigado em relação ao tratamento de doenças crônicas e, no caso de eventos agudos, quanto ao uso nos últimos 15 dias. Os genéricos foram identificados por visualização das embalagens apresentadas pelos usuários dos medicamentos. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, escolaridade, classe econômica e região do País. A avaliação da significância estatística das diferenças entre os grupos foi analisada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando nível de significância de 5%. RESULTADOS: A prevalência de uso de genéricos foi de 45,5% (IC95% 43,7-47,3). Não houve diferença por escolaridade, as prevalências foram maiores no sexo feminino (47,0%; IC95% 44,9-49,0) em relação ao masculino (43,1%; IC95% 40,5-45,8) e foram crescentes com o aumento da idade. Maiores usos de genéricos foram encontrados na classe econômica C (47,0%; IC95% 44,9-49,1) e nas regiões Sul (50,6%; IC95% 46,6-54,6) e Sudeste (49,9%; IC95% 46,8-53,0). Observou-se ainda que os genéricos representaram 37,3% dos medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde . CONCLUSÕES: Pode-se concluir que hoje existe uma alternativa de compra ou fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde, caracterizada por garantia de qualidade e preço reduzido em relação aos medicamentos de marca comercial considerados como referência. No mercado privado, boa parte da população está optando pelo uso de medicamentos genéricos, graças à disponibilidade dessa opção para praticamente todos os medicamentos mais utilizados pela população.


Subject(s)
Drugs, Generic/therapeutic use , Health Surveys/statistics & numerical data , Adolescent , Adult , Age Distribution , Age Factors , Brazil , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Male , Middle Aged , National Health Programs , Sex Distribution , Sex Factors , Social Class , Socioeconomic Factors , Young Adult
6.
Rev Saude Publica ; 50(suppl 2): 10s, 2016 Dec.
Article in English, Portuguese | MEDLINE | ID: mdl-27982378

ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze factors associated with low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil. METHODS: Analysis of data from Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - Brazilian Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a population-based cross-sectional household survey, based on a probabilistic sample of the Brazilian population. We analyzed the association between low adherence to drug treatment measured by the Brief Medication Questionnaire and demographic, socioeconomic, health, care and prescription factors. We used Poisson regression model to estimate crude and adjusted prevalence ratios, their respective 95% confidence interval (95%CI) and p-value (Wald test). RESULTS: The prevalence of low adherence to drug treatment for chronic diseases was 30.8% (95%CI 28.8-33.0). The highest prevalence of low adherence was associated with individuals: young adults; no education; resident in the Northeast and Midwest Regions of Brazil; paying part of the treatment; poor self-perceived health; three or more diseases; reported limitations caused by a chronic disease; using five drugs or more. CONCLUSIONS: Low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil is relevant, and regional and demographic differences and those related to patients' health care and therapy regime require coordinated action between health professionals, researchers, managers and policy makers. OBJETIVO: Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil. MÉTODOS: Análise de dados oriundos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar de base populacional, de delineamento transversal, baseado em amostra probabilística da população brasileira. Analisou-se a associação entre baixa adesão ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire e fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas, os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) e p-valor (teste de Wald). RESULTADOS: A prevalência de baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas foi de 30,8% (IC95% 28,8-33,0). As maiores prevalências de baixa adesão estiveram associadas a indivíduos: adultos jovens; que nunca estudaram; residentes na região Nordeste e Centro-Oeste do País; que tiveram que pagar parte do tratamento; com pior autopercepção da saúde; com três ou mais doenças; que referiam limitação causada por uma das doenças crônicas; e que faziam uso de cinco medicamentos ou mais. CONCLUSÕES: A baixa adesão ao tratamento medicamentoso para doenças crônicas no Brasil é relevante e as diferenças regionais, demográficas e aquelas relacionadas à atenção à saúde do paciente e ao regime terapêutico requerem ações coordenadas entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e formuladores de políticas para o seu enfrentamento.


Subject(s)
Chronic Disease/drug therapy , Health Surveys/statistics & numerical data , Medication Adherence/statistics & numerical data , Pharmaceutical Preparations/administration & dosage , Adult , Age Factors , Brazil , Female , Health Services Accessibility , Humans , Insurance, Health , Male , Middle Aged , National Health Programs , Polypharmacy , Residence Characteristics , Socioeconomic Factors , Young Adult
7.
Rev Saude Publica ; 50(suppl 2): 6s, 2016 Dec.
Article in English, Portuguese | MEDLINE | ID: mdl-27982382

ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze the access to medicines to treat non-communicable diseases in Brazil according to socioeconomic, demographic, and health-related factors, from a multidimensional perspective. METHODS: Analysis of data from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM), household survey, sampling plan by conglomerates with representativeness of the Brazilian population and large areas of the country, according to sex and age domains. Data collected in 2013-2014 with sample of adults (≥ 20 years) who reported having non-communicable diseases and medical indication for use of medicines (n = 12,725). We assessed the prevalence of access to medicines for self-reported non-communicable diseases, considering four dimensions: availability, geographic accessibility, acceptability, and affordability. We applied Pearson's Chi-square test to assess the statistical significance of the differences between strata, considering the level of significance of 5%. We found prevalence of 94.3%, 5.2%, and 0.5% for full, partial, and null access, respectively. Higher prevalence was observed among seniors in the South compared to the Northeast; for those who reported having one non-communicable disease compared to those who reported having two or more; for those who needed one medicine compared to those who needed three or more; and for those who self-assessed their health as good or very good. Geographic accessibility was similar in the Unified Health System and in the private pharmacies (72.0%). Total availability of medicines was 45.2% in the Unified Health System, 67.4% in the Popular Pharmacy Program, and 88.5% in private pharmacies. Acceptability was 92.5% in the Unified Health System, 97.8% in the Popular Pharmacy Program, and 98.7% in private pharmacies. As to affordability, 2.6% of the individuals failed to take the medicines they should in the 30-day period prior to the interview due to financial difficulty. Prevalence of full access to medicines for non-communicable diseases in Brazil is high and presents significant differences for age group, region of the country, number of non-communicable diseases, and for medicines prescribed and self-assessment of health. The major barriers to access to medicines were identified in the dimensions analyzed. OBJETIVO: Analisar o acesso a medicamentos para tratar doenças crônicas não transmissíveis no Brasil segundo fatores socioeconômicos, demográficos e de saúde, sob perspectiva multidimensional. MÉTODOS: Análise de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar, plano amostral por conglomerados com representatividade da população brasileira e grandes regiões do País, segundo domínios de sexo e idade. Dados coletados em 2013-2014 com amostra constituída por adultos (≥ 20 anos) que referiram ter doenças crônicas não transmissíveis e indicação médica para usar medicamentos (n = 12.725). Avaliou-se a prevalência de acesso aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis autorreferidas, considerando quatro dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Aplicou-se teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a significância estatística das diferenças entre os estratos, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram encontradas prevalências de 94,3%, 5,2% e 0,5% para acesso total, parcial e nulo, respectivamente. Maiores prevalências ocorreram entre os idosos, na região Sul comparada à região Nordeste; naqueles que referiram ter uma doença crônica não transmissível comparados aos que referiram ter duas ou mais; naqueles que precisavam de um medicamento comparados aos que precisavam de três ou mais; e naqueles que autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa. A acessibilidade geográfica foi semelhante no Sistema Único de Saúde e nas farmácias privadas (72,0%). A disponibilidade total de medicamentos foi de 45,2% no Sistema Único de Saúde, 67,4% no Programa Farmácia Popular e 88,5% nas farmácias privadas. A aceitabilidade foi de 92,5% no Sistema Único de Saúde, 97,8% no Programa Farmácia Popular e 98,7% nas farmácias privadas. Quanto à capacidade aquisitiva, 2,6% dos indivíduos não tomou os medicamentos que deveria nos 30 dias anteriores à entrevista devido à dificuldade financeira. CONCLUSÕES: A prevalência do acesso total aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis no Brasil é alta e apresenta diferenças significativas por faixa etária, região do País, número de doenças crônicas não transmissíveis e de medicamentos prescritos e autoavaliação da saúde. Foram identificadas as principais barreiras ao acesso a medicamentos nas dimensões analisadas.


Subject(s)
Chronic Disease/drug therapy , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Health Surveys , Pharmaceutical Preparations/supply & distribution , Pharmacies/statistics & numerical data , Adult , Age Distribution , Brazil , Cross-Sectional Studies , Delivery of Health Care , Drugs, Essential/supply & distribution , Female , Humans , Male , Middle Aged , National Health Programs , Prescription Drugs/supply & distribution , Sex Factors , Socioeconomic Factors , Young Adult
8.
Rev Saude Publica ; 50(suppl 2): 8s, 2016 Dec.
Article in English, Portuguese | MEDLINE | ID: mdl-27982380

ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze the access to and use of medicines for high blood pressure among the Brazilian population according to social and demographic conditions. METHODS: Analysis of data from Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a nationwide cross-sectional, population-based study, with probability sampling, carried out between September 2013 and February 2014 in urban households in the five Brazilian regions. The study evaluated the access and use of medicines to treat people with high blood pressure. The independent variables were gender, age, socioeconomic status and Brazilian region. The study also described the most commonly used drugs and the percentage of people treated with one, two, three or more drugs. Point estimations and confidence intervals were calculated considering the sample weights and sample complex plan. RESULTS: Prevalence of high blood pressure was 23.7% (95%CI 22.8-24.6). Regarding people with this condition, 93.8% (95%CI 92.8-94.8) had indication for drug therapy and, of those, 94.6% (95%CI 93.5-95.5) were using the medication at the time of interview. Full access to medicines was 97.9% (95%CI 97.3-98.4); partial access, 1.9% (95%CI 1.4-2.4); and no access, 0.2% (95%CI 0.1-0.4). The medication used to treat high blood pressure, 56.0% (95%CI 52.6-59.2) were obtained from SUS (Brazilian Unified Health System), 16.0% (95%CI 14.3-17.9) from Popular Pharmacy Program, 25.7% (95%CI 23.4-28.2) were paid for by the patients themselves and 2.3% (95%CI 1.8-2.9) were obtained from other locations. The five most commonly used drugs were, in descending order, hydrochlorothiazide, losartan, captopril, enalapril and atenolol. Of the total number of patients on treatment, 36.1% (95%CI 34.1-37.1) were using two medicines and 13.5% (95%CI 12.3-14.9) used three or more. CONCLUSIONS: Access to medicines for the treatment of high blood pressure may be considered high and many of them are available free of charge. The most commonly used drugs are among those recommended as first-line treatment for high blood pressure control. The percentage of people using more than one drug seems to follow the behavior observed in other countries. OBJETIVO: Analisar o acesso e a utilização de medicamentos para a hipertensão na população brasileira segundo condições sociais e demográficas. Análise dos dados da Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, estudo nacional de delineamento transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em domicílios urbanos nas cinco regiões do Brasil. Avaliou-se o uso e acesso aos medicamentos para os cuidados com pessoas que apresentam hipertensão arterial. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, nível socioeconômico e região do País. Também foram descritos os fármacos mais utilizados e a proporção de pessoas tratadas com um, dois, três ou mais fármacos. As estimativas de ponto e os intervalos de confiança foram calculados considerando os pesos amostrais e o plano complexo da amostra. A prevalência de hipertensão arterial foi de 23,7% (IC95% 22,8-24,6). Das pessoas com a condição, 93,8% (IC95% 92,8-94,8) tinham indicação de tratamento com medicamentos e, destes, 94,6% (IC95% 93,5-95,5) estavam usando os medicamentos no momento da entrevista. O acesso total aos medicamentos foi de 97,9% (IC95% 97,3-98,4); o acesso parcial, de 1,9% (IC95% 1,4-2,4); e o acesso nulo, de 0,2% (IC95% 0,1-0,4). Dos medicamentos utilizados para tratar a hipertensão, 56,0% (IC95% 52,6-59,2) foram obtidos no SUS, 16,0% (IC95% 14,3-17,9), no Programa Farmácia Popular, 25,7% (IC95% 23,4-28,2) pago do próprio bolso e 2,3% (IC95% 1,8-2,9) em outros locais. Os cinco fármacos mais utilizados foram, em ordem descrente, hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril e atenolol. Do total de tratados, 36,1% (IC95% 34,1-37,1) estavam usando dois fármacos e 13,5% (IC95% 12,3-14,9) utilizavam três ou mais fármacos. CONCLUSÕES: : O acesso aos medicamentos para tratamento da hipertensão pode ser considerado elevado e grande parte desses medicamentos é obtida gratuitamente. Os fármacos mais utilizados estão entre os preconizados como de primeira linha para o controle de hipertensão arterial. A proporção de pessoas utilizando mais de um fármaco parece seguir o comportamento observado em outros países.


Subject(s)
Antihypertensive Agents/therapeutic use , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Health Surveys , Hypertension/drug therapy , Age Distribution , Antihypertensive Agents/supply & distribution , Brazil , Cross-Sectional Studies , Female , Health Policy , Humans , Male , Middle Aged , National Health Programs , Pharmaceutical Services/supply & distribution , Sex Distribution , Socioeconomic Factors
9.
Rev. saúde pública ; 50(supl.2): 6s, 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-830774

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the access to medicines to treat non-communicable diseases in Brazil according to socioeconomic, demographic, and health-related factors, from a multidimensional perspective. METHODS Analysis of data from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM), household survey, sampling plan by conglomerates with representativeness of the Brazilian population and large areas of the country, according to sex and age domains. Data collected in 2013–2014 with sample of adults (≥ 20 years) who reported having non-communicable diseases and medical indication for use of medicines (n = 12,725). We assessed the prevalence of access to medicines for self-reported non-communicable diseases, considering four dimensions: availability, geographic accessibility, acceptability, and affordability. We applied Pearson’s Chi-square test to assess the statistical significance of the differences between strata, considering the level of significance of 5%. We found prevalence of 94.3%, 5.2%, and 0.5% for full, partial, and null access, respectively. Higher prevalence was observed among seniors in the South compared to the Northeast; for those who reported having one non-communicable disease compared to those who reported having two or more; for those who needed one medicine compared to those who needed three or more; and for those who self-assessed their health as good or very good. Geographic accessibility was similar in the Unified Health System and in the private pharmacies (72.0%). Total availability of medicines was 45.2% in the Unified Health System, 67.4% in the Popular Pharmacy Program, and 88.5% in private pharmacies. Acceptability was 92.5% in the Unified Health System, 97.8% in the Popular Pharmacy Program, and 98.7% in private pharmacies. As to affordability, 2.6% of the individuals failed to take the medicines they should in the 30-day period prior to the interview due to financial difficulty. Prevalence of full access to medicines for non-communicable diseases in Brazil is high and presents significant differences for age group, region of the country, number of non-communicable diseases, and for medicines prescribed and self-assessment of health. The major barriers to access to medicines were identified in the dimensions analyzed.


RESUMO OBJETIVO Analisar o acesso a medicamentos para tratar doenças crônicas não transmissíveis no Brasil segundo fatores socioeconômicos, demográficos e de saúde, sob perspectiva multidimensional. MÉTODOS Análise de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar, plano amostral por conglomerados com representatividade da população brasileira e grandes regiões do País, segundo domínios de sexo e idade. Dados coletados em 2013-2014 com amostra constituída por adultos (≥ 20 anos) que referiram ter doenças crônicas não transmissíveis e indicação médica para usar medicamentos (n = 12.725). Avaliou-se a prevalência de acesso aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis autorreferidas, considerando quatro dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Aplicou-se teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a significância estatística das diferenças entre os estratos, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS Foram encontradas prevalências de 94,3%, 5,2% e 0,5% para acesso total, parcial e nulo, respectivamente. Maiores prevalências ocorreram entre os idosos, na região Sul comparada à região Nordeste; naqueles que referiram ter uma doença crônica não transmissível comparados aos que referiram ter duas ou mais; naqueles que precisavam de um medicamento comparados aos que precisavam de três ou mais; e naqueles que autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa. A acessibilidade geográfica foi semelhante no Sistema Único de Saúde e nas farmácias privadas (72,0%). A disponibilidade total de medicamentos foi de 45,2% no Sistema Único de Saúde, 67,4% no Programa Farmácia Popular e 88,5% nas farmácias privadas. A aceitabilidade foi de 92,5% no Sistema Único de Saúde, 97,8% no Programa Farmácia Popular e 98,7% nas farmácias privadas. Quanto à capacidade aquisitiva, 2,6% dos indivíduos não tomou os medicamentos que deveria nos 30 dias anteriores à entrevista devido à dificuldade financeira. CONCLUSÕES A prevalência do acesso total aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis no Brasil é alta e apresenta diferenças significativas por faixa etária, região do País, número de doenças crônicas não transmissíveis e de medicamentos prescritos e autoavaliação da saúde. Foram identificadas as principais barreiras ao acesso a medicamentos nas dimensões analisadas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Chronic Disease/drug therapy , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Health Surveys , Pharmaceutical Preparations/supply & distribution , Pharmacies/statistics & numerical data , Age Distribution , Brazil , Cross-Sectional Studies , Delivery of Health Care , Drugs, Essential/supply & distribution , National Health Programs , Prescription Drugs/supply & distribution , Sex Factors , Socioeconomic Factors
10.
Rev. saúde pública ; 50(supl.2): 10s, 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-830779

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze factors associated with low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil. METHODS Analysis of data from Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - Brazilian Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a population-based cross-sectional household survey, based on a probabilistic sample of the Brazilian population. We analyzed the association between low adherence to drug treatment measured by the Brief Medication Questionnaire and demographic, socioeconomic, health, care and prescription factors. We used Poisson regression model to estimate crude and adjusted prevalence ratios, their respective 95% confidence interval (95%CI) and p-value (Wald test). RESULTS The prevalence of low adherence to drug treatment for chronic diseases was 30.8% (95%CI 28.8-33.0). The highest prevalence of low adherence was associated with individuals: young adults; no education; resident in the Northeast and Midwest Regions of Brazil; paying part of the treatment; poor self-perceived health; three or more diseases; reported limitations caused by a chronic disease; using five drugs or more. CONCLUSIONS Low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil is relevant, and regional and demographic differences and those related to patients’ health care and therapy regime require coordinated action between health professionals, researchers, managers and policy makers.


RESUMO OBJETIVO Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil. MÉTODOS Análise de dados oriundos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar de base populacional, de delineamento transversal, baseado em amostra probabilística da população brasileira. Analisou-se a associação entre baixa adesão ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire e fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas, os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) e p-valor (teste de Wald). RESULTADOS A prevalência de baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas foi de 30,8% (IC95% 28,8–33,0). As maiores prevalências de baixa adesão estiveram associadas a indivíduos: adultos jovens; que nunca estudaram; residentes na região Nordeste e Centro-Oeste do País; que tiveram que pagar parte do tratamento; com pior autopercepção da saúde; com três ou mais doenças; que referiam limitação causada por uma das doenças crônicas; e que faziam uso de cinco medicamentos ou mais. CONCLUSÕES A baixa adesão ao tratamento medicamentoso para doenças crônicas no Brasil é relevante e as diferenças regionais, demográficas e aquelas relacionadas à atenção à saúde do paciente e ao regime terapêutico requerem ações coordenadas entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e formuladores de políticas para o seu enfrentamento.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Chronic Disease/drug therapy , Health Surveys/statistics & numerical data , Medication Adherence/statistics & numerical data , Pharmaceutical Preparations/administration & dosage , Age Factors , Brazil , Health Services Accessibility , Insurance, Health , National Health Programs , Polypharmacy , Residence Characteristics , Socioeconomic Factors
11.
Rev. saúde pública ; 50(supl.2): 8s, 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-830782

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the access to and use of medicines for high blood pressure among the Brazilian population according to social and demographic conditions. METHODS Analysis of data from Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a nationwide cross-sectional, population-based study, with probability sampling, carried out between September 2013 and February 2014 in urban households in the five Brazilian regions. The study evaluated the access and use of medicines to treat people with high blood pressure. The independent variables were gender, age, socioeconomic status and Brazilian region. The study also described the most commonly used drugs and the percentage of people treated with one, two, three or more drugs. Point estimations and confidence intervals were calculated considering the sample weights and sample complex plan. RESULTS Prevalence of high blood pressure was 23.7% (95%CI 22.8–24.6). Regarding people with this condition, 93.8% (95%CI 92.8–94.8) had indication for drug therapy and, of those, 94.6% (95%CI 93.5–95.5) were using the medication at the time of interview. Full access to medicines was 97.9% (95%CI 97.3–98.4); partial access, 1.9% (95%CI 1.4–2.4); and no access, 0.2% (95%CI 0.1–0.4). The medication used to treat high blood pressure, 56.0% (95%CI 52.6–59.2) were obtained from SUS (Brazilian Unified Health System), 16.0% (95%CI 14.3–17.9) from Popular Pharmacy Program, 25.7% (95%CI 23.4–28.2) were paid for by the patients themselves and 2.3% (95%CI 1.8–2.9) were obtained from other locations. The five most commonly used drugs were, in descending order, hydrochlorothiazide, losartan, captopril, enalapril and atenolol. Of the total number of patients on treatment, 36.1% (95%CI 34.1–37.1) were using two medicines and 13.5% (95%CI 12.3–14.9) used three or more. CONCLUSIONS Access to medicines for the treatment of high blood pressure may be considered high and many of them are available free of charge. The most commonly used drugs are among those recommended as first-line treatment for high blood pressure control. The percentage of people using more than one drug seems to follow the behavior observed in other countries.


RESUMO OBJETIVO Analisar o acesso e a utilização de medicamentos para a hipertensão na população brasileira segundo condições sociais e demográficas. Análise dos dados da Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, estudo nacional de delineamento transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em domicílios urbanos nas cinco regiões do Brasil. Avaliou-se o uso e acesso aos medicamentos para os cuidados com pessoas que apresentam hipertensão arterial. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, nível socioeconômico e região do País. Também foram descritos os fármacos mais utilizados e a proporção de pessoas tratadas com um, dois, três ou mais fármacos. As estimativas de ponto e os intervalos de confiança foram calculados considerando os pesos amostrais e o plano complexo da amostra. A prevalência de hipertensão arterial foi de 23,7% (IC95% 22,8–24,6). Das pessoas com a condição, 93,8% (IC95% 92,8–94,8) tinham indicação de tratamento com medicamentos e, destes, 94,6% (IC95% 93,5–95,5) estavam usando os medicamentos no momento da entrevista. O acesso total aos medicamentos foi de 97,9% (IC95% 97,3–98,4); o acesso parcial, de 1,9% (IC95% 1,4–2,4); e o acesso nulo, de 0,2% (IC95% 0,1–0,4). Dos medicamentos utilizados para tratar a hipertensão, 56,0% (IC95% 52,6–59,2) foram obtidos no SUS, 16,0% (IC95% 14,3–17,9), no Programa Farmácia Popular, 25,7% (IC95% 23,4–28,2) pago do próprio bolso e 2,3% (IC95% 1,8–2,9) em outros locais. Os cinco fármacos mais utilizados foram, em ordem descrente, hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril e atenolol. Do total de tratados, 36,1% (IC95% 34,1–37,1) estavam usando dois fármacos e 13,5% (IC95% 12,3–14,9) utilizavam três ou mais fármacos. CONCLUSÕES : O acesso aos medicamentos para tratamento da hipertensão pode ser considerado elevado e grande parte desses medicamentos é obtida gratuitamente. Os fármacos mais utilizados estão entre os preconizados como de primeira linha para o controle de hipertensão arterial. A proporção de pessoas utilizando mais de um fármaco parece seguir o comportamento observado em outros países.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Age Distribution , Antihypertensive Agents/therapeutic use , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Health Surveys , Hypertension/drug therapy , Antihypertensive Agents/supply & distribution , Brazil , Cross-Sectional Studies , Health Policy , National Health Programs , Pharmaceutical Services/supply & distribution , Sex Distribution , Socioeconomic Factors
12.
Rev. saúde pública ; 50(supl.2): 11s, 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-830783

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the existence of differences in the use of generic medicines in Brazil according to demographic and socioeconomic variables and acquisition sources of the medicines. METHODS Population-based cross-sectional study, conducted with data from the Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines). Data collection took place between September, 2013 and February, 2014 in homes of Brazilian cities (urban area). The use of medicines has been investigated in relation to the treatment of chronic diseases and, in the case of acute events, regarding use over the previous 15 days. Generics were identified by visualization of packaging presented by the users of the medicines. The independent variables used were sex, age, education level, economic class, and region of the Country. The statistical significance of differences between the groups was evaluated by Pearson’s Chi-squared test, considering a 5% significance level. RESULTS The prevalence of generic medicines use was 45.5% (95%CI 43.7–47.3). There was no difference considering education level. The prevalence was higher in females (47.0%; 95%CI 44.9–49.0) than in males (43.1%; 95%CI 40.5–45.8), and were higher with increasing age. Generic medicines were more used in the economic class C (47.0%; 95%CI 44.9–49.1) and in the South (50.6%; 95%CI 46.6–54.6) and Southeast (49.9%; 95%CI 46.8–53.0) regions. Generics accounted for 37.3% of the medicines provided by the Brazilian Unified Health System. CONCLUSIONS Currently, there is a choice of purchase or free provision by the Brazilian Unified Health System, characterized by quality assurance and reduced price regarding branded medicines considered as reference. In the private market, a considerable part of the population is choosing generic medicines thanks to the availability of this option for virtually all medicines most used by the population.


RESUMO OBJETIVO Analisar se há diferença no uso de medicamentos genéricos no Brasil segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e fontes de obtenção dos medicamentos. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional, conduzido com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), com coleta de dados entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em residências de municípios brasileiros urbanos. O uso dos medicamentos foi investigado em relação ao tratamento de doenças crônicas e, no caso de eventos agudos, quanto ao uso nos últimos 15 dias. Os genéricos foram identificados por visualização das embalagens apresentadas pelos usuários dos medicamentos. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, escolaridade, classe econômica e região do País. A avaliação da significância estatística das diferenças entre os grupos foi analisada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando nível de significância de 5%. RESULTADOS A prevalência de uso de genéricos foi de 45,5% (IC95% 43,7–47,3). Não houve diferença por escolaridade, as prevalências foram maiores no sexo feminino (47,0%; IC95% 44,9–49,0) em relação ao masculino (43,1%; IC95% 40,5–45,8) e foram crescentes com o aumento da idade. Maiores usos de genéricos foram encontrados na classe econômica C (47,0%; IC95% 44,9–49,1) e nas regiões Sul (50,6%; IC95% 46,6-54,6) e Sudeste (49,9%; IC95% 46,8–53,0). Observou-se ainda que os genéricos representaram 37,3% dos medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde . CONCLUSÕES Pode-se concluir que hoje existe uma alternativa de compra ou fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde, caracterizada por garantia de qualidade e preço reduzido em relação aos medicamentos de marca comercial considerados como referência. No mercado privado, boa parte da população está optando pelo uso de medicamentos genéricos, graças à disponibilidade dessa opção para praticamente todos os medicamentos mais utilizados pela população.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Drugs, Generic/therapeutic use , Health Surveys/statistics & numerical data , Age Distribution , Age Factors , Brazil , National Health Programs , Sex Distribution , Sex Factors , Social Class , Socioeconomic Factors
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL