RESUMO
Introdução: O derrame pleural modifica as capacidades pulmonares, provocando distúrbio ventilatório restritivo. As terapias respiratórias evitam a progressão e tratam a restrição de volumes pulmonares. Objetivo: Comparar o efeito agudo de três recursos fisioterapêuticos em pacientes com derrame pleural após procedimento de drenagem torácica. Métodos: Estudo experimental, randomizado e prospectivo, realizado com 60 pacientes com derrame pleural, todos hospitalizados. A amostra foi dividida em 3 grupos com 20 pacientes, cada grupo recebeu uma terapia respiratória: exercícios respiratórios, Threshold PEP™ ou Powerbreathe®. Para avaliar a função pulmonar foram utilizados, a espirometria, a manovacuometria e o peak flow. Os atendimentos foram diários, seguiu-se o protocolo de 4 séries de 15 repetições. Análise estatística: aplicou-se os testes qui-quadrado de Pearson, Shapiro-Wilk, Friedman, Wilcoxon e correlação de Spearman. Para todos os testes considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Os exercícios respiratórios resultaram em diferenças significativas na capacidade vital forçada (CVF), antes 1,66±0,60 e depois 1,84±0,50 (p=0,01), no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), antes 1,25±0,46 e depois 1,57±0,52 (p=0,01), enquanto o grupo tratado com Threshold PEP™ a diferença significativa foi apenas na CVF, antes 1,49±0,78 e depois 1,78±0,85 (p=0,04). Em relação à força muscular respiratória, nenhuma das terapias resultou em diferença significativa na PImax e PEmax. Conclusão: O protocolo com exercícios respiratórios demonstrou superioridade na função pulmonar quando comparado com o Threshold PEP™ e Powerbreath®, tornando-se mais indicado no manejo de pacientes com derrame pleural após drenagem torácica.