Asunto(s)
Presentación de Nalgas , Humanos , Embarazo , Femenino , Presentación de Nalgas/terapia , Parto Obstétrico , BrasilRESUMEN
OBJECTIVE: This study examines maternal mortality among Brazilian indigenous women from 2015 to 2021, contrasting their causes of death with non-indigenous women. METHODS: An observational study utilizing Ministry of Health data analyzed maternal deaths' characteristics, comparing indigenous and non-indigenous groups based on death certificates and live-birth records. Variables included age, region, location, time, and cause of death. Maternal mortality ratios (MMR) were calculated with linear regression and outliers identified with Grubbs test. Prevalence ratios compared MMR and causes of death. RESULTS: Between 2015 to 2021, Brazil recorded 13 023 maternal deaths. Among these, with 205 among indigenous women (1.60% of total). Indigenous women had higher MMR (115.14/100 000), than non- indigenous women (66.92/100 000), consistently across years. Hemorrhagic causes notably contributed to the indigenous women's elevated MMR. CONCLUSION: Indigenous Brazilian women face elevated maternal mortality rates across all causes, primarily due to hemorrhage, contrasting wih national trends.
Asunto(s)
Indígenas Sudamericanos , Mortalidad Materna , Adolescente , Adulto , Femenino , Humanos , Persona de Mediana Edad , Embarazo , Adulto Joven , Brasil/epidemiología , Causas de Muerte , Indígenas Sudamericanos/estadística & datos numéricos , Pueblos Indígenas/estadística & datos numéricos , Mortalidad Materna/etnologíaRESUMEN
É imprescindível retomar o ensino da versão cefálica externa e das manobras tocúrgicas no parto pélvico vaginal, tanto em litotomia quanto na posição vertical. A adoção de protocolos rígidos para o parto pélvico vaginal planejado correlaciona-se com taxa de sucesso de aproximadamente 70% e taxas de resultados adversos inferiores a 7%. A morbimortalidade fetal e neonatal é semelhante à de cesárea planejada. Gestantes elegíveis para o parto pélvico vaginal devem concordar com a via de parto, possuir baixo risco de complicações e ser assistidas por profissionais com experiência em parto vaginal de apresentações anômalas e suas manobras obstétricas. Cesariana prévia e prematuridade entre 32 e 36 semanas não são contraindicações absolutas ao parto pélvico vaginal, devendo ser individualmente avaliadas na decisão da via de parto. Neonatologistas devem estar presentes no nascimento de fetos pélvicos, e um exame neonatal completo deve ser realizado. A rotação posterior do dorso fetal, o prolapso de cordão umbilical, a deflexão dos braços e/ou do polo cefálico e o encarceramento da cabeça derradeira são as principais distocias relacionadas à assistência ao parto pélvico por via vaginal. Todo profissional que assiste parto pélvico vaginal deve estar capacitado para a resolução adequada desses eventos. No parto pélvico vaginal em litotomia, as principais manobras para o auxílio ao desprendimento da pelve fetal são a tração inferior bidigital na prega inguinal e a manobra de Pinard; para o desprendimento do tronco fetal, as de Rojas, Deventer-Miler e Pajot; e para o desprendimento da cabeça derradeira, as de Mauriceau, Bracht, Champetier de Ribes e Praga e o parto vaginal operatório com o fórcipe de Piper. As posições não litotômicas no parto pélvico vaginal se associam à redução dos períodos de dilatação e expulsão, da taxa de cesariana, da necessidade de manobras para extração fetal e da taxa de lesões neonatais. No parto pélvico vaginal assistido na posição de quatro apoios, os aspectos a serem observados durante o desprendimento do corpo fetal incluem o tônus dos membros inferiores fetais, a rotação correta do tronco fetal (abdome fetal voltado para o dorso materno), o ingurgitamento vascular do cordão umbilical, a presença dos cotovelos e das pregas do tórax fetal e a dilatação anal materna. No parto pélvico vaginal assistido na posição de quatro apoios, mais da metade dos fetos se desprendem sem a necessidade de nenhuma manobra. Habitualmente, apenas duas manobras podem ser necessárias: uma para auxílio à saída dos ombros ("rotação 180°-90°") e outra para desprendimento da cabeça fetal ("Frank nudge").
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Partería/métodos , Prolapso , Versión Fetal/educación , Personal de Salud , Distocia , Neonatólogos/educación , Complicaciones del Trabajo de Parto , Obstetricia/métodosRESUMEN
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pain is the most frequently reported symptom in the immediate puerperium. The aim of this study was to quantify pain levels and sociodemographic, obstetric, and care characteristics associated with severe pain and inadequate analgesia according to the mode of delivery. METHODS: Observational, descriptive, cross-sectional study conducted between October and December 2020, with a sample of 229 postpartum women considered eligible (baby born alive, weighing > 500 g and/or gestational age > 22 weeks) to answer the study questionnaire. RESULTS: The mean reported pain was 5.34 by Visual Analogue Scale (VAS) and there was a difference (p<0.001) between modes of delivery. Cesarean section was associated with severe pain (p=0.006) and pain above eight on the VAS (p=0.02). Vaginal delivery was associated with the perception of inadequate analgesia (p=0.04). Severe pain reported was associated with the admission of the baby to the ICU (p=0.01) and cases of postpartum hemorrhage (p=0.002). Among women who gave birth vaginally, there was an association between severe pain and instrumental delivery (p=0.05). Reported severe pain was associated with difficulties in self-care (p<0.001) and care of the newborn (p= 0.02), sensation of weakness (p<0.001), and fainting (p=0.002). The perception of inadequate analgesia was associated with vaginal birth (p=0.04) end non-white skin color (p=0,03). CONCLUSION: The average reported pain was moderate. Intense pain and the perception of inadequate analgesia were associated with instrumental delivery, newborns being referred to the NICU, postpartum hemorrhage, and non-white skin color.
RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é o sintoma mais frequentemente relatado no puerpério imediato. O objetivo deste estudo foi quantificar os níveis de dor e as características sociodemográficas, obstétricas e da assistência associadas à dor intensa e à percepção de analgesia inadequada segundo a via de nascimento. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, transversal, conduzido entre outubro e dezembro de 2020, com uma amostra de 229 puérperas consideradas elegíveis (nativivos com peso > 500g e/ou idade gestacional > 22 semanas) para responder ao questionário do estudo. RESULTADOS: A média de dor relatada foi 5,3 pela Escala Analógica Visual (EAV) e houve diferença (p<0,001) entre as vias de nascimento. A cesariana apresentou associação com dor intensa referida (p=0,006) e dor acima de oito pela EAV (p=0,02). O parto vaginal obteve associação com percepção de analgesia inadequada (p=0,04). Entre as mulheres que referiram dor intensa, houve associação com recém-nascido encaminhado à unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) (p=0,01) e nos casos de hemorragia pós-parto (p=0,002). Entre as mulheres que tiveram parto vaginal, também houve associação entre dor intensa e o parto instrumental (p=0,05). Dor intensa referida teve associação com dificuldades para o autocuidado (p<0,001) e do recém-nascido (p=0,02), sensação de fraqueza (p<0,001) e de desmaio (p= 0,002). A percepção de analgesia inadequada esteve associada a parto vaginal (p=0,04) e cor da pele não branca (p=0,03). CONCLUSÃO: A média de dor relatada foi moderada. Dor intensa e percepção de analgesia inadequada estiveram associadas com parto instrumental, recém-nascido encaminhado à UTIN, hemorragia pós-parto e cor de pele não branca.
Asunto(s)
Dolor de Parto , Manejo del Dolor , Humanos , Embarazo , Femenino , Dolor de Parto/terapiaRESUMEN
Abstract Objectives: measuring the prevalence of interventions and/or complications based on the Maternity Safety Thermometer (MST) criteria and verifying associations with sociodemographic, clinical, and obstetric factors. Methods: prospective observational study conducted with postpartum women admitted to the maternity ward of a tertiary hospital, from October 10th to December 30th, 2020. Data were collected from medical records and self-administered questionnaires from 260 patients. Results: harm-free care was detected in 17.7% of participants, 66.9% had low-temperature damage (one or less intervention/complication) and 33.1% of patients had elevated temperature damage (two or more intervention/complication). The most frequent intervention was the "scar", given that 38.5% had abdominal scarring (cesarean section) and 26.5% had perineal scarring (2nd-degree tear or greater - spontaneous or by episiotomy). The second most frequent MST item was related to the perception of safety (30%), followed by complications to the newborn (12.3%), infection (11.2%), and hemorrhage (9.2%). Factors related to high temperature were: being of social class A or B, having a previous cesarean section, and being hospitalized during pregnancy. Conclusions: one-third of the participating women had two or more complications/interventions (high temperature by the MST), factors that are related to this temperature were: being of social class A or B, having a previous cesarean section, and being hospitalized during pregnancy.
Resumo Objetivos: mensurar a prevalência de intervenções e/ou complicações a partir dos critérios estabelecidos pelo Termômetro de Segurança da Maternidade (TSM) e avaliar associações com fatores sociodemográficos, clínicos e obstétricos. Métodos: estudo observacional prospectivo realizado com puérperas internadas na maternidade de hospital terciário, de 10 de outubro a 30 de dezembro de 2020. Foram coletados dados do prontuário e de questionários autoaplicáveis de 260 pacientes. Resultados: um cuidado livre de intervenções/complicações foi detectado em 17,7% das participantes, 66,9% apresentaram baixa temperatura (até uma intervenção/complicação) e 33,1% tiveram alta temperatura de intervenções/complicações (2 ou mais). A intervenção mais frequente foi a denominada "cicatriz", sendo que 38,5% tiveram cicatriz abdominal (cesariana) e 26,5% tiveram "cicatriz" perineal (laceração de 2º grau ou mais - espontânea ou por episiotomia). O segundo dano mais frequente foi o relacionado à percepção de segurança (30%), seguido de complicações do recémnascido (12,3%), infecção (11,2%), e hemorragia (9,2%). Houve associação de ter alta temperatura com ser de classe social A ou B, ter cesárea anterior e ser internada na gestação. Conclusões: das mulheres participantes, um terço teve duas ou mais complicações/intervenções (alta temperatura no TSM), estiveram relacionados a essa temperatura: ser de classe social A ou B, ter cesárea anterior e ser internada ao longo da gestação.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Complicaciones del Embarazo/epidemiología , Servicios de Salud Materno-Infantil , Seguridad del Paciente , COVID-19 , Maternidades , Complicaciones del Trabajo de Parto/epidemiología , Partería , Atención Terciaria de Salud , Brasil , Factores SociodemográficosAsunto(s)
Distocia , Distocia de Hombros , Parto Obstétrico , Distocia/terapia , Femenino , Humanos , EmbarazoRESUMEN
The health professionals who serve the pregnant and postpartum women population should ideally provide information about the risk of infection with Sars-Cov-2 (COVID-19), the efficacy and safety of the vaccines, and above all, reinforce the importance of complete immunization. The objective of this study was to evaluate the practices adopted by gynecologists and obstetricians in the state of Santa Catarina regarding prophylaxis of COVID-19 disease in pregnant and postpartum women. This was a cross-sectional, observational, descriptive study with a quantitative approach. The data were obtained by applying a questionnaire using the Knowledge, Attitude, and Practices methodology that was structured for online application via Google Forms, a tool made available by Google. Most respondents (69.1%) attributed the pandemic COVID-19 for the significant rise in maternal mortality. As for prophylactic prescribing 5.9% prescribed hydroxychloroquine, 9.1% azithromycin, 8.8% ivermectin, 11.7% multivitamin, 8.8% vitamin C and 66.2% vitamin D. In the period analyzed, 387 cases of severe acute respiratory syndrome were reported in pregnant or postpartum women, of which 5.2% died, 29.2% were intubated, and 24.3% were admitted to intensive care. Although most obstetricians (89.7%) recommended vaccination for their patients, 5.9% did not recommend it for any pregnant/post-partum women, and 4.4% did not answer the question or said they did not know. The hypothesis is considered that low adherence (68 out of 665 invited) of professionals to such a current issue may demonstrate some problem/issue regarding the prevention of COVID-19 in pregnant and postpartum women. (AU)
Idealmente, compete aos profissionais de saúde que atendem a população de gestantes e puérperas oferecerem esclarecimento sobre o risco da infecção por Sars-Cov-2 (COVID-19), eficácia e segurança das vacinas e, sobretudo, reforçar a importância da imunização completa. O objetivo deste estudo foi avaliar as práticas adotadas por médicos ginecologistas e obstetras do estado de Santa Catarina no que se refere à profilaxia da doença por COVID-19 em gestantes e puérperas. Este foi um estudo transversal, observacional, descritivo de abordagem quantitativa. Conduzido entre o período de outubro a dezembro de 2021. Os dados foram obtidos por meio da aplicação do questionário empregando a metodologia Conhecimento, Atitude e Práticas (CAP) que foi estruturado para aplicação online via Google Forms, uma ferramenta disponibilizada pela Google. A maioria dos respondentes (69,1%) atribuiu a pandemia da COVID-19 para a elevação significativa da mortalidade materna. Quanto à prescrição profilática 5,9% prescreveram hidroxicloroquina, 9,1% azitromicina, 8,8% ivermectina, 11,7% polivitamínico, 8,8% vitamina C e 66,2% vitamina D. No período analisado, foram notificados 387 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em mulheres gestantes ou puérperas, dessas, 5,2% morreram, 29,2% foram intubadas e 24,3% foram internadas em terapia intensiva. Apesar de a maioria dos obstetras (89,7%) recomendarem a vacinação para suas pacientes, 5,9% não a recomendaram para nenhuma gestante/puérpera e 4,4% não responderam a pergunta ou referiram não saber. Aventa-se a hipótese que baixa adesão (68 de 665 convidados) dos profissionais a uma questão tão atual pode demonstrar algum problema/questão quanto à prevenção da COVID-19 em gestantes e puérperas. (AU)
RESUMEN
Abstract Objective The present study aimed to evaluate the antenatal care adequacy for women who gave birth at the University Hospital of Santa Catarina in Florianopolis (Brazil) during the COVID-19 pandemic, and to evaluate the association of adequacy with sociodemographic, clinical, and access characteristics. Methods Data were collected between October and December 2020, including 254 patients who delivered in the University Hospital from Federal University of Santa Catarina and answered our questionnaires. Additional data were obtained from patients' antenatal booklets. Antenatal care was classified as adequate, intermediate, or inadequate according to the number of appointments, gestational age at the beginning of follow-up, and tests results. We carried out a descriptive statistical analysis and a bivariate/with odds ratio analysis onmaternal sociodemographic, clinical and health access variables that were compared with antenatal adequacy. Results Antenatal care was considered adequate in 35.8% of cases, intermediate in 46.8%, and inadequate in 17.4%. The followingmaternal variables were associated with inadequate prenatal care (intermediate or inadequate prenatal care): having black or brown skin colour, having two or more children, being of foreign nationality, not being fluent in Portuguese, and using illicit drugs during pregnancy; the clinical variables were more than 6 weeks between appointments, and not attending high-risk antenatal care; as for access, the variables were difficulties in attending or scheduling appointments, and attending virtual appointments only. Conclusion In a sample of pregnant women from a teaching hospital in Florianópolis during the COVID-19 pandemic, antenatal care was considered adequate in 35.8%, intermediate in 46.8%, and inadequate in 17.4% of cases.
Resumo Objetivo O objetivo deste estudo foi avaliar a adequabilidade do pré-natal de puérperas atendidas no hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, durante a pandemia de COVID-19 e avaliar a associação de características sociodemográficas, clínicas e de acesso com essa adequabilidade. Métodos Este estudo foi realizado de outubro a dezembro de 2020, com 254 puérperas que tiveram seus partos no hospital universitário. Os dados foram obtidos a partir de questionários respondidos pelas pacientes e dos seus cartões de pré-natal e prontuários para obter demais dados clínicos. O pré-natal foi classificado como adequado, intermediário ou inadequado segundo o número de consultas, idade gestacional ao início do pré-natal, e realização de exames. Inicialmente, se realizou uma análise estatística descritiva e, após, bivariada/com razão de chance quanto às variáveis maternas sociodemográficas, clínicas, e de acesso a saúde comparados com adequabilidade do pré-natal. Resultados O pré-natal foi considerado adequado em 35,8%, intermediário em 46,8% e inadequado em 17,4% dos casos. Estiveram associados a uma assistência pré-natal não-adequada (pré-natal intermediário ou inadequado) as seguintes variáveis maternas: cor de pele preta, parda, ou indígena, ter dois ou mais filhos, ser de nacionalidade estrangeira, não possuir fluência em português, uso de drogas ilícitas durante a gestação; as variáveis clinicas foram: lacuna de mais de 6 semanas entre consultas e não ser atendida em pré-natal de alto risco; quanto a acesso, as variáveis foram: dificuldade de ir e de agendar as consultas e ter tido consultas virtuais. Conclusão Em uma amostra de gestantes de um hospital universitário de Florianópolis durante a pandemia do Covid-19, a assistência pré-natal foi considerada adequada em 35,8%, intermediária em 46,8%, e inadequada em 17,4% dos casos.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Atención Prenatal , Atención Primaria de Salud , COVID-19 , Accesibilidad a los Servicios de SaludRESUMEN
OBJECTIVE: The present study aimed to evaluate the antenatal care adequacy for women who gave birth at the University Hospital of Santa Catarina in Florianopolis (Brazil) during the COVID-19 pandemic, and to evaluate the association of adequacy with sociodemographic, clinical, and access characteristics. METHODS: Data were collected between October and December 2020, including 254 patients who delivered in the University Hospital from Federal University of Santa Catarina and answered our questionnaires. Additional data were obtained from patients' antenatal booklets. Antenatal care was classified as adequate, intermediate, or inadequate according to the number of appointments, gestational age at the beginning of follow-up, and tests results. We carried out a descriptive statistical analysis and a bivariate/with odds ratio analysis on maternal sociodemographic, clinical and health access variables that were compared with antenatal adequacy. RESULTS: Antenatal care was considered adequate in 35.8% of cases, intermediate in 46.8%, and inadequate in 17.4%. The following maternal variables were associated with inadequate prenatal care (intermediate or inadequate prenatal care): having black or brown skin colour, having two or more children, being of foreign nationality, not being fluent in Portuguese, and using illicit drugs during pregnancy; the clinical variables were more than 6 weeks between appointments, and not attending high-risk antenatal care; as for access, the variables were difficulties in attending or scheduling appointments, and attending virtual appointments only. CONCLUSION: In a sample of pregnant women from a teaching hospital in Florianópolis during the COVID-19 pandemic, antenatal care was considered adequate in 35.8%, intermediate in 46.8%, and inadequate in 17.4% of cases.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a adequabilidade do pré-natal de puérperas atendidas no hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, durante a pandemia de COVID-19 e avaliar a associação de características sociodemográficas, clínicas e de acesso com essa adequabilidade. MéTODOS: Este estudo foi realizado de outubro a dezembro de 2020, com 254 puérperas que tiveram seus partos no hospital universitário. Os dados foram obtidos a partir de questionários respondidos pelas pacientes e dos seus cartões de pré-natal e prontuários para obter demais dados clínicos. O pré-natal foi classificado como adequado, intermediário ou inadequado segundo o número de consultas, idade gestacional ao início do pré-natal, e realização de exames. Inicialmente, se realizou uma análise estatística descritiva e, após, bivariada/com razão de chance quanto às variáveis maternas sociodemográficas, clínicas, e de acesso a saúde comparados com adequabilidade do pré-natal. RESULTADOS: O pré-natal foi considerado adequado em 35,8%, intermediário em 46,8% e inadequado em 17,4% dos casos. Estiveram associados a uma assistência pré-natal não-adequada (pré-natal intermediário ou inadequado) as seguintes variáveis maternas: cor de pele preta, parda, ou indígena, ter dois ou mais filhos, ser de nacionalidade estrangeira, não possuir fluência em português, uso de drogas ilícitas durante a gestação; as variáveis clinicas foram: lacuna de mais de 6 semanas entre consultas e não ser atendida em pré-natal de alto risco; quanto a acesso, as variáveis foram: dificuldade de ir e de agendar as consultas e ter tido consultas virtuais. CONCLUSãO: Em uma amostra de gestantes de um hospital universitário de Florianópolis durante a pandemia do Covid-19, a assistência pré-natal foi considerada adequada em 35,8%, intermediária em 46,8%, e inadequada em 17,4% dos casos.
Asunto(s)
COVID-19 , Atención Prenatal , COVID-19/epidemiología , Niño , Femenino , Edad Gestacional , Humanos , Pandemias/prevención & control , Periodo Posparto , EmbarazoRESUMEN
OBJECTIVE: The aim of this study was to collect and analyze data from different sources to have a general overview of COVID-19-related maternal deaths in Brazil, as well as to compare data with worldwide reports. STUDY DESIGN: We systematically searched data about COVID-19 maternal deaths from the Brazilian Ministry of Health surveillance system, State Departments of Health epidemiological reports, and media coverage. Data about timing of symptom onset and death (pregnancy or postpartum), gestational age, mode of birth, maternal age, comorbidities and/or risk factors, date of death, and place of death were retrieved when available. RESULTS: We identified 20 COVID-19-related maternal deaths, age range 20-43 years. Symptoms onset was reported as on pregnancy for 12 cases, postpartum for 3 cases, and during the cesarean section for 1 case (missing data for 4). In 16 cases, death occurred in the postpartum period. At least one comorbidity or risk factor was present in 11 cases (missing data for 4). Asthma was the most common risk factor (5/11). Ten cases occurred in the Northeast region, and nine cases occurred in the Southeast region (5 of them in São Paulo, the first epicenter of COVID-19 in the country). CONCLUSIONS: To the best of our knowledge, this is the largest available series of maternal deaths due to COVID-19. Barriers to access healthcare, differences in pandemic containment measures in the country and high prevalence of concomitant risk factors for COVID-19 severe disease may play a role in the observed disparity compared to worldwide reports on maternal outcomes.
Asunto(s)
COVID-19 , Muerte Materna , Adulto , Brasil/epidemiología , Cesárea , Femenino , Humanos , Mortalidad Materna , Embarazo , Adulto JovenAsunto(s)
COVID-19 , Humanos , Mortalidad Infantil , Recién Nacido , Mortalidad Materna , SARS-CoV-2RESUMEN
Resumo Objetivo Avaliar a adesão de gestantes e acompanhantes à realização da massagem perineal digital durante a gestação e seu efeito na prevenção do trauma perineal no parto e na redução de morbidade associada nos 45 e 90 dias pós-parto. Métodos Estudo piloto de ensaio clínico randomizado com 153 gestantes de risco habitual, 78 mulheres no grupo de intervenção realizaram a massagem perineal digital e 75 mulheres do grupo controle receberam os cuidados habituais. Para a análise do desfecho principal (trauma perineal) e dos desfechos secundários, permaneceram em cada grupo 44 mulheres que tiveram parto vaginal. A intervenção foi realizada pela gestante ou acompanhante de sua escolha, diariamente, a partir de 34 semanas de gestação, por 5 a 10 minutos. Resultados A massagem perineal foi fator de proteção para edema nos primeiros 10 dias pós-parto (RR 0,64 IC95%0,41-0,99) e perda involuntária de gases nos 45 dias pós-parto (RR0,57 IC95%0,38-0,86). O ajuste residual ≥ 2 observado na análise das condições do períneo pós-parto mostrou uma tendência das mulheres do grupo intervenção terem períneo íntegro. As mulheres e os acompanhantes que realizaram a massagem perineal aceitaram bem a prática, recomendariam e fariam novamente em futura gestação. Conclusão A massagem perineal digital realizada diariamente, a partir de 34 semanas de gestação, foi uma prática bem aceita pelas mulheres e acompanhantes deste estudo. Apesar de não proteger a mulher de trauma perineal, esta prática reduziu o risco de edema 10 dias pós-parto e incontinência de gases 45 dias pós-parto. Registro Brasileiro de ensaio clínico: RBR-4MSYDX
Resumen Objetivo Evaluar la participación de mujeres embarazadas y acompañantes en la realización del masaje digital perineal durante el embarazo y su efecto en la prevención del trauma perineal durante el parto y en la reducción de la morbilidad asociada con los 45 y 90 días post parto. Métodos Estudio piloto de ensayo clínico aleatorizado con 153 mujeres embarazadas con riesgo normal, 78 mujeres en el grupo de intervención realizaron el masaje digital perineal y 75 mujeres del grupo control recibieron los cuidados habituales. Para el análisis del desenlace principal (trauma perineal) y de los desenlaces secundarios, permanecieron en cada grupo 44 mujeres que tuvieron parto vaginal. La intervención la realizó la mujer embarazada o el acompañante por ella elegido, diariamente, a partir de las 34 semanas de embarazo, por 5 a 10 minutos. Resultados El masaje perineal fue factor de protección para el edema en los primeros 10 días postparto (RR 0,64 IC95%0,41-0,99) y la pérdida involuntaria de gases en los 45 días post parto (RR0,57 IC95%0,38-0,86). El ajuste residual ≥ 2 observado en el análisis de las condiciones del perineo postparto mostró una tendencia en las mujeres del grupo intervención a que tengan el perineo íntegro. Las mujeres y los acompañantes que realizaron el masaje perineal recibieron bien la práctica, la recomendarían y la harían nuevamente en un futuro embarazo. Conclusión El masaje digital perineal realizado diariamente, a partir de las 34 semanas de embarazo, fue una práctica bien recibida por las mujeres y acompañantes de este estudio. Pese a que no protege a la mujer de un trauma perineal, esta práctica redujo el riesgo de edema a los 10 días post parto y la incontinencia de gases 45 días post parto.
Abstract Objective To evaluate the adherence of pregnant women and companions to the performance of digital perineal massage during pregnancy and its effect on the prevention of perineal trauma during childbirth and on the reduction of associated morbidity at 45 and 90 days postpartum. Methods A pilot study of a randomized clinical trial with 153 normal risk pregnant women; 78 women in the intervention group underwent digital perineal massage and 75 women in the control group received usual care. For the analysis of the main outcome (perineal trauma) and secondary outcomes, 44 women who had vaginal delivery remained in each group. The intervention was performed daily by the pregnant woman or the companion of her choice from 34 weeks of gestation during 5-10 minutes. Results Perineal massage was a protective factor for edema in the first 10 days postpartum (RR 0.64 95%CI 0.41-0.99) and involuntary gas loss at 45 days postpartum (RR0.57 95%CI 0.38-0.86). The residual adjustment ≥ 2 observed in the analysis of perineal conditions postpartum showed a trend of women in the intervention group having an intact perineum. The women and companions who performed perineal massage accepted the practice well, recommended it and would do it again in a future pregnancy. Conclusion The digital perineal massage performed daily from 34 weeks of gestation was a practice well accepted by women of this study and their companions. Although not protecting women from perineal trauma, this practice reduced the risk of edema at 10 days postpartum and gas incontinence at 45 days postpartum. Brazilian Clinical Trial Registry: RBR-4MSYDX
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adulto , Perineo/lesiones , Atención Prenatal/métodos , Diafragma Pélvico/lesiones , Laceraciones/prevención & control , Educación Prenatal , Masaje/métodos , Calidad de Vida , Ensayos Clínicos Controlados Aleatorios como Asunto , Proyectos PilotoRESUMEN
In several countries, primary care for pregnant women is performed by obstetric nurses and/or midwives. In Brazil's Supplementary Health System (private health insurance and out-of-pocket care), coverage of prenatal care is mandatory and is performed by medical obstetricians. The objective of this study is to conduct a cost-effectiveness analysis, comparing clinical outcomes and costs associated with the incorporation of prenatal care by obstetric nurses and midwives in the Supplementary Health System, from the perspective of the operator of health plans as the payment source. A decision tree was built, based on data from a Cochrane Collaboration meta-analysis that showed a reduction in the risk of premature birth in the group of normal-risk pregnant women accompanied by obstetric nurses and midwives. The analysis only considered the direct medical costs covered by health plan operators for essential appointments and tests, according to the prevailing Ministry of Health protocol. The study assumed equal unit costs of consultations by medical professionals and applied an increase in the overall cost of prenatal tests associated with medical follow-up, based on data from the literature. Incremental cost-effective ratio was estimated at -BRL 10,038.43 (savings of BRL 10,038.43) per premature birth avoided. This result was consistent with the sensitivity analyses, with savings associated with the substitution ranging from -BRL 2,544.60 to -BRL 31,807.46 per premature death avoided. In conclusion, prenatal care provided by obstetric nurses and midwives was superior to that provided by medical obstetricians for the prevention of premature birth, besides resulting in cost savings.
Em diversos países, a atenção primária às gestantes é conduzida por enfermeiras obstetras e/ou obstetrizes. No Sistema Suplementar de Saúde no Brasil, a cobertura da assistência pré-natal é obrigatória e realizada por médicos obstetras. O objetivo deste estudo é conduzir análise de custo-efetividade, comparando desfechos clínicos e custos associados à incorporação do pré-natal por enfermeiras obstetras e obstetrizes no âmbito do Sistema de Saúde Suplementar, sob a perspectiva da operadora de planos de saúde como fonte pagadora. Foi construída uma árvore de decisão, baseada nos dados de metanálise da Colaboração Cochrane que mostrou redução do risco de parto prematuro no grupo de gestantes de risco habitual acompanhado por enfermeiras obstetras e obstetrizes. Foram considerados apenas os custos médicos diretos cobertos pelas operadoras de planos de saúde para a realização de consultas e exames essenciais, conforme protocolo do Ministério da Saúde vigente. Assumiu-se custo unitário de consulta com cada profissional como iguais e aplicou-se um aumento do custo global com exames pré-natais associado ao acompanhamento médico, conforme dado obtido na literatura. Estimou-se a razão de custo-efetividade incremental de -R$ 10.038,43 (economia de R$ 10.038,43) por parto prematuro evitado. Esse resultado mostrou-se consistente nas análises de sensibilidade, com economias associadas à substituição variando de -R$ 2.544,60 até -R$ 31.807,46 por parto prematuro evitado. Como conclusão, observou-se que o cuidado pré-natal por enfermeiras obstetras e obstetrizes é superior ao prestado por médicos obstetras para o desfecho prevenção de parto prematuro, resultando ainda em economia de recursos.
En diversos países, la atención primaria a las gestantes se realiza con enfermeras obstetras y/o parteras. En el Sistema Suplementario de Salud en Brasil, la cobertura de la asistencia prenatal es obligatoria y la realizan médicos obstetras. El objetivo de este estudio es realizar un análisis de costo-efectividad, comparando resultados clínicos y costes asociados a la incorporación en el período prenatal de enfermeras obstetras y parteras, en el ámbito del Sistema de Salud Suplementaria, desde la perspectiva de una operadora de planes de salud como fuente pagadora. Se construyó un árbol de decisión, basado en datos de metaanálisis de la Colaboración Cochrane, que mostró una reducción del riesgo de parto prematuro en el grupo de gestantes de riesgo habitual, con un seguimiento de enfermeras obstetras y parteras. Se consideraron solo los costes médicos directos, cubiertos por las operadoras de planes de salud para la realización de consultas y exámenes esenciales, conforme el protocolo vigente del Ministerio de Salud. Se asumió el coste unitario de consulta con cada profesional como iguales, y se aplicó un aumento del coste global con exámenes prenatales asociado al seguimiento médico, conforme los datos obtenidos en la literatura. Se estimó la razón de costo-efectividad incremental de -BRL 10.038,43 (economía de BRL 10.038,43) por parto prematuro evitado. Este resultado se mostró consistente en los análisis de sensibilidad, con ahorros asociados a la sustitución, variando de -BRL 2.544,60 hasta -BRL 31.807,46 por parto prematuro evitado. Como conclusión, se observó que el cuidado prenatal por parte de enfermeras obstetras y parteras es superior al prestado por médicos obstetras para el desenlace de prevención de parto prematuro, resultando incluso en un ahorro de recursos.
Asunto(s)
Partería , Enfermeras y Enfermeros , Brasil , Análisis Costo-Beneficio , Femenino , Humanos , Embarazo , Mujeres Embarazadas , Atención PrenatalRESUMEN
OBJECTIVE: To compare risk of death due to COVID-19 among pregnant, postpartum, and non-pregnant women of reproductive age in Brazil, using the severe acute respiratory syndrome surveillance system (SARS-SS). METHODS: A secondary analysis was performed of the Brazilian official SARS-SS, with data retrieved up to August 17, 2020. Cases were stratified by pregnancy status, risk factors or co-morbidities, and outcome (death or recovery). Multiple logistic regression was employed to examine associations between independent variables and risk of death. RESULTS: A total of 24 805 cases were included, with 3129 deaths (12.6%), including 271 maternal deaths. Postpartum was associated with increased risk of death, admission to the intensive care unit (ICU), and mechanical ventilation. Co-morbidities with higher impact on case fatality rate among non-obstetric cases were cancer and neurological and kidney diseases. Among pregnant women, cancer, diabetes mellitus, obesity, and rheumatology diseases were associated with risk of death. In the postpartum subgroup, age over 35 years and diabetes mellitus were independently associated with higher chance of death. CONCLUSION: Postpartum was associated with worse outcomes among the obstetric population, despite lower risk of dying without accessing ICU care. Non-pregnant women with cancer, neurological diseases, and kidney diseases have a higher risk of death due to COVID-19.