Rizotomia seletiva posterior ou tratamento neuroevolutivo bobath para a criança com disfunção neuromotora espástica? / Selective posterior rhizotomy or bobath neuro-developmental treatment for the child with spastic neuromotor dysfunction?

RESUMO

A espasticidade encontra-se geralmente presente em crianças com Disfunção Neuromotora. Neste estudo, abordamos duas formas de tratamento que atuam na normalização do tônus, sendo uma cirúrgica e outra conservadora. A Rizotomia Seletiva Posterior caracteriza-se pela secção parcial das raízes aferentes lombo-sacrais. Já o Tratamento Neuroevolutivo Bobath utiliza técnicas manuais para adequar o tônus e, concomitantemente, proporcionar funcionalidade a criança. O objetivo do trabalho consiste na análise criteriosa das duas terapias, visando avaliar a necessidade de submeter o paciente a um procedimento invasivo. Pretendemos, desta forma, ampliar os conhecimentos dos profissionais que constituem uma equipe multidisciplinar, no sentido de facilitar a escolha do tratamento adequado para estas crianças com Disfunção Neuromotora. Independentemente do método eleito, é importante ressaltar que a qualidade de vida deve ser sempre priorizada. Portanto, o paciente precisa ser tratado como um todo, adequando o tônus e permitindo-lhe função. E de extrema importância a avaliação criteriosa individualizada, uma vez que a Rizotomia Seletiva Posterior pode atuar come complemento a reabilitação, na promoção de melhores resultados.(AU)

ABSTRACT

Spasticity is generally found in children with Neuromotor Dysfunction. In this study, we approach two forms of treatment that act in the normalization of the tone one surgical and other conservative. The Selective Posterior Rhizotomy is characterized by the partial section of the afferent lombosacral roots. As for the Bobath Neuro-developmental treatment, some manual techniques are used to adequate the tone, and accordingly, to allow the children to make use of their functions. The objective of this paper is to analyze carefully both therapies, aiming at evaluating the need to submit the patient to surgery. We intend to enlarge the knowledge of professionals taking part of a Multidiscipline team, to facilitate the choice of the best treatment for children with Neuromotor Dysfunction. Regardless of the method chosen it is important to remark that the quality of life must be a priority. Therefore, the patients have to be treated as a whole, enabling them to adequate tone and allowing them to use the function. It is extremely important to have a very careful individual evaluation, once the Selective Posterior Rhizotomy can be a complement to rehabilitation for a better outcome.(AU)