Determinação "in vitro" da capacidade de tamponamento da saliva humana frente à ação de dentifrícios / In vitro determination of the buffering capacity of the human saliva in presence of dentifices
O volume adequado do fluxo salivar e a capacidade de tamponamento da saliva, associados à profilaxia supervisionada e à dieta orientada reduzem significativamente o risco de cárie. Os dentifrícios em geral são produtos que contribuem para a manutenção da saúde bucal enquanto auxilares da escovação e veículos de agente carioestáticos, entre os quais o íon fluoreto. Presente trabalho objetiva a influência de dentifrícios sobre a capacidade tampão da saliva de humanos. Visando avaliar a ação desses produtos in vitro, foi colhida a saliva de estudantes do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal da Bhaia (n=42) e incubada com a glicose - Grupo Controle (c), e na presença dos dentifrícios Phillips (D I), Phillips 2 com flúor (D II), Colgate Antitártaro (D III) e Gessy Cristal (D IV) - Grupo Experimentais (exp I, Exp II, Exp III e Exp IV), procedendo-se a determinação do pH nos tempos 0,60, 120, 180 3 240 minutos. Os ensaios realizados indicaram que os 120, 180 e 240 minutos. Os ensaios realizados indicaram que os indivíduos que possuem um pH bucal próximo à neutralidade, ao longo de 180 minutos, apresentaram uma redução do pH salivar acima dos níveis críticos, só atingindo este patamar após 240 minutos. Constatou-se também, que os dentífricios D I, D II, D III e D IV são capazes de reforçar in vitro a capacidade de tamponamento da saliva humana, apesar da presença da glicose. Essa ação protetora é constatada até mesmo após 240 minutos de incubação da mistura saliva/glicose com os dentifrícios DI, DII, DIII e DIV, cujos valores de pH, determinados neste tempo, permaneceram acima dos níveis críticos, mantendo-se inclusive, na neutralidade, em se tratando do dentifrício D I. Os valores de pH decorrentes da influência dos dentifrícios, especialmente o D III e o D IV, embora tenham revelado diferenças estatísticas significantes entre si, tais diferenças parecem não ter maiores repercussões clínicas, pelo fato desses valores numéricos ainda assim, terem sido próximos. Face a esses resultados, pode-se admitir que a redução do pH na formulação de um dentifrício contribui para diminuir a capacidade de tamponamento da saliva humana, ao tempo em que essa capacidade poderá ser reforçada pela influência do dentifrício que encerre, em sua formulação níveis alcalinos de pH