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Incidência e fatores de risco a não adaptação de novas próteses mandibulares: ensaio clínico / Incidence and risk factors for non-adaptation of new mandibular prostheses: clinical trial

Ribeiro, Anne Kaline Claudino.
Natal; s.n; 2020. 66 p. tab, ilus, graf.
Tese em Português | BBO - odontologia (Brasil) | ID: biblio-1517824
Este ensaio clínico não randomizado se propôs a investigar a incidência e os fatores de risco a não adaptação de prótese total convencional mandibular (PTCM). Um total de 108 edêntulos bimaxilares foram reabilitados com próteses totais e acompanhados por um período de 3 e 6 meses. Nesses períodos, os pacientes foram alocados em PTA (Pacientes adaptados a PTCM) e PTN (Pacientes não adaptados a PTCM). Os critérios que confirmaram a adaptação dos pacientes foram realizar a mastigação, fonética e deglutição confortavelmente com as próteses. As variáveis analisadas como possíveis fatores de risco foram registradas em ficha clínica e estavam relacionadas aos aspectos sociodemográficos e fatores centrados no paciente. A estimativa do tempo médio para adaptação à PTCM foi obtida a partir da curva de Kaplan-Meier. Inicialmente, os fatores de risco foram analisados estatisticamente pelo Teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Em seguida, foi realizada uma análise multivariada e o risco relativo foi ajustado através da regressão múltipla de Poisson. Os resultados revelaram incidência de 38,0% (n=41) dos indivíduos não adaptados a novas próteses totais mandibulares após 3 meses. Essa não adaptação à prótese total mandibular esteve associada significativamente à ausência de experiência prévia com PTCM (p=0,042), à presença de ulcerações após 15 dias da reabilitação (p<0,001) e à altura do rebordo mandibular posterior reduzida (p=0,035). Após 6 meses, essa incidência reduziu para 14,1% (n=14), sendo a ocorrência de lesões ulcerosas após 15 dias (p<0,001) e 30 dias (p<0,001) da instalação das novas próteses e o uso não regular da nova PTCM (p<0,001) os fatores de risco associados à não adaptação à PTCM. A análise de sobrevida mostrou que 78,53 ± 36,11 dias são suficientes para adaptação da maioria dos pacientes à prótese, com o menor tempo médio de adaptação à PTCM associado significativamente à experiência prévia com PTs inferiores (p=0,032), ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista (p=0,034), à ausência de registro de lesões nos primeiros dias após reabilitação (p=0,023), à rebordo mandibular posterior não-reabsorvido (p=0,005) e ao uso regular das novas próteses mandibulares (p=0,002). Conclui-se que a incidência de indivíduos não adaptados a PTCM foi maior em um período de 3 meses, com redução após 6 meses de acompanhamento. As variáveis sociodemográficas não influenciaram na adaptação à prótese mandibular nos períodos de 3 e 6 meses. No tempo de 3 meses, a ausência de experiência prévia com PTCM, registro de úlceras traumáticas em arco mandibular e a presença de rebordos mandibulares reduzidos interferiram negativamente na adaptação às novas próteses inferiores constituindo-se como fatores de riscos ao não uso da PTCM. Todavia, após 6 meses de uso das próteses, apenas a ocorrência de lesões ulcerativas e o uso não regular das próteses foram fatores de risco à não adaptação à prótese mandibular. Em média, a maioria dos indivíduos se adaptou a nova PTCM em 2,6 meses. Essa adaptação em menor tempo esteve associada à experiência prévia com prótese inferior, ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista, à ausência de registro de úlceras traumáticas após tratamento reabilitador, à presença de rebordo não reabsorvido e ao uso regular das novas PTCM (AU).
Biblioteca responsável: BR1264.1