RESUMEN
ABSTRACT Objective: To compare the presence of neutralizing antibodies against SARS-CoV-2 found in the breast milk and blood of vaccinated lactating women with those not vaccinated. Data source: The study was registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) under CRD42021287554 and followed the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) guidelines. Cohort, case-control, and cross-sectional studies that evaluated antibodies against SARS-CoV-2 in the milk and blood of vaccinated mothers and had as control group unvaccinated mothers were eligible. Health Sciences Descriptors (DeCs), Medical Subject Headings (MeSH) and Emtree descriptors were used for the Virtual Health Library (VHL), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/Pubmed), and Embase databases, respectively. In the Web of Science and Scopus, the strategy was adapted. No restrictions on the publication period and language were set. Data synthesis: The search identified 233 records, of which 128 duplicates and 101 papers that did not meet the inclusion criteria were excluded. Hence, four cohort studies were eligible. Nursing mothers vaccinated with the Pfizer-BioNTech and Moderna vaccines showed antibodies against SARS-CoV-2 in their blood and breast milk. Conclusions: Vaccinated lactating women had higher levels of immunoglobulin G (IgG) and A (IgA) in serum and breast milk than unvaccinated women.
RESUMO Objetivo: Comparar a presença de anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2 no leite materno e no sangue das lactantes vacinadas em relação àquelas não vacinadas. Fontes de dados: Foi efetuado registro no International Prospective Register of Systematic Reviews — PROSPERO (CRD42021287554) e foram seguidas as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA). Foram elegíveis estudos de coorte, caso-controle e transversais que avaliaram anticorpos contra o SARS-CoV-2 no leite e no sangue de lactantes vacinadas e tiveram como grupo controle lactantes não vacinadas. Utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), Medical Subject Heading (MeSH) e Emtree para as bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/PubMed) e Embase, respectivamente. Na Web of Science e Scopus foi feita adaptação da estratégia. Não foram estabelecid as restrições quanto ao período de publicação e idioma. Síntese dos dados: As buscas identificaram 233 registros. Foram excluídos 128 duplicados e 101 fora dos critérios de inclusão, e quatro estudos de coorte foram elegíveis. As lactantes vacinadas com Pfizer-BioNTech e Moderna apresentaram anticorpos contra SARS-CoV-2 no sangue e no leite materno. Conclusões: As mulheres lactantes vacinadas apresentaram níveis mais elevados de imunoglobulina G (IgG) e A (IgA) no soro e no leite materno em comparação com as mulheres não vacinadas.
RESUMEN
Os anticorpos monoclonais são uma nova classe de medicamentos que representa um marco na evolução da terapia de doenças alérgicas graves. Além de possibilitar uma terapia imunológica alvo específico, proporciona maior controle de sintomas, redução de exacerbações, melhoria da qualidade de vida e da segurança. A eficácia e a segurança dos anticorpos monoclonais no tratamento de doenças alérgicas estão bem documentadas nos estudos clínicos pivotais, de extensão e de vida real. No Brasil, estão licenciados atualmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) imunobiológicos para asma, dermatite atópica (DA), esofagite eosinofílica (EoE), granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA), rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN), síndromes hipereosinofílicas (SHE) e urticária crônica espontânea (UCE). Com a incorporação do uso dessas novas terapias no dia a dia do médico alergologista e imunologista, naturalmente emergem aspectos práticos que exigem orientações práticas perante as evidências científicas mais atuais, a fim de se manter a boa prática médica, com uso criterioso e consciente pelo especialista capacitado. Assim, nesse guia prático, abordaremos os imunobiológicos aprovados até o momento para doenças alérgicas graves, com objetivo de auxiliar o especialista em Alergia e Imunologia na prescrição e manejo dessas medicações, incluindo indicações, contraindicações, monitoramento da eficácia e segurança, notificação de eventos adversos, bem como aspectos associados aos cuidados com vacinas, populações especiais, acesso, transporte, armazenamento e aplicação domiciliar.
Monoclonal antibodies are a new class of drugs that represent a milestone in the evolution of therapy for severe allergic diseases. In addition to allowing targeted immunologic therapy, they can improve symptom control, reduce exacerbations, and increase quality of life and safety. The efficacy and safety of monoclonal antibodies in the treatment of allergic diseases are well documented in pivotal, extension, and real-life clinical studies. In Brazil, immunobiologic agents are currently licensed by the National Health Surveillance Agency (ANVISA) for use in asthma, atopic dermatitis (AD), eosinophilic esophagitis (EoE), eosinophilic granulomatosis with polyangiitis (EGPA), chronic rhinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP), hypereosinophilic syndrome (HES), and chronic spontaneous urticaria (CSU). With the incorporation of these new therapies into the daily practice of the allergist and immunologist, practical aspects will naturally emerge and require practical guidelines in light of the most current scientific evidence in order to maintain good medical practice, with judicious and conscious use by a qualified specialist. Therefore, in this practical guide, we will address the immunobiologic agents currently approved for severe allergic diseases, aiming to assist allergy and immunology specialists in the prescription and practical management of these medications, including indications, contraindications, efficacy and safety monitoring, adverse event reporting, as well as health care factors associated with vaccination, special populations, access, transport, storage, and home use.
Asunto(s)
HumanosRESUMEN
Resumen La gastritis autoinmune (GAI) es una afección inflamatoria progresiva de la mucosa oxíntica caracterizada por la destrucción de células parietales, pérdida de factor intrínseco, malabsorción de vitamina B12 (cobalamina), hierro y otros micronutrientes y puede progresar hacia un estado avanzado de anemia megaloblástica conocida como anemia perniciosa (AP). El objetivo de este estudio fue determinar la deficiencia de vitamina B12 debida a malabsorción utilizando la detección de anticuerpos anti-células parietales gástricas (ACPG) y anti-factor intrínseco (AFI). Se analizaron 2050 sueros de pacientes con un inmunoanálisis quimioluminiscente para vitamina B12 total y 2,8% de éstos con las pruebas de inmunofluorescencia indirecta para ACPG y enzimoinmunoanálisis para AFI. La deficiencia de vitamina B12 (<200 ng/mL) fue del 13,1%. En la detección de anticuerpos se encontró: 2 doble positivos ACPG/AFI, 17 simple positivos ACPG y 4 simple positivos AFI. Todas las muestras ACPG y/o AFI positivas tuvieron valores de vitamina B12 total <200 ng/mL. En 5 pacientes con ACPG positivos se diagnosticó gastritis crónica confirmada por biopsia. En los 6 pacientes AFI positivos se realizó el diagnóstico de AP y en 2 de ellos se confirmó por histopatología. La positividad de ACPG y/o AFI permitió la clasificación de pacientes con sospecha de GAI en candidatos para la examinación histológica y la aplicación de esquemas terapéuticos adecuados. Se destaca la importancia de las pruebas de laboratorio como parte de una estrategia de diagnóstico temprano y vigilancia endoscópica, para evitar las manifestaciones relacionadas con la deficiencia de hierro y vitamina B12 y las complicaciones de la enfermedad avanzada.
Abstract Autoimmune gastritis (AIG) is a progressive inflammatory condition of the oxyntic mucosa, characterised by gastric parietal cell destruction, loss of intrinsic factor, and malabsorption of vitamin B12 (cobalamin), iron and other micronutrients; conditioning progress to a state of megaloblastic anemia known as pernicious anemia (PA). The aim of this study was to determine vitamin B12 deficiency due to malabsorption utilizing anti-parietal cell (APCA) and anti-intrinsic factor (IFA) antibodies detection. 2050 patient serum samples were analised by chemiluminescent immunoassay for vitamin B12. A total of 2.8% of them were tested for APCA by indirect immunofluorescence and for IFA by enzyme immunoessay. Vitamin B12 deficiency (<200 ng/mL) was 13.1%. Regarding antibody detection: 2 APCA/IFA double positives, 17 APCA simple positives and 4 IFA simple positives were found. APCA and/or IFA positive samples had total vitamin B12 values <200 ng/mL. Chronic gastritis confirmed by biopsy was diagnosed in 5 patients with positive ACPG antibodies. All 6 IFA positive patients were diagnosed with PA, while 2 of them also received histopatologic confirmation. APCA and/or IFA confirmation allowed for the classification of patients with suspicion of AIG as possible candidates for histologic examination and application of appropriate therapeutic schemes. Importance of laboratory testing is to be noted; as part of a strategy that enables early diagnosis and adequate endoscopic surveillance, to avoid manifestations related to iron and vitamin B12 deficiency and the complications of advanced disease.
Resumo A gastrite autoimune (GAI) é uma doença inflamatória progressiva da mucosa oxíntica, caracterizada pela destruição das células parietais gástricas, perda do fator intrínseco, má absorção de vitamina B12 (cobalamina), ferro e outros micronutrientes pode progredir para um estado avançado de anemia megaloblástica conhecida como anemia perniciosa (AP). O objetivo deste estudo foi determinar a deficiência de vitamina B12 por má absorção usando a detecção de anticorpos anti-células parietais gástricas (ACPG) e anti-fator intrínseco (AFI). Foram analisados 2050 soros de pacientes com um imunoensaio quimioluminiscente para vitamina B12 total, 2,8% deles com testes de imunofluorescência indireta para ACPG e enzimaimunoensaio para AFI. A deficiência de vitamina B12 (<200 ng/mL) foi de 13,1%. Na detecção de anticorpos foram encontrados: 2 duplo positivos ACPG/AFI, 17 simples positivos ACPG e 4 simples positivos AFI. Todas as amostras ACPG e/ou AFI positivas apresentaram valores de vitamina B12 total <200 ng/mL. Gastrite crônica confirmada por biópsia foi diagnosticada em 5 pacientes positivos para ACPG. Nos 6 pacientes AFI positivos o diagnóstico de AP foi feito e em 2 deles foi confirmado por histopatologia. A positividade para ACPG e/ou AFI permitiu a classificação de pacientes com suspeita de GAI em candidatos para exame histológico e a aplicação de esquemas terapêuticos adequados. Destaca-se a importancia dos testes laboratoriais, como parte de uma estratégia de diagnóstico precoce e vigilância endoscópica, para evitar manifestações relacionadas à deficiência de ferro e vitamina B12 e complicações da doença avançada.
RESUMEN
ABSTRACT Introduction: The aim of this study was to analyze the waiting list for kidney transplantation in our hospital according to candidate's panel reactive antibodies (cPRA) and its outcomes. Methods: One thousand six hundred forty patients who were on the waiting list between 2015 and 2019 were included. For the analysis, hazard ratios (HR) for transplant were estimated by Fine and Gray's regression model according to panel reactivity and HR for graft loss and death after transplantation. Results: The mean age was 45.39 ± 18.22 years. Male gender was predominant (61.2%), but the proportion decreased linearly with the increase in cPRA (p < 0.001). The distribution of patients according to panels were: 0% (n = 390), 1% - 49% (n = 517), 50% - 84% (n = 269), and ≥ 85% (n = 226). Transplantation was achieved in 85.5% of the sample within a median time of 8 months (CI 95%: 6.9 - 9.1). The estimated HRs for transplantation during the follow-up were 2.84 (95% CI: 2.51 - 3.34), 2.41(95%CI: 2.07 - 2.80), and 2.45(95%CI: 2.08 - 2.90) in the cPRA range of 0%, 1%-49%, and 50%-84%, respectively, compared to cPRA ≥ 85 (p < 0.001). After transplantation, the HR for graft loss was similar in the different cPRA groups, but the HR for death (0.46 95% CI 0.24-0.89 p = 0.022) was lower in the 0% cPRA group when adjusted for age, gender, and presence of donor specific antibodies (DSA). Conclusion: Patients with cPRA below 85% are more than twice as likely to receive a kidney transplantation with a shorter waiting time. The risk of graft loss after transplantation was similar in the different cPRA groups, and the adjusted risk of death was lower in nonsensitized recipients.
RESUMO Introdução: O objetivo foi analisar a lista de espera para transplante renal em nosso hospital segundo o painel de reatividade de anticorpos (PRAc) do candidato e seus desfechos. Métodos: Incluímos 1.640 pacientes em lista de espera entre 2015 e 2019. Para a análise, estimou-se a razão de risco (HR) para transplante pelo modelo de regressão de Fine e Gray conforme o painel de reatividade e HR para perda do enxerto e óbito após o transplante. Resultados: A idade média foi 45,39 ± 18,22 anos. Sexo masculino foi predominante (61,2%), mas a proporção diminuiu linearmente com o aumento do PRAc (p < 0,001). A distribuição de pacientes conforme os painéis foi: 0% (n = 390), 1% - 49% (n = 517), 50% - 84% (n = 269), e ≥85% (n = 226). O transplante foi realizado em 85,5% da amostra em tempo mediano de 8 meses (IC 95%: 6,9 - 9,1). As HRs estimadas para transplante durante o acompanhamento foram 2,84 (IC 95%: 2,51 - 3,34), 2,41 (IC 95%: 2,07 - 2,80) e 2,45 (IC 95%: 2,08 - 2,90) no intervalo de PRAc de 0%, 1%-49% e 50%-84%, respectivamente, comparadas com PRAc ≥ 85 (p < 0,001). Após o transplante, a HR para perda do enxerto foi semelhante nos diferentes grupos de PRAc, mas HR para óbito (0,46 IC 95% 0,24-0,89 p = 0,022) foi menor no grupo PRAc 0% quando ajustada para idade, sexo e presença de anticorpos doador específico (DSA). Conclusão: Pacientes com PRAc abaixo de 85% têm mais que o dobro de probabilidade de receber transplante renal com tempo de espera menor. Risco de perda do enxerto após o transplante foi semelhante nos diferentes grupos PRAc, e risco ajustado de óbito foi menor em receptores não sensibilizados.
RESUMEN
A resposta imunológica pelo SARS-CoV-2 após protocolos vacinais e infecção natural é pouco compreendida. Comparando indivíduos vacinados com esquema heterólogo que receberam um reforço vacinal (imunidade vacinal) com aqueles que apresentaram episódio leve de COVID-19 (imunidade híbrida) no mesmo período, verificamos níveis semelhantes de anticorpos contra SARS-CoV-2. Em culturas de células mononucleares, o estímulo com o antígeno viral induziu produção de citocinas pró-inflamatórias nos dois grupos, entretanto, os níveis de IL-17 foram menores em indivíduos com imunidade vacinal. Nossos resultados sugerem que o reforço vacinal teve efeitos semelhantes à infecção natural pelo SARS-CoV-2 na resposta imunológica de indivíduos previamente vacinados. (AU)
The immune response generated by SARS-CoV-2 vaccination protocols and natural infection remains incompletely understood. We compared individuals who received a heterologous vaccination scheme with a booster shot (vaccine immunity) to those who experienced a mild COVID-19 episode (hybrid immunity) during the same timeframe. Our findings revealed similar levels of SARS-CoV-2 antibodies in both groups. Stimulation by viral antigen in mononuclear cell cultures induced pro-inflammatory cytokines in both groups, while individuals with vaccine immunity exhibited lower IL-17. These results suggest that a vaccine booster can induce an immune response in previously vaccinated individuals comparable to that elicited by natural SARS-CoV-2 infection. (AU)
Asunto(s)
Vacunas , Citocinas , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Inmunidad , AnticuerposRESUMEN
ABSTRACT Background: Monoclonal antibodies have proven efficacy in the management of several conditions and infliximab (IFX) is one of the most important drugs of the class. Some recent data have shown low rates of both persistence and adherence to several available biologics. Objective: The objective of this study was to describe adherence and persistence rate to IFX treatment and also persistence in the patient support program (PSP), among patients diagnosed with inflammatory bowel diseases (IBD) or rheumatic diseases (RD) enrolled in the program of a large pharmaceutical company in Brazil. Methods: Retrospective observational analysis using the PSP database. IBD or RD patients using IFX enrolled on the PSP database between September 2015 and August 2019 were retrospectively evaluated to identify the persistence rate and adherence and followed up until March 1, 2020. Patients were excluded if treatment start date was prior to program entry; first infusion prior to September 1st, 2015 or after August 31st, 2019; the patients did not started treatment; and patients with "OTHERS" in "Indication" field. Persistence was assessed considering both persistence in the program ("PSP persistence") and persistence on IFX in the PSP ("IFX persistence in the PSP"). PSP persistence was defined as the proportion of patients remaining in the program at 6, 12, 24, 36 and 48 months after initiating IFX. To determine IFX persistence in the PSP, censoring was defined at the time the patient left the program, died, or was lost to follow-up. Adherence to treatment was measured by medication possession ratio ((MPR) - All days supply / elapsed days from first prescription to last day of medication possession)). Descriptive statistics were initially used. Kaplan-Meier curve, the median time estimated by the survival function, Cox regression model, and restricted mean survival time (RMST) were used to evaluate the treatment persistence time at 24 months and the logistic regression model was performed aiming to identify variables associated with adherence (MPR ≥80%). Results: A total of 10,233 patients were analyzed, 5,826 (56.9%) with the diagnosis of RD and 4,407 (43.1%) of IBD. At the end of the follow-up (median 9.1 months from PSP entry to the last infusion), persistence in the PSP was 65.6%, 48.2%, 31.0%, 20.7% and 13.1% at 6, 12, 24, 36 and 48 months, respectively. Considering persistence on IFX in the PSP, estimates were 93.7%, 87.8%, 77.0%, 62.4% and 53.0% at 6, 12, 24, 36 and 48 months, respectively. Variables associated with the risk of non-persistence were gender, country region and diagnosis of rheumatoid arthritis and ankylosing spondylitis. Median MPR was 94.2%, while the percentage of patients with MPR ≥80% was 91.0%. Variables associated with MPR≥80% were country region and diagnosis of Crohn's disease. Conclusion: Many patients leave the program without discontinuing IFX, since the 12-month persistence were very different between program and medication estimates, while high adherence rates were observed among patients enrolled in the PSP. Data highlights the benefits of a PSP.
RESUMO Contexto: Os anticorpos monoclonais têm eficácia comprovada no manejo de diversas condições e o infliximabe (IFX) é um dos medicamentos mais importantes da classe. Alguns dados recentes demonstram baixas taxas de persistência e adesão a vários dos biológicos disponíveis. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever a adesão e persistência ao tratamento com IFX e a persistência no programa de suporte ao paciente (PSP), entre pacientes diagnosticados com doenças inflamatórias intestinais (DII) ou doenças reumáticas (DR) inscritos no PSP de uma grande indústria farmacêutica no Brasil. Métodos: Análise observacional retrospectiva utilizando o banco de dados do PSP. Pacientes com DII ou DR usando IFX inscritos no banco de dados do PSP entre setembro de 2015 e agosto de 2019 foram avaliados retrospectivamente para identificar a taxa de persistência e adesão e acompanhados até 1º de março de 2020. Os pacientes foram excluídos se a data de início do tratamento fosse anterior à entrada no programa; primeira infusão antes de 1º de setembro de 2015 ou após 31 de agosto de 2019; o paciente não iniciou o tratamento; e pacientes com "OUTROS" no campo "indicação". A persistência foi avaliada considerando tanto a persistência no programa ("persistência PSP") quanto a persistência em uso de infliximabe no PSP ("persistência IFX no PSP"). A persistência no PSP foi definida como a proporção de pacientes que permaneceram no programa aos 6, 12, 24, 36 e 48 meses após o início do IFX. Para determinar a persistência do IFX no PSP, a censura foi definida quando o paciente deixou o programa, morreu ou perdeu o acompanhamento. A adesão ao tratamento foi medida pela razão de posse do medicamento (MPR)): todos os dias de fornecimento / decorridos da primeira prescrição ao último dia de posse do medicamento). A estatística descritiva foi inicialmente utilizada. A curva de Kaplan-Meier, o tempo mediano estimado pela função de sobrevida, o modelo de regressão de Cox e o tempo de sobrevida médio restrito (RMST) foram utilizados para avaliar o tempo de persistência do tratamento em 24 meses e o modelo de regressão logística foi realizado para identificar variáveis associadas à adesão (MPR ≥80%). Resultados: Foram analisados 10.233 pacientes, 5.826 (56,9%) com diagnóstico de DR e 4.407 (43,1%) de DII. Ao final do seguimento (mediana de 9,1 meses desde a entrada no PSP até a última infusão), a persistência no PSP foi de 65,6%, 48,2%, 31,0%, 20,7% e 13,1% aos 6, 12, 24, 36 e 48 meses, respectivamente. Considerando a persistência no IFX no PSP, as estimativas foram de 93,7%, 87,8%, 77,0%, 62,4% e 53,0% aos 6, 12, 24, 36 e 48 meses, respectivamente. As variáveis associadas ao risco de não persistência foram sexo, região do país e diagnóstico de artrite reumatoide e espondilite anquilosante. A mediana do MPR foi de 94,2%, enquanto o percentual de pacientes com MPR ≥80% foram de 91,0%. As variáveis associadas a MPR ≥80% foram região do país e diagnóstico de doença de Crohn. Conclusão: Muitos pacientes abandonam o programa sem interromper o IFX, pois a persistência em 12 meses foi muito diferente entre as estimativas do programa e da medicação, enquanto altas taxas de adesão foram observadas entre os pacientes inscritos no PSP. Os dados destacam os benefícios de um PSP.
RESUMEN
Abstract Background Myasthenia gravis (MG) is an autoimmune disease usually caused by antibodies against the acetylcholine receptor (AChR-Abs), muscle-specific tyrosine kinase (MuSK-Abs), or low-density lipoprotein receptor-related protein 4 (LRP4-Abs). However, there are MG patients who do not have these antibodies and are thus said to have triple-seronegative (triple-SN) MG. Objective This study aims to describe the frequency and clinical and epidemiological characteristics of patients with triple-SN MG. Methods This was a retrospective cross-sectional study carried out through the analysis of medical records. Descriptive and analytical statistical analysis was performed comparing subgroups of myasthenic patients, classified according to serological profile. Results The sample population consisted of 93 MG patients: 85 were positive for antibodies, 80 (86%) with AChR-Abs, 5 (5.4%) with MuSK-Abs, and no MG patients with LRP4-Abs. Eight patients (8.6%) had triple-SN MG; they had a median age at disease onset of 30 years (21-45). Their most common initial symptoms were ptosis, diplopia, and generalized weakness. Most patients presented with mild symptoms at their last visit, reflecting a median MG composite scale score of 4 (0-6), and 75% of patients had an adequate response to treatment. Conclusion Our study showed a low frequency of triple-SN MG in Brazilian MG patients. Triple-SN MG was predominant in females, who presented with ptosis, diplopia, and generalized weakness, and most patients had an adequate response to immunosuppressive treatment. There was no significant difference between triple-SN MG and the other subgroups.
Resumo Antecedentes A Miastenia gravis (MG) é uma desordem autoimune geralmente causada por anticorpos antirreceptores de acetilcolina (anti-RACh), tirosina quinase músculo-específica (anti-MuSK) ou proteína 4 relacionada ao receptor de lipoproteína de baixa densidade (anti-LRP4). No entanto, em uma parcela dos pacientes, nenhum destes três anticorpos pôde ser detectado, sendo estes casos denominados "triplo-soronegativos". Objetivo Descrever a frequência, bem como as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes com MG triplo-soronegativa. Métodos Consiste em um estudo transversal e restrospectivo, realizado através da análise de prontuários médicos. Foi realizada análise estatística descritiva e analítica entre os subgrupos de pacientes, classificados de acordo com o perfil sorológico. Resultados A população consistiu de 93 pacientes com MG: 85 pacientes apresentavam positividade para anticorpos, sendo 80 (86%) com anticorpos anti-RACh, cinco (5,4%) com anti-MuSK, e não foram encontrados pacientes com anti-LRP4. Oito (8,6%) eram pacientes triplo-soronegativos, que apresentaram idade média de início da doença de 30 anos (21-45), e com sintomas iniciais mais comuns de ptose, diplopia e fraqueza generalizada. 75% dos pacientes triplo-soronegativos apresentaram resposta adequada ao tratamento. Conclusão O estudo demonstrou uma baixa frequência da pacientes com MG triplo-soronegativa na população brasileira. A MG triplo-soronegativa foi predominante nas mulheres, que se apresentaram com ptose, diplopia ou fraqueza generalizada, e a maioria dos pacientes apresentou resposta adequada ao tratamento imunossupressor. Não houve diferença significativa entre a MG triplo-soronegativa e os demais subgrupos.
RESUMEN
Abstract Objective: to identify the vaccination and serological status against hepatitis B among community health workers; to vaccinate against hepatitis B virus and to evaluate the immune response of susceptible workers. Method: phase I, cross-sectional and descriptive study, among community health workers in a capital city of the Midwest region, through a self-administered questionnaire, checking of vaccination cards, and blood collection for testing of serological markers for hepatitis B. Phase II, cohort study carried out in vaccinated non-immune workers identified in phase I. They received one dose of vaccine (challenge dose) and serological testing. Results: a total of 109 workers participated in the study. Most had vaccination record (97; 89.0%) and vaccination completeness (75; 77.3%), while the isolated anti-HBs (Antibodies against hepatitis B virus) marker was detected in 78 (71.6%) workers. The prevalence of hepatitis B virus exposure was 8.2%. Of the ten non-immune vaccinated workers, after challenge dose, one remained susceptible. Conclusion: although most workers are vaccinated and show immunological response to hepatitis B, susceptibility after challenge dose was identified. Therefore, it is necessary to have a surveillance program of the vaccination situation and serological status for this virus, to promote these workers' safety.
Resumo Objetivo: identificar a situação vacinal e sorológica contra hepatite B entre agentes comunitários de saúde; vacinar contra o vírus da hepatite B e avaliar a resposta imunológica dos agentes susceptíveis. Método: fase I, estudo transversal e descritivo, entre agentes comunitários de saúde de uma capital da região Centro-oeste, por meio de questionário autoaplicável, conferência do cartão vacinal e coleta de sangue para testagem dos marcadores sorológicos para hepatite B. Fase II, estudo de coorte realizado em trabalhadores vacinados não imunes e identificados na fase I. Estes receberam uma dose da vacina (dose desafio) e teste sorológico. Resultados: participaram do estudo 109 agentes. A maioria tinha registro de vacinação (97; 89,0%) e completude vacinal (75; 77,3%), já o marcador anti-HBs (anticorpos contra o vírus da hepatite B) isolado foi detectado em 78 (71,6%) agentes. A prevalência de exposição ao vírus da hepatite B foi de 8,2%. Dos dez agentes vacinados não imunes, após a dose desafio, um permaneceu susceptível. Conclusão: apesar da maioria dos trabalhadores estarem vacinados e apresentarem resposta imunológica para hepatite B, a suscetibilidade após a dose desafio foi identificada. Portanto, é necessário que haja um programa de vigilância da situação vacinal e estado sorológico para este vírus, para promover a segurança destes trabalhadores.
Resumen Objetivo: identificar la situación de la vacunación y serología contra la hepatitis B entre agentes comunitarios de la salud, vacunar contra el virus de la hepatitis B y evaluar la respuesta inmunológica de los agentes susceptibles. Método: fase I, estudio transversal y descriptivo, entre agentes comunitarios de la salud de una capital de la región centro oeste, por medio de cuestionario autoadministrado, verificación del carné de vacunación y extracción de sangre para comprobar los marcadores serológicos para la hepatitis B. Fase II, estudio de cohorte realizado en trabajadores vacunados no inmunes e identificados en la Fase I; estos recibieron una dosis de la vacuna (dosis de desafío) y realizaron el test serológico. Resultados: participaron del estudio 109 agentes. La mayoría tenía registro de vacunación (97; 89,0%) y de cobertura de vacunación (75; 77,3%); el marcador anti-HBs (Anticuerpos contra el virus de la hepatitis B) aislado fue detectado en 78 (71,6%) de los agentes. La prevalencia de exposición al virus de la hepatitis B fue de 8,2%. De los diez agentes vacunados no inmunes, después de la dosis desafío, uno permaneció susceptible. Conclusión: a pesar de que la mayoría de los trabajadores estaban vacunados y presentaron respuesta inmunológica para la hepatitis B, la susceptibilidad, después de la dosis desafío, fue identificada. Por tanto, es necesario que exista un programa de vigilancia de la situación de vacunación y estado serológico para este virus, para promover la seguridad de estos trabajadores.
Asunto(s)
Humanos , Virus de la Hepatitis B , Exposición Profesional , Salud Laboral , Agentes Comunitarios de Salud , Hepatitis B/prevención & control , Anticuerpos contra la Hepatitis BRESUMEN
Introducción: Las pruebas inmunológicas son utilizadas como diagnóstico complementario en la vigilancia epidemiológica. Objetivos: Evaluar la prueba inmunocromatográfica para la detección de anticuerpos IgM e IgG contra el SARS-CoV-2, usando como prueba de referencia ELISA IgM/IgG para COVID-19. Metodología: El estudio realizado comparó pruebas inmunocromatográficas IgM/IgG con la prueba de ELISA IgM/IgG. También se efectuó la estimación de sensibilidad y especificidad de dicha prueba. Se trabajó con 50 muestras de suero para IgM y 50 muestra para IgG. Resultados: La sensibilidad de la prueba Inmunocromatográfica evaluada para la detección de anticuerpos IgM fue de 78,95 % y una especificidad de 48,39 %. En cuanto a la prueba inmunocromatográfica para la detección de anticuerpos, IgG fue de 72,00 % de sensibilidad y especificidad de 76,00 %. Discusión: La concordancia entre la prueba inmunocromatográfica para la detección de anticuerpos IgM/IgG y la prueba de ELISA para la detección de anticuerpos IgM/IgG muestra una concordancia regular y Moderada según el Índice kappa. La evaluación de pruebas inmunocromatográficas presenta una sensibilidad y especificidad menor frente a otras pruebas.
Introduction: Immunological tests are used as a complementary diagnosis in epidemiological surveillance. Objectives: To evaluate the immunochromatographic test for the detection of IgM and IgG antibodies against SARS-CoV-2, using ELISA IgM/IgG as a reference test for COVID-19. Methodology: The study carried out compared IgM/IgG immunochromatographic tests with the ELISA IgM/IgG test. The estimation of sensitivity and specificity of said test was also carried out. We worked with 50 serum samples for IgM and 50 samples for IgG. Results: The sensitivity of the immunochromatographic test evaluated for the detection of IgM antibodies was 78.95% and a specificity of 48.39%. Regarding the immunochromatographic test for the detection of antibodies, IgG was 72.00% sensitive and 76.00% specific. Discussion: The agreement between the immunochromatographic test for the detection of IgM/IgG antibodies and the ELISA test for the detection of IgM/IgG antibodies shows a regular and moderate agreement according to the kappa index. The evaluation of immunochromatographic tests presents a lower sensitivity and specificity compared to other tests.
Introdução: Os testes imunológicos são utilizados como diagnóstico complementar na vigilância epidemiológica. Objetivos: Avaliar o teste imunocromatográfico para detecção de anticorpos IgM e IgG contra SARS-CoV-2, utilizando o ELISA IgM/IgG como teste de referência para COVID-19. Metodologia: O estudo realizado comparou testes imunocromatográficos IgM/IgG com o teste ELISA IgM/IgG. A estimativa da sensibilidade e especificidade do referido teste também foi realizada. Trabalhamos com 50 amostras de soro para IgM e 50 amostras para IgG. Resultados: A sensibilidade do teste imunocromatográfico avaliado para detecção de anticorpos IgM foi de 78,95% e especificidade de 48,39%. Em relação ao teste imunocromatográfico para detecção de anticorpos, a IgG foi 72,00% sensível e 76,00% específica. Discussão: A concordância entre o teste imunocromatográfico para detecção de anticorpos IgM/IgG e o teste ELISA para detecção de anticorpos IgM/IgG apresenta concordância Regular e Moderada segundo o Índice kappa. A avaliação dos testes imunocromatográficos apresenta menor sensibilidade e especificidade em relação a outros testes.
RESUMEN
Introduction: coronavirus disease 2019 (COVID-19) is a complex multisystem disorder. It is not yet well known whether symptoms in the acute phase correlate with the duration of the immune response and the persistence of chronic symptoms.Objective: this study aimed to assess and monitor the clinical symptoms of COVID-19 and correlate them with the production of neutralizing antibodies.Methods: a cohort of 69 health workers at the University Hospital of the Federal University of Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH) diagnosed with SARS-CoV-2 infection confirmed via RT-PCR (Real-Time Reverse TranscriptionPolymerase Chain Reaction) were evaluated from the onset of symptoms up to six months. SARS-CoV-2 IgG and IgM assays were used to detect the presence of IgG and IgM against the nucleocapsid protein of SARS-CoV-2 in serum samples. IgG and IgM antibody serology, pulmonary function via spirometry, and the clinical evolution of patients were performed at 15, 30, 45, 60, 90, and 180 days after the onset of COVID-19 symptoms.Results: sixty-nine health workers (age, 40 ± 10 years; 74% women) were evaluated for six months. All subjects showed mild to moderate COVID-19. The mean number of symptoms was 5.1 (± 2.3). The most common initial symptoms were muscle pain (77%), headache (75%), anosmia (70%), ageusia (64%), runny nose (59%), fever (52%), and coughing (52%). After 30 days, the patients had anosmia (18%), asthenia (18%), adynamia (14%), muscle pain (7%), and ageusia (7%). Regarding lung function, 9.25% presented with an obstructive pattern, and all recovered after six months. Of all analyzed participants, 18/69 (26%) did not have any reactive IgG or IgM values in any of the assessments. The IgG serology curve showed a peak, whereas IgM had the highest mean value on the 15th day. There was a progressive decrease and levels similar to those at baseline after 90 days, and 15/53 (28%) remained with reactive IgG after six months. Sore throat and shortness of breath were found to be independent risk factors, and patients with these symptoms were 5.9 times more likely to have reactive IgG on the 180th day. Patients with diarrhea were four times more likely to have reactive IgM.Conclusion: our findings showed that 26% of patients did not produce a humoral response post-mild COVID-19. Their antibody titers dropped significantly after 90 days, and only 28% maintained reactive IgG antibodies after six months. Sore throat and shortness of breath are predictors of a longer duration of the humoral immune response.
Introdução: a doença causada pelo coronavírus (COVID-19) é complexa e multissistêmica. Ainda não se sabe se os sintomas da fase aguda estão correlacionados com a duração da resposta imune e com a persistência dos sintomas crônicos.Objetivo: o presente estudo visa acessar e monitorar os sintomas clínicos do COVID-19, correlacionando-os com a produção de anticorpos neutralizantes.Método: uma coorte de 69 profissionais da saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH) diagnosticados com infecção por SARS-CoV-2 confirmada via RT-PCR (Real-Time Reverse Transcription-Polymerase Chain Reaction) foram avaliados do início dos sintomas até seis meses depois. Exames laboratoriais de IgG e IgM foram utilizados para detectar a presença de IgG e IgM contra a proteína do nucleocapsídeo do vírus SARS-CoV-2 nas amostras de plasma sanguíneo. Sorologia de anticorpos IgG e IgM, função pulmonar via espirometria e avaliação clínica dos pacientes foram realizadas nos dias 15, 30, 45, 60, 90 e 180 após o início dos sintomas da doença.Resultados: sessenta e nove profissionais da saúde (idade, 40 ± 10 anos; 74% mulheres) foram avaliados por seis meses. Todos apresentaram a forma leve a moderada do COVID-19. O número médio de sintomas foi 5.1 (± 2.3). O sintoma inicial mais comum foi dor muscular (77%), cefaleia (75%), anosmia (70%), ageusia (64%), coriza (59%), febre (52%), e tosse (52%). Após 30 dias, os pacientes mantiveram anosmia (18%), astenia (18%), adinamia (14%), dor muscular (7%), e ageusia (7%). Em relação à função pulmonar, 9.25% apresentaram padrão obstrutivo e todos recuperaram ao final dos seis meses. Dentre todos os participantes analisados, 18/69 (26%) não obtiveram nenhum valor de IgG e IgM considerados reagentes nos exames realizados. A curva sorológica de IgG mostrou um pico enquanto a de IgM apresentou seu maior valor médio no 15º dia. Houve um declínio progressivo e níveis similares aos basais aos 90. 15/53 (28%) permaneceram com IgG reagente após seis meses. Dor de garganta e dispneia foram considerados fatores de risco independentes, e os pacientes com esses sintomas tiveram 5,9 vezes mais chances de apresentar IgG reativa no 180º dia. Pacientes com diarreia tiveram quatro vezes mais chances de apresentar IgM reagente.Conclusão: nossos achados mostraram que 26% dos pacientes não produziram uma resposta humoral pós-COVID-19 leve. Seus títulos de anticorpos caíram significativamente após 90 dias e apenas 28% mantiveram anticorpos IgG reativos após seis meses. Dor de garganta e dispneia foram preditores de maior duração da resposta imune humoral
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Introducción: La interpretación de los diversos anticuerpos vinculados a las Enfermedades Autoinmunes Sistémicas (EAS) es un reto clínico. Entre los anticuerpos específicos, los anti Ro son los de mayor frecuencia. Se asocian a un fenotipo clínico, relacionados tanto a manifestaciones clínicas diversas como a EAS establecidas. Metodología : Estudio descriptivo, observacional, transversal, realizado en Hospital Maciel (Montevideo, Uruguay). Resultados: Se enrolaron 70 pacientes, la mayoría de sexo femenino. 60 pacientes (85%) presentaron Ro52, 40 (57%) Ro60 y 31 (44%) ambos anticuerpos. Del total de los pacientes que tuvieron Ro positivo en 59 (93%) se evidenciaron manifestaciones clínicas. Las más frecuentes fueron: fotosensibilidad 26 (42%); Raynaud 18 (30%); xerostomía 26 (42%), xeroftalmia 25 (41%), enfermedad pulmonar intersticial 10 (15%), nefropatía 20 (32%), y manifestaciones hematológicas 16 (23%). En 59 casos (86%) se diagnosticó una enfermedad autoinmune. Las más frecuentes fueron Síndrome de Sjögren 26 (41%), Lupus eritematoso sistémico 26 (41%), Artritis reumatoidea 14 (22%), Esclerosis sistémica 10 (16%), Hepatopatías autoinmunes 10 (14%). Se evidenciaron otros autoanticuerpos positivos en el 68 (97%) de los casos. El ANA fue positivo en 67 pacientes (95%). La proporción de pacientes con Ro60 positivo fue significativamente mayor en pacientes que presentaron fotosensibilidad (p 0.006), Lupus cutáneo agudo (p 0.003), manifestaciones articulares (p 0.031) y nefropatía (p 0.016). La positividad de ambos Ro52/60 fue significativamente mayor en pacientes con manifestaciones musculares (p 0.028) y nefropatía (p 0.047). En cuanto al tipo de enfermedad autoinmune se evidenció una proporción significativa de pacientes con Ro60 y LES (p 0.004), así como de ambos anticuerpos y ES (p 0.04). Hubo mayor proporción de pacientes con Ro60 y anti SCL 70 (p 0.008) que aquellos que no lo presentaban, así mismo sucede con Ro60 y el FR (p 0.018); y Ro 52/60 con anti La (p 0.049) y anti SCL 70 (p 0.027). Conclusiones: Los anticuerpos específicos Ro52/60 son frecuentes, predominando el Ro52. La mayoría de los pacientes que presentan positividad tienen una enfermedad autoinmune de base, observándose también en pacientes con patología oncológica. Conocer sus asociaciones es de suma importancia dado que presentan un rol diagnóstico, pronostico, y ayudan a predecir el fenotipo clínico.
Introduction: The interpretation of the various antibodies linked to systemic autoimmune diseases is a clinical challenge. Among the specific antibodies, anti Ro are the most frequent. They are associated with a clinical phenotype, related to both diverse clinical manifestations and established SAD. Methodology: descriptive, observational, cross-sectional study carried out at the Maciel Hospital, Montevideo, Uruguay. Results: 70 patients were enrolled, most of them female. 60 patients (85%) presented Ro52, 40 (57%) Ro60 and 31 (44%) both antibodies. Of the total number of patients who had positive Ro in 59 (93%) clinical manifestations were evidenced. The most frequent were: photosensitivity 26 (42%); Raynaud 18 (30%); Xerostomia 26 (42%), Xerophthalmia 25 (41%), interstitial lung disease 10 (15%), nephropathy 20 (32%), and hematological manifestations 16 (23%). In 59 cases (86%) an autoimmune disease was diagnosed. The most frequent were: Sjögrens syndrome 26 (41%), systemic lupus erythematosus 26 (41%), rheumatoid arthritis 14 (22%), systemic sclerosis 10 (16%), autoimmune liver diseases 10 (14%). Other positive autoantibodies were found in 68 (97%) of the cases. ANA was positive in 67 patients (95%). The proportion of patients with positive Ro60 was significantly higher in patients with photosensitivity (p: 0.006), acute cutaneous lupus (p: 0.003), joint manifestations (p: 0.031), and nephropathy (p: 0.016). The positivity of both Ro52/60 was significantly higher in patients with muscular manifestations (p 0.028) and nephropathy (p 0.047). Regarding the type of autoimmune disease, there was a significant proportion of patients with Ro60 and SLE (p 0.004), as well as both antibodies and SE (p 0.04). There was a higher proportion of patients with Ro60 and anti SCL 70 (p 0.008) than those who did not, the same happens with Ro60 and RF (p 0.018); and Ro 52/60 with anti La (p 0.049) and anti SCL 70 (p 0.027). Conclusions: Ro52/60 specific antibodies are frequent, predominating Ro52. Most of the patients who present positivity have an underlying autoimmune disease, which is also observed in patients with oncological pathology. Knowing their associations is of the utmost importance given that they present a diagnostic and prognostic role, and help to predict the clinical phenotype.
Introdução: A interpretação dos vários anticorpos ligados a doenças autoimunes sistêmicas é um desafio clínico. Dentre os anticorpos específicos, os anti Ro são os mais frequentes. Eles estão associados a um fenótipo clínico, relacionado tanto a várias manifestações clínicas quanto a EAS estabelecido. Metodologia: estudo descritivo, observacional, transversal, realizado no Hospital Maciel, Montevidéu, Uruguai. Resultados: foram incluídos 70 pacientes, a maioria do sexo feminino. 60 pacientes (85%) apresentaram Ro52, 40 (57%) Ro60 e 31 (44%) ambos os anticorpos. Do total de pacientes que apresentaram Ro positivo em 59 (93%) manifestações clínicas foram evidenciadas. Os mais frequentes foram: fotossensibilidade 26 (42%); Raynaud 18 (30%); Xerostomia 26 (42%), Xeroftalmia 25 (41%), doença pulmonar intersticial 10 (15%), nefropatia 20 (32%) e manifestações hematológicas 16 (23%). Em 59 casos (86%) foi diagnosticada doença autoimune. As mais frequentes foram: síndrome de Sjögren 26 (41%), lúpus eritematoso sistêmico 26 (41%), artrite reumatoide 14 (22%), esclerose sistêmica 10 (16%), hepatopatias autoimunes 10 (14%). Outros autoanticorpos positivos foram encontrados em 68 (97%) dos casos. O ANA foi positivo em 67 pacientes (95%). A proporção de pacientes com Ro60 positiva foi significativamente maior em pacientes com fotossensibilidade (p: 0,006), lúpus cutâneo agudo (p: 0,003), manifestações articulares (p: 0,031) e nefropatia (p: 0,016). A positividade de ambos Ro52/60 foi significativamente maior em pacientes com manifestações musculares (p 0,028) e nefropatia (p 0,047). Em relação ao tipo de doença autoimune, houve proporção significativa de pacientes com Ro60 e LES (p 0,004), assim como anticorpos e SE (p 0,04). Houve maior proporção de pacientes com Ro60 e anti SCL 70 (p 0,008) do que aqueles que não apresentaram, o mesmo ocorre com Ro60 e RF (p 0,018); e Ro 52/60 com anti La (p 0,049) e anti SCL 70 (p 0,027). Conclusões: Anticorpos específicos Ro52/60 são frequentes, predominando Ro52. A maioria dos pacientes que apresentam positividade tem uma doença autoimune de base, também observada em pacientes com patologia oncológica. Conhecer suas associações é de extrema importância, pois têm papel diagnóstico e prognóstico, além de ajudar a predizer o fenótipo clínico.
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ABSTRACT Introduction: despite being extremely effective in some cases, up to 70% of patients with melanoma do not respond to anti-PD-1/PD-L1 (primary resistance) and many of the responders eventually progress (secondary resistance). Extensive efforts are being made to overcome this resistance through new strategies, especially aimed at modulating the intestinal microbiota. Objective: to assess whether fecal microbiota transplantation (FMT), associated with immunotherapy, is beneficial in the clinical course of patients with refractory melanoma. Methods: this is a scope review, based on studies collected on the MEDLINE, ScienceDirect, The Cochrane Library, Embase and BMJ Journals; using the terms: "Antibodies, Monoclonal"; "Drug Resistance, Neoplasm"; "Fecal Microbiota Transplantation"; "Host Microbial Interactions"; "Immunotherapy"; "Melanoma"; and "Microbiota". Clinical trials, in English, with relevant data on the subject and fully available were included. A cut-off period was not determined, due to the limited amount of evidence on the topic. Results: crossing the descriptors allowed the identification of 342 publications and, after applying the eligibility criteria, allowed the selection of 4 studies. From the analyses, it was observed that a considerable part of those studied overcame resistance to immune checkpoint inhibitors after FMT, with better response to treatment, less tumor growth and increased beneficial immune response. Conclusion: it is noted that FMT favors the response of melanoma to immunotherapy, translated into significant clinical benefit. However, further studies are necessary for the complete elucidation of the bacteria and the mechanisms involved, as well as for the translation of new evidence to oncological care practice.
RESUMO Introdução: apesar de extremamente eficaz em alguns casos, até 70% dos pacientes com melanoma não respondem aos anti-PD-1/PD-L1 (resistência primária) e muitos dos respondedores, eventualmente, acabam progredindo (resistência secundária). Extensos esforços estão sendo realizados para superar esta resistência através de novas estratégias, sobretudo, visando a modulação da microbiota intestinal. Objetivo: avaliar se o transplante de microbiota fecal (TMF), associado à imunoterapia, é benéfico no curso clínico do paciente com melanoma refratário. Métodos: trata-se de uma revisão de escopo, baseada em estudos coletados nas plataformas MEDLINE, ScienceDirect, The Cochrane Library, Embase e BMJ Journals; utilizando os descritores: "Antibodies, Monoclonal"; "Drug Resistance, Neoplasm"; "Fecal Microbiota Transplantation"; "Host Microbial Interactions"; "Immunotherapy"; "Melanoma"; e "Microbiota". Foram incluídos ensaios clínicos, na língua inglesa, com dados relevantes sobre a temática e disponíveis integralmente. Não foi determinado um período de corte temporal, devido à quantidade limitada de evidências sobre o tema. Resultados: o cruzamento dos descritores permitiu a identificação de 342 publicações e, após a aplicação dos critérios de elegibilidade, permitiu a seleção de 4 estudos. A partir das análises, observou-se que grande parte dos estudados superaram a resistência aos inibidores do checkpoint imunológico pós-TMF, com melhor resposta ao tratamento, menor crescimento tumoral e aumento da resposta imunológica benéfica. Conclusão: nota-se que o TMF favorece a resposta do melanoma à imunoterapia, traduzido por benefício clínico significativo. Entretanto, novos estudos são necessários para a completa elucidação das bactérias e mecanismos envolvidos, bem como para que haja a translação das novas evidências para a prática assistencial oncológica.
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Introducción: El síndrome antifosfolipídico (SAF) es una afección de origen autoinmune caracterizada por trombosis, pérdidas fetales recurrentes y anticuerpos antifosfolipídicos (aFL). Existen manifestaciones clínicas no contempladas en los criterios clasificatorios, que se denominan manifestaciones no criterio. Objetivo: Analizar las manifestaciones clínicas del SAF, enfatizando las manifestaciones no criterio y su relación con el perfil de autoanticuerpos en un hospital general de Montevideo, Uruguay. Métodos: Se realizó un estudio retrospectivo de las historias clínicas de pacientes con diagnóstico definitivo o sospecha de SAF en un servicio de medicina ambulatoria de enfermedades autoinmunes, en el Hospital Maciel, asistidos entre el 2010 y 2019. Resultados: Se incluyeron 78 pacientes, con edad media de 50,3 ± 14,5 años, 69 (88,5%) correspondió a sexo femenino. Cuarenta y seis (59,0%) pacientes presentaron SAF secundario, de los cuales 28 (35,9%) asociaron LES. La trombosis venosa de miembros inferiores fue la manifestación más frecuente (51,3%). Dieciocho (24,0%) pacientes presentaron trombosis arteriales en forma de accidente cerebrovascular. Cincuenta y nueve (75.6%) casos presentaron, además de las manifestaciones clasificatorias, alguna de las manifestaciones "no criterio" y éstas se manifestaron de forma aislada en 10 (12.8%) pacientes. Las manifestaciones no clasificatorias más frecuentes fueron artralgias, livedo reticularis, migraña y trombocitopenia. Se observó una asociación significativa entre la presencia de anti-ß2GPI con manifestaciones cutáneas y de trombocitopenia con al menos una manifestación trombótica. Conclusiones: Las manifestaciones "no criterio" del SAF se presentaron en casi 3 de cada 4 casos, frecuencia similar a la observada en otras series. La presencia aislada de manifestaciones "no criterio" podrían hacer sospechar un SAF y en algunos casos, conducir a la solicitud de anticuerpos.
Introduction: Antiphospholipid syndrome (APS) is an autoimmune condition characterized by thrombosis, recurrent fetal loss, and antiphospholipid antibodies. There are clinical manifestations not contemplated in the classification criteria, which are called non-criterion manifestations. Objective: To analyze the clinical manifestations of APS, emphasizing the non-criterion manifestations and their relationship with the autoantibody profile in a general hospital in Montevideo, Uruguay. Methods: A retrospective analysis of the medical records of patients with a definitive or suspected diagnosis of APS in an outpatient medicine service for autoimmune diseases, at the Maciel Hospital, assisted between 2010 and 2019, was carried out. Results: 78 patients were included, with a mean age of 50.3 +/- 14.5 years, 69 (88.5%) were female. Forty-six (59.0%) patients presented secondary APS, of which 28 (35.9%) associated SLE. Venous thrombosis of the lower limbs was the most frequent manifestation (51.3%). Eighteen (24.0%) patients presented arterial thrombosis in the form of cerebrovascular accident. Fifty-nine (75.6%) cases presented, in addition to the classification manifestations, some of the "non-criterion" manifestations and these manifested in an isolated way in 10 (12.8%) patients. The most frequent non-classifying manifestations were arthralgia, livedo reticularis, migraine and thrombocytopenia. A significant association was observed between the presence of anti-ß2GPI with cutaneous manifestations and thrombocytopenia with at least one thrombotic manifestation. Conclusions: Non-criterion manifestations of APS occurred in almost 3 out of 4 cases, a frequency similar to that observed in other series. The isolated presence of "non-criterion" manifestations could lead to suspicion of APS and, in some cases, lead to the request for antibodies.
Introdução: A síndrome antifosfolipídica (SAF) é uma doença de origem auto-imune caracterizada por trombose, perdas fetais recorrentes e anticorpos antifosfolípidos (aFL). Existem manifestações clínicas não abrangidas pelos critérios de classificação, que são designadas por manifestações não-critério. Objetivo: Analisar as manifestações clínicas da SAF, enfatizando as manifestações não-critério e sua relação com o perfil de auto-anticorpos em um hospital geral de Montevidéu, Uruguai. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes com diagnóstico definitivo ou suspeita de SAF em um serviço ambulatorial de doenças autoimunes do Hospital Maciel, atendidos entre 2010 e 2019. Resultados: Foram incluídos 78 pacientes, com idade média de 50,3 +/- 14,5 anos, sendo 69 (88,5%) do sexo feminino. Quarenta e seis (59,0%) pacientes apresentavam PFS secundária, dos quais 28 (35,9%) tinham LES associado. A trombose venosa dos membros inferiores foi a manifestação mais frequente (51,3%). Dezoito (24,0%) doentes apresentaram trombose arterial sob a forma de acidente vascular cerebral. Cinquenta e nove (75,6%) casos apresentaram, para além das manifestações classificatórias, algumas das manifestações "não-critério" e estas manifestações foram isoladas em 10 (12,8%) doentes. As manifestações não classificatórias mais frequentes foram artralgias, livedo reticularis, enxaqueca e trombocitopenia. Foi observada uma associação significativa entre a presença de anti-ß2GPI com manifestações cutâneas e trombocitopenia com pelo menos uma manifestação trombótica. Conclusões: As manifestações "não-critério" de SAF ocorreram em quase 3 de cada 4 casos, frequência semelhante à observada noutras séries. A presença isolada de manifestações "não-critério" pode levantar a suspeita de SAF e, nalguns casos, levar à pesquisa de anticorpos.
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Abstract Aeromonas hydrophila is a cause of infectious disease outbreaks in carp species cultured in South Asian countries including Pakistan. This bacterium has gained resistance to a wide range of antibiotics and robust preventive measures are necessary to control its spread. No prior use of fish vaccines has been reported in Pakistan. The present study aims to develop and evaluate inactivated vaccines against local strain of A. hydrophila in Pakistan with alum-precipitate as adjuvant. The immunogenic potential of vaccine was evaluated in two Indian major carps (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) and a Chinese carp (Grass carp: Ctenopharyngodon idella). Fish were vaccinated intraperitoneally followed by a challenge through immersion. Fish with an average age of 4-5 months were randomly distributed in three vaccinated groups with three vaccine concentrations of 108, 109 and 1010 colony forming unit (CFU)/ml and a control group. Fixed dose of 0.1ml was applied to each fish on 1st day and a booster dose at 15 days post-vaccination (DPV). Blood samples were collected on 14, 28, 35, 48 and 60 DPV to determine antibody titers in blood serum using compliment fixation test (CFT). Fish were challenged at 60 DPV with infectious A. hydrophila with 108 CFU/ml through immersion. Significantly higher levels of antibody titers were observed from 28 DPV in all vaccinated groups as compared to those in the control group. In challenge experiment the average RPS (relative percent survivability) was 71% for groups vaccinated with 109 and 1010 CFU/ml and 86% for 108 CFU/ml. Vaccine with 108 CFU/ml induced highest immune response followed by 109 and 1010 CFU/ml. The immune response of L. rohita and C. idella was better than that of C. mrigala. In general, normal histopathology was observed in different organs of vaccinated fish whereas minor deteriorative changes were found in fish vaccinated with higher concentrations of the vaccine.
Resumo Aeromonas hydrophila é uma causa de surtos de doenças infecciosas em espécies de carpas cultivadas em países do sul da Ásia, incluindo o Paquistão. Essa bactéria ganhou resistência a uma ampla gama de antibióticos, e medidas preventivas robustas são necessárias para controlar sua disseminação. Nenhum uso anterior de vacinas para peixes foi relatado no Paquistão. O presente estudo tem como objetivo desenvolver e avaliar vacinas inativadas contra cepa local de A. hydrophila no Paquistão com precipitado de alúmen como adjuvante. O potencial imunogênico da vacina foi avaliado em duas carpas principais indianas (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) e uma carpa chinesa (Grass Carp: Ctenopharyngodon idella). Os peixes foram vacinados por via intraperitoneal, seguido de um desafio por imersão. Peixes com idade média de 4-5 meses foram distribuídos aleatoriamente em três grupos vacinados com três concentrações de vacina de 108, 109 e 1010 unidades formadoras de colônias (UFC) / ml e um grupo de controle. Foi aplicada dose fixa de 0,1ml em cada peixe no 1º dia e dose de reforço 15 dias pós-vacinação (DPV). Amostras de sangue foram coletadas em 14, 28, 35, 48 e 60 DPV para determinar os títulos de anticorpos no soro sanguíneo usando o teste de fixação de elogio (CFT). Os peixes foram desafiados a 60 DPV com infecciosa A. hydrophila com 108 CFU / ml por imersão. Níveis significativamente mais elevados de títulos de anticorpos foram observados em 28 DPV em todos os grupos vacinados, em comparação com aqueles no grupo de controle. Na experiência de desafio, o RPS médio (sobrevivência percentual relativa) foi de 71% para os grupos vacinados com 109 e 1010 CFU / ml e 86% para 108 CFU / ml. A vacina com 108 UFC / ml induziu a maior resposta imune seguida por 109 e 1010 UFC / ml. A resposta imune de L. rohita e C. idella foi melhor do que a de C. mrigala. Em geral, histopatologia normal foi observada em diferentes órgãos de peixes vacinados, enquanto pequenas alterações deteriorantes foram encontradas no grupo de controle e nos peixes vacinados com concentrações mais altas da vacina.
Asunto(s)
Animales , Carpas , Infecciones por Bacterias Gramnegativas/prevención & control , Infecciones por Bacterias Gramnegativas/veterinaria , Enfermedades de los Peces/prevención & control , Vacunas Bacterianas , Aeromonas hydrophila , Compuestos de Alumbre , InmersiónRESUMEN
Aeromonas hydrophila is a cause of infectious disease outbreaks in carp species cultured in South Asian countries including Pakistan. This bacterium has gained resistance to a wide range of antibiotics and robust preventive measures are necessary to control its spread. No prior use of fish vaccines has been reported in Pakistan. The present study aims to develop and evaluate inactivated vaccines against local strain of A. hydrophila in Pakistan with alum-precipitate as adjuvant. The immunogenic potential of vaccine was evaluated in two Indian major carps (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) and a Chinese carp (Grass carp: Ctenopharyngodon idella). Fish were vaccinated intraperitoneally followed by a challenge through immersion. Fish with an average age of 4-5 months were randomly distributed in three vaccinated groups with three vaccine concentrations of 108, 109 and 1010 colony forming unit (CFU)/ml and a control group. Fixed dose of 0.1ml was applied to each fish on 1st day and a booster dose at 15 days post-vaccination (DPV). Blood samples were collected on 14, 28, 35, 48 and 60 DPV to determine antibody titers in blood serum using compliment fixation test (CFT). Fish were challenged at 60 DPV with infectious A. hydrophila with 108 CFU/ml through immersion. Significantly higher levels of antibody titers were observed from 28 DPV in all vaccinated groups as compared to those in the control group. In challenge experiment the average RPS (relative percent survivability) was 71% for groups vaccinated with 109 and 1010 CFU/ml and 86% for 108 CFU/ml. Vaccine with 108 CFU/ml induced highest immune response followed by 109 and 1010 CFU/ml. The immune response of L. rohita and C. idella was better than that of C. mrigala. In general, normal histopathology was [...].
Aeromonas hydrophila é uma causa de surtos de doenças infecciosas em espécies de carpas cultivadas em países do sul da Ásia, incluindo o Paquistão. Essa bactéria ganhou resistência a uma ampla gama de antibióticos, e medidas preventivas robustas são necessárias para controlar sua disseminação. Nenhum uso anterior de vacinas para peixes foi relatado no Paquistão. O presente estudo tem como objetivo desenvolver e avaliar vacinas inativadas contra cepa local de A. hydrophila no Paquistão com precipitado de alúmen como adjuvante. O potencial imunogênico da vacina foi avaliado em duas carpas principais indianas (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) e uma carpa chinesa (Grass Carp: Ctenopharyngodon idella). Os peixes foram vacinados por via intraperitoneal, seguido de um desafio por imersão. Peixes com idade média de 4-5 meses foram distribuídos aleatoriamente em três grupos vacinados com três concentrações de vacina de 108, 109 e 1010 unidades formadoras de colônias (UFC) / ml e um grupo de controle. Foi aplicada dose fixa de 0,1ml em cada peixe no 1º dia e dose de reforço 15 dias pós-vacinação (DPV). Amostras de sangue foram coletadas em 14, 28, 35, 48 e 60 DPV para determinar os títulos de anticorpos no soro sanguíneo usando o teste de fixação de elogio (CFT). Os peixes foram desafiados a 60 DPV com infecciosa A. hydrophila com 108 CFU / ml por imersão. Níveis significativamente mais elevados de títulos de anticorpos foram observados em 28 DPV em todos os grupos vacinados, em comparação com aqueles no grupo de controle. Na experiência de desafio, o RPS médio (sobrevivência percentual relativa) foi de 71% para os grupos vacinados com 109 e 1010 CFU / ml e 86% para 108 CFU / ml. A vacina com 108 UFC / ml induziu a maior resposta imune seguida por 109 e 1010 UFC / ml. A resposta imune de L. rohita e C. idella foi melhor do que a de C. mrigala. Em geral, histopatologia normal foi observada em diferentes [...].
Asunto(s)
Animales , Aeromonas/patogenicidad , Carpas , Infecciones por Bacterias Gramnegativas/veterinaria , Vacunas/análisis , Vacunas/uso terapéuticoRESUMEN
Abstract Aeromonas hydrophila is a cause of infectious disease outbreaks in carp species cultured in South Asian countries including Pakistan. This bacterium has gained resistance to a wide range of antibiotics and robust preventive measures are necessary to control its spread. No prior use of fish vaccines has been reported in Pakistan. The present study aims to develop and evaluate inactivated vaccines against local strain of A. hydrophila in Pakistan with alum-precipitate as adjuvant. The immunogenic potential of vaccine was evaluated in two Indian major carps (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) and a Chinese carp (Grass carp: Ctenopharyngodon idella). Fish were vaccinated intraperitoneally followed by a challenge through immersion. Fish with an average age of 4-5 months were randomly distributed in three vaccinated groups with three vaccine concentrations of 108, 109 and 1010 colony forming unit (CFU)/ml and a control group. Fixed dose of 0.1ml was applied to each fish on 1st day and a booster dose at 15 days post-vaccination (DPV). Blood samples were collected on 14, 28, 35, 48 and 60 DPV to determine antibody titers in blood serum using compliment fixation test (CFT). Fish were challenged at 60 DPV with infectious A. hydrophila with 108 CFU/ml through immersion. Significantly higher levels of antibody titers were observed from 28 DPV in all vaccinated groups as compared to those in the control group. In challenge experiment the average RPS (relative percent survivability) was 71% for groups vaccinated with 109 and 1010 CFU/ml and 86% for 108 CFU/ml. Vaccine with 108 CFU/ml induced highest immune response followed by 109 and 1010 CFU/ml. The immune response of L. rohita and C. idella was better than that of C. mrigala. In general, normal histopathology was observed in different organs of vaccinated fish whereas minor deteriorative changes were found in fish vaccinated with higher concentrations of the vaccine.
Resumo Aeromonas hydrophila é uma causa de surtos de doenças infecciosas em espécies de carpas cultivadas em países do sul da Ásia, incluindo o Paquistão. Essa bactéria ganhou resistência a uma ampla gama de antibióticos, e medidas preventivas robustas são necessárias para controlar sua disseminação. Nenhum uso anterior de vacinas para peixes foi relatado no Paquistão. O presente estudo tem como objetivo desenvolver e avaliar vacinas inativadas contra cepa local de A. hydrophila no Paquistão com precipitado de alúmen como adjuvante. O potencial imunogênico da vacina foi avaliado em duas carpas principais indianas (Rohu: Labeo rohita, Mori: Cirrhinus mrigala) e uma carpa chinesa (Grass Carp: Ctenopharyngodon idella). Os peixes foram vacinados por via intraperitoneal, seguido de um desafio por imersão. Peixes com idade média de 4-5 meses foram distribuídos aleatoriamente em três grupos vacinados com três concentrações de vacina de 108, 109 e 1010 unidades formadoras de colônias (UFC) / ml e um grupo de controle. Foi aplicada dose fixa de 0,1ml em cada peixe no 1º dia e dose de reforço 15 dias pós-vacinação (DPV). Amostras de sangue foram coletadas em 14, 28, 35, 48 e 60 DPV para determinar os títulos de anticorpos no soro sanguíneo usando o teste de fixação de elogio (CFT). Os peixes foram desafiados a 60 DPV com infecciosa A. hydrophila com 108 CFU / ml por imersão. Níveis significativamente mais elevados de títulos de anticorpos foram observados em 28 DPV em todos os grupos vacinados, em comparação com aqueles no grupo de controle. Na experiência de desafio, o RPS médio (sobrevivência percentual relativa) foi de 71% para os grupos vacinados com 109 e 1010 CFU / ml e 86% para 108 CFU / ml. A vacina com 108 UFC / ml induziu a maior resposta imune seguida por 109 e 1010 UFC / ml. A resposta imune de L. rohita e C. idella foi melhor do que a de C. mrigala. Em geral, histopatologia normal foi observada em diferentes órgãos de peixes vacinados, enquanto pequenas alterações deteriorantes foram encontradas no grupo de controle e nos peixes vacinados com concentrações mais altas da vacina.
RESUMEN
Introduction: Migraine is considered the second most prevalent neurological disorder in the population and highly disabling. Objective: The aim of this study is to evaluate the use of calcitonin gene-related peptide (CGRP) monoclonal antibodies in migraine prophylaxis, with emphasis on therapeutic response, adverse effects, and impacts on quality of life. Method; A quantitative, retrospective, and descriptive study was carried out, through the analysis of medical records and telephone interviews with patients seen at the Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, in the city of Passo Fundo, RGS, Brazil, currently or previously having used at least one dose of the medication. Conclusion: Thus, it is understood that CGRP monoclonal antibodies are able to reduce monthly headache days, reduce pain intensity and promote improvement in work capacity. Therefore, they can be considered effective, safe and well-adhered medications for migraine prophylaxis.
Introdução: A enxaqueca é considerada o segundo distúrbio neurológico mais prevalente na população e altamente incapacitante. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o uso de anticorpos monoclonais do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) na profilaxia da enxaqueca, com ênfase na resposta terapêutica, efeitos adversos e impactos na qualidade de vida. Método; Foi realizado um estudo quantitativo, retrospectivo e descritivo, por meio de análise de prontuários e entrevistas telefônicas com pacientes atendidos no Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, na cidade de Passo Fundo, RGS, Brasil, que já usaram ou usaram pelo menos uma dose do medicamento. Conclusão: Assim, entende-se que os anticorpos monoclonais CGRP são capazes de reduzir os dias mensais de cefaleia, reduzir a intensidade da dor e promover melhora na capacidade de trabalho. Portanto, podem ser considerados medicamentos eficazes, seguros e de boa adesão para a profilaxia da enxaqueca.
Asunto(s)
Humanos , Adolescente , Adulto , Persona de Mediana Edad , AncianoRESUMEN
Migraine is a highly prevalent and debilitating neurological disorder. Most patients do not receive a correct diagnosis and effective treatments. Apart of the few specialists and tertiary centers worldwide, the treatment of migraine is usually symptomatic and prevention, as well as treatments of the underlying mechanisms, are not aimed. It results in frustration and substantial burden. The last few years witnessed the releasing of specific biological therapies, mostly addressing one of the peptides involved in migraine pathophysiology, the calcitonin gene-related peptide (CGRP). Either the small molecules as well as the monoclonal antibodies against CGRP or its canonical receptor have been launched in markets across the globe and represent interesting options for the treatment of migraine. Onabotulinumtoxin A has also been proposed for chronic migraine as well, but not for episodic migraine, based on its unique ability to inhibit the SNARE complex formation and the release of numerous potential mediators of migraine. However, despite the favorable figures on efficacy and tolerability of these compounds, the regulations, and particulars of different countries, regarding the structures and reimbursement of medical care, demonstrated different adhesion profiles of chosen populations to receive these emerging weapons against migraine-imposed suffering. This review addresses the use and characteristics of biological therapies used in migraine treatment.
A enxaqueca é um distúrbio neurológico altamente prevalente e debilitante. A maioria dos pacientes não recebe um diagnóstico correto e tratamentos eficazes. Com exceção dos poucos especialistas e centros terciários em todo o mundo, o tratamento da enxaqueca é geralmente sintomático e a prevenção, bem como o tratamento dos mecanismos subjacentes, não são direcionados. Isso resulta em frustração e fardo substancial. Os últimos anos testemunharam o lançamento de terapias biológicas específicas, abordando principalmente um dos peptídeos envolvidos na fisiopatologia da enxaqueca, o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP). Tanto as pequenas moléculas como os anticorpos monoclonais contra CGRP ou o seu receptor canônico foram lançados em mercados em todo o mundo e representam opções interessantes para o tratamento da enxaqueca. A onabotulinumtoxina A também foi proposta para enxaqueca crônica, mas não para enxaqueca episódica, com base em sua capacidade única de inibir a formação do complexo SNARE e a liberação de numerosos mediadores potenciais da enxaqueca. No entanto, apesar dos números favoráveis ââsobre a eficácia e tolerabilidade destes compostos, os regulamentos e particularidades de diferentes países, no que diz respeito às estruturas e reembolso dos cuidados médicos, demonstraram diferentes perfis de adesão das populações escolhidas para receber estas armas emergentes contra o sofrimento imposto pela enxaqueca. Esta revisão aborda o uso e as características das terapias biológicas utilizadas no tratamento da enxaqueca.
RESUMEN
Belimumabe, rituximabe, terapia imunossupressora. Indicação: Nefrite lúpica nos estágios III, IV, V, refratária à terapia imunossupressora. Pergunta: Belimumabe é eficaz (remissão da nefrite, normalização da perda da função renal, qualidade de vida) e seguro (descontinuação devido a eventos adversos totais e eventos adversos graves) para o tratamento de pacientes com nefrite lúpica refratária nos estágios III, IV, V em comparação aos medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde? Objetivo: Avaliar a segurança e eficácia do belimumabe em comparação com os medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde em pacientes adultos com nefrite lúpica. Métodos: Revisão rápida de revisões sistemáticas. Levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PUBMED, EMBASE, SCOPUS, BVS, EPISTEMONIKOS, Cochrane Library e em registros de revisões sistemáticas e ensaios clínicos. Seguiu estratégias de buscas predefinidas. Foi feita avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos através da ferramenta AMSTAR-2 (Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews Version 2). Resultados: Foram selecionadas duas revisões sistemáticas que atendiam aos critérios de elegibilidade, mas nenhum ensaio clínico foi escolhido, pois não atendiam aos critérios de inclusão. Conclusão: a terapia combinada de belimumabe, ou de rituximabe, com tratamento imunossupressor padrão é mais eficaz que o tratamento padrão para alcançar remissão clínica da nefrite lúpica. A terapia combinada é tão segura quanto o tratamento padrão. Belimumabe e rituximabe tem eficácia similar entre si
Belimumab, rituximab, and immunosuppressive therapy. Indication: Refractory lupus nephritis to immunosuppressive therapy in stages III, IV, V. Question: Is belimumab effective (for remission of nephritis, normalization of loss of renal function, quality of life) and safe (for discontinuation due to total adverse events and serious adverse events) in the treatment of patients with refractory lupus nephritis in stages III, IV, V compared to the drugs available in the Brazilian Public Health System? Objective: To evaluate the safety and efficacy of belimumab compared to drugs available in the Brazilian Public Health System in adult patients with lupus nephritis. Methods: Rapid review of systematic reviews. A bibliographic search was done in the PUBMED, EMBASE, SCOPUS, BVS, EPISTEMONIKOS, Cochrane Library databases and in records of systematic reviews and clinical trials. It has followed predefined search strategies. The methodological quality of the included studies was evaluated using the AMSTAR-2 tool (Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews Version 2). Results: Two systematic reviews were selected, which met the eligibility criteria, but no clinical trials were chosen, as they did not meet the inclusion criteria. Conclusion: Combination therapy of belimumab or rituximab with standard immunosuppressive treatment is more effective than standard treatment in achieving clinical remission of lupus nephritis. Combination therapy is as safe as standard treatment. Belimumab and rituximab have similar efficacy to each other
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Nefritis Lúpica/tratamiento farmacológico , Rituximab/uso terapéutico , Inmunosupresores/uso terapéutico , Inducción de Remisión , Anticuerpos MonoclonalesRESUMEN
Abstract Introduction: Sensitization to human leukocyte antigen is a barrier to. Few data have been published on desensitization using polyvalent human intravenous immunoglobulin (IVIG) alone. Methods: We retrospectively reviewed the of 45 patients with a positive complement-dependent cytotoxicity crossmatch (CDCXM) or flow cytometry crossmatch (FCXM) against living donors from January 2003 to December 2014. Of these, 12 were excluded. Patients received monthly IVIG infusions (2 g/kg) only until they had a negative T-cell and B-cell FCXM. Results: During the 33 patients, 22 (66.7%) underwent living donor kidney transplantation, 7 (21.2%) received a deceased donor graft, and 4 (12.1%) did not undergo transplantation. The median class I and II panel reactive antibodies for these patients were 80.5% (range 61%-95%) and 83.0% (range 42%-94%), respectively. Patients (81.8%) had a positive T-cell and/or B-cell CDCXM and 4 (18.2%) had a positive T-cell and/or B-cell FCXM. Patients underwent transplantation after a median of 6 (range 3-16). The median donor-specific antibody mean fluorescence intensity sum was 5057 (range 2246-11,691) before and 1389 (range 934-2492) after desensitization (p = 0.0001). Mean patient follow-up time after transplantation was 60.5 (SD, 36.8) months. Nine patients (45.0%). Death-censored graft survival at 1, 3, and 5 years after transplant was 86.4, 86.4, and 79.2%, respectively and patient survival was 95.5, 95.5, and 83.7%, respectively. Conclusions: Desensitization using IVIG alone is an effective strategy, allowing successful transplantation in 87.9% of these highly sensitized patients.
Resumo Introdução: Sensibilização HLA é uma barreira ao transplante em pacientes sensibilizados. Há poucos dados publicados sobre dessensibilização utilizando somente imunoglobulina intravenosa humana polivalente (IgIV). Métodos: Revisamos retrospectivamente prontuários de 45 pacientes com prova cruzada positiva por citotoxicidade dependente do complemento (CDCXM) ou citometria de fluxo (FCXM) contra doadores vivos, de Janeiro/2003-Dezembro/2014. Destes, excluímos 12. 33 pacientes receberam infusões mensais de IgIV (2 g/kg) apenas até apresentarem FCXM células T e B negativa. Resultados: Durante dessensibilização, 22 pacientes (66,7%) realizaram transplante renal com doador vivo, 7 (21,2%) receberam enxerto de doador falecido, 4 (12,1%) não realizaram transplante. A mediana do painel de reatividade de anticorpos classes I e II para estes pacientes foi 80,5% (intervalo 61%-95%) e 83,0% (intervalo 42%-94%), respectivamente. 18 pacientes (81,8%) apresentaram CDCXM célula T e/ou B positiva; 4 (18,2%) apresentaram FCXM célula T e/ou B positiva. Pacientes realizaram transplante após mediana de 6 (intervalo 3-16) infusões. A mediana da somatória da intensidade média de fluorescência do anticorpo específico contra o doador foi 5057 (intervalo 2246-11.691) antes e 1389 (intervalo 934-2492) após dessensibilização (p = 0,0001). O tempo médio de acompanhamento do paciente pós transplante foi 60,5 (DP, 36,8) meses. Nove pacientes (45,0%) não apresentaram rejeição e 6 (27,3%) apresentaram rejeição mediada por anticorpos. Sobrevida do enxerto censurada para óbito em 1, 3, 5 anos após transplante foi 86,4; 86,4; 79,2%, respectivamente, e sobrevida do paciente foi 95,5; 95,5; 83,7%, respectivamente. Conclusões: Dessensibilização utilizando apenas IgIV é uma estratégia eficaz, permitindo transplante bem-sucedido em 87,9% destes pacientes altamente sensibilizados.