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Aspectos comportamentais e clínicos da cárie dentária na primeira infãncia / Clinical and behavioral aspects of dental caries in early childhood

Lemos, Letícia Vargas Freire Martins.
Araraquara; s.n; 2013. 137 p. tab.
Tese em Português | LILACS, BBO - odontologia (Brasil) | ID: biblio-866872
Este trabalho, o qual foi dividido em três estudos, teve por objetivo analisar aspectos comportamentais e clínicos da cárie dentária em crianças de 0 a 48 meses de idade, atendidas em programas públicos de Odontologia para Bebês. O primeiro estudo foi um coorte observacional prospectivo, com duzentas crianças participantes de dois dos programas, as quais foram divididas em dois grupos G1, bebês que ingressaram no programa durante o primeiro ano de vida (n=126), e G2, bebês que ingressaram no programa entre 13 e 18 meses de idade (n=74). Essas crianças foram examinadas a cada três meses até completarem 48 meses de vida, por meio de exame clínico em consultório odontológico, além de terem sido aplicados questionários aos responsáveis para a análise dos hábitos e comportamentos das crianças e seus responsáveis. Foram correlacionadas a incidência de cárie dentária/idade da criança com as variáveis assiduidade as consultas, dieta cariogênica, higiene oral diária, higiene oral noturna e aleitamento noturno. No segundo e no terceiro estudo, participaram quatrocentas e sessenta e cinco crianças de 3 programas de atendimento odontológico precoce. As amostras foram divididas em 3 grupos G0 - bebês cujas mães ingressaram no programa quando gestantes (n=50), G1 - bebês que ingressaram no programa durante o primeiro ano de vida (n=230), e G2 - bebês que ingressaram no programa entre 13 e 18 meses de idade (n=185). Foi realizado exame clínico pelo método táctil e visual, por um único operador calibrado (k>0,8), e aplicado um questionário aos responsáveis para a análise dos hábitos de dieta, higiene diária e noturna, duração de aleitamento noturno, escolaridade dos pais/responsáveis, condição socioeconômica, comportamento durante tratamento caseiro e profissional e idade de irrompimento do primeiro dente. Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise estatística com nível de significância de 5%. No estudo 1, os testes Qui-Quadrado e exato de Fisher foram utilizados, além das análises de sobrevivência univariada (Kaplan-Meier) e multivariada (Cox), com 95% de intervalo de confiança. Os resultados demostraram associação entre incidência de cárie dentária/idade da criança e fator assiduidade em ambos os grupos (p<0,001) e entre cárie dentária e grupo (idade da criança) (p<0,001). O fator de risco de cárie de G2 (R=0,410) foi 3,9 vezes maior do que G1 (R=0,104). Amamentação noturna aumentou em 2,43 vezes o risco de desenvolvimento de cárie dentária em G1 e G2. Houve correlação entre higiene oral noturna e dieta cariogênica com cárie dentária em todos os grupos. Encontrou-se probabilidade de 90% de uma criança do G1 ser livre de cárie dentária até os 4 anos de idade. No G2 esta probabilidade foi de 59% após os 3 anos de idade. No segundo estudo, os dados coletados foram submetidos aos testes Qui-Quadrado e Kruskal-Walis. Observou-se que houve associação entre idade de ingresso no programa e cárie dentária (p<0,001), sendo a menor prevalência para G0 e G1. Encontrou-se também associação entre idade de ingresso nos programas e assiduidade às consultas (p<0,001), dieta cariogênica (p<0,001), higiene oral noturna (p<0,001), duração de aleitamento noturno (p<0,001), escolaridade materna/responsável (p=0,004), comportamento durante tratamento caseiro (p=0,013) e profissional (p<0,001). Condição socioeconômica desfavorecida (p>0,05) e presença de higiene oral diária (p=0,214) corresponderam a 99% dos grupos e ocorreram independente dos mesmos. No terceiro estudo foram utilizados os testes Qui-quadrado para a comparação de proporções e o de Mann-Whitney na comparação de medidas numéricas. Observou-se os mesmos resultados do segundo estudo para as variáveis condição socioeconômica e higiene oral diária. Além disso, foi calculado Odds ratios (OR) e ajustados pela regressão logística, acompanhados de intervalos de confiança de 95%. As variáveis assiduidade, a presença de higiene oral noturna e escolaridade materna/responsável acima de 8 anos de estudo apresentaram OR entre 0 e 1, indicando fatores de proteção à cárie dentária. A presença de dieta cariogênica e o aleitamento noturno apresentaram OR maior do que 1, indicando fatores determinantes da cárie dentária. O comportamento das crianças durante tratamento em consultório e tratamento caseiro apresentaram-se associados com cárie dentária (p<0,05), sendo o comportamento negativo considerado fator determinante da doença. A variável idade do irrompimento do primeiro dente (mediana=8 meses) não mostrou associação com experiência de cárie dentária (p=0,922). Concluiu-se que é essencial para promoção da saúde oral infantil, o ingresso precoce das crianças em programas preventivos para a orientação dos pais, os quais representam fatores de proteção da cárie dentária, assim como o comportamento positivo das crianças e seus familiares durante o atendimento odontológico
Biblioteca responsável: BR39.2
Localização: BR39.2; L557a. 2111